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Poupanças e Investimentos Seguros

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30
Dez11

Há 11 anos que o ouro está a valorizar

adm
Metal amarelo inaugurou, em 2011, segunda década de subidas. E tudo aponta para que este "cavalo" continue a liderar a corrida das valorizações consecutivas.

Um homem diz ao veterinário: "Pode ajudar-me? Por vezes, o meu cavalo anda perfeitamente bem e outras vezes coxeia". Responde o veterinário: "Não há problema. Quando ele estiver a andar bem, venda-o". 


Nos mercados, é assim que muitos investidores actuam. Quando os preços dos seus activos disparam, vendem para receberem as sumarentas mais-valias. No entanto, quando o potencial de subida não está esgotado, há quem prefira esperar para ganhar mais dinheiro depois. Foi esse o caso do ouro nos três primeiros trimestres do ano, período em que valorizou consecutivamente.

Com efeito, o ouro fez jus ao seu reconhecido estatuto de valor-refúgio no decorrer deste ano, tendo sido fortemente beneficiado pelos receios em torno da crise da dívida na Europa e de uma desaceleração nos EUA. 

2011 foi mesmo o ano de um novo máximo histórico do metal amarelo, quando se fixou nos 1.921,15 dólares por onça a 6 de Setembro, depois de ter atingido sucessivos recordes até parar por este patamar. 

Tal como aconteceu com o petróleo, depois das sólidas valorizações, veio a correcção. O mês de Dezembro foi disso um perfeito exemplo. Na última sessão do ano, o ouro para entrega imediata negociava em mínimos de cinco meses no mercado londrino, nos 1.568 dólares por onça. 

No entanto, isso não impediu que o metal precioso terminasse o ano com um saldo positivo de 9,9% em Londres, o que fez de 2011 o 11º ano consecutivo de subidas do ouro.

Além disso, o facto de o ouro estar actualmente em níveis mais baixos intensifica a especulação de que haverá uma maior procura por parte das joalharias e dos investidores, o que será um novo factor de sustentação das cotações.

Segundo a gestora de activos Quantum AMC, em 2011 testemunhámos um dos anos mais voláteis do ouro, muito por força da própria volatilidade na generalidade dos mercados. Com efeito, o metal amarelo disparou de cerca de 1.400 dólares para um nível superior a 1.900 dólares, numa altura em que a crise da dívida soberana na Zona Euro se agravou, tendo depois caído para o patamar dos 1.600 dólares por onça nos últimos três meses do ano. 

Para 2012, a pergunta é evidente: virá aí o 12º ano seguido de subidas? Muitos analistas acreditam que sim e afastam a ideia de bolha no ouro, sublinhando que este metal tem ainda um grande potencial de valorização. É de prever, assim, que as apostas neste “cavalo” continuem.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/
29
Dez11

Ouro foi o investimento mais rentável de 2011 com alta de 21,96%

adm

Séculos de perseguição aos judeus tornaram comum a associação deste povo com a profissão de ourives: Em épocas de crise ou guerra, os judeus guardavam o ouro na mala e mudavam-se para um lugar pacífico. 

 

A lógica pode ser transferida para o mercado financeiro moderno. Em meio à crise financeira que abalou os governos de Grécia, Espanha, Portugal e Itália, as bolsas de valores entram em convulsão e os investidores procuraram o bom e velho ouro como porto seguro.

O metal foi o destaque do ano entre as formas mais tradicionais de investimento, com alta de 21,96%. Essa foi a variação para os contratos de ouro comercializado na BM&FBovespa, a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuro de São Paulo.

 

Na direção contrária, a própria bolsa teve o pior resultado na comercialização de ações de empresas brasileiras. O Ibovespa, índice que mostra o resultado das ações mais negociadas no pregão, variou negativamente em 18,27%.

A queda abrupta do resultado na bolsa assusta ainda mais os investidores mais conservadores, aqueles que se limitam a guardar dinheiro na poupança. A situação torna mais difícil a missão de atrair aplicações para esse segmento.

Crise

Essa é uma das tarefas do assessor de investimentos da SVN Investimentos de Maringá, Caio Copetti. Ele afirma que a carteira de investidores na bolsa aumentou na cidade em 2011, mas as oscilações negativas atrapalham. "Algumas pessoas se assustam, mas isso é normal do mercado", comenta Copetti. "Quem se assusta é por desconhecimento sobre as ferramentas existentes nesse mercado, para reduzir o risco e se preservar de eventuais perdas", acrescenta.

Ele explica que o desempenho negativo da bolsa de valores em 2011 não tem nada a ver com o desempenho das empresas nacionais, que se saíram bem de maneira geral. "As empresas continuaram dando lucro, principalmente as relacionadas ao consumo, como a Ambev, por exemplo", explica Copetti. "No caso da Souza Cruz, houve lucro recorde", ressalta.

Mas nenhum resultado positivo foi capaz de acalmar os grandes investidores, que prefiriram guardar recursos na forma de ouro e títulos governamentais, deixando menos dinheiro em circulação nas bolsas. O resultado foi a queda significativa nos índices que medem o desempenho do pregão, como o Ibovespa.

Maringá

O maringaense, conhecido pelo gosto pelos imóveis e formas tradicionais de investimento, está mudando. Em 2011, a procura por formas inovadoras de aplicação chamou a atenção dos escritórios especializados.

Copetti afirma que a modalidade mais procurada na cidade foram as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). É como se a pessoa emprestasse dinheiro para os programas imobiliários dos bancos, recebendo um porcentual fixo de remuneração. "É acessível, com aportes a partir de R$ 1 mil. Por isso foi tão procurado", ressalta Copetti. O rendimento fica próximo aos 12% ao ano, em geral. "As pessoas sempre pensam em poupança, mas existem formas tão seguras quanto, com retorno muito melhor", analisa.


 

fonte:http://www.odiario.com/

27
Dez11

Sete dicas para encontrar os melhores fundos

adm

Construção de um portefólio de fundos de investimento significa colocar o seu dinheiro nas mãos de um estranho.

E apesar desse estranho ser um profissional na gestão de activos, isso não significa que a responsabilidade esteja apenas do lado de quem gere as suas poupanças. Cabe a si fazer o trabalho de casa. Cabe a si e escolher o fundo e a equipa de gestão que mais créditos oferecem para o seu dinheiro. É fundamental estudar o passado mas também antever o futuro, fazer contas às comissões e aos potenciais impostos a pagar. É fulcral conhecer os fundos e, muito importante, conhecer-se a si mesmo. Por isso, para não ficar escaldado da próxima vez que consultar o estado da sua carteira de investimentos, tome atenção a sete regras de ouro que o vão ajudar a encontrar os fundos certos.

1 - Pesquise o máximo que puder
A compra de um fundo de investimento assemelha-se muito à compra de uma casa: antes de decidir pela "tal" é preciso ver muitas. O mesmo sucede com os fundos. Antes de tomar uma decisão é fundamental que percorra o que o mercado oferece a "pente fino". Comece por visitar por alguns ‘sites' para tomar conhecimento em mais detalhe sobre os produtos. O sítio da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (www.apfipp.pt) é um bom começo para comparar os desempenhos e a classe de risco de todos os fundos de investimento nacionais. No sítio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (www.cmvm.pt) poderá, entre outras, ficar a par das transacções realizadas pelo fundo durante o mês. E para comparar e recolher informações sobre qualquer fundo comercializado em Portugal, ro use a ferramenta da Morningstar disponível no sítio do Diário Económico.

2 - Aposte num currículo vencedor
O sucesso de um gestor mede-se da mesma forma que o sucesso de um treinador de futebol: pelos resultados alcançados. É por isso preferível investir num fundo gerido por um profissional com provas dadas do que por alguém que começou agora a gerir carteiras de investimento. Consulte o prospecto do fundo e o sítio da casa de investimento que gere o fundo para saber mais sobre o historial do gestor e da equipa de gestão do fundo. Mas atenção: é verdade que um gestor com um passado recheado de bons resultados é um bom prenúncio mas só isso não chega para fazer um bom fundo.

3 - Procure consistência nos ganhos
Dizer que um fundo rendeu 7% por ano no último quinquénio é muito diferente de dizer que o fundo deu 7% ano passado. Qualquer fundo pode ter um ganho fora de série e ganhar muito acima dos seus pares num ano, mas manter consistência nos ganhos e na estratégia é mais complicado. Por exemplo, o melhor plano poupança-reforma (PPR) sob a forma de fundo de investimento em 2010 é um dos piores em 2011. Se está a indeciso entre um e outro fundo não caia no erro de comparar rendibilidades em períodos curtos. Prefira escolher um maratonista a um velocista com pouco pulmão.

4 - Aposte na reputação do fundo
Se o fundo que lhe suscitou interesse é gerido por um gestor com pouca experiência e sem grandes feitos passados, não o descarte já da sua lista. Caso o fundo apresente uma forte estratégia e uma sólida identidade marcada por bons desempenhos talvez mereça uma segunda oportunidade. Confirme apenas se o novo gestor tem acompanhado de perto a gestão do fundo. Por vezes, o novo gestor pode até ter feito da equipa do fundo durante vários anos. Além disso, procure saber qual foi a evolução do fundo em matéria de "estrelas Morningstar". Este critério de avaliação, desenvolvido pela própria Morningstar, líder na produção de informação financeira, tem em conta um conjunto de variáveis relacionadas com fundo como é o caso de rendibilidades passadas, comissões, estratégia seguida e perfil da equipa de gestão.

5 - Agarre-se ao prospecto e à ficha técnica
Uma das principais frases que se lê em qualquer prospecto, que acompanha todos os fundos, diz que as "rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidade futuras." Esta é a principal lição que os investidores devem retirar quando pretendem investir as suas poupanças em fundos de investimento. Leia atentamente o prospecto do produto e a ficha ténica com o intuito de ficar esclarecido quanto à estratégia de gestão do fundo para ficar ciente do verdadeiro risco que estará a incorrer e das rendibilidades potenciais que poderá amealhar. Só depois de perceber exactamente o que vai comprar é que deve tomar uma decisão.

6 - Use a abuse do poder dos rácios financeiros
Comparar fundos de investimento não se resume a uma análise de rendibilidades. O nível de risco é outra variável que os investidores deverão ter em atenção. Por isso, na hora de optar por um fundo, tenha em atenção ao rácio Sharpe, por exemplo, que combina a rendibilidade e o risco. É importante que estas comparações se façam apenas entre fundos da mesma categoria. Se a matemática não é o seu forte não tem problema. Apenas precisa de ordenar os fundos pela plataforma de pesquisa de fundos do seu banco e escolher o que oferece o rácio de Sharpe mais elevado. A maior parte dos intermediários financeiros já oferece esta função.

7 - Faça as contas às comissões
São muitos os fundos que ainda cobram comissões de subscrição e de resgate. Se for esse o caso do fundo que tem debaixo de olho, desconfie. Não há qualquer justificação para a sociedade gestora lhe cobrar comissões na hora de entrar e sair do fundo. Bem diferente é a comissão de gestão. Neste caso, não siga a estratégia do poupadinho pois nem sempre a solução mais económica é a melhor: um fundo que ofereça rendibilidades de 6% ao ano e cobre uma comissão de gestão de 2,5% continua a ser bem melhor que um fundo concorrente que, apesar de cobrar 1% para gerir o seu dinheiro, apresenta um desempenho de 1%. Se custos mais elevados justificarem ganhos maiores talvez valha a pena subscrever um fundo que cobre comissões de gestão mais elevadas.

fonte:http://economico.sapo.pt/

27
Dez11

Cinco oportunidades de investimento para 2012

adm

Acções, dólar australiano, paládio, cobre e milho são cinco das apostas da IG Markets para o próximo ano.

Ser optimista num cenário de forte contracção económica, ao mesmo tempo que se gere um orçamento familiar sob um amplo plano de medidas de austeridade, não é fácil. Nos mercados, o sentimento é partilhado pelos investidores: depois de um 2011 marcado por uma desvalorização superior a 10% das acções europeias, de uma onda de cortes de ‘rating' no espaço do euro que geraram subidas avassaladoras das ‘yields' das obrigações do Tesouro de vários países da zona euro e de constantes surpresas, pouco animadoras, na carteira dos investidores, o próximo ano não promete ser muito diferente. Promete ser, novamente, um ano impróprio para cardíacos. "Em 2012 deveremos potencialmente estar preparados para mais surpresas negativas do que positivas", vaticinam os analistas da IG Markets no ‘outlook' de 2012 para os mercados financeiros, que antecipa uma contracção de 0,5% do PIB europeu e um crescimento da economia global de 3,5%.

Contudo, os especialistas não deixam de salientar algumas boas oportunidades que podem ser aproveitadas pelos pequenos investidores no próximo ano. Nomeadamente, no campo do mercado accionista e das matérias-primas. No canto oposto estão os tradicionais ‘safe heaven', "especialmente os ligados à dívida soberana", como é o caso das obrigações do Tesouro da Alemanha e dos EUA, actualmente a oferecer rendibilidades reais negativas.

Crise torna acções nacionais pouco atractivas
A bolsa nacional tem sido uma das praças financeiras mais castigadas pelos investidores ao longo deste ano, em resultado de toda a situação em que tem estado envolvida a economia nacional. E face às estimativas de crescimento para 2012 apresentadas pelos principais organismos (Governo, Comissão Europeia e FMI), que apontam para uma correcção do PIB em torno dos 3%, os especialistas da IG Markets acreditam que "não se perspectiva uma recuperação generalizada para o mercado nacional". Recorde-se que desde Janeiro o principal índice accionista da Euronext Lisboa (PSI 20) acumula perdas acima de 30%. "Ainda assim, os títulos que poderão evidenciar melhores ‘performances' relativas continuarão a ser os de empresas mais diversificadas como a Jerónimo Martins, Galp, Cimpor, bem como de empresas com uma estrutura de ‘cash flows' mais previsível e por isso tradicionalmente mais defensivas - EDP e REN."

O sector menos interessante para os investidores volta a ser a banca que "deverá manter-se sobre especial pressão, num contexto de mercado monetário interbancário praticamente vedado às entidades nacionais e exigências muito relevantes de desalavancagem". Face a esta realidade, os especialistas referem que "considerando os objectivos de risco e retorno, bem como o horizonte temporal de investimento, apenas consideramos interessantes as apostas no sector bancário para horizontes temporais de (muito) longo prazo, já que os resultados sofrerão reduções drásticas (no sector em geral)."

Num quadro bem diferente deverão constar as acções norte-americanas: segundo as estimativas dos especialistas da IG Markets, o principal índice accionista dos EUA (S&P 500) deverá chegar ao final do próximo ano a cotar nos 1.393 pontos, traduzindo-se assim num potencial de valorização teórico de 13% face aos valores de ontem.

Outra aposta da equipa de Nuno Serafim para o próximo ano foca-se no mercado das matérias-primas que, segundo os especialistas, deverá continuar a registar uma forte correlação com os mercados accionistas. "Gostamos de matérias-primas que sofrem constrangimentos ao nível da oferta como o paládio, cobre e nos cereais o milho". Para os investidores com um perfil de risco mais arriscado, há ainda a possibilidade de investir no mercado cambial. E neste capítulo, a IG Markets volta a recomendar o investimento em dólares australianos por acreditar que a Austrália deverá "continuar a ser um país com crédito de ‘rating' ‘AAA' e, mais importante, deverá continuar a atrair um fluxo muito significativo de capital com objectivo de investimento directo estrangeiro". No canto oposto figuram as moedas europeias da zona euro e a libra esterlina. No caso do euro, o pessimismo dos especialistas vai tornar-se mais agudo se o "Banco Central Europeu acabar por enveredar por uma política de expansão monetária".

fonte:http://economico.sapo.pt/

25
Dez11

Bolsa: se é investidor, tome nota

adm

Se investe na bolsa, saiba que as atenções vão estar voltadas esta semana para o valor preliminar da inflação alemã e para os dados referentes ao mercado imobiliário norte-americano, numa altura calma em termos de divulgação de indicadores.

«Os próximos dias serão bastante calmos no que diz respeito à divulgação de indicadores macroeconómicos, tanto na Europa como nos Estados Unidos, cujos índices estarão encerrados na segunda-feira» após o Natal, disse à agência Lusa Telma Santos, analista de acções do Millennium investment banking.

Na Europa, os investidores estarão atentos à divulgação do valor preliminar do índice de preços no consumidor alemão.

«Os preços no consumidor devem ter subido 2,4% em Dezembro face a Dezembro de 2010 e 0,8% o face a Novembro», adiantou a analista, a partir do consenso de analistas contactados pela agência de informação financeira Bloomberg.

Também na Alemanha é esperado pelos analistas um crescimento mensal de 0,3% das vendas a retalho de Novembro.

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quinta-feira as contas nacionais trimestrais por sector industrial.

Do outro lado do Atlântico, nos EUA, o mercado imobiliário estará em destaque: serão conhecidas as vendas de casas pendentes em Novembro e o índice de preços de casas S&P/CS das 20 maiores cidades norte-americanas.

No que respeita às vendas de casas pendentes, é esperado um aumento de 1,8% do número de contratos de promessa compra e venda assinados para comprar casas usadas.

Já o índice de preços de casas S&P/CS deverá apontar para um decréscimo de 3,2% dos preços no mês de Outubro.

Ainda nos EUA, o indicador de actividade empresarial norte-americano Chicago PMI deverá recuar em dezembro, enquanto a confiança dos consumidores medida pelo Conference Board deve registar uma melhoria.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

23
Dez11

Medo leva investidores europeus a fugirem de fundos de acções e obrigações

adm

No top ‘ten’ dos fundos mais subscritos no terceiro trimestre na Europa estão oito fundos com pouco risco e de curto prazo.

Se dúvidas houvesse sobre o estado de espírito dos investidores europeus nos últimos tempos, elas ficaram totalmente dissipadas com os resultados do último estudo Lipper FMI, elaborado em parceria com a JPMorgan AM. Este estudo trimestral analisa a evolução das subscrições e resgates da indústria de fundos de investimento em oito mercados, incluindo Portugal. E os resultados relativos ao terceiro trimestre do ano são pouco animadores: todas as categorias de fundos registaram subscrições líquidas negativas. No total, os investidores europeus retiraram no conjunto dos três meses (entre Julho e Setembro) mais de 95 mil milhões de euros. Um valor que representa uma média de 44 milhões de euros resgatados em cada hora. Sem grande surpresa, os fundos de acções e obrigações foram aqueles que registaram os maiores volumes de resgate.

No total, tendo em conta os resgates e a desvalorização dos activos, a indústria de fundos europeia encolheu 309 mil milhões de euros neste trimestre. Os números são um reflexo da elevada volatilidade registada nos mercados financeiros durante este Verão. Recorde-se que Agosto foi um mês negro para as bolsas, com os receios dos investidores a aumentarem pelo facto de não haver um fim à vista para a crise da dívida soberana que afecta os países periféricos e também pelo receio de que a crise europeia pudesse estar a afectar outras regiões do globo, nomeadamente, os EUA. Recorde-se que no início de Agosto, a Standard&Poor's, numa actuação inédita, cortou o ‘rating' dos EUA de AAA ( o nível máximo de qualidade creditícia) para AA+.

Como consequência, o medo espalhou-se como um vírus. Analisando os números do estudo da Lipper FMI, é possível verificar que, não só o pânico levou a uma fuga dos investidores dos fundos de investimento de acções e obrigações, como também mostra que os fundos menos atingidos por essa saída foram os fundos do mercado monetário. Ou seja, fundos de elevada liquidez e com um risco de investimento mais reduzido. Estes fundos caracterizam-se pelo facto de investirem em instrumentos de curto prazo como depósitos, papel comercial e bilhetes do tesouro. Olhando para a lista dos 10 fundos que foram mais subscritos em toda a Europa no terceiro trimestre do ano é possível verificar que oito deles são fundos do mercado monetário. A liderar o ‘ranking' está um fundo da JPMorgan, o JPM US Dollar Treasury Liquidity, que conseguiu angariar 8,3 mil milhões de euros no trimestre. Também a Goldman Sachs, a Natixis, a Blackrock, a DWS, a Aviva e a KBC conseguiram colocar fundos do mercado monetário na lista dos fundos mais vendidos no trimestre. Curioso é o facto de neste ‘ranking' aparecerem também dois fundos que apostam na evolução do mercado accionista alemão- é o caso dos ETF iSharesDAX@(DE) e do DB X-Trackers DJ DAX ETF. Um dado a comprovar que apesar da elevada volatilidade dos mercados, os investidores continuam a confiar na força da economia alemã.

fonte:http://economico.sapo.pt/

23
Dez11

Diversificar o risco é o segredo para ganhar em 2012

adm

Deixe de lado os activos de maior risco e aposte em diversificar o investimento, defende o Banco Best.

O mundo inteiro tem estado a preparar-se para um 2012 negro. Seja em termos de abrandamento do crescimento económico, do aumento da dívida pública mundial ou de investimento em activos de maior ou menor risco. Os analistas traçam vários cenários para aquele que poderá ser o ‘ano horribilis' da década. Mas não se assuste: os seus investimentos podem continuar a garantir um retorno se diversificar os riscos.

"Os títulos de dívida pública dos países mais seguros, como os EUA e Alemanha, poderão continuar - caso exista um aumento da incerteza - a ser considerados activos de refúgio, embora o seu potencial de valorização, dado o actual nível de taxas de juro, seja diminuto", explicou Diogo Serras Lopes, Director de Investimentos do Banco Best, em declarações ao Diário Económico. O responsável sublinha que, por isso mesmo, "a diversificação, tanto de regiões, como de classes de activos ou moedas - continua a ser a melhor forma de proteger os investimentos do risco específico de um determinado evento".

Na mesma ocasião o responsável salientou que "o ano de 2012, pelo menos na parte inicial, continuará a ser marcado por um nível elevado de incerteza, nomeadamente na questão dos desenvolvimentos da crise europeia", explicando que, por isso mesmo, "os activos de risco, embora se encontrem de forma geral a níveis baixos de avaliação em termos de comparações históricas - o que aumenta a sua atractividade no longo-prazo -, poderão estar pressionados no curto-prazo, tanto pelo nível elevado de incerteza, como pela possível redução de estimativas de crescimento económico".

Estimativas que "têm vindo a ser revistas em baixa nos últimos meses, em parte devido às dificuldades sentidas pela zona euro na resolução da crise actual", afirmou o especialista, lembrando ainda que "desde que a desaceleração sentida nos mercados desenvolvidos não assuma proporções significativamente maiores", os países emergentes poderão ser parte da solução. As chamadas economias em desenvolvimento têm registado um crescimento superior ao dos países desenvolvidos, embora se tenha assistido a uma ligeira desaceleração nos últimos meses do ano. No entanto, "a menor dependência dos países emergentes das exportações para os países desenvolvidos, através do reforço da componente de procura doméstica nestas economias, poderá tornar as economias emergentes menos sensíveis aos maiores problemas sentidos nas economias desenvolvidas", concluiu.

Por isso, a aposta em divisas de países emergentes ou em moedas consideradas muito seguras - como o franco suíço - deverá também estar na mira dos investidores durante o próximo ano, numa altura em que têm estado a valorizar tanto face ao dólar quanto face ao euro.

Dívida mundial não pára de aumentar
A dívida mundial registou, entre 2002 e 2010, um aumento de 11% ao ano. Contas feitas e a dívida pública global é actualmente de cerca de 30 biliões de euros, o que representa um grande travão ao crescimento económico mundial. "A diminuição do actual nível de dívida global é algo que será necessário realizar durante os próximos anos, indo até, potencialmente, além da próxima década", diz Diogo Serras Lopes.

No "relógio mundial da dívida", uma ferramenta disponibilizada pela revista ‘The Economist' e que mede ao segundo a evolução da dívida mundial, Portugal destaca-se, a cor-de-laranja, como um dos países com mais elevada dívida pública do mundo, a par de Espanha, da Austrália e da Finlândia. França, Itália e Alemanha estão, por seu lado, pintados a vermelho, registando um nível de dívida pública superior a 75% do PIB nacional.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

22
Dez11

Empreste dinheiro ao Estado e ganhe 7% em seis meses

adm

Se quer investir em dívida pública estude a hipótese de comprar obrigações do Tesouro que vencem no curto prazo.

Ser hoje credor do Estado português é um risco. Que o digam os vários fornecedores da administração pública e a própria banca, que contabilizam nos seus balanços vários milhares de euros de facturas e créditos em atraso. O descarrilamento das contas públicas nos últimos anos, que culminou numa dívida pública superior a 100% do PIB e num défice orçamental longe do desejado, não abona muito a seu favor. Mas também é verdade que desde 1890 que o Tesouro não tem falhado com todas as suas responsabilidades financeiras. É talvez por isso que as famílias continuam a emprestar dinheiro ao Estado: de acordo com os últimos números da entidade responsável pela gestão da tesouraria e da dívida pública (IGCP), estão aplicados em certificados de Aforro (CA) 11.923 milhões de euros e 1.278 milhões de euros em certificados do Tesouro (CT).

No entanto, qualquer um dos dois instrumentos de dívida do Estado português está longe de ser um produto financeiro interessante para o bolso dos portugueses que queiram investir no curto prazo. Pelo menos quando comparados com as obrigações do Tesouro que vencem nos próximos meses, e que acarretam riscos semelhantes aos dois instrumentos de dívida desenhados para as famílias.

Dívida a duas velocidades
A possibilidade de o Estado entrar em incumprimento é o maior risco que enfrenta qualquer credor de Portugal. Mesmo no caso dos CA e CT, que de acordo com as suas características são produtos de capital garantido, vários especialistas consideram que numa situação de reestruturação da dívida nacional dificilmente passarão imunes. Nem que seja por uma ordem de equidade entre investidores (privados versus particulares) ou mesmo por serem produtos com maturidades de longo prazo (os títulos mais penalizados numa situação de reestruturação).

Neste sentido, ganha peso a atractividade das obrigações do Tesouro que vencem no curto prazo que oferecem o melhor de dois mundos: elevada remuneração, em resultado da crise da dívida soberana na zona euro que gerou uma escalada sem precedentes da ‘yield' destes títulos; e baixo risco, pois, pelo menos até que Portugal esteja sob a alçada da ‘troika' haverá dinheiro para pagar aos credores.

As obrigações do Tesouro que vencem a 16 de Junho do próximo ano assentam na perfeição nesta descrição: segundo cálculos do Diário Económico com base no preçário do BES e do Banco BPI, dois dos principais intermediários financeiros na negociação de obrigações, e no preço que os títulos estavam a cotar na sexta-feira na Euronext Lisboa, estas obrigações oferecem uma rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões, no vencimento, de 7,05% ou uma taxa interna de retorno (TIR) de 12,64%, para um investimento de 5.000 euros. O mesmo investimento feito no início do mês renderia, em média, 10%. São ganhos bem longe da taxa de juro bruta dos CA para novas subscrições em Dezembro que foi fixada em 1,496%. Recorde-se ainda que estas obrigações são os títulos de dívida mais líquidos da bolsa portuguesa, tendo negociado no último mês 18,4 milhões de euros, cerca de 836 mil euros por sessão.

Caso o prazo de investimento seja mais alargado e o perfil de risco do investidor mais arriscado, poderá ser ponderado o investimento nas obrigações do Tesouro que vencem a 13 de Setembro de 2013, a segunda linha de obrigações mais líquida da Euronext Lisboa. Estes títulos estão a oferecer uma rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões, na maturidade, de 18,25% que se traduz numa TIR de 11,15%, igualmente no caso de um investimento de 5.000 euros. No entanto, é importante salientar duas coisas: a liquidez destas obrigações é cinco vezes inferior às primeiras e o risco que acarretam é consideravelmente superior às que vencem em Junho, pois esta será a primeira linha obrigacionista a vencer fora da data em que termina o pacote da ajuda da ‘troika' a Portugal, cabendo assim ao Tesouro arranjar forma de pagar aos obrigacionistas, por ventura, recorrendo novamente ao mercado de dívida.

Uns dirão que a compra destas OT é um tiro certeiro. Mas cuidado: se há algo que esta crise nos ensinou é que nada é garantido. E por isso, hoje, mais do que nunca, seguir à risca a velha máxima da diversificação da carteira de investimentos por activos e regiões geográficas é da maior relevância. Para bem do seu dinheiro.

 

Dívida pública para dois perfis
A obrigação do Tesouro que vence a 15 de Junho oferece uma rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões de 7,05%, para um investimento de 5.000 euros. No caso da obrigação do Tesouro que vence a 13 de Setembro de 2013, o mesmo investimento traduz-se numa rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões de 18,25%. Contudo, é importante salientar que a diferença de ganhos é proporcional ao risco do investimento: se a primeira obrigação vence dentro de seis meses e é a linha obrigacionista mais líquida da Euronext, a obrigação que vence em 2013 carrega consigo o risco de ser a primeira linha obrigacionista que será garantida pelo Estado português findo o pacote de ajuda financeira da ‘troika'.

fonte:http://economico.sapo.pt/

17
Dez11

10 taxas que você deve conhecer bem

adm

Se para si a matemática é um problema, para um cliente bancário ela é uma boa ferramenta de apoio nas decisões financeiras. Contas, números e cálculo financeiro podem valer clientes mais informados e mais preparados para enfrentarem decisões importantes como comprar casa ou investir em produtos financeiros para a reforma.
Saiba aqui quais as 10 taxas que deve conhecer por dentro para saber lidar melhor com o seu dinheiro.

 

Esteja atento aos números que mexem com o seu dinheiro.

Taxa de inflação

É uma taxa que mede a variação do Índice de Preços do Consumidor, um índice que junta os preços de um cabaz de bens representativo do consumo das famílias portuguesas. O cabaz de bens de referência utilizado pelo Instituto Nacional de Estatística tem como principais ponderações os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, os transportes e a habitação e despesas com serviços no lar.
Veja o efeito que tem nas suas finanças. Imagine que tem 1000 euros hoje e que nos próximos 10 anos a taxa de inflação é de 3% por ano. Sabe quanto dinheiro teria de ter no final desses 10 anos para que conseguisse comprar as mesmas coisas que compra hoje com os 1000 euros? 1344 euros.
.

TAN

taxa anual nominal é a taxa que deve figurar em todos os contratos de crédito e em todas as aplicações financeiras e tem como horizonte temporal um ano. No caso de um empréstimo a taxa variável, esta taxa é igual ao valor do indexante (normalmente a Euribor) acrescida do spread, a margem financeira do banco. No caso de um crédito com taxa fixa a TAN é fixada directamente pelo banco, sem fazer depender de qualquer indexante o seu valor.
Se vai contrair um empréstimo ou fazer uma aplicação tenha em conta esta taxa, mas para ter a noção do valor real do montante em dívida ou do crescimento das suas aplicações, as taxas seguintes são as mais importantes.

TAE

Se num crédito houver lugar ao pagamento de seguros e comissões a juntar à TAN esses encargos são tidos em conta na taxa anual efectiva (TAE). A TAE é a medida que já aproxima mais o custo do crédito ao real custo para o cliente, mas ainda deixa de fora alguns encargos como os impostos.

Conheça este exemplo do Banco de Portugal. Num empréstimo a 30 anos (360 meses) com uma TAN de 5% o valor da TAE é:

TAE = (1+TAN/12)^(12)-1 = (1+0,004167)^12-1 = 5,12%

TAEG

taxa anual de encargos efectiva global é a taxa que mede todos os custos decorrentes de um crédito incluindo impostos, que não estão contemplados na TAE. Os créditos têm por norma associado o imposto selo, além dos outros custos como comissões e seguros já presentes na TAE. Na TAEG incluem-se juros, comissões e impostos decorrentes do crédito, as comissões de mediação do crédito, os seguros contratados por via do crédito e custos associados a uma conta necessária para ter acesso ao crédito. Os custos do notário ficam de fora deste cálculo.

TAER

Se ao seu crédito estiverem associados outros produtos e aplicações financeiras, então esses novos serviços e produtos poderão mexer na factura total do seu empréstimo. Para saber qual a taxa que vai pagar realmente pelo seu crédito tem de considerar a taxa anual efectiva revista que não é mais do que a TAE com eventuais custos que decorram dos produtos financeiros assumidos no momento da contratação do empréstimo.

Taxa de esforço

Esta não é uma taxa como as outras, mas é fundamental para saber se está a cumprir os critérios de segurança da sua vida financeira quando contrai empréstimos. A taxa de esforço não é mais do que a relação entre o montante das prestações de crédito e o rendimento disponível do agregado familiar. Para não correr grandes riscos de uma eventual quebra no seu rendimento normal, o melhor é manter esta taxa entre os 30 e os 40 por cento.

Euribor

Euribor (European Interbank Offered Rate) é o principal indexante nos empréstimos com taxa variável e é uma das principais taxas de referência do mercado monetário da Zona Euro. O cálculo da Euribor é feito diariamente e considera as taxas praticadas nos depósitos entre os 44 principais bancos europeus. Os indexantes mais utilizados nos empréstimos têm o prazo de 3, 6 e 12 meses.
Saiba mais aqui .

TANB e TANL

taxa anual nominal bruta é, no fundo, a taxa anual nominal sem estarem descontados os impostos e é também a taxa que aparece nos anúncios a depósitos a prazo. Por exemplo, uma TANB num depósito a prazo de 1 ano que pague juros no vencimento é igual à taxa anual efectiva, já que a periodicidade dos juros é igual ao prazo do depósito. Mas o que interessa mesmo ao cliente bancário? Saber quanto pode ganhar antes de impostos ou o que lhe chega realmente à conta à ordem? Para saber quanto ganha de juros é necessário retirar a parcela de IRS aos seus juros. Como? Através do cálculo da taxa anual nominal líquida (TANL) que mais não é do que (1-0,215)*TANB, isto é, no caso da taxa a aplicar ser 21,5% (25% em 2012).

Taxa de IRS

As aplicações financeiras e outros investimentos pagam IRS-Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. Por isso, convém a qualquer cliente bancário saber quanto paga de IRS na hora de receber o seu dinheiro investido. No dinheiro aplicado em depósitos e contas poupança, a taxa de IRS na fonte aplicada em 2011 é de 21,5%, mas subirá para os 25% em 2012. A mesma taxa de IRS é aplicada a dividendos de acções, mais-valias com obrigações, taxas de juro de obrigações (já descontada), rendimentos de resgate de seguros de capitalização (já descontada) e lucros obtidos em fundos de investimento (já descontada).

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/

17
Dez11

Proteja os seus ganhos em bolsa das mãos do Fisco

adm

Em 2012 a tributação sobre juros, dividendos e mais-valias aumentará de 20% para 25%, e ficará mais caro resgatar PPR e fundos.

Nos últimos dois anos os pequenos investidores têm sido duramente castigados pelo Fisco. Muitos ainda se recordam da introdução, em 2010, do regime de tributação das mais-valias mobiliárias à taxa de 20% pela mão do Governo de José Sócrates. Até então os ganhos gerados em acções detidas há mais de 12 meses eram excluídos de qualquer tributação. Para o próximo ano, haverá mais uma machadada na carteira dos pequenos investidores. Isto porque, de acordo com a proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2012, entregue pela maioria parlamentar PSD/CDS, as taxas liberatórias sobre juros, dividendos e mais-valias aumentarão dos actuais 20% para 25%.

Para que no final não seja apenas o Fisco e os intermediários a ficarem com o seu dinheiro, é fundamental meter mãos à obra até final do ano.

Dê a volta ao aumento fiscal sobre os ganhos em acções e fundos de investimento
O ano que está prestes a terminar não foi fácil para a generalidade dos pequenos investidores. A volatilidade das bolsas e a crise da dívida soberana na zona euro dificultaram em muito a tarefa. No entanto, aqueles que somam já mais-valias superiores a 500 euros correm o risco de verem esse ganho esfumar-se pelo efeito fiscal, se ficarem à espera das 12 badaladas de ano novo. Para que isso não suceda podem então recorrer a duas alternativas: optar pelo englobamento dos capitais ou pela redução do saldo de mais e menos-valias, com o contributo de posições em activos bolsistas que estão ainda abertas e a somar perdas.

No caso do englobamento de capitais, Jorge Tainha, ‘partner' do departamento fiscal da KPMG, refere que varia de "caso a caso" e que poderá beneficiar uma reduzida franja dos contribuintes. Além disso, o especialista refere que esta opção só compensa se o saldo de mais e menos-valias for negativo e superior, em termos absolutos, que os restantes rendimentos, e no pressuposto de que nos próximos dois anos se realize mais-valias.

Assim, a melhor solução ao alcance da maioria dos investidores passa por "jogar" com as posições abertas em acções e outros títulos mobiliários que estão com perdas. Para esse efeito, podem alienar esses activos antes do final do ano, com o intuito de transformar o saldo entre mais e menos-valias inferior a 500 euros, ficando assim isento de qualquer carga tributária. Na prática, significa que se tiver uma posição aberta a perder 2.000 euros e o seu saldo líquido de ganhos em bolsa somar já 2.500 euros, poderá ponderar fechar a posição negativa fazendo com que a carga tributária seja nula em vez de ver o saldo do IRS de 2011 abatido em 250 euros (25% x 1.000 euros).

No caso dos pequenos investidores que apostam em fundos de investimento estrangeiros a situação é ligeiramente diferente. Como as mais-valias deixarão de ser tributadas a 21,5% para serem a 25%, os investidores que estejam a contabilizar ganhos nestes activos devem resgatá-los este ano para voltarem a comprá-los em 2012, caso continuem a apostar numa valorização dos fundos. Isto porque, desta forma, conseguem repartir os ganhos entre este e o próximo ano, reduzindo assim o efeito fiscal. No caso de se tratar de fundos nacionais, esta questão não se coloca dado que o Fisco continuará a discriminar positivamente os fundos portugueses dos estrangeiros, permitindo aos primeiros continuar a usufruir de uma exclusão tributária sobre as mais-valias obtidas pela alienação de acções detidas há mais de 12 meses, obrigações e outros títulos de dívida, excepto quando obtida por fundos de investimento mistos ou fechados de subscrição particular, aos quais se aplicam as regras previstas no Código do IRS.

O que parece ter ficado de fora das "mandíbulas" do Fisco foram os ganhos gerados com as obrigações que são levadas até à maturidade. Como esta operação não pressupõe a venda da obrigação mas antes ao seu reembolso, também não há lugar à realização de qualquer mais-valia. Assim, o ganho gerado com os títulos de dívida levados até ao seu vencimento continuam livres de qualquer tributação fiscal. O mesmo não se poderá dizer no que toca à tributação sobre as mais-valias e às condições de resgate fora das condições previstas na lei dos planos poupança-reforma (PPR).

Por todas estas razões, no próximo ano, mais do que nunca, os pequenos investidores não poderão descurar fazer contas às comissões e à carga fiscal dos investimentos que venham a realizar. Não fazê-lo é correr o risco de acabar com a carteira escaldada e o bolso furado.


Estratégias para baixar a carga fiscal dos pequenos investidores

Acções em bolsa
Depois de, em 2010, o governo de José Sócrates ter introduzido um regime de tributação das mais-valias mobiliárias à taxa de 20%, o Governo de Passos Coelho vai agravá-lo no próximo ano. De acordo com a proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2012 entregue pela maioria parlamentar PSD/CDS, as taxas liberatórias sobre as mais-valias de activos bolsistas aumentarão para 25%, para valores acima dos 500 euros. Para mitigar este encarecimento de cinco pontos percentuais os investidores podem recorrer ao fecho das posições ainda abertas que estejam a somar perdas, de forma a reduzir o saldo das mais e menos-valias e a respectiva carga fiscal. Além disso, podem também fechar as posições que estão a ganhar dinheiro já este ano, voltando a comprar esses títulos em 2012, caso continuem a apostar numa valorização desses activos. Desta forma, conseguem repartir os ganhos entre este e o próximo ano.

Dividendos de acções
Os ganhos distribuídos pelas empresas sob a forma de dividendos vão também sofrer um agravamento fiscal em 2012. Se este ano eram tributados a uma taxa de 21,5%, no próximo ano ficarão sujeitos a uma tributação de 25%. Isto significa que a estratégia de "caça aos dividendos" pode sair furada. Recorde-se que esta estratégia consiste em comprar as acções um dia antes da data em que as acções perdem o direito ao dividendo (‘ex-dividend'). Isto sucede porque, como no dia de ‘ex-dividend' a acção abre a um preço descontado do dividendo bruto e os pequenos accionistas recebem apenas o dividendo líquido, isto é, com um desconto de 25%, os ganhos de curto prazo revelam-se mais complicados de se concretizarem. Porém, gera-se uma oportunidade maior para os investidores de longo prazo que, em 2012, poderão comprar as acções 
com um desconto maior. Basta para isso adquirir os títulos no dia de ‘ex-dividend'.

Fundos de investimento
As mais-valias geradas pelos pequenos investidores via fundos de investimento estrangeiros deixarão de ser tributadas a 21,5% para serem a 25%, no próximo ano. Assim, os investidores que estejam a contabilizar ganhos nestes fundos devem resgatá-los até ao final do ano para voltar a comprá-los em 2012, caso continuem a apostar numa valorização dos fundos. Desta forma, conseguem repartir os ganhos entre este e o próximo ano, reduzindo assim o efeito fiscal. No caso de se tratar de fundos nacionais esta questão não se coloca, dado que o Fisco continuará a discriminar positivamente os fundos portugueses dos estrangeiros, permitindo aos primeiros continuar a usufruir de uma exclusão tributária sobre 
as mais-valias obtidas pela alienação de acções detidas há mais de 12 meses, obrigações e outros títulos de dívida, excepto quando obtida por fundos de investimento mistos ou fechados de subscrição particular, aos quais se aplicam as regras previstas no Código do IRS.

Plano poupança reforma (PPR)
A partir do próximo ano vai ficar mais caro resgatar os planos poupança-reforma (PPR).  A começar pelo agravamento fiscal das mais-valias, que passarão a ser tributadas a 25% tendo por isso implicações sobre os investidores que resgatem os PPR dentro e fora das condições previstas pela lei (reforma por velhice ou invalidez, desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho). Porém, serão sobre os primeiros que o Fisco pegará mais pesado dado que, em 2012, o resgate fora das condições previstas na lei ficará sujeito à devolução dos benefícios fiscais obtidos no passado acrescido de uma majoração de 10% das importâncias deduzidas por cada ano decorrido. Hoje, essa penalização resume-se 
a um montante equivalente a 1% das subscrições realizadas ao longo do período do investimento. Assim, se estiver a pensar resgatar o seu PPR é melhor que o faça ainda este ano.

fonte_:http://economico.sapo.pt/n

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