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Poupanças e Investimentos Seguros

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27
Jun12

Conheça os fundos que fintam a crise

adm

O Económico foi à procura dos 11 fundos de investimento que nos últimos dois anos mais golos marcaram a favor dos investidores.

Como se faz um campeão? A esta pergunta, Cristiano Ronaldo poderia responder: com muito trabalho, uma dose elevada de auto-estima, perseverança e um grau de lucidez acima da média para tomar as decisões correctas no momento chave. A receita para se produzir um campeão dentro dos relvados é, em parte, semelhante à receita necessária para fabricar um campeão dos mercados. Saber tomar as decisões certas nos momentos exactos, sem se deixar envolver pelas emoções, é um factor crítico de sucesso no mundo financeiro. Desde que a crise da dívida soberana se instalou na Europa, no início de 2010, o medo, a desconfiança e a incerteza tomaram conta de todos os agentes do mercado. As ‘yields' das obrigações da dívida pública dispararam e as bolsas afundaram. O Eurostoxx 50, que reúne as 50 maiores empresas europeias, perdeu desde essa altura 27,9%. Já o comportamento do PSI 20 foi ainda mais negro: desvalorizou 46% desde o início de 2010. Mas nem tudo correu mal.

Alguns gestores de fundos conseguiram, mesmo em ambiente adverso, gerar ganhos aos investidores. Por isso mesmo, e aproveitando o facto de estar a decorrer o Campeonato Europeu de Futebol, o Diário Económico dá-lhe a conhecer qual foi a selecção vencedora dos mercados financeiros desde Janeiro de 2010, salientando os 11 fundos de investimento que desde então geraram rentabilidades mais elevadas e melhor driblaram a crise.

Estes 11 "craques" estão disponíveis para comercialização em Portugal e geraram ganhos acumulados quase sempre superiores a 50%, segundo dados fornecidos pela Morningstar. Nesta lista de convocados, há vários dados que sobressaem: os melhores fundos foram aqueles que apostaram em acções da Tailândia ou do sector da indústria do luxo, ou ainda em títulos do sector da biotecnologia. Por exemplo, no conjunto dos 11 fundos, três deles investem exclusivamente na Tailândia, e um outro fundo tem uma exposição considerável a este mercado. Neste campo, o Fidelity Thailand A USD é aquele que mais se destaca, ao ter registado ganhos de 82% em dois anos e cinco meses. O facto das acções tailandesas terem gerado ganhos tão elevados tem uma explicação: "A bolsa tailandesa apresentou um desempenho bem acima de outras bolsas. Para o período indicado, o S&P500 subiu pouco mais de 20% enquanto a bolsa tailandesa subiu mais de 70%. Esta performance, de uma perspectiva macroeconómica, pode ser explicada pelo dinamismo da economia, com o FMI a estimar um crescimento do PIB superior a 5% nos próximos dois anos, com dinamismo da procura interna", justificou ao Diário Económico, fonte do banco best.

Surpreendente é também o destaque e o bom desempenho que os fundos que operam na indústria de luxo tiveram. No conjunto dos 11 craques dos fundos de investimento há três fundos (um do Credit Suisse, outro do ING e um terceiro da Pictet) que apostam em títulos de empresas que produzem e comercializam bens e serviços ‘premium'. O facto é ainda mais interessante quando contextualizado com o débil ambiente económico que se vive na Europa. Apesar da conjuntura adversa, as empresas deste sector não estão a ressentir-se. Fonte da direcção de investimentos do Best explica porquê: "Tem a ver com o facto de este tipo de empresas ter conseguido crescer as suas vendas especialmente nos mercados emergentes (aumento da classe média que se quer destacar com o acesso a marcas de prestígio), tendo um desempenho superior quando comparado com empresas que produzem outro tipo de bens".

Na lista dos 11 convocados há ainda um outro dado a salientar: quase todos fundos têm uma exposição reduzida aos activos da zona euro. A excepção a este padrão é atribuída ao fundo MFS Meridian European Small Companies. Este fundo conseguiu gerar ganhos acumulados aos investidores na ordem dos 48, sendo que está totalmente investido em acções europeias. Ainda assim, e possivelmente para reduzir o risco da carteira, o fundo tem privilegiado os títulos do Reino Unido - que têm um peso de 51% no portfólio.

No entanto, e apesar dos ganhos exuberantes que esta selecção de 11 fundos proporcionou nos últimos dois anos, tal não significa que os investidores devam ir a correr subscrevê-los. A teoria e o bom senso dizem que " os ganhos passados não são garantia de retornos futuros". Além disso, muitos destes fundos são altamente voláteis e têm uma classificação de risco elevada. Como tal, não são adequados a todos os investidores.

"As carteiras de investimentos devem ser diversificadas, preferencialmente por regiões, sectores e temas de investimento, com as percentagens a alocar entre activos de maior e menor risco a depender do perfil do investidor. Numa carteira equilibrada, para um horizonte de longo prazo, a percentagem alocada a temas de investimento cujo objectivo seja incrementar o retorno e risco esperado do portfólio como um todo não deverá superar os 10%. ", recomenda a direcção de investimentos do banco Best.

Fundos portugueses lideram as perdas
Além de olhar para os campeões dos mercados, é também altura para fazer as contas e ver quem foram os grandes derrotados da indústria de fundos de investimento desde 2010. Segundo os dados da Morningstar, a lista dos 11 piores fundos de investimento vendidos no nosso mercado é composta exclusivamente por fundos portugueses, sendo que a maioria deles investe em acções portuguesas. Estes 11 fundos obtiveram nos últimos dois anos rendibilidades negativas acumuladas que variaram entre os -48% e os -58%. Neste retrato dos mercados Portugal não saiu bem na fotografia. Esperemos que nos relvados da Polónia e da Ucrânia Portugal se saia melhor....

Os melhores e os piores sectores

Entre Janeiro de 2010 e 31 de Maio de 2012, estas foram as categorias de fundos que melhor desempenho registaram segundo a Morningstar:
*Acções Tailândia: 67,83%
*Imobiliário (indirecto) da América do Norte: 44,21%
*Acções da Indonésia: 38,6% 
*Acções da Malásia: 36,84%
*Matérias Primas(metais preciosos): 31,20%.

- Entre Janeiro de 2010 e 31 de Maio de 2012, estas foram as categorias de fundos que pior desempenho registaram segundo a Morningstar:
*Acções Grécia: -73,16%
*Acções Espanha:-45,87%
*Acções do sector de energia alternativa: -39,77%
*Acções Itália: -38,99%
*Matérias Primas (outras): 27,81%


Os 11 titulares da melhor selecção de fundos

1 - Fidelity Thailand A-USD
Este fundo da Fidelity tem sido uma espécie de ‘ponta de lança' da indústria de fundos de investimento. Desde Janeiro de 2010 até ao final do mês de Maio entregou ganhos acumulados de 82,3% aos investidores. Cerca de 95% do seu portfólio está aplicado em acções, estando o restante alocado em liquidez. No início de Maio, o fundo estava investido em 61 acções, sendo a Ptt Public Company Limited, empresa pública do sector de energia, aquela que mais peso tem no portfólio.

2 - Amundi Funds Equity Thailand AU-C
À semelhança do fundo anterior, este produto da Amundi também aposta em acções tailandesas. Nos últimos dois anos e meio obteve um desempenho acumulado de 76%. Também aqui a Ptt Public Company Limited é a acção com maior peso no portfólio. Mas os activos deste fundo estão dispersos por muito menos títulos. O sector financeiro e o imobiliário são aqueles com maior peso.

3 - CSEF(Lux) Global Prestige B
Este fundo merece quatro estrelas segundo o ‘rating' da Morningstar. Ele investe pelo menos dois terços dos seus activos em títulos de empresas ligadas à indústria do luxo. Nos últimos três anos tem gerado ganhos de forma consecutiva. No total, desde Janeiro de 2010, o fundo obteve um desempenho acumulado de 73,6%. Acções como a Christian Dior, a Rémy Cointreau Consumer, a Estée Lauder e a Hermès International estão entre as maiores posições do fundo.

4 - DWS Biotech-Aktien Typ O
O fundo da gestora alemã destaca-se nos ganhos proporcionados nos últimos anos: desde Janeiro de 2010 já valorizou 71,7%. Esta aplicação investe em acções de empresas que operam no sector da biotecnologia, sendo que 90% do portfólio está alocado em títulos dos EUA. No ‘top ten' das participações estão empresas como a Regeneron Pharmaceuticals, a Alexion Pharmaceuticals, ou a Gilead Sciences.

5 - JF ASEAN Equity A (acc)- Eur
Os mercados asiáticos voltam a protagonizar os ganhos mais expressivos. Este fundo da JP Morgan investe sobretudo em acções de empresas do Sudeste Asiático, que engloba países como Tailândia, Filipinas, Malásia, Singapura ou Indonésia. Os títulos do sector financeiro e de materiais são aqueles que têm um maior peso. A empresa de Singapura Keppel Corporation (industrial) era no início de Maio a maior posição do fundo. Em dois anos e cinco meses valorizou mais de 56%.

6 - ING (L) Invest Prestige & Luxe P Acc
O bom momento de vendas que a indústria do luxo vive, mesmo apesar da crise, leva este fundo do ING a figurar na lista dos 11 melhores fundos desde o início da crise soberana. Obteve desde Janeiro de 2010 uma performance de 54,8%. O fundo investe em acções de empresas que operam 
na área de bens de consumo ‘premium'. Daí, não é de espantar que títulos como a Richemont, a Tiffany ou a Moet Hennessy Louis Vuitton (LVMH) estejam no ‘top ten' das suas participações, de acordo com dados do primeiro trimestre. Cerca de 40% do portfólio está aplicado em títulos da zona Euro.

7 - BNPPL1 Equity World Consumer Durables
Este fundo do BNP Paribas, que merece três estrelas segundo a Morningstar, figura também na selecção dos melhores fundos ao registar ganhos desde 2010 na ordem dos 54,42%. Apesar de ser um fundo global, quase 60% do portfólio estava alocado nos EUA no final do primeiro trimestre. A exposição aos títulos da Europa era então muito diminuta (13%). Na altura, o site de compras online Amazon era a posição mais relevante, seguida pela Comcast Corporation (a maior empresa de televisão por cabo nos EUA) e pela Starbucks.

8 - Pictet Premium Brands- I Eur
Este fundo da Pictet é mais um bom exemplo de como a indústria do luxo não enfrenta a crise. O Pictet Premium Brands acumula ganhos de 53,9% desde 2010. E, analisando a performance num período mais reduzido, os números também são positivos: desde o início do ano, o fundo avança 9,3%. Dois terços do portfólio estão aplicados em acções de empresas que produzem artigos "topo de gama". No ‘top ten' das suas participações estão empresas como a Diageo (uma das maiores empresas mundiais produtoras de bebidas alcoólicas), a LVMH, a Pernod-Ricard, a Swatch, a Nike ou a Christian Dior.

9 - Templeton Thailand A ACC $
Pelo nome não é difícil perceber de onde é que vieram os 52% de ganhos gerados por este fundo desde Janeiro de 2010. Este produto da Templeton aposta em acções tailandesas, tendo os títulos financeiros um peso muito relevante no portfólio (43%). Desta forma, não é de estranhar que as três maiores posições do fundo pertençam a três instituições financeiras. São elas: o Siam Commercial Bank Public Company, o Kasikornbank Public Company e o Bangkok Bank.

10 - Franklin Biotechnology Discovery A ACC $
O número 10 desta selecção de craques da indústria de fundos de investimento pertence a este fundo de biotecnologia da Franklin Templeton. Nos últimos dois anos e meio entregou aos investidores ganhos acumulados de 49% e a Morningstar atribui-lhe um ‘rating' de quatro estrelas. Investe sobretudo em títulos de empresas que operam nos EUA (que pesa mais de 90% do portfolio). A Celgene Corporation Healthcare, a Gilead Sciences e a Biogen Idec estavam, no final do primeiro trimestre, no pódio das maiores posições deste fundo.

11 - MFS Meridian European Smaller Companies A1 Eur
A completar a lista dos convocados desta selecção surge este fundo que merece a avaliação máxima da Morningstar: cinco estrelas. E não é difícil perceber porquê: nos últimos dois anos e meio entregou aos investidores ganhos acumulados de 48%. Um feito relevante tendo em conta que este fundo investe exclusivamente em acções europeias- as mais castigadas pela crise. As suas maiores posições estão em empresas do Reino Unido, alemãs e francesas.

Trabalho publicado na edição de 8 de Junho de 2012 do Diário Económico

 

25
Jun12

Saiba se vale a pena investir em obrigações de empresas

adm

Há cada vez mais empresas portuguesas que estão a emitir obrigações para os investidores particulares.

Depois da euforia dos portugueses pelos depósitos, uma nova moda está a invadir o mercado de investimentos em Portugal: as emissões obrigacionistas de empresas portuguesas dirigidas aos pequenos investidores.

A EDP foi a primeira a dar o ‘pontapé de saída' desta nova tendência, ao emitir em Novembro do ano passado cerca de 200 milhões de euros para os investidores particulares, acenando-lhes com um juro bruto de 6%. Depois disso, também a Semapa, a Zon e a Brisa seguiram as mesmas pisadas.

Já esta semana o Diário Económico avançou que a Portugal Telecom também irá avançar ainda este mês com uma operação semelhante. No total, as empresas portuguesas estão a captar com estas operações cerca de 1.350 milhões de euros junto dos pequenos investidores. Os especialistas contactados pelo Diário Económico dão nota positiva a estes instrumentos mas fazem alguns alertas e ressalvas.

Além das taxas de juro destas emissões serem inferiores aos juros oferecidos pelas empresas aos investidores institucionais, as taxas anunciadas são brutas. O que significa que os investidores, além de terem de descontar o efeito da fiscalidade, terão ainda de contabilizar todas comissões associadas ao investimento em obrigações.

Num ponto, todos estão de acordo: este "piscar de olho" das empresas portuguesas aos pequenos investidores não tem nada de inocente. "As empresas só estão fazer estas emissões porque não conseguem encontrar outras alternativas para se financiarem de forma mais barata. Se as empresas tivessem acesso a empréstimos bancários com taxas mais baixas provavelmente nunca iriam virar-se para os particulares", refere Filipe Silva, director de gestão de activos do Carregosa. O especialista refere que estas emissões estão a ser colocadas nos clientes de retalho a taxas mais baixas do que aquelas que estão a ser praticadas para emissões semelhantes dirigidas para investidores institucionais no mercado secundário. "Mas como os particulares não estão atentos a este mercado acabam por aceitar taxas mais baixas do que aquelas que estão a ser praticadas no mercado secundário", explica.

Este fenómeno é facilmente comprovável ao analisarmos as taxas que estão a ser praticadas actualmente no mercado. A Portugal Telecom, por exemplo, irá colocar uma emissão obrigacionista a quatro anos para particulares com uma taxa de juro anual que deverá rondar os 6,25% . No entanto, a ‘yield' oferecida para uma emissão da operadora, que vence em Fevereiro de 2016, ronda os 8,51%. O mesmo se passa com a Brisa. Na operação que a concessionária tem em curso junto dos investidores particulares, o juro oferecido é de 6,25% para um investimento a dois anos e cinco meses. No entanto, uma emissão que a Brisa tem no mercado com maturidade a Março de 2015 (dois anos e nove meses) est á a negociar no mercado secundário com uma ‘yield' superior: 7,75%. É preciso, no entanto, notar, que as taxas do mercado secundário não reflectem o custo a que as empresas venderam a dívida, e sim a avaliação do risco feita actualmente pelo mercado.

Apesar deste tratamento desigual que as empresas dão aos investidores particulares em comparação com as condições oferecidas aos investidores institucionais, Filipe Silva considera estas emissões um investimento atractivo. "Para os pequenos investidores, estas emissões são atractivas, porque dificilmente neste momento se encontra no mercado depósitos a prazo com taxas tão elevadas".

Também Carlos Almeida, da direcção de investimentos do Banco Best dá nota positiva a estas emissões . "Penso que este novo movimento é muito positivo . Por um lado é um sinal de que os investidores já começam a olhar para outro tipo de aplicações sem ser os depósitos. Por outro, é um movimento de atracção de capitais domésticos, um factor extremamente importante no contexto actual em que o País não consegue financiar-se no exterior", explica. Rui Broega, director de gestão de activos do banco Big salienta de igual forma o facto deste tipo de emissões trazer vantagens para ambas as partes. "Neste momento, as ‘yields' apresentadas são elevadas e, portanto, apelativas para os investidores mas simultaneamente também o serão para as empresas que emitem dívida, na medida em que de outra forma teriam de suportar um custo superior de financiamento e/ou no limite, nem sequer teriam hipótese de se financiar", refere este responsável.

O encontro de "várias vontades" está a levar os portugueses a aderirem cada vez mais a este tipo de aplicações. No banco Best, por exemplo, a procura por obrigações emitidas por empresas nacionais e internacionais, mais do que duplicou este ano, face aos valores registados no segundo semestre de 2011. E não é difícil encontrar justificações para o crescente apetite dos portugueses por este tipo de operações. Numa altura em que o Banco de Portugal impõe regras cada vez mais exigentes na atribuição de remuneração dos depósitos, os investidores procuram alternativas mais rentáveis para fazer crescer o seu dinheiro. "O facto das emissões de empresas portugueses dirigidas para os particulares exigirem montantes mínimos de investimento muito baixos [1.000 euros] e de terem uma componente de distribuição de juros semestral é algo que vai de encontro aos interesses dos pequenos investidores", adianta ainda Carlos Almeida. Resultado: todas as emissões obrigacionistas dirigidas ao mercado de retalho tiveram que ser alvo de rateio - uma vez que a procura tem excedido a oferta. No total, as emissões levadas a cabo pela EDP, Semapa e Zon já conseguiram atrair as poupanças de 50 mil investidores particulares.

No entanto, e apesar dos investidores estarem a ser seduzidos pelas taxas de juro atractivas é preciso não esquecer que se trata de um investimento com riscos associados. Numa situação limite, "se a empresa falir, os investidores podem perder tudo", avisa Filipe Silva. O director de gestão de activos do banco Carregosa aconselha ainda os investidores que estejam interessados em aplicar nestas emissões a terem a certeza de que não vão precisar destas poupanças antes da sua data de maturidade. "Quando as pessoas aplicam num depósito a três anos, elas sabem que se precisarem de resgatar o dinheiro antes do prazo serão penalizadas nos juros, mas o capital mantém-se intacto. No caso destas emissões não é assim". Na verdade, se os investidores optarem por resgatar antecipadamente, até poderão ter menos-valias porque o preço das obrigações pode ter descido.

Ter a noção dos reais riscos a que estão expostos é também um conselho dado por Rui Broega do BiG: "Os investidores deverão avaliar sempre o risco que incorrem para aferir se o retorno que esperam obter é compensatório, sabendo de antemão que para ‘yields' superiores maior será o risco incorrido". Para ter a noção de todas as condições que o investimento numa emissão deste tipo comporta é indispensável que os investidores leiam atentamente o prospecto da operação.

Os custos associados ao investimento em obrigações é outra das variáveis que os investidores deverão ter em conta antes de subscrever estas emissões. "Além das comissões associadas à aquisição, há ainda que contabilizar os custos relacionados com a guarda de títulos (uma comissão que é cobrada trimestralmente). Pode ainda haver comissões associadas ao processamento do pagamento dos juros e ainda os custos de reembolso", explica Carlos Almeida, do Banco Best. Na verdade, os investidores deverão ter em conta que este conjunto de comissões e a tributação fiscal sobre as mais-valias levam a que parte das taxas de juro oferecidas pelas empresas nestas emissões se "evapore". Análises anteriores elaboradas pelo Diário Económico às emissões da EDP e da Semapa revelavam que só a partir de montantes de 5.000 euros é que começava a compensar a aposta nestas obrigações. Para aplicações abaixo destes montante verificava-se que a maior parte da rendibilidade gerada acabava por ser "engolida" pelas comissões e impostos.


As mais recentes operações de empresas portuguesas

EDP -I
A empresa liderada por António Mexia foi a primeira empresa portuguesa a "piscar o olho" aos investidores particulares ao lançar em Novembro do ano passado uma emissão de 200 milhões de euros, com um prazo de três anos. A EDP oferecia nesta emissão uma taxa de juro bruta de 6%, com o pagamento dos juros a ser realizado semestralmente. Para aceder a esta emissão, os investidores tinham de subscrever no mínimo uma obrigação (com valor unitário de 1.000 euros). A operação foi bem recebida junto dos investidores com a procura a exceder em 38% a oferta.

EDP -II
O sucesso da primeira operação levou a eléctrica a repetir a experiência e, em Abril último, avançou com uma nova operação de obrigações dirigida ao mercado de retalho, no montante de 200 milhões de euros. No entanto, a empresa acabou por aumentar a oferta de emissões para um total de 250 milhões de euros. E se mais obrigações a empresa disponibilizasse, mais obrigações os portugueses comprariam, já que a procura nesta emissão superou em 26% a oferta. O juro oferecido por esta emissão a três anos continuou no mesmo patamar da anterior emissão: 6%.

Semapa
Pouco depois da empresa de António Mexia ter feito a sua primeira emissão para o mercado de retalho, a Semapa seguiu-lhe as pisadas. A empresa de Pedro Queiroz Pereira lançou em Março deste ano uma emissão de 150 milhões de euros (que entretanto foi alargada para 300 milhões de euros), com um prazo de três anos para os investidores particulares. O juro bruto oferecido foi um dos mais altos até agora registados neste segmento: 6,85%, com pagamento de juros semestrais. Também aqui o investimento mínimo era de 1.000 euros (o valor de uma obrigação). A procura dos investidores superou em 5% a oferta.

Zon
A empresa do sector de telecomunicações seguiu as pisadas das suas pares do PSI 20 e lançou no final de Maio uma emissão para particulares no valor de 200 milhões de euro, com maturidade a três anos. Os investidores que aderiram vão beneficiar de um juro anual de 6,85%. À semelhança das emissões anteriores, também aqui o montante mínimo de investimento era de uma obrigação - o equivalente a 1.000 euros. A procura foi bastante elevada, tendo superado em mais de 58% o montante em oferta. Foram 11.791 os investidores que acorreram a esta operação.

Brisa
A empresa de Vasco de Mello é a única que tem a decorrer neste momento o período de subscrição de obrigações vocacionadas para o mercado de retalho. No total, são cerca de 150 milhões de euros em obrigações que podem ser subscritas até 3 de Julho . A Brisa já admitiu que poderá aumentar o montante da operação. Trata-se de uma emissão que vence em Dezembro de 2014 e que oferece um juro bruto de 6,25%. O mínimo de investimento são 1.000 euros. Os bancos colocadores são BPI, CGD, BCP, ActivoBank, Popular e o BBVA.

Portugal Telecom
Esta semana, o Diário Económico avançou que a operadora liderada por Zeinal Bava também vai aderir às emissões obrigacionistas para particulares. A operadora prepara-se para lançar no final deste mês, ou no início do mês de Julho, uma operação deste tipo onde prevê captar pelo menos 250 milhões de euros. O juro oferecido rondará entre os 6,25% e os 6,5% e as obrigações deverão ter uma maturidade de quatro anos.

Trabalho publicado na edição de 22 de Junho de 2012 do Diário Económico

22
Jun12

Obrigações: Como fazer as contas

adm

Se num depósito a prazo o cliente bancário entrega as suas poupanças numa conta que lhe pagará juros, nas obrigações o que está em causa é um empréstimo. Como? A entidade (sociedades anónimas ou por quotas, Estados ou autarquias) emitem títulos que representam valores mobiliários com um determinado prazo e os investidores subscrevem esses títulos, emprestando à partida o dinheiro, para receberem depois o pagamento do capital emprestado acrescido de juros.


Invista com contas bem feitas.

Para quem quer ser obrigacionista convém conhecer bem algumas coisas antes de investir: o tipo de obrigações, os custos associados ao intermediário financeiro que utilizará para aceder aos títulos e, principalmente, o prospeto que contém todas as condições da operação. Se está preparado para investir nestes títulos de dívida, financiando países ou empresas e apontando aos ganhos na sua carteira com os juros dos investimentos então saiba como se pode calcular o seu retorno.

 

Imagine que anda a seguir com atenção uma emissão de obrigações que farão a amortização ao par (isto é, o valor do investimento está garantido) e com as seguintes caraterísticas:

Preço de subscrição: 1000 €
Taxa de juro fixa: TANB (taxa anual nominal bruta) de 6%
Prazo 5 anos
Pagamento de juros semestral e postecipado

Se decidir investir 10000 euros as contas a fazer para saber quanto vai receber de juros serão as seguintes:

 

Juros anuais = 6%*10000 € = 600 € (dois pagamentos semestrais de 300 € por ano)

Juros anuais sem impostos (valor que vai receber efetivamente) = 300 €*(1-0,25) = 225 €

Juros totais em 5 anos = 225 €*10 = 2250 €

Rendibilidade anualizada = 4,14%

Isto, depois de retirados os impostos de 25% em sede de IRS sobre o pagamento dos juros em cada semestre. Quando o dinheiro chega à sua conta já virá líquido de impostos.

 

Mas este pode não ser o retorno líquido. Se adicionar comissões à sua equação a rendibilidade pode reduzir-se. Para tal precisa de conhecer o preçário do seu banco/intermediário financeiro.

Se está a pensar comprar obrigações saiba que as comissões ao balcão são as mais penalizadoras para os investimentos. Os canais à distância são a melhor maneira de investir em obrigações, isentando normalmente os investidores de comissões de levantamento de títulos, de pagamento de juros ou reembolsos e de outras comissões associadas à custódia de títulos. E se a opção for ou o telefone ou a internet, saiba que a internet apresenta normalmente as melhores condições para investir, já que faz com que consiga evitar os custos com o investimento.

Exemplo com comissões

Preço de subscrição: 1000 €
Taxa de juro fixa: TANB (taxa anual nominal bruta) de 6%
Prazo 5 anos
Pagamento de juros semestral e postecipado

Comissões no exemplo:
Comissão trimestral de guarda de títulos: 10 € (acresce IVA 23%)
Comissão no pagamento de juros: 1% (acresce IVA 23%)

Na prática, as comissões serão:

Comissão na guarda trimestral de títulos: 12,3 € (246 € no total dos cinco anos)
Comissão no pagamento de juros semestral: 7,38 € (36,9 € no total dos cinco anos)

Juros totais em 5 anos = 2250 € – 282,9 € = 1967,1 €

Rendibilidade anualizada com comissões = 3,66%

 

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/o

19
Jun12

PPR do Estado rende 4,85% com ganho das acções

adm

Os certificados de reforma, também conhecido como Plano Poupança Reforma (PPR) do Estado, mantêm a tendência de ganhos.

De acordo com o folheto informativo de Junho do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS), o PPR público obteve uma rendibilidade de 4,85%, nos últimos 12 meses , quando no mês anterior o ganho foi de 4,52%. Esta performance positiva resultou sobretudo do investimento em acções.

A aposta nesta classe de activos rendeu 6,16% nos últimos 12 meses. Seguiu-se o investimento em dívida estrangeira com um rendimento de 5,73%, enquanto que a dívida pública lusa contribuiu com um retorno de 2,88%.

Em termos de distribuição por classe de activos foram feitas algumas alterações na carteira, com a dívida estrangeira a ver a sua posição alargada, para 60,98% face aos anteriores 58,98%, o que representa a proporção mais elevada do histórico disponível.

Já a posição em dívida pública portuguesa aumentou ligeiramente para 26,2%. Em sentido inverso, a posição em acções caiu de 14,5% no mês anterior para os actuais 12,91%.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

17
Jun12

“É preciso coragem para gerir carteiras de fundos”

adm

O contexto económico é de ameaças, mas também de oportunidades.

O investimento deve ser feito como se compra um fato, à medida do nosso perfil e de acordo com a aceitação que cada um de nós tem do risco". A declaração é de João Duque, presidente do ISEG e professor catedrático, e ilustra bem o princípio base de qualquer aplicação financeira. O professor falava durante a cerimónia de entrega dos Prémios Melhores Fundos Diário Económico/Morningstar, que decorreu no Hotel Ritz, na passada quinta-feira, 31 de Maio.

Sob o mote "Fundos de investimento e as poupanças dos portugueses", João Duque procurou apresentar um retrato do país que enfrenta "enormes desafios". A boa notícia, conforme referiu, é que existem entidades como as sociedades gestoras ali representadas que, diariamente, têm à sua responsabilidade milhões de euros que aplicam de forma a rentabilizar as poupanças dos seus clientes. "Elas estão de parabéns porque momentos como este fazem bem ao ego, especialmente quando se vivem tempos difíceis", disse. Por outro lado, acrescentou, "quem não ganha fica estimulado para ganhar no ano seguinte".

Que 2011 foi um ano mau para os mercados financeiros já todos sabiam. Mas o importante, refere o professor, é que em 2012 e nos anos seguintes, os investidores e quem os apoia saibam retirar o melhor partido dos factores negativos que ensombram o mercado. "Muitas das casas podem transformar ameaças em oportunidades", assegura. Aliás, as sociedades representadas nesta cerimónia, todas elas vencedoras de prémios relativos à sua boa performance, são o exemplo de que se pode, afinal, retirar resultados positivos da crise e da falta de liquidez para o investimento.

Perante uma detalhada análise SWOT, o presidente do ISEG enumerou as principais ameaças que podem também ser aproveitadas como oportunidades. "É tudo uma questão de flexibilidade", admite. "E a flexibilidade parece ser de todo o interesse dos investidores". E exemplifica: "Um efeito da crise que aflige muitos portugueses é o incumprimento com os pagamentos mensais da hipotecas. Muitos deles estão a entregar imóveis aos bancos. Mas estes imóveis não podem ficar nas mãos dos bancos. Terão que ser vendidos. É claro que os fundos de investimento são naturalmente clientes, especialmente os dedicados a arrendamento habitacional".

Segundo João Duque, aquilo que era uma dívida para alguém pode, desta forma, vir a transformar-se em capital disponível para investir. Quem, por exemplo, comprou uma casa por 150 mil euros e já pagou 20 ou 30 mil, pode entregar a casa ao banco e ficar com a parte que já pagou. "Em alternativa pode ainda ficar a viver na casa, mediante um contrato de arrendamento", explica o professor. "Há apenas uma alteração da propriedade. E esta alteração de propriedade traz algum alívio àqueles que entregam agora as suas casas aos bancos".

Refeita a carteira de investimento, este capital pode vir a entrar no mercado dos fundos. "O novo investidor passa, assim, de detentor de dívida a detentor de atidos", salienta o professor.

Quando existe menos dinheiro no mercado, a criatividade e a inovação têm que estar bem presentes na mente de quem gere carteiras de atidos. A criação de novos produtos, mais adequados ao pequeno investidor e com menor grau de risco deve ser uma prioridade, alerta João Duque. "É preciso reinventar os fundos, torná-los mais atractivos, ser capaz de gerar interesse nos mercados", reforça.

Os FEI - Fundos Especiais de Investimento são, para o professor, um bom exemplo da flexibilidade de que o mercado necessita. "Das categorias de fundos imobiliários estes são os mais bem sucedidos actualmente", assegura. "São fundos mais flexíveis, que dão alternativas diferentes à gestão e são os que estão com maior procura". Segundo João Duque este é o segredo: os fundos vão ter que alterar as suas composições, as apostas em termos de investimento e precisam de maior flexibilidade.

Cumpridos estes requisitos, o professor do ISEG admite que, numa altura de crise, os fundos podem ser uma das melhores opções de investimento.

fonte:http://economico.sapo.pt/

17
Jun12

Caixa Gest domina na gestão de fundos nacionais

adm

Nas seis categorias para os melhores fundos nacionais a gestora da CGD foi a grande vencedora.

Repetente no que se refere ao reconhecimento pelos Prémios Melhores Fundos Diário Económico/Morningstar, a Caixa Gest levou este ano para casa os galardões pelo Melhor Fundo Nacional de Acções Estados Unidos Grande Capitalização e pelo Melhor Fundo Nacional Mistos Euro Moderados.

Desde 2006, a casa de investimento do Grupo Caixa já arrecadou oito distinções. Para receber os prémios no Hotel Ritz estiveram presentes Cristina Brízido e Guilherme Piedade que demonstraram a sua satisfação com estes prémios, especialmente num ano em que os fundos nacionais nunca valeram tão pouco.

No último trimestre de 2011, e conforme notícia do Económico, a indústria da gestão de activos nacional estava e está a perder volume. A gestão de 11,7 mil milhões de euros de então estava abaixo dos valores registados em Dezembro de 1999. Ou seja, depois de quase uma década a crescer, os investidores estão em fuga, à procura de melhores oportunidades noutros mercados. Como referia João Duque, durante a cerimónia de entrega dos Prémios Morningstar, será preciso criar novas ofertas e flexibilizar as existentes para recuperar alguns dos investidores perdidos.

É claro que esta situação não afecta apenas Portugal. Grécia, Itália e Espanha, entre outros países europeus, sofrem do mesmo mal. Por um lado porque são os países mais afectados pela crise económica e, consequentemente, onde existe menos capital disponível para investir. E, por outro, porque perderam muitos dos investidores internacionais que, devido à instabilidade dos mercados financeiros, acabaram por retirar parte ou mesmo a totalidade das suas aplicações.

Só para se ter uma ideia da dimensão do problema, basta observar os valores da indústria nacional de fundos no início do século. Em 2000, este mercado valia cerca de 20 mil milhões de euros, tendo crescido até aos 30 mil milhões em 2007. Desde então, e até 2009, perderam-se cerca de 15 mil milhões de euros. Nos últimos dois anos a recuperação tem sido muito lenta.

Mas cenários negros à parte, a noite foi de festa no Ritz. Além dos dois fundos da Caixa Gest, sairam ainda vencedores o BPI, com o Melhor Fundo Nacional de Acções Portugal, o BPN, com o Melhor Fundo Nacional de Acções Europa Grande Capitalização, o Santander Asset Management, com o Melhor Fundo Nacional Obrigações Euro, e o Barclays Wealth Managers, com o Melhor Fundo Nacional Mistos Euro Defensivos. Comum a todos os vencedores, um sentimento de dever cumprido e de optimismo em relação ao futuro.

Catarina Quaresma Ferreira, em representação do BPI Gestão de Activos, lembrou, em declarações ao Económico, que Portugal não depende apenas de si próprio para dar a volta a esta situação financeira e económica. Muito do que se pode fazer para alavancar o crescimento no mundo dos fundos de investimento dependerá das decisões tomadas pelo Banco Central Europeu durante os próximos meses, referiu a responsável.

A indefinição em relação à situação de Espanha, sem se saber se recorrerá ou não à ajuda externa, também não ajuda a despertar novos investimentos por cá. As expectativas são muitas e, como manda a tradição, também nos investimentos a ordem é para esperar para ver.

fonte:http://economico.sapo.pt/

14
Jun12

Portugueses investiram 25 milhões em fundos em Maio

adm

A indústria de fundos portuguesa voltou a ter um mês positivo em termos de subscrições.

Em Maio, e segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento Pensões e Património (APFIPP), os portugueses investiram em termos líquidos 25,3 milhões de euros nestas aplicações financeiras. Com este valor, os fundos de investimento portugueses somam um total de 71 milhões de euros em subscrições líquidas em 2012. Os números reflectem uma recuperação da indústria portuguesa de fundos de investimento.

No entanto, esta recuperação não está a fazer-se sentir na maioria das categorias. A sustentar as subscrições líquidas positivas estão principalmente os fundos especiais de investimento do mercado monetário de curto prazo. Este tipo de fundos captou em Maio 166 milhões de euros junto dos investidores portugueses, e no acumulado do ano, já conseguiu angariar 489 milhões de euros.

Excluindo estas aplicações, a indústria de fundos de investimento estaria a registar um saldo negativo entre subscrições e resgates.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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