6 razões para uma boa educação financeira
O tema da educação financeira tem sido debatido nos últimos tempos, sobretudo para que os alunos aprendam a relacionar-se com o dinheiro desde tenra idade. Uma boa educação financeira nas escolas vai fazer com que as crianças possam transmitir aos pais alguns conceitos e novas ideias para investir e poupar. Ou seja, o aumento da literacia financeira junto dos mais novos, poderá ter um impacto significativo no meio familiar, já que poderá aumentar a sua participação nas decisões financeiras e nas boas práticas do agregado. Foi este o ponto de partida para a primeira Conferência Nacional de Educação Financeira, cuja organização pertenceu à ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado.
Mas porque deve aumentar a sua cultura financeira? O Saldo Positivo dá-lhe respostas.
A sua educação financeira poderá ser a chave para o sucesso.
Os produtos financeiros são demasiado complexos
De acordo com o discurso do Vice-Governador do Banco de Portugal, Pedro Duarte Neves, no decorrer da conferência, “os avanços tecnológicos e a maior globalização e integração financeira contribuíram para o aumento considerável da gama de produtos disponíveis ao consumidor comum”. Ou seja, com o passar do tempo e do desenvolvimento financeiro nos últimos anos, têm aparecido novos produtos e cada vez mais complexos, daí haver uma necessidade maior de os consumidores conhecerem ao pormenor os produtos financeiros. Sabe, por exemplo, o que são ETF ou warrants?
Os mercados financeiros têm cada vez mais produtos
O desenvolvimento tecnológico, mas sobretudo o económico, têm contribuído para uma maior criação de produtos financeiros. Por isso, torna-se cada vez mais essencial que a cultura financeira dos consumidores ande de braço dado com o aparecimento dos novos produtos. Para Pedro Duarte Neves, Vice-Governador do Banco de Portugal, “esta maior complexidade e diversidade de produtos, que caracterizam hoje os mercados bancários a retalho, para além de dificultarem uma selecção baseada em critérios rigorosos, potenciam a assimetria de informação existente entre as instituições financeiras e os seus clientes, prejudicando assim a concorrência de mercado. A literacia financeira aumenta a consistência no acto de investir e de perceber os produtos.” Como exercício, pense se consegue encontrar o produto ideal para os seus objectivos sem conhecer toda a oferta do seu banco.
As crises económicas podem ser oportunidades de longo prazo
A palavra crise assusta. No entanto, recorrendo ao seu significado chinês, poderá tornar-se numa oportunidade. Assim, se o consumidor estiver bem preparado financeiramente, poderá encontrar caminhos vantajosos no meio de crises financeiras, como a actual. Para não desperdiçar os bons momentos que aparecem, é muito importante que domine efectivamente os produtos financeiros. No entanto, o caminho é longo, já que não se consegue aprender e dominar o seu dinheiro em pouco tempo. José Lopes, da Associação Portuguesa de Bancos, indicou na conferência o caminho: “A crise passa, e a iliteracia fica. Ou seja, a educação financeira tem de ser um projecto de muito longo prazo.”
Escolher produtos financeiros que não se ajustem
Num mundo financeiro com muitas oportunidades de investimento e poupança é muito importante que o know-how das pessoas comece a fazer a diferença. Na hora de escolher o seu companheiro de aforro é mais fácil escolher um instrumento que não sirva os interesses do investidor que que o contrário. Mais conhecimento gera maior capacidade de avaliar as reais necessidades de activos que se ajustem ao perfil de quem os subscreve.
Começar a poupar o mais cedo possível
O conceito de poupar é cada vez mais importante para tentar garantir um futuro estável e risonho para as suas finanças pessoais. Assim, um ensino financeiro nas escolas poderá ser determinante para que os seus filhos comecem hoje a pôr em prática os conceitos como poupar e investir.
A poupança é cada vez mais importante para garantir o futuro, e se os cientistas apontam para que a esperança média de vida aumente, então, teremos de começar a poupar mais cedo e ainda mais dinheiro. Quanto mais cedo melhor. Sabe quanto vale uma poupança de 1 euros por dia durante 20 anos? 7300 euros. Se capitalizar o seu dinheiro anualmente a uma taxa de juro de 3 por cento então juntará 13 184 euros.
Olhar o mundo com outra perspectiva
A educação financeira pode não estar apenas ligada às suas finanças pessoais. Tal como a matemática, o dinheiro está presente em praticamente todas as situações do dia-a-dia. Nos transportes atráves da despesas com transportes públicos ou privados, nas refeições, dentro e fora de casa, nas contas mensais com electricidade, água ou gás, entre outras. Se “tempo é dinheiro”, viver é dinheiro. Uma boa aprendizagem dos conceitos relacionados com finanças poderá levar a gastar menos e ganhar mais. Este será o ponto de partida para o sucesso das suas finanças. Cássia D’Aquino, especialista em finanças pessoais no Brasil e oradora da conferência promovida pela ASFAC, indica que “a educação financeira têm-se tornado num conceito onde tudo cabe.”
fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/