No poupar está o ganho
Sejam 25, 50 ou cem euros que consiga poupar, o que importa é que todos os meses coloque uma parcela do seu ordenado de lado e constitua um pé-de-meia. Conheça os produtos onde pode investir o seu dinheiro mensalmente. A melhor forma de se proteger em relação a um imprevisto é poupar, ter de lado algum dinheiro que não o deixe ir ao fundo, caso se cruze com o azar. Dizem os especialistas que o ideal é poupar entre cinco a dez por cento do seu ordenado. Porém, se tem créditos para pagar ou vive ordenado a ordenado, colocar uma parte do seu vencimento de lado pode ser uma tarefa difícil.
Por isso, se acha que dez por cento dos seus rendimentos é mais do que pode dispensar por mês, então comece a colocar de lado o que puder: dez, 20, 30 ou 50 euros. A chave é poupar a quantia que conseguir. Mas não deixe esse dinheiro numa conta corrente, ponha-o a render. Por pouco que seja, evita perder dinheiro. Por exemplo, alguém que tivesse mil euros aforrados em casa nos últimos dez anos teria perdido anualmente, em média, 2,61 por cento do poder de compra do seu dinheiro, por via da inflação.
Contudo, nem todos os produtos de poupança e investimento permitem que faça reforços mensais, por isso, elencamos um grupo dos mais tradicionais entre a oferta bancária e de aforro público que permitem juntar dinheiro todos os meses.
Contas poupança
É a conta que todas as pessoas devem ter no banco. Pelo menos, os que querem fazer da instituição financeira um mealheiro. As contas poupança confundem-se com os depósitos a prazo, mas têm algumas diferenças (que variam de banco para banco). Pagam normalmente juros mais baixos, mas permitem que se retire dinheiro da conta sem penalizações, na maior parte dos casos presentes no mercado. A outra grande arma é admitirem reforços mensais com quantias que estão acessíveis a poupanças de 25 euros, por exemplo, especialmente aos utilizadores de canais automáticos, como a internet.
Se o nível de poupança que consegue mensalmente não vai além de 25 euros, o ideal será transferir uma porção do seu ordenado para a conta poupança todos os meses, se bem que para a abertura de conta terá de juntar normalmente mais do que os 25 euros necessários para o reforço. Mesmo que os juros não sejam muito elevados, algumas destas contas oferecem prémios de permanência em juros aos depositante mais antigos.
Seguros de capitalização
Ao contrário do que o nome possa sugerir, este produto nada tem a ver com cobertura de risco. Os seguros de capitalização são uma boa alternativa para quem quer investir a longo prazo e de forma segura, pois, na maior parte dos casos, garantem o capital investido, o rendimento e permitem entregas mensais. Regra geral, o mínimo permitido são 50 euros.
Outro dos grandes atractivos destes produtos são as vantagens fiscais. A tributação vai reduzindo consoante o tempo vai avançando. Até ao quinto ano, os rendimentos estão sujeitos a uma tributação de 21,5 por cento, entre o quinto e o oitavo ano estão sujeitos a 17,2 por cento. Após oito anos e um dia, só será tributado em 8,6 por cento do rendimento. Portanto, são produtos para apostar no longo prazo, como para poupar para a educação dos seus filhos ou para a sua reforma.
Planos Poupança Reforma
São poupança a longo prazo. Os Planos de Poupança Reforma (PPR) pretendem dar-lhe um complemento de reforma simpático, para o ajudar a ter uns anos dourados plenos de glória. Após o investimento inicial de abertura, pode fazer entregas programadas, quer sejam mensais, trimestrais ou anuais, com um valor mínimo que normalmente anda pelos 50 euros.
O valor que for depositando nos PPR só poderá ser levantado quando chegar à altura da reforma, sob pena de penalizações, excepto em casos de dificuldades financeiras, como desemprego de longo prazo ou invalidez.
À semelhança dos seguros de capitalização, este ano os PPR ainda permitem benefícios fiscais. Pode deduzir à colecta 20 por cento do investimento, desde que não ultrapasse cinco por cento do rendimento total bruto e com alguns limites: se tiver menos de 35 anos pode beneficiar de uma dedução de 400 euros, entre os 35 e os 50 anos, a dedução é de 350 euros, e para quem já tem mais de 50 anos, o limite máximo é 300 euros.
Fundos de Investimento
Se pretende arriscar um pouco mais e, consequentemente, poder ganhar mais, os fundos de investimento são ideais para si. Estes produtos são constituídos por vários investidores individuais que, em conjunto e sob a batuta de um gestor, aplicam as suas poupanças em diferentes mercados e activos, como acções, obrigações, imobiliários, etc.
Muitos destes produtos permitem que faça entregas sempre que quiser, sem pagar mais por isso, mas convém estar atento aos custos de comissões de subscrição que alguns fundos apresentam. Entre a oferta de fundos, dos menos arriscados (tesouraria) até aos mais arriscados (acções), os investidores podem reforçar mensalmente com quantias desde os 25 euros.
Certificados de Aforro
Os títulos de dívida pública mais acessíveis aos portugueses são os Certificados de Aforro. Com um montante mínimo de subscrição de cem euros (cem unidades), estes certificados emitidos pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) oferecem juros indexados a uma fórmula de cálculo que se baseia na taxa Euribor a 3 meses e pagam prémios de permanência aos aforradores mais antigos. O prazo máximo para os aforradores deterem os títulos é de dez anos.
fonte:saldopositivo