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Poupanças e Investimentos Seguros

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27
Mai13

Adube a sua carteira de ações

adm
A carteira de boas pagadoras de dividendos que elegemos há um ano rendeu quase 20%. Descubra a nova seleção de ações da PROTESTE INVESTE para o próximo ano

É a diferença entre o dia e a noite: os dividendos são uma parte fundamental da remuneração dos investidores em ações. Crentes nisso, os analistas da PROTESTE INVESTE aceitaram, há um ano, o desafio de desenhar uma carteira acionista que tivesse os dividendos como critério decisivo na sua formação.


Os preços bolsistas das sete ações eleitas na carteira publicada há um ano, "Invista em ações que dão frutos" (abril de 2012, página 8), avançaram, em média, 10,4% desde então. É um resultado positivo tendo em conta que as ações nacionais, medido pelo PSI-20, escalaram 8,7%, e as ações europeias, segundo o índice Euro Stoxx 50, apreciaram 9,7 por cento. Todavia, contabilizando o recebimento dos dividendos, a rentabilidade da carteira que publicámos há um ano dispara para 19,6%, muito mais distante do desempenho das bolsas portuguesas (14,4%) e europeias (15,0%) quando se incluem os dividendos no resultado. Os dividendos foram o adubo que fez florescer a carteira de ações de boas pagadoras.


A performance das ações foi, inclusivamente, superior à dos fundos de ações que têm os dividendos como critério fulcral de seleção de títulos. O melhor, o Dexia Equities L Europe High Dividend N, distribuído pelo Best Bank, rendeu 18,5 por cento. Pode conhecer esses fundos no quadro da página seguinte.


A construtora portuense Mota-Engil foi a nossa melhor escolha: as suas ações renderam 67,2% neste último ano. Os títulos da francesa Vivendi, a segunda melhor opção, acumularam 34,8 por cento.


Embora os resultados passados não sejam garantia de ganhos no futuro, estes números só nos poderiam levar a repetir a receita. Descubra, abaixo, as nove ações eleitas agora para os investidores que confiam nos dividendos para formar uma carteira de títulos. Esta eleição foi realizada entre as ações que estão baratas, segundo o modelo de avaliação de títulos da PROTESTE INVESTE. Todas elas têm um rendimento esperado do dividendo superior a 7% neste ano. Este indicador resulta da divisão do dividendo esperado por ação pelo preço dessas ações.


Não esqueça de contabilizar
Com os investidores focados nas subidas e nas descidas diárias das cotações que surgem nos jornais, é frequente esquecerem-se dos dividendos que receberam quando avaliam o desempenho da sua carteira. No caso da carteira publicada no ano passado, o efeito dos dividendos quase duplicou o rendimento medido apenas pela variação do preço das ações.


O impacto dos dividendos não é de agora. Como pode confirmar na figura em baixo, a contabilização dos dividendos é crucial no apuramento do rendimento médio das ações mundiais na última década. Sem contar com estes dividendos, o índice mostra uma apreciação média de 6,5% por ano.


Incluindo os dividendos, o ganho anual sobe para 9,3 por cento.


Em Portugal, o impacto é mais dramático. As ações nacionais apreciaram, em média, 0,8% por ano na última década, mas, ao incluir os dividendos, a rentabilidade anual sobe para 4,5 por cento. Os dividendos foram fundamentais para colocar os rendimentos dos aforradores acima da inflação e dos depósitos a prazo.


Em todas estas contas, o efeito dos dividendos é contabilizado assumindo que o dinheiro recebido é imediatamente reinvestido nas ações que deram origem a esse rendimento. É uma simplificação (não inclui, por exemplo, a tributação e as comissões cobradas pelos intermediários financeiros), mas dá uma noção muito aproximada do ganho real dos investidores. É o designado "rendimento global de uma ação".


Sinal de saúde financeira
Ao contrário de outras aplicações financeiras, como depósitos ou obrigações, quando um investidor decide comprar uma ação, está a comprar uma parte de uma sociedade. É coproprietário da empresa e tem direito aos seus resultados. Os lucros podem ficar nos cofres da firma para investir, diminuir a dívida ou para satisfazer necessidade futuras, mas também podem ser distribuídos pelos acionistas. Se a tesouraria da sociedade estiver a funcionar bem, os dividendos podem ser generosos, porque não é preciso reter muitos resultados. Assim, a distribuição de dividendos é, por norma, um sinal de que as finanças da empresa estão de boa saúde.


Não é preciso ser acionista durante um determinado período de tempo para se ter direito ao dividendo. De facto, basta que possua as ações no final da sessão anterior ao chamado dia de ex-dividendo. Este dia é o primeiro em que as ações negoceiam sem direito ao próximo dividendo a ser pago. Ocorre, regra geral, três dias úteis antes do pagamento do dividendo. Ou seja, para ter direito a receber o encaixe na sua conta basta que no final do quarto dia útil anterior ao pagamento do dividendo seja acionista da empresa.


Quando uma firma distribui dividendos há uma saída de valor da empresa para o acionista, por isso a cotação das ações tende a descer num montante equivalente a esta saída de capital das contas da empresa. Se isso acontecer, para o acionista (excluindo os efeitos fiscais), o seu património fica inalterado: o que a ação cai na bolsa é o que ele ganha através dos dividendos.


A queda das cotações na bolsa ocorre no dia de ex-dividendo, que é o dia em que os investidores ajustam os preços a que estão dispostos a comprar as ações, que agora já não têm direito ao dividendo que será pago uns dias depois.


Deste modo, não compensa comprar uma ação para ter direito ao dividendo e vendê-la no dia imediatamente seguinte. Em termos teóricos, não registará qualquer ganho e terá uma perda equivalente ao efeito fiscal e aos custos de negociação na bolsa. Na prática, a cotação poderá variar por outros motivos alheios à distribuição de dividendos, o que poderá ser benéfico ou prejudicial para esta estratégia. O princípio que defendemos para investir em ações mantém-se: não invista a pensar no curto prazo, incluindo apenas nos dividendos que receberá nos próximos dias ou semanas.

 

Rendimentos do dividendo descem 
Desde o artigo publicado o ano passado na PROTESTE INVESTE, o rendimento esperado dos dividendos desceu. Há 1 ano, a Portugal Telecom tinha um rendimento de 17,4 por cento. Na lista deste ano, que pode conhecer na página ao lado, a companhia telefónica portuguesa oferece um rendimento do dividendo de 8,4 por cento.


O efeito da subida generalizada das cotações das ações, aliado às dificuldades de acesso ao crédito, leva a que as remunerações estejam, em geral, um pouco mais baixa. O rendimento esperado do dividendo situa-se nos 3,2% entre as 203 ações que os nossos analistas acompanham diariamente. Há 1 ano era de 3,7 por cento. Nem todas as empresas pagam dividendos: das firmas acompanhadas pela PROTESTE INVESTE, estimamos que 40 não venham a pagar qualquer remuneração neste ano. Há 1 ano, esse número era apenas de 30.

 

Energia e telecomunicações no topo

Ao ter uma baixa diversificação (oito das nove empresas escolhidas pertencem unicamente a dois setores), esta seleção tem um risco um pouco superior a outras escolhas, o que faz com que a nossa carteira de ações (deco.proteste.pt/investe/carteira-pi) seja diferente das opções que aqui apresentamos.


Do lado oposto, os setores que agora menos pagam aos acionistas são os do lazer, dos automóveis e da construção. Aliás, atualmente mais de metade das empresas do setor da construção acompanhadas não deverá pagar dividendos em 2013.

 

 

 

 
 
 

Fundos centrados nos dividendos
Existem alguns fundos de investimento cuja estratégia passa por escolher as ações com bons dividendos

 

 

 

 
Fiscalidade dos seus dividendos

A tributação dos rendimentos distribuídos pelas empresas de que é acionista é um assunto complexo. Ponha-se a par das suas opções fiscais em matéria de dividendos

1. Os dividendos são tributados
Em Portugal, quando os dividendos são pagos, o intermediário financeiro retém 28% desse valor por conta de imposto a pagar. Caso não opte pelo englobamento na declaração de IRS de cada ano, esta é a carga de imposto que terá nos dividendos recebidos de ações nacionais.


2. Impostos duas vezes
Ao tributar os dividendos, o fisco está a cobrar duas vezes o mesmo dinheiro uma vez que os lucros das empresas, que dão origem aos dividendos, já foram alvo de tributação em sede de IRC. Para diminuir esse impacto, existe na legislação uma salvaguarda que, no caso de dividendos pagos por empresas nacionais, prevê uma isenção de tributação para metade do montante pago se o investidor optar pelo englobamento.


3. Lá fora e cá dentro
Quando recebe dividendos de empresas estrangeiras, existe um outro fenómeno castrador do rendimento: o efeito de dupla tributação internacional. É que quando os dividendos são distribuídos pela empresa estrangeira, a entidade fiscal local tributa os rendimentos de uma forma similar ao que o fisco nacional faz cá. A questão é que o fisco nacional volta a tributar também esses rendimentos. Por exemplo, se a France Télécom lhe pagou 100 euros de dividendos, o fisco francês irá cobrar a sua parte (25%) sobre o montante bruto e o fisco português irá também colher a sua fatia (28%). Ou seja, de um total de 100 euros, o investidor lusitano receberá apenas 47 euros. Para minimizar este impacto, inclua estes elementos na declaração de IRS para o fisco nacional fazer um acerto. Assim, parte do imposto pago lá fora ser-lhe-á devolvido. As contas não são simples, pois dependem do rendimento coletável do contribuinte e do peso que os dividendos internacionais têm na totalidade das receitas anuais alvo de tributação. No entanto, uma grande parte do imposto pago lá fora será recuperada. Este ajuste não depende da opção pelo englobamento. Basta declarar no anexo J do modelo 3 do IRS na segunda fase de entrega.


4. Compensa englobar?
Nos rendimentos de 2012, poderá compensar englobar para quem tenha um rendimento coletável inferior a 18 375 euros, porque a taxa marginal de imposto (11,5%, 14% ou 24,5%) é inferior à taxa de retenção na fonte que foi alvo (25% ou 26,5%). Além disso, no caso das ações nacionais, apenas metade do montante recebido é considerado. Tenha, todavia, em atenção que para o cálculo do rendimento coletável entram os rendimentos que pretenda englobar, o que pode levar a que este passe para um escalão superior, penalizando a parte dos rendimentos a que seja aplicada a taxa superior. Saiba ainda que, caso opte pelo englobamento dos dividendos, terá de englobar todos os rendimentos de capitais e mais-valias, o que dificulta mais ainda as contas. Simule antes de decidir. Instale e use o programa IRX disponível para subscritores da PROTESTE INVESTE em
deco.proteste.pt/impostos.
Para os dividendos a receber em 2013 e que terão impacto na declaração de IRS a entregar em 2014, o englobamento perde grande parte da atratividade que tem na entrega em curso. Com o forte agravamento da tributação do rendimento coletável, somente para quem tenha um rendimento coletável inferior a 7000 euros durante o
ano de 2013 é que poderá valer a pena.


Linha de Fiscalidade para esclarecer todas as suas dúvidas de impostos
• 808 200 148 (rede fixa)
• 218 418 743 (telemóveis)
• Segunda a sexta-feira das 9h às 13h e das 14h às 18h

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

25
Mai13

Poupança: evite as contas para crianças

adm

Com o dia Mundial da Criança à porta (celebra-se a 1 de junho), a Proteste Investe da Deco analisou a oferta dos bancos para as poupanças dos mais pequenos. E o conselho é: evite-as.

As propostas vão desde contas à ordem ou a prazo até seguros de capitalização ou planos mutualistas. Contudo, «nenhuma das contas para crianças proporciona, no primeiro ano, um rendimento superior aos depósitos tradicionais a 12 meses, que apresentam taxas líquidas até 2,9%», explica a Proteste Investe.

As contas «Super Poupança Bué» (do Montepio) e «Eu Poupo» (do Banco Popular) são as mais generosas, com uma taxa anual líquida de 2,2% para 2 e 3 anos, respetivamente. «A partir daí é sempre a descer até aos 0,4% líquidos da conta da Caixa Geral de Depósitos», alerta António Ribeiro, especialista daquela publicação.

«É verdade que os brindes aliciam, como o porco mealheiro do Banco Espírito Santo ou o vale de pontos do Banco Popular para trocar por jogos e consolas, mas se pretende uma poupança de longo prazo e com retorno elevado, deve ponderar outras opções», aconselha.

As poupanças juvenis não têm de ser canalizadas para produtos que se dizem destinados aos mais pequenos. Como visam pagar os estudos universitários ou a compra do primeiro carro, por exemplo, o investimento deve ser feito em função da idade da criança ou do prazo em que tenciona resgatar o dinheiro.

Segundo a publicação financeira, «as contas para crianças só interessam a curto prazo».

E aqui ficam as dicas:

Se faltam mais de cinco anos até ao resgate, combine estratégias e reparta as poupanças do seu filho por várias aplicações. 

Aposte em fundos mistos, que investem em ações e em obrigações, numa carteira de fundos ou em ações. 

Se faz questão de ter garantia de capital, as Obrigações do Tesouro, com um rendimento líquido anual até 4,1%, e os Certificados de Aforro, de 2,3%, são a escolha certa para quem quer capitalizar a médio ou a longo prazo.

fonte:http://www.tvi24.iol.pt/5

20
Mai13

Conheça os produtos de poupança mais subscritos

adm

Subscrições de PPR cresceram 57% face ao primeiro trimestre de 2012. Seguros de capitalização também crescem.

O ano de 2013 começou marcado com as notícias que dão como certa a privatização dos seguros da Caixa Geral de Depósitos, mas só poderá vir a acontecer em 2014, depois de, no ano passado, se ter garantido a sua venda para este ano. 

Omercado está expectante em relação a este grande negócio, já que a Caixa, através da Fidelidade, é a maior empresa nacional de seguros. Todas as empresas contactadas pelo Diário Económico dizem que a sua privatização influenciará o mercado. Aforma como influenciará é que ainda não se sabe. Depende de quem a comprar, de que forma essa compra será feita e da estratégia da empresa compradora.

Mas com ou sem privatização do maior grupo nacional segurador, é certo que o mercado português de seguros continua a funcionar. E os resultados trimestrais estão aí para mostrar que as seguradoras não estão paradas.

Entre os números da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), uma das maiores novidades é o incremento na produção de PPR, um produto que já estava há algum tempo em queda nomeadamente por ter perdido alguns benefícios fiscais.

De acordo com os números trimestrais da associação, a procura por este tipo de produtos aumentou 130 milhões de euros, sendo que o valor produzido em 2012 era de 230 milhões e, agora, passou a ser de 360 (subida de 57%)

Também os produtos de capitalização registaram um aumento neste primeiro trimestre do ano, passando de 1,1 mil milhões de euros para 1,2 mil milhões em 2013.

A produção de rendas vitalícias também creesceu. No primeiro trimestre de 2012 a produção era de 9,6 milhões de euros. Já em 2013, os valores ultrapassaram aos 14,3 milhões.
Em contrapartida, os produtos de risco caíram em 18 milhões de euros.

Os valores de produção de produtos de poupança são confirmados pelo Instituto de Seguros de Portugal no relatório do primeiro trimestre: "a produção de seguro directo do ramo Vida evidenciou uma recuperação, registando um aumento de 15,5% face ao primeiro trimestre de 2012. Este crescimento, na ordem dos 246 milhões de euros, resultou essencialmente, da variação positiva ocorrida nos contratos de investimento não ligados a fundos de investimento" - tipicamente produtos de poupança sem participação nos resultados, mas com capitais e, eventualmente, taxas garantidos.

No sentido descendente, e ainda de acordo com os dados do ISP, a produção dos ramos não vida feita até 31 de março de 2013 ultrapassou os 931 milhões de euros, menos 45 milhões (4,6%) que em igual período do ano anterior. Neste período, todos os ramos apresentaram esta tendência, excepção feita para os ramos Marítimo e Transportes e Mercadorias Transportadas.

No que respeita aos custos com sinistros, será de destacar que estes terão crescido 4,9%, "devido essencialmente ao aumento de cerca de 18,8% no ramo Incêndio e Outros Danos", refere o relatório do ISPdeste período.

Seguradoras com resultados positivos

Os resultados líquidos das seguradoras no primeiro trimestre deste ano foram positivos, tendo chegado aos 137 milhões de euros.
"A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pelo ISP situou-se, em Março de 2013, na ordem dos 240%", refrere o relatório. Das 42 empresas de seguros, 29 apresentaram resultados positivos.

Em 2012, os cinco líderes na produção total de Vida e Não Vida eram a Fidelidade, o Bes Vida, a Ocidental Vida, o Santander e a Allianz. A evolução de algunmas destas seguradoras tem sido surpreendente. OBes Vida, por exemplo, depois de três anos (2009, 2010 e 2011) em terceiro lugar, passou para o segundo posto no ano passado. Ea Allianz, que em 2009 estava em oitavo, em 2010 em sétimo e em 2011 em quinto, no ano passado ocupou ou quinto lugal na tabela. Já a Fidelidade mantém há vários anos a liderança.

PPR

Subscrição de PPR aumentou 57% entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2013, diz APS.
57%

Automóvel

Produção de seguros automóveis caiu 21 milhões de euros no primeiro trimestre de 2013 face ao período homólogo de 2012, diz APS.
21 milhões de euros

Incêndios

Os custos com sinistros como incêncios e outros danos subiram 18,8% em relação ao primeiro trimestre de 2012, diz o ISP.
3 milhões de euros

Nota: Artigo publicado no suplemento de Seguros publicado na edição impressa do Diário Económico de 16 de Maio

 

19
Mai13

Os produtos derivados mais populares em Portugal

adm

Os CFD têm vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Descubra os riscos e os factores de sedução destes produtos destinados apenas a investidores sofisticados.

São um dos maiores fenómenos de popularidade junto dos investidores portugueses. Mas também podem ser uma dor de cabeça para quem arrisca nestes produtos, o que já levou ao alerta dos reguladores europeus. Os contratos diferenciais (CFD) permitem aos investidores apostar tanto na subida como na queda de um determinado activo, como acções, por exemplo.

No entanto, o comprador do CFD não chega a deter as acções, fazendo um contrato com um intermediário financeiro.Em teoria, esse contrato tenta replicar o preço do activo subjacente, com os ganhos e as perdas dependentes da evolução do activo e de se a aposta do investidor foi na queda ou subida desse activo. Se a aposta do investidor for bem sucedida, o intermediário financeiro paga ao investidor. Se a decisão de investimento não tiver sucesso, é o investidor que tem de pagar ao comercializador.

No entanto, além de permitir apostar na descida de um determinado activo, o que é um factor de sedução em tempos voláteis nos mercados, os CFDtêm um outro chamariz: a alavancagem. Isto permite, por exemplo, a um investidor com um capital de dez mil euros ganhar uma exposição a um activo no valor de 100 mil euros (isto se estiver alavancado em dez vezes; o nível de alavancagem pode ir até às 200 vezes dependendo do intermediário financeiro e da classe de activos). Ou seja, se o activo valorizar 10%, o investidor consegue duplicar os dez mil euros para 20 mil euros. No entanto, se houver uma desvalorização de 10%, o investidor perde todo o capital investido. Se a queda for maior, e o contrato não for fechado, o prejuízo é maior que o investimento feito. Assim, um dos maiores atractivos é também um dos maiores riscos, pelo que os reguladores financeiros europeus defenderam que os CFD "não são adequados para todos os investidores".

As seduções dos CFD
Desde o primeiro trimestre de 2007, antes de estalar a crise financeira, e os primeiros três meses de 2013, o valor de ordens dadas sobre CFD em Portugal multiplicou-se em quase sete vezes para 14,6 mil milhões de euros, segundo dados da CMVM. Para Francisco Horta, director-geral da XTBem Portugal, entidade responsável por 26,1% do valor das ordens sobre CFD em Portugal no primeiro trimestre, a explicação é que com estes instrumentos "consegue-se investir com pouco dinheiro e ter grandes exposições num curto espaço de tempo. Também permite fazer o ‘short selling' que os instrumentos tradicionais não permitem. É um instrumento utilizado muitas vezes como uma pequena parte da carteira, sendo usado pelos investidores para arriscarem um pouco mais e tirarem partido do mercado de curto prazo. Daí sua popularidade".

Os CFD estão mesmo a ameaçar a quota de mercado dos futuros, os instrumentos derivados que foram durante anos os mais populares juntos dos investidores. CarlosAlmeida, ‘head of trading' do Banco Best, entidade responsável por 24,4% do valor de ordens dadas emCFD no primeiro trimestre, explica que a grande vantagem destes contratos em relação aos futuros é que "são um instrumento que permite disponibilizar valores de exposição mais reduzidos, permitindo uma alocação diversificada a vários tipos de activos. Vieram possibilitar aos investidores particulares o acesso a mercados anteriormente disponibilizados aos grandes investidores". E exemplifica com o valor necessário para investir noDAX: "Enquanto nos futuros a exposição mínima seria em torno dos 194.000 euros, através de CFD a exposição poderá ser realizada desde os 7.760 euros".

Por seu lado, os reguladores europeus explicam a popularidade dos CFD com a "dificuldade em obter retorno dos investimentos, incluindo retornos moderados" provocada pela crise financeira. "Quando procuram aumentar o seu retorno, muitos investidores consideram a possibilidade de investir em produtos complexos, que lhes oferecem a possibilidade de negociar com «alavancagem», como é o caso dos contratos diferenciais", explica o regulador. Já Francisco Horta observa que, com a crise financeira, muitos investidores que confiavam em bancos e fundos para aplicarem as suas poupanças, começaram "cada vez mais a ter vontade de conhecer e de tomar nas suas mãos a gestão dos seus próprios investimentos e isso também beneficiou os CFD".

Os perigos de negociar CFD
Apesar da popularidade destes produtos, os próprios comercializadores de CFD reconhecem que estes instrumentos não são destinados a qualquer tipo de investidor. "São um produto financeiro complexo, sendo procurados por investidores experientes que revelam conhecimentos do modo de funcionamento dos mercados e dos riscos associados", explica Carlos Almeida.

Já Francisco Horta adverte que "é necessário ter-se uma gestão de risco muito forte, ter sempre muita atenção aos clássicos ‘stop losses' e ‘take profits'. É necessário seguir os investimentos com muita atenção e não se focar muito no longo prazo, já que devido à alavancagem pode ser perigoso investimentos de longo prazo". As ‘stop losses' são mecanismos que permitem que as ordens dadas pelos investidores sejam desfeitas caso atinjam uma desvalorização pré-definida. São um mecanismo essencial para que o recurso à alavancagem não se torne num pesadelo para os investidores.

Além dos riscos da alavancagem, as autoridades europeias alertaram também para o risco de contraparte. Ou seja, é preciso seleccionar bem a entidade a quem se compra CFD. Isto depois de terem ocorrido casos como o da Worldspreads, que foi à falência. "Será importante que os investidores, previamente à escolha de uma determinada entidade para realizarem as suas operações sobre CFDs (ou qualquer outro produto financeiro), assegurem que essa instituição financeira esteja autorizada a prestar serviços financeiros em Portugal e/ou ter em consideração a entidade de supervisão que regula essas mesmas entidades", adverte Carlos Almeida.

Outro dos riscos enumerados pelos reguladores europeus prendem-se com a execução das ordens e com a possibilidade das ‘stop losses' não serem activadas em todos os casos. "Nos CFD há operadores que têm mais qualidade e menos qualidade. É natural que em casas com menor dimensão e que negoceiem CFD possa haver esses riscos de negociação", refere Francisco Horta.

[trabalho publicado na edição de 26 de Abril do Diário Económico]

14
Mai13

Conheça os PPR que mais ganharam em 2012

adm

A maioria destes produtos gerou ganhos efectivos para os aforradores no último ano.

A maioria dos detentores de Planos Poupança Reforma (PPR), sob a forma de seguro, tiveram ganhos efectivos em 2012. Dos 564 produtos presentes no mercado nacional, 71% renderam mais de 2,8%, ou seja, bateram a inflação registada no último ano, de acordo com os dados revelados recentemente pelo Instituto de Seguros de Portugal. Já entre os produtos que se encontram actualmente em comercialização a taxa de sucesso foi menor, com apenas 48% dos PPR nesta situação a baterem o aumento registado nos preços ao consumidor. Uma performance que ficou no entanto muito aquém da registada nos fundos PPR (com maior risco, sob a forma de fundo de investimento), onde todos os produtos conseguiram ganhos superiores a 2,8%. 

A tomada de risco compensou no último ano, período em que os fundos PPR tiveram ganhos médios entre 7,62% e 10,62%, dependendo da exposição a acções contratada. No entanto, e ao contrário do que acontece com a maioria dos seguros PPR, os fundos não garantem nem capital nem rendibilidade. Isso mesmo havia ficado bem patente no ano anterior, quando a maioria dos fundos PPR geraram perdas para os aforradores. Ou seja, quem opta pela segurança de ter capital e rendibilidades garantidas ganha menos em períodos positivos do mercado mas limita também as perdas em anos negativos.

A larga maioria dos portugueses opta precisamente por esta solução, com os seguros PPR a representarem cerca de 85% do mercado nacional de produtos para a reforma. Em média, os seguros PPR renderam 3,06% em 2012, abaixo dos 3,26% registados no ano anterior. Já entre os produtos que se encontram em comercialização, o ganho médio foi de 2,45%, em linha com os 2,42% alcançados em 2011. Taxas de rendibilidade efectiva - já descontadas de comissões - que indiciam fracas rentabilidades dos fundos subjacentes a estes seguros. Isto porque uma percentagem considerável dos seguros PPR, além de garantirem capital e uma taxa de juro anual, oferecem ainda uma participação nos resultados.

Ora, em 2011 foi raro o seguro que distribuiu resultados devido à fraca performance registada nesse ano, e que afectou também os fundos PPR. A evolução da rendibilidade média em 2012 indicia pois que a maioria dos seguros PPR voltaram a não distribuir participação nos resultados no último ano, apesar da evolução positiva do mercado, bem patente nos ganhos alcançados pelos fundos PPR. De notar ainda que, devido à sua natureza de investimento de longo-prazo e com rendibilidades garantidas, grande parte dos activos dos seguros PPR estão investidos em dívida pública. A qual, sendo portuguesa, registou a segunda melhor performance a nível mundial em 2012.

Entre os 564 no mercado nacional, apenas um gerou perdas em 2012, pelo terceiro ano consecutivo, o Misto BA PPR, da España S.A. No extremo oposto, destaque para o Zurich PPR Experience, com ganhos de 9,1% em 2012, que pelo terceiro ano consecutivo alcança ganhos superiores a 9% (ver caixas). No entanto já não é possível subscrever este produto, pelo que entre os seguros PPR actualmente disponíveis no mercado, a liderança pertence ao PPR Plano A, da Mapfre, com uma rendibilidade efectiva de 4,28% em 2012.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

12
Mai13

Produtos financeiros complexos: fuja em caso de dúvida

adm

A probabilidade de perda ultrapassa muitas vezes 50% nos produtos complexos. Evite queimar o seu dinheiro.

Não é possível apontar todas as causas que estiveram na origem da actual crise financeira, mas uma coisa é certa: o aumento da complexidade dos produtos financeiros teve um papel muito relevante no enredo. Muitos destes produtos estiveram directamente relacionados com o colapso do mercado imobiliário em vários pontos do globo.

Após o eclodir da crise financeira, os produtos financeiros complexos foram preteridos pelas instituições financeiras. Todavia, quatro anos e meio depois da bancarrota do banco norte-americano Lehman Brothers, que marcou a maior falência de sempre, os produtos financeiros complexos regressam progressivamente aos escaparates dos bancos.

Embora assumam a forma de um instrumento já existente, o rendimento dos produtos financeiros complexos depende da evolução de outros activos ou indicadores. Os bancos podem comercializar uma obrigação cuja rentabilidade dependa da evolução de uma acção ou de um cabaz de mercadorias, por exemplo.

Como é natural, a complexidade complica muito a vida dos investidores, porque é difícil aferir não só a rentabilidade esperada mas também o risco envolvido na operação. Regra geral, os produtos financeiros complexos indicam elevadas rentabilidades potenciais, mas que, na prática, raramente são alcançadas.

As avaliações da Proteste Investe destes instrumentos, também chamados de produtos estruturados, mostram que o resultado obtido pelos investidores é, na generalidade dos casos, inferior ao oferecido por aplicações de baixo risco, como os depósitos a prazo e os Certificados de Aforro. Aliás, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o organismo que supervisiona e regula alguns destes produtos, também confirmou que o rendimento médio é baixo.

Consulte a Proteste Investe antes de subscrever
Muitas vezes, a probabilidade de não obter qualquer rendimento no investimento é superior a 50%. Dada a complexidade dos instrumentos, esta percentagem não é fácil de calcular. É por isso que a Proteste Investe diz aos seus subscritores que, em caso de dúvida, não subscrevam produtos financeiros complexos. O universo de aplicações financeiras é demasiado grande para se restringir à complexidade destes instrumentos.


Se estiver muito interessado em subscrever um produto estruturado, consulte a Proteste Investe. Através do seu serviço de Avaliação a Pedido, envie a documentação da aplicação. Depois de fazer uma avaliação, os analistas da Proteste Investe emitirão uma recomendação. Saiba mais no portal financeiro, em deco.proteste.pt/investe. Raramente surgem produtos financeiros complexos no serviço de Avaliação a Pedido da Proteste Investe que podem merecer o seu dinheiro. Um dos últimos casos a passar pelo crivo do serviço de Avaliação a Pedido é o do EUR 3Y Booster Euro Stoxx 50, descrito ao lado. Embora a Proteste Investe não o tenha recomendado de forma categórica, a subscrição poderia fazer sentido para alguns investidores mais ousados. Em baixo desse está um dos muitos produtos que claramente não merecem a sua poupança: o seu rendimento esperado é negativo.

Há sempre algo a melhorar
As duas entidades nacionais que supervisionam os produtos financeiros complexos, o Banco de Portugal e a CMVM, têm apresentado avanços na protecção dos investidores. O Banco de Portugal obriga agora os bancos a reportarem os resultados dos depósitos indexados e duais nas páginas do Portal do Cliente Bancário. Cerca de um quarto desses depósitos não deu qualquer rendimento, como a Proteste Investe demonstrou na passada edição de Fevereiro.

O mais recente regulamento da CMVM, que entrou em vigor no início do ano, impôs uma normalização da informação prestada aos subscritores, através do documento de informações fundamentais ao investidor. Embora este documento seja um pouco técnico, é uma franca melhoria. A visualização do risco é agora possível graças a um alerta gráfico, como pode ver ao lado. A equipa da Proteste Investe estará atenta para saber se essas fichas de informações fundamentais para o investidor são, de facto, entregues aos aforradores.

Apesar dos avanços, a Proteste Investe acredita que é possível melhorar. Defende que as regras e os mecanismos de transparência deveriam ser comuns aos depósitos indexados e duais e aos restantes produtos complexos, o que não acontece porque o Banco de Portugal é responsável pelo primeiro grupo e a CMVM pelos outros. É verdade que os produtos estruturados na forma de depósitos exigem a garantia do capital investido, mas a complexidade do cálculo dos rendimentos é equivalente e as formas de avaliação também o são.

Tal como o Banco de Portugal, a CMVM também deveria promover uma base de dados com o resultado efectivo dos produtos que já se venceram. A maior dúvida dos leitores da Proteste Investe prende-se exactamente com isso: saber quanto rendeu o seu produto complexo.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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