Conheça os fundos em que os investidores mais confiam
Conheça as categoria de fundos que escapam aos resgates e as mais penalizadas pela fuga dos investidores.
Obrigações
A agudização da crise soberana em alguns países da zona euro não se traduziu numa saída de dinheiro dos fundos obrigacionistas. Pelo contrário, houve mesmo um forte investimento por parte dos investidores nestes fundos. Nomeadamente nos fundos da categoria de obrigações taxa indexada euro e obrigações taxa fixa euro que, nos primeiros seis meses do ano, somaram subscrições líquidas de 83,6 milhões de euros e 47,5 milhões de euros, respectivamente.
Acções dos EUA
O bom momento das acções norte-americanas nos primeiros seis meses do ano, que registaram uma valorização média de 8%, reflectiu-se num entusiasmo por parte dos investidores nacionais. Segundo a APFIPP, os seis fundos que fazem parte da categoria "acções da América do Norte", apesar de terem registado resgates de 40 milhões de euros entre 31 de Dezembro de 2010 e Junho deste ano, somaram subscrições de 52 milhões de euros. Desta forma, os fundos de acções norte-americanas somaram subscrições líquidas no valor de 11,8 milhões de euros, pertencendo assim à terceira categoria de fundos da APFIPP com mais entrada de dinheiro, neste período.
Mercado monetário euro
As rendibilidades oferecidas pelos três fundos da categoria "mercado monetário euro" da APFIPP continuam a ser muito parcas, constantemente abaixo da inflação. Mas, mesmo assim, os investidores portugueses continuam a investir nestes produtos. Foi o que sucedeu nos prímeiros seis meses do ano, com estes fundos a registarem subscrições líquidas de 4 milhões de euros.
Tesouraria Euro
A concorrência dos depósitos a prazo gerada pela banca nos primeiros seis meses do ano resultou numa enorme onda de saída de dinheiro dos cofres dos fundos que fazem directamente concorrência a estes produtos. Foi o caso dos fundos de tesouraria euro que, segundo dados da APFIPP, contabilizaram resgates de 1.250 milhões de euros. Este montante compara com a entrada de apenas 503 milhões de euros sob a forma de novas subscrições. Desta forma, as subscrições líquidas dos fundos de tesouraria euro atingiram -747 milhões de euros, cerca de 54% do total de subscrições líquidas de toda a indústria entre Janeiro e Junho.
Acções portuguesas
Os sete fundos de acções nacionais compilados pela APFIPP registaram uma saída líquida de quase 40 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. Considerando que no final do ano passado tinham sob gestão 287,6 milhões de euros, os seus portefólios emagreceram 13,85% entre Janeiro e Junho, apenas pelo lado da saída de dinheiro dos seus subscritores. Dentro da classe de acções, foi a categoria mais penalizada.
Protecção de capital
Os fundos de protecção de capital foram os instrumentos que sofreram a segunda maior saída de dinheiro no primeiro semestre do ano. Entre Janeiro e Junho a carteira dos 45 fundos desta categoria registaram uma saída líquida de 311,7 milhões de euros, cerca de 15% do montante que tinham sob gestão no final de 2010. Recorde-se que no último dia de 2010, os fundos de protecção de capital apresentavam o maior volume de dinheiro sob gestão (2.076 milhões de euros), sendo apenas superada pela categoria de fundos especiais de investimento, composta por 56 fundos, com 3.418 milhões de euros sob gestão.
fonte:http://economico.sapo.pt/