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Poupanças e Investimentos Seguros

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31
Jan15

Juro dos Certificados de Aforro cai para um terço

adm

Novas taxas divulgadas pelo IGCP, instituto que gere a dívida pública portuguesa, também reduzem para metade a rentabilidade dos Certificados do Tesouro Poupança Mais. Produtos subscritos até ontem mantêm as remunerações anteriores.

 

O tempo das remunerações principescas nos Certificados de Aforro e nos Certificados do Tesouro Poupança Mais acabou. A partir de segunda-feira, quem subscrever os produtos de dívida do Estado terá direito a taxas de juro muito inferiores às que estiveram em vigor nos últimos dois anos e que fizeram com que a subscrição destes títulos disparasse.

Ontem, o IGCP, organismo que gere a dívida do Estado, anunciou novas taxas para as subscrições contratadas a partir de segunda-feira e que representam um corte significativo face às remunerações anteriores. As subscrições antigas mantêm as taxas e condições em vigor à data em que foram realizadas.

De acordo com as novas regras, a nova os Certificados de Aforro, que garantiam uma taxa bruta de 3,069% ao ano, porque agrupavam um prémio fixo de 2,75% a que acrescia a Euribor a três meses, passarão a conceder um juro de 1,058% brutos. Esta taxa inclui 1% fixo, mais a Euribor a três meses e prémios de permanência de 0,5% (do 2º ao 5º ano) e de 1% (do 6º ao 10º). O valor médio líquido (aplicada a taxa liberatória de 28%) cai para 0,762% no primeiro ano, 1,122% do 2º ao 5º e 1,482% a partir do 6º.

 Já os Certificados do Tesouro Poupança Mais, que têm uma maturidade de cinco anos e que ofereciam uma taxa média líquida de cerca de 3% ao ano, vêem a remuneração cair para uma média final também líquida de 1,62%. O valor bruto, sem taxa liberatória, começa em 1,25%, no primeiro ano, e sobe até 3,25% no 5º, o que representa uma taxa média bruta de 2,25%.

Para o caso dos títulos Poupança Mais, a subscrição de um montante de mil euros renderá 16 euros euros por ano em juros face aos cerca de 30 euros que representavam no anterior regime.

A oferta de taxas generosas como as que vigoraram nos últimos anos foi o instrumento a que o Governo deitou mãos numa altura em que a captação da poupança interna se assumiu como prioridade dado o elevado nível de juros que era pedido pelos investidores em dívida pública portuguesa.

A opção desagradou aos bancos, impedidos de oferecerem remunerações atractivas como as que foram disponibilizadas pelo Estado, e teve como consequência a retirada de vários milhares de milhões de euros do sistema bancário que foram canalizados para os certificados do Tesouro português.

No último ano, as taxas no mercado primário de dívida começaram a cair e, no dia 15 de Janeiro, Portugal emitiu Obrigações do Tesouro a 10 anos com um juro de 2,875%, o valor mais baixo de sempre, e títulos a 30 anos, algo que não fazia desde 2006,com uma taxa de 4,1%.

Só em 2014, os portugueses subscreveram 5000 milhões de euros de produtos financeiros do Estado, com os Certificados do Tesouro Poupança Mais a representarem cerca de 60% do total. No final do ano pasado, a poupança dos particulares acumulada nos cofres do Estado ascendia a 17.189 milhões de euros, um valor equiparável a Janeiro de 2009, antes dos principais impactos da crise financeira e da intervenção da troika de credores. O recorde de subscrição de dívida do Estado por parte de particulares foi registado em Janeiro de 2008, com 18.186 milhões de euros.

Para este ano, o Governo estima colocar 2500 milhões de euros em produtos de poupança, mas a forte corrida a este tipo de produtos, especialmente a partir do momento em que se soube que as taxas iam descer, pode fazer com que esse valor seja ultrapassado.

Quando anunciou que as taxas de juro dos certificados íam descer, em meados de Janeiro, a secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, sustentou que "o contexto de taxas de juro em que estamos neste momento é completamente diferente daqueles que existia à data do início dos produtos e da última alteração dos certificados de aforro”. E acrescentou fazer todo o que “o Estado, enquanto emitente, ajuste os juros da sua dívida às condições de mercado”.

Corrida aos CTT
A declaração da responsável governamental gerou uma afluência pouco usual aos balcões dos CTT, onde estes produtos podem ser subscritos. E essa corrida ganhou ainda mais força nos últimos dias, obrigando a companhia a fazer horas-extra para atender todos os pedidos.

A empresa não avançou dados sobre o montante que foi subscrito, remetendo essa informação para o IGCP, mas confirmou uma afluência muito superior ao habitual. Em declarações ao PÚBLICO, António Pedro Silva, director da rede de lojas dos CTT, adiantou que nos últimos dias o aumento de afluência superou os 200% e, ontem, esse acréscimo superou os 300%. 

 

fonte:http://www.publico.pt/e

27
Jan15

Certificados de aforro poderiam render 3,049% no próximo mês, mas vão pagar menos

adm
Com as Euribor em queda, para mínimos históricos, a remuneração dos certificados de aforro iria cair no próximo mês. Mesmo assim, os investidores poderiam receber mais de 3%. Mas não vão ganhar tanto. O Governo vai cortar as taxas. Falta saber para quanto.

Todos meses, nos últimos dias do mês, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) revela a taxa que será aplicada aos certificados de aforro subscritos, ou alvo de revisão trimestral, no mês seguinte. Com a queda da Euribor a três meses, o juro bruto tem vindo a cair, mas o prémio extraordinário tem garantido a atractividade. Em Fevereiro, estes títulos poderiam pagar 3,049%, mas isso já não vai acontecer. A decisão do Governo foi a de baixar os juros, mas ainda não disse para quanto.

 

A fórmula de cálculo da taxa aplicada aos certificados de aforro é, relativamente, simples de aplicar: considera-se a taxa média registada pela Euribor a três meses nas 10 sessões até ao ante-penúltimo dia de cada mês (neste caso, esta terça-feira dia 27 de Janeiro). Utiliza-se 85% dessa taxa, adicionando-se depois 0,25%. E, desde Setembro de 2012, o prémio extraordinário de 275 pontos-base que irá vigorar até ao final de 2016 nos certificados da "Série C". O resultado dá 3,049%, para Fevereiro.

 

Esta taxa é a mais baixa desde Setembro de 2012, altura em que foi introduzido o prémio para estancar a saída de dinheiro destes títulos. Mas, mesmo assim, está acima de 3%, algo que será difícil obter com a revisão anunciada pelo Governo da remuneração dos produtos de poupança, tanto os certificados de aforro como os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que entrará em vigor já no próximo mês. O anúncio foi feito a meados de Janeiro mas, até agora, não são conhecidas as novas taxas.

 

Mais perto dos depósitos

 

A ideia do Governo é a de encolher o custo que tem no financiamento através destes produtos de retalho, isto numa altura em que as taxas exigidas a Portugal nos mercados internacionais estão, em termos nominais, em mínimos históricos. "Quando as taxas foram alteradas, foi para serem alinhadas com os substitutos próximos. A ideia é manter esse objectivo e, de alguma forma, alinhar estes dois produtos com substitutos próximos. Quando foram alteradas, as taxas estavam bastante próximas da Euribor a 12 meses e hoje em dia estão com valores bastante mais altos", diz Cristina Casalinho, em entrevista ao Diário Económico.

 

A presidente do IGCP assegurou, na mesma entrevista, que a remuneração dos certificados de aforro e dos CTPM vai baixar para "valores mais próximos da Euribor e da taxa de depósitos". A Euribor a 12 meses está, actualmente, em 0,277%, já a média das taxas aplicadas aos novos depósitos a prazo (com um prazo até um ano) estava em 1,34% em Novembro. Com o corte das taxas, haverá uma descida do peso destes produtos no financiamento do Estado, admite Casalinho. Mas antes da descida, está a haver uma corrida.

 

Corrida às taxas altas

 

Tanto os CTPM como os certificados de aforro estão a registar subscrições avultadas neste primeiro mês do ano. Os primeiros, que oferecem os juros mais altos (4,25% de taxa bruta média anual em cinco ano), registam aplicações que superam os 550 milhões de euros, um montante mensal recorde, segundo apurou o Negócios. Os títulos mais "velhinhos" também estão a atrair mais poupanças do que é habitual: cerca de 280 milhões, contra os 170 milhões, em média, obtidos mensalmente durante o último ano.

 

O forte aumento de subscrições faz deste o mês com maior entrada de dinheiro em certificados desde que começaram a ser compilados dados pelo Banco de Portugal, em 1998; mais de 750 milhões de euros (30% da meta de 2015 de 2.500 milhões). Um recorde para o qual contribuíram as declarações de Isabel-Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro, que revelou que os juros oferecidos em ambos os produtos vão ser revistos em baixa já em Fevereiro. Desde 14 de Janeiro, ou seja, há uma semana e meia, entraram 500 milhões de euros, dois terços do total do mês.

 

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

26
Jan15

Poupanças: Esta é a última semana em que o Estado oferece juros elevados

adm

As taxas de juro dos Certificados de Aforro e do Tesouro Poupança Mais vão descer em Fevereiro.

O IGCP deverá anunciar, em breve, as novas condições de remuneração dos produtos de aforro do Estado. Esta é, por isso, a última semana para beneficiar de retornos atractivos.

A descida da rendibilidade aplicar-se-á apenas às novas subscrições dos instrumentos de retalho. Para os aforradores com poupanças aplicadas nestes produtos mantêm-se as condições em vigor.

Para as emissões realizadas este mês, o Estado está a pagar uma taxa bruta de 3,069% nos Certificados de Aforro. A esta taxa acresce um bónus fixo – introduzido em Agosto de 2012 – de 2,75%. Este bónus manter-se-á em vigor até ao final de 2016, altura em que serão recuperados os prémios de permanência anteriores.

Este produto é indicado para investimentos por períodos curtos. A elevada liquidez justifica a subscrição por prazos inferiores a dois anos.

O investimento mínimo em Certificados de Aforro é 100 euros e o máximo 250 mil euros.

Certificados de Tesouro Poupança Mais

Os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) pagam juros anuais a uma taxa crescente – de 2,75%, 3,75% e 4,75% brutos do primeiro ao terceiro anos e 5% brutos no quarto e quinto ano.

No quarto e quinto ano, ao valor da taxa de juro fixa acresce um prémio correspondente a 80% do crescimento médio real do Produto Interno Bruto.

Lançados no Dia Mundial da Poupança, 31 de Outubro de 2013, os CTPM são instrumentos de dívida recomendados para quem pretende investir a médio prazo, entre dois a cinco anos.

O montante mínimo de subscrição é 1.000 euros e o máximo um milhão de euros.

Onde subscrever?

A subscrição destes produtos pode ser efectuada directamente nos balcões dos CTT e na internet através do AforroNet.

A descida da remuneração dos instrumentos de dívida do Estado foi anunciada recentemente pela secretária de Estado do Tesouro em entrevista ao Diário Económico. Isabel Castelo Branco justifica as alterações com as novas condições de mercado.

"O contexto de taxas de juro em que estamos neste momento é completamente diferente daqueles que existia à data do início dos produtos e da última alteração dos certificados de aforro. E faz sentido que o Estado, enquanto emitente, ajuste os juros da sua dívida às condições de mercado e isso também é verdade para a dívida do retalho", afirmou a Secretária de Estado.

Estes instrumentos têm um papel importante no financiamento do Estado. Em 214, o Estado conseguiu arrecadar mais de 1.840 milhões de euros com os Certificados de Aforro da série C e um montante superior a 2.666 milhões de euros através dos Certificados de Tesouro Poupança Mais. Um total líquido – subscrições menos resgates – de 4.506 milhões de euros.

Para este ano, o Estado prevê angariar 2,5 mil milhões de euros.

 

fonte:http://www.sol.pt/

21
Jan15

Certificados do Tesouro mais procurados do que Certificados de Aforro

adm

A oito dias da redução das taxas de remuneração dos Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), em dimensão que ainda não foi divulgada pelo Governo, os portugueses estão a aumentar a subscrição dos produtos de poupança do Estado, com maior preferência pelos Certificados do Tesouro.

Numa visita a alguns balcões dos CTT, o PÚBLICO apurou que o mês de Janeiro está a registar um acréscimo de subscrições de produtos do Estado, que garantem as actuais condições de remuneração apenas até ao final do mês. Foi ainda possível verificar que os CTPM têm atraído maior número de subscrições, uma tendência que já se verificou ao longo do último ano, embora em nenhum dos casos esteja a ocorrer uma corrida em antecipação à mudança na remuneração.

Os CTT não divulgam dados da afluência desde que a secretária de Estado anunciou, na passada quarta-feira, o propósito de alterar as condições de remuneração dos produtos captados, e a avaliação aos balcões é dificultada pelo facto do mês de Janeiro ser, por tradição, um bom mês de captação de poupanças de particulares.

Ainda assim, os dados de Janeiro deverão revelar um aumento de subscrições, com investidores a aproveitar as ainda atractivas taxas de remuneração dos dois produtos, sem paralelo nos tradicionais depósitos bancários, ou outros produtos sem risco.

A edição de Janeiro da revista Proteste Investe, da Deco Proteste, aconselha os aforradores a canalizarem as suas poupanças para os CA, se o prazo de aplicação for por dois anos, e para os CTPM, se o prazo ficar acima desse prazo. Os CA garantem uma remuneração líquida que não desce abaixo dos 2% até 2016.

A actual série C,  dos CA,  garante uma taxa de juro bruta de 3,069%,  que corresponde a uma taxa líquida de 2,2 % líquida. Esta remuneração está ancorada no prémio fixo de 2,75 % bruto, que se manterá em vigor até final de 2016, para as subscrições realizadas antes das alterações a introduzir a partir de Fevereiro.

Com o fim do prémio fixo, os actuais CA vão recuperar a partir de 2017, mas com efeitos retroactivos, os prémios de permanência crescentes que vigoravam até 2012. Ainda assim, a recuperação desses prémios de permanência não igualam o prémio fixo, adiantou ao PÚBLICO António Ribeiro, economista da Deco Proteste. Só depois de conhecidas as novas condições dos CA será possível verificar se o produto se mantém atractivo ou se há alternativas mais vantajosas.

Nos CTPM, o montante mínimo de investimentos é de 1000 euros (nos CA é de apenas 100 euros), e a taxa actual evolui de 2,7% (bruta)  no primeiro ano para 3,75 no segundo. A taxa sobe para 4,75% no terceiro ano e para 5% no quarto e quinto ano. À remuneração dos últimos dois anos pode ainda acrescer um prémio correspondente a 80% do crescimento médio real do produto interno bruto, a preços de mercado.

No momento de escolha entre CA e CTPM é preciso ter em conta que o período de imobilização do capital é de três meses no primeiro produto e de um ano no segundo.

O Ministério das Finanças ainda não divulgou as novas condições de remuneração dos dois produtos de dívida pública, que deverão ser feitas através do lançamento de novas séries, já que há o compromisso de manter as actuais condições aos produtos a subscrever até 30 de Janeiro.

A redução era de certa forma esperada, porque os restantes produtos de dívida (Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro) têm sofrido uma redução das taxas de juro implícitas elevadas. Ainda assim, os produtos deverão manter alguma atractividade, uma vez que o Governo inscreveu no Orçamento de Estado para 2015 a captação junto dos particulares de  2,5 mil milhões de euros.

Em Novembro de 2014 (últimos dados disponíveis),  a dívida pública portuguesa ascendia a 218,2 mil milhões de euros. Deste montante, a dívida subscrita por particulares representa 16,6 mil milhões de euros, ou 7,7% do total, acima dos 5,9% que representava no final de 2013.

A fatia de dívida subscrita por particulares cresceu 30% até Novembro, em boa parte devido à duplicação dos CTPM, para 4,6 mil milhões de euros. O montante de CA subiu 16,9%, para perto de 12 mil milhões de euros.

 

fonte:http://www.publico.pt/ec

19
Jan15

Certificados do Tesouro: Um ano com rendimento de peso

adm
Os CTPM têm já um ano de existência. Foram lançados no Dia Mundial da Poupança, a 31 de outubro de 2013. Como estão previstas alterações na remuneração deste produto já a partir de fevereiro, aproveite para subscrever até ao fim do deste mês e garanta estas taxas para os próximos cinco anos.

Os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) são uma das formas de aplicar em dívida pública, ou seja, emprestar dinheiro ao Estado através da subscrição de um dos seus produtos de poupança dedicados aos particulares. Os Certificados do Tesouro são ainda recentes, lançados a 31 de outubro de 2013 e de imediato cativaram a atenção dos portugueses. Especialmente indicados a quem pretenda aplicar as poupanças a médio/longo prazo, entre dois a cinco anos. O montante mínimo de subscrição é de 1.000 euros. Não é um produto aconselhado a quem pretende fazer entregas regulares de pequeno montante, pois cada entrega deverá ser sempre de 1000 euros e corresponde a uma nova subscrição, ao contrário do que acontece com os Certificados de Aforro, que permitem reforços e com montantes bem mais baixos (100 euros). Não cobram qualquer comissão e subscrevem-se nos Correios, através da abertura de conta no IGCP, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.


Pelo menos 3% estão garantidos
Apesar das taxas de juro do mercado se terem contraído, nomeadamente nos depósitos, nos Certificados de Aforro e noutras aplicações de capital garantido, as taxas anuais dos Certificados do Tesouro têm resistido sem qualquer alteração desde o lançamento. Os CTPM pagam juros anuais a taxa crescente e não permitem a mobilização durante o primeiro ano. Rendem 2,75%, 3,75% e 4,75% brutos do primeiro ao terceiro anos e 5%, brutos no quarto e quinto ano. Ou seja, estão garantidos 3% líquidos ao ano. Mas, nos últimos anos pode acrescer ainda um bónus de 80% da taxa de crescimento do PIB, caso seja positiva. Assim, segundo as estimativas do FMI, que prevê uma taxa de crescimento de 1,5%, poderíamos obter até 3,4% ao ano de rendimento líquido. É um produto particularmente interessante para quem invista a médio prazo, entre dois a cinco anos. Aliás, como a taxa de juro é crescente, quanto mais anos mantiver a aplicação, maior será o rendimento. Para períodos curtos e prazos inferiores a dois anos, os Certificados de Aforro são mais adequados.


2,7 mil milhões num ano
Este produto foi lançado num período de diminuição das taxas de juro, o que o tornou um sucesso, já que apresenta taxas de juro superiores à maior parte dos produtos de capital garantido, nomeadamente os depósitos a prazo. Segundo os dados apresentados no último Boletim Mensal do IGCP, desde o lançamento, o montante aplicado em Certificados do Tesouro Poupança Mais ultrapassou já os 2,7 mil milhões de euros. O primeiro mês após o lançamento foi o que registou maior volume de aplicações (428 milhões de euros). Desde julho deste ano, os montantes mensais têm ultrapassado sempre os 300 milhões, como se pode ver no gráfico. Os montantes resgatados são relativamente baixos.


Vale a pena transferir?
Uma pergunta frequente é: quem tem Certificados de Aforro deve resgatar e aplicar o montante em Certificados do Tesouro ou manter nos Certificados de Aforro? Depende do horizonte de investimento. Como os CTPM são um produto de taxa anual crescente, se o seu horizonte de investimento for apenas um ou dois anos, mantenha em Certificados de Aforro, até porque goza de um bónus fixo até final de 2016, o que lhe permite um rendimento estável (atualmente a taxa é de 2,2% líquida). Mas, se tiver a certeza de que não vai necessitar do dinheiro por mais de dois anos, então pode resgatar os Certificados de Aforro e aplicar esse montante em Certificados do Tesouro Poupança Mais.


Ferramentas úteis no portal
Existem vários simuladores no nosso portal financeiro que o podem ajudar nos cálculos das aplicações dos produtos de dívida pública e, em particular, nos Certificados do Tesouro Poupança Mais. Por exemplo, se quiser saber quanto vai ganhar aplicando em Certificados do Tesouro Poupança Mais veja em deco.proteste.pt/investe/calculadora- certificados-tesouro. Se quiser comparar o rendimento das várias opções de dívida pública, também pode fazê-lo facilmente através da ferramenta disponível em deco. proteste.pt/investe/calculadora-divida-publica. 

 

 

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As mesmas regras para o Estado


Os produtos de dívida pública são fortes concorrentes da banca. Oferecem um rendimento superior e a garantia do Estado. Mas, têm sido beneficiados, pois não obedecem às mesmas regras a que estão sujeitos os produtos bancários. Por exemplo, os Certificados do Tesouro copiam o esquema de rendimento de um depósito de taxa crescente e o folheto publicitário destaca os 5%, que é a taxa dos últimos dois anos. Se fosse um depósito de taxa crescente não o poderia fazer, segundo o artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2008. Apenas poderia publicitar a taxa de juro média. Além disso, deveriam ser regulados por uma entidade autónoma, que acompanhe os mercados, controle a informação e vigie o comportamento das entidades comercializadoras. Deviam ter uma ficha comparável aos restantes produtos do mercado, a facultar obrigatoriamente aos aforradores. É o Governo quem dita as regras, mantém ou altera a remuneração, distorcendo a concorrência. São exigências nossas já antigas (ver edição n.º 737, de fevereiro de 2012).

 

 

Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

17
Jan15

Governo vai reduzir taxas dos Certificados de Aforro e do Tesouro

adm

O Governo vai baixar as taxas dos instrumentos de dívida direccionados para o retalho, já no início do próximo mês, em valor que ainda não está fechado, avançou a secretária de Estado do Tesouro, em entrevista ao Diário Económico (DE).

A redução das taxas de rentabilidade vai acontecer nos certificados de aforro (CA) e nos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que em 2014 atraíram quase cinco mil milhões de euros de poupanças das famílias.

Na entrevista ao DE, a secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, declara que as alterações vão aplicar-se às novas subscrições, e não às que já existem.

Isabel Castelo Branco, justifica a redução que o Governo tenciona introduzir com “a alteração das condições de mercado”.

A governante garante, no entanto, que aqueles instrumentos continuarão a ter um papel importante no financiamento do Estado, mantendo a meta de subscrições de 2,5 mil milhões para o corrente ano.

Isabel Castelo Branco recorda que as últimas alterações aos certificados de aforro, em 2012, melhoraram a sua rentabilidade.

“Nessa altura, o que se fez foi incrementar o spread sobre a Euribor para um valor de 2,75% e que tem estado inalterado desde 2012. Nessa data, as taxas das Obrigações do Tesouro (OT) a cinco anos estavam acima de 7% e as taxas das OT a dez anos estavam acima de 9%. Em 2013, quando se lançaram os CTPM, as taxas das OT a cinco anos estavam acima de 5% e a dez anos acima de 6%”, referiu.

Neste momento, o Estado pode endividar-se a taxas de juro muito mais baixas. Esta quarta-feira, no mercado secundário, a taxa de juro implícita das obrigações soberanas a 10 anos situava-se em 2,687%, a cinco anosem1,521%, e a dois anos em 0,430%.

As taxas de rentabilidade dos CA e dos CTPM, são muito superiores às dos depósitos a prazo.

Nos CA, a taxa bruta fixada para as subscrições a realizar em Janeiro, e a vigorar para o trimestre seguinte, é de 3,069%. A taxa dos CA é composta por um prémio fixo de 2,75%, a manter-se em vigor até 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o que estava estipulado na última revisão, a que acrescida do valor médio da Euribor a três meses, observada nos últimos 10 dias anteriores à fixação da taxa.

Nos CTPM, as taxas brutas fixadas vão evoluindo de 2,75% no primeiro ano para 5% no quarto e quinto ano de vigência da aplicação. A permanência até ao 5º ano pode garantir ainda um prémio suplementar em função da evolução do Produto Interno Bruto (PIB).

As taxas dos depósitos a prazo têm vido a descer a este movimento deverá continuar. De acordo com uma análise recente da Deco Proteste, um depósito de 5000 euros, a 12 meses, rende em média uma taxa de 0,7% líquida.

A redução da rentabilidade dos produtos de poupança geridos pelo Estado não surpreende a Deco Proteste, pela diferença de taxas actualmente existente face às restantes emissões de dívida pública. Apesar de não se perceber de que forma vão ser reduzidas as taxas, se por alteração das actuais séries ou o lançamento de novas, António Ribeiro, especialista da Deco Proteste, aconselha os aforradores a aproveitar o tempo que resta até serem introduzidas as alterações e realizarem aplicações nos actuais produtos.

Contactado pelo PÚBLICO, o Ministério das Finanças recusou-se a prestar mais informações sobre as alterações em preparação.

 

fonte:http://www.publico.pt/e

12
Jan15

“As seguradoras têm de se esforçar mais para captar poupanças”

adm

Com o fim dos apoios aos PPR, cabe às seguradores convencer as pessoas a poupar. E critica o Estado por não aplicar a si as mesmas regras de supervisão nos produtos de poupança.

Pedro Seixas Vale sublinha a importância da poupança na economia e na capacidade de investimento do país, que está abaixo do que deveria. O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) aceita o fim dos benefícios fiscais à subscrição de PPR, porque isso tem custos para os contribuintes, mas defende a manutenção de apoios a quem mantém aplicações de longo prazo.

Os produtos de poupança, como os PPR ou os Certificados de Aforro, foram durante anos uma forma de investimento dos portugueses. Apesar de todas as alterações fiscais a que assistimos ano após ano, continuam a atrair os portugueses?
Sim, continuam. Foi um produto segurador muito bem vendido pela banca, pelos benefícios fiscais e não só. Sendo de longo prazo, tinha, em determinadas situações, uma liquidez assegurada, uma fiscalidade favorável à entrada e à saída, e regras muito bem definidas de gestão de aplicação nos diferentes activos. Devo dizer que, apesar de algumas mudanças fiscais, há que aceitar que um produto que tem benefícios fiscais quando se faz a subscrição tem um prazo relativamente curto, de cinco ou dez anos. Ou o produto serve ou não, e não pode estar sempre a ter benefícios fiscais. Os benefícios fiscais custam dinheiro ao cidadão português, é algo que o Estado deixa de receber e, em contrapartida, se não recebe esses montantes, tem que receber impostos de outra maneira.

Concorda com o fim dos benefícios fiscais a partir de 2015?
Não. O que estou a dizer é que nos benefícios à entrada aceito que tenham sido revistos, já os benefícios à saída são os que se devem manter, porque é uma maneira de premiar quem poupa a longo prazo. Quem poupa, faz um esforço, é muito mais fácil consumir. E quem o faz, quem o faz a longo prazo, quem o faz no sentido de complementar a sua reforma, deve ter um prémio.

O incentivo à subscrição dos PPR face à necessidade de poupança dos português deveria manter-se?
Temos de perceber o constrangimento orçamental. Temos nós, seguradores, de fazer um esforço maior e convencer as pessoas. Não vamos estar sempre à espera que alguém faça o nosso trabalho. Admito que, numa fase inicial, uns cinco, dez anos, os incentivos fiscais foram úteis porque fez com que o produto fosse conhecido, tornou a sua notoriedade importante, fez com que houvesse uma adesão muito grande. A partir de certa altura, é preciso ver, também, além do que isto significa, quem beneficia. Quem é que faz o PPR? Às vezes não são as pessoas que têm rendimentos mais baixos. Há que ter uma noção integrada destas questões. Benefícios sim, limitados, ver quem beneficia, quem paga.

O Estado também tem entrado de forma muito significativa neste sector, tem Certificados de Aforro, Obrigações do Tesouro. Esta concorrência pública pela captação da poupança dos portugueses é equilibrada face às necessidades do sector ou pressionou o sector segurador?
Deixe-me dar os dados de 2014. Os portugueses investiram mais cerca de dois mil milhões em PPR. Hoje, têm cerca de 13,5 mil milhões investidos em PPR, portanto, um aumento significativo em 2014. Estamos a tentar vender e as pessoas estão a aderir, pela segurança, pela liquidez, pela rentabilidade. Os PPR são o produto que nos últimos oito anos deram, em média, melhor rendimento aos aforradores portugueses. O Estado tem dois produtos, os certificados de aforro e, depois, teve os certificados do Tesouro, e os certificados de reforma. Não me importo nada com a concorrência do Estado, pelo contrário. Acho que não é necessário ter esses produtos, mas admito que os tenha por tradição.

Porque o Estado também se quer financiar...
...mas tem de ter regras. E não pode ter esses produtos sem ter as regras que são exigidas aos outros actores financeiros.

E não tem?
Não tem, mas devia ter. Porque o Estado vende esses produtos, não como Estado, mas como uma instituição que faz um produto financeiro e que o vende.

Que tipo de regras?
Não são supervisionados, não há regras de investimento, não há regras de prudência. Não me importo de ter concorrência do Estado, desde que estejamos numa concorrência leal. Em segundo lugar, devo dizer, e não estou a ser contraditório, não se devia ter feito aos certificados de aforro o que se fez. Era o instrumento mais popular de poupança em Portugal e agora tem dificuldades em recuperar e tem um custo que não era necessário. E não tenho medo nenhum da concorrência, acho que devemos estar todos com as mesmas regras e todos a ter a necessidade de ter os níveis de precaução que devemos ter.

Há outra regra para 2015 que tem a ver com resgate dos PPR e que, na verdade, acaba por equiparar os PPR a qualquer outra aplicação com o aumento do imposto para 28%. Concorda?
Concordo com as circunstâncias em que se paga 28%. Como estou perfeitamente de acordo que alguns produtos financeiros, sobretudo fundos de investimento e depósitos a prazo, tenham a mesma fiscalidade que tinham os produtos de seguro, se tiverem as mesmas características de longo prazo. O importante, neste momento, é que Portugal procure incentivar a poupança. Temos os níveis de poupança muito baixos, cerca de 12% de poupança, deveríamos ter 20% de investimento, temos um pouco menos, há aqui um ‘gap'. Deveríamos fomentar a poupança. Sei que, neste momento, existem outras teorias monetárias, mas acho que os países que são mais equilibrados são aqueles onde se poupa.

 fonte:http://economico.sapo.pt/

11
Jan15

Famílias investem no Estado

adm

As famílias voltaram a confiar na dívida portuguesa e a emprestar dinheiro aos cofres públicos. No ano em que a troika saiu do país e se abriu caminho para o regresso aos mercados de médio e longo prazo, o Estado conseguiu atrair um volume significativo de poupanças dos portugueses.

 

De Janeiro a Novembro, as famílias depositaram no Estado 4,5 mil milhões de euros em Certificados de Aforro e em Certificados do Tesouro Poupança Mais – o valor mais elevado de subscrição de produtos de retalho de que há registo nas estatísticas disponibilizadas pelo IGCP – Agência da Tesouraria e da Dívida Pública, que remontam a 2001.

Depois de contabilizadas as amortizações de certificados – pessoas que resgataram a sua poupança –, o saldo líquido de subscrições no ano passado foi de 4,1 mil milhões de euros. Os aforradores nacionais detêm agora 16,7 mil milhões de euros em dívida pública – cerca de 7,6% do total da dívida directa do Estado, o valor mais elevado desde 2010, ano anterior ao resgate da troika.

Peso crescente

O financiamento obtido através do retalho tem já um peso praticamente igual ao dos bilhetes de tesouro. Estes títulos de curto prazo, que representaram o principal instrumento de financiamento do Estado durante o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, equivalem a 7,7% na estrutura da dívida pública. Apesar de as estatísticas de Dezembro ainda não serem conhecidas, o Governo já superou a meta traçada para 2014 – a última de emissão de dívida no retalho era inferior a quatro mil milhões.

Mais consumo não impede poupança

Para este desempenho, o Governo beneficiou de vários factores. Por um lado, a poupança das famílias tem aumentado e, num contexto de queda das taxas de juro na Zona Euro, a remuneração oferecida pela banca nos depósitos a prazo afundou. Mesmo com a recuperação do consumo interno, as famílias conseguiram nos últimos meses pôr de parte quase 10% do rendimento disponível.

“O consumo e a poupança das famílias podem subir ao mesmo tempo se o rendimento das famílias estiver a subir”, explicou ao SOL Inês Domingos, docente de Economia da Universidade Católica. De facto, o rendimento disponível das famílias diminuiu entre o final de 2010 e meados de 2013, mas tem vindo a subir desde então – favorecendo quer o consumo quer a poupança.

Com esta maior propensão das famílias para a poupança, a procura por produtos do IGCP aumentou, revelando também uma percepção pública de menor risco da dívida nacional. E foi determinante a alteração das condições de remuneração dos certificados de aforro em Setembro de 2012 e o lançamento um novo produto de poupança pelo IGCP, os Certificados do Tesouro Poupança Mais.

Após cinco anos de resgates, os certificados de aforro ganharam novo fôlego com a introdução de um prémio de permanência ao final de 2016, que elevou o juro para taxas superiores a 3%.

Por sua vez, os Certificados do Tesouro Poupança Mais têm uma taxa fixa entre 2,75% e 5%, a que pode acrescer um prémio nos últimos dois anos em função do crescimento médio real do produto interno bruto. Contabilizando apenas as emissões, os portugueses emprestaram ao Estado, em média, 10,7 milhões de euros por dia através de subscrições de Certificados de Aforro e quase 11,6 milhões de euros em Certificados do Tesouro Poupança Mais.

Novos produtos em 2015

Para este ano, a estimativa do Ministério das Finanças é mais conservadora. Prevê-se um saldo positivo de 2,5 mil milhões de euros, inferior ao verificado este ano. Mas “promover a poupança de longo prazo dos cidadãos e democratizar o mercado de dívida pública” continua a ser um dos objectivos do Governo.

Por isso, 2015 deverá trazer novos produtos destinados às famílias. O IGCP desvenda, num documento de apresentação aos investidores datado de 24 de Novembro, os dois objectivos para o financiamento no retalho: “Aumento da remuneração oferecida nos produtos de retalho existentes” e “lançamento de novos produtos”.

A poupança das famílias atingiu 9,7% do rendimento disponível no terceiro trimestre de 2014, segundo dados do INE. Foi um ligeiro recuo face ao trimestre anterior, mas o indicador de poupança APFIPP/Universidade Católica, que procura antecipar as estatísticas oficiais através de indicadores como o PIB, depósitos, empréstimos, entre outros, indica que a poupança deverá ter aumentado na recta final do ano.

 

fonte:http://sol.pt/n

 

04
Jan15

Famílias investem no Estado

adm

As famílias voltaram a confiar na dívida portuguesa e a emprestar dinheiro aos cofres públicos. No ano em que a troika saiu do país e se abriu caminho para o regresso aos mercados de médio e longo prazo, o Estado conseguiu atrair um volume significativo de poupanças dos portugueses.

 

De Janeiro a Novembro, as famílias depositaram no Estado 4,5 mil milhões de euros em Certificados de Aforro e em Certificados do Tesouro Poupança Mais – o valor mais elevado de subscrição de produtos de retalho de que há registo nas estatísticas disponibilizadas pelo IGCP – Agência da Tesouraria e da Dívida Pública, que remontam a 2001.

Depois de contabilizadas as amortizações de certificados – pessoas que resgataram a sua poupança –, o saldo líquido de subscrições no ano passado foi de 4,1 mil milhões de euros. Os aforradores nacionais detêm agora 16,7 mil milhões de euros em dívida pública – cerca de 7,6% do total da dívida directa do Estado, o valor mais elevado desde 2010, ano anterior ao resgate da troika.

Peso crescente

O financiamento obtido através do retalho tem já um peso praticamente igual ao dos bilhetes de tesouro. Estes títulos de curto prazo, que representaram o principal instrumento de financiamento do Estado durante o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, equivalem a 7,7% na estrutura da dívida pública. Apesar de as estatísticas de Dezembro ainda não serem conhecidas, o Governo já superou a meta traçada para 2014 – a última de emissão de dívida no retalho era inferior a quatro mil milhões.

Mais consumo não impede poupança

Para este desempenho, o Governo beneficiou de vários factores. Por um lado, a poupança das famílias tem aumentado e, num contexto de queda das taxas de juro na Zona Euro, a remuneração oferecida pela banca nos depósitos a prazo afundou. Mesmo com a recuperação do consumo interno, as famílias conseguiram nos últimos meses pôr de parte quase 10% do rendimento disponível.

“O consumo e a poupança das famílias podem subir ao mesmo tempo se o rendimento das famílias estiver a subir”, explicou ao SOL Inês Domingos, docente de Economia da Universidade Católica. De facto, o rendimento disponível das famílias diminuiu entre o final de 2010 e meados de 2013, mas tem vindo a subir desde então – favorecendo quer o consumo quer a poupança.

Com esta maior propensão das famílias para a poupança, a procura por produtos do IGCP aumentou, revelando também uma percepção pública de menor risco da dívida nacional. E foi determinante a alteração das condições de remuneração dos certificados de aforro em Setembro de 2012 e o lançamento um novo produto de poupança pelo IGCP, os Certificados do Tesouro Poupança Mais.

Após cinco anos de resgates, os certificados de aforro ganharam novo fôlego com a introdução de um prémio de permanência ao final de 2016, que elevou o juro para taxas superiores a 3%.

Por sua vez, os Certificados do Tesouro Poupança Mais têm uma taxa fixa entre 2,75% e 5%, a que pode acrescer um prémio nos últimos dois anos em função do crescimento médio real do produto interno bruto. Contabilizando apenas as emissões, os portugueses emprestaram ao Estado, em média, 10,7 milhões de euros por dia através de subscrições de Certificados de Aforro e quase 11,6 milhões de euros em Certificados do Tesouro Poupança Mais.

 

fonte:http://sol.pt/

02
Jan15

Depósitos a prazo? Certificados atraem portugueses com taxas elevadas

adm
Uma importante "fatia" das poupanças das famílias continua a estar aplicada junto dos bancos, em depósitos a prazo. Mas com as taxas em queda, o Estado ganhou adeptos. Os certificados atraíram milhares de milhões de euros à custa dos juros elevados.

Após quatro anos consecutivos a captarem avultadas poupanças das famílias, os depósitos a prazo preparam-se para ter um primeiro ano negativo. Perante a queda das taxas de remuneração, os portugueses estão a procurar alternativas mais apelativas. Numa perspectiva de investimento com baixo risco, quem saiu a ganhar foi o Estado. Captou, através dos certificados, cerca de 20 milhões de euros por dia em 2014.

 

Os depósitos a prazo continuam a ser responsáveis por uma importante "fatia" das poupanças das famílias. De acordo com os dados do Banco de Portugal, dos mais de 133 mil milhões de euros em depósitos, 102.434 milhões estavam, no final de Outubro, em aplicações remuneradas. Um valor que é, no entanto, 1.279 milhões de euros inferior ao registado no final de 2013.

 

A quebra é explicada, em parte, pela queda dos juros pagos pelos bancos. Sem "guerra", num contexto de taxas de juro baixas, a busca por rentabilidade levou o sector a reduzir a remuneração destas aplicações. De 1,85%, em média, em Dezembro de 2013, a taxa subiu para 2% em Janeiro, mas em Outubro estava já a 1,3%, um mínimo desde 2010. Em sentido contrário, o Estado tem vindo a pagar mais nos certificados.

 

Enquanto os depósitos pagam pouco mais de 1%, nos certificados de aforro, apesar da queda da Euribor a três meses para mínimos históricos, o prémio extraordinário tem mantido a taxa deste produto acima de 3% (nível acima do qual se manterá em Janeiro). Uma rendibilidade atractiva que permitiu que no acumulado do ano, até Novembro, este produto some já 1.846 milhões de euros.

 

O ritmo de entrada de dinheiro nos certificados de aforro disparou com a queda do BES, que levou muitos investidores a procurarem refúgio para as suas poupanças. Um movimento idêntico foi igualmente sentido nos Certificados do Tesouro Poupança Mais, produto lançado a 31 de Outubro de 2013, que neste primeiro ano completo consegue captar um valor bem mais expressivo: 2.674 milhões de euros. Isto tudo por causa das taxas que chegam a 5%, rendibilidades que poderá simular na calculadora do Negócios.

 

No total, enquanto os depósitos a prazo perdem 1.279 milhões de euros, os produtos do Estado captaram 4.520 milhões de euros, bem mais do que o estimado (e posteriormente revisto em alta no Orçamento do Estado para 2015) pelo Governo. O montante total apurado traduz-se numa média diária (considerando os 232 dias úteis até ao final de Novembro) de 19,48 milhões de euros que as famílias emprestam ao Estado. 

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

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