Tem dinheiro de parte? Saiba onde investir
Depósitos a prazo aos Planos Poupança Reforma, tem muito onde aplicar o seu dinheiro. Mas, por vezes, decidir é difícil e implica riscos pelo que deve ponderar sobre quais os produtos que melhor encaixam no seu perfil. Há que pesar os prós e contras na balança.
Aprofundamos aqui apenas os produtos financeiros com mais vantagens do que desvantagens, segundo a análise que fizemos ao portal de Poupança da Deco Proteste.
Primeiro, o curto prazo (até 12 meses): no que toca, por exemplo, aos depósitos a prazo os rendimentos podem ser proveitosos nos bancos onde as taxas de juro variam entre 0 e 2,4%. Mais: há rendimentos periódicos na conta a ordem e o capital está garantido.
Pela negativa, o cliente pode perder juros se levantar o dinheiro antes do prazo e pode ter alguns custos extra na conta ordem associada a este produto.
Quem comprar Certificados de Aforro está a emprestar dinheiro ao Estado e este é um produto financeiro com várias vantagens para o aforrador: a remuneração está indexada à taxa Euribor, está assegurado um prémio de permanência, tal como a garantia do Estado, não tem custos adicionais e pode ser facilmente subscrito nos CTT.
No entanto, o dinheiro só fica disponível passados três meses, a taxa de remuneração base em vigor é baixa e há depósitos a prazo com taxas superiores. O cenário vai piorar ainda mais se os limites aos benefícios fiscais propostos pelo Governo na apresentação do Orçamento do Estado para 2011 forem mesmo avante.
Já os fundos de tesouraria em euros não garantem nem rendimento nem capital, embora permitam o levantamento, em qualquer altura (com pré-aviso entre até 3 dias) sem perda do rendimento acumulado.
E as contas poupança-reformado estão isentas de imposto sobre os juros até 10.500 euros e têm capital garantido. Só que só são acessíveis a pessoas com uma pensão bruta mensal até três salários mínimos nacionais, no momento da subscrição.
Médio prazo: para que lado pesa a balança?
Os produtos financeiros de médio prazo, entre 1 a 5 anos podem ser outra opção, sobretudo para quem tem algum dinheiro de parte e sabe que não vai precisar de partir o mealheiro nos próximos tempos. Na teoria, a rentabilidade destes produtos é maior, mas a verdade é que os mercados não têm dado grande ajuda.
No que toca aos Certificados de Aforro, as vantagens são exactamente as mesmas do que nestes produtos financeiros quando aplicados no curto prazo. O mesmo acontece com as desvantagens, mas aqui a Deco acrescenta mais uma: é que a gestão activa de depósitos a prazo permite rentabilidades superiores quando comparada com a gestão de certificados de aforro a médio prazo.
As obrigações de caixa garantem capital no final do prazo e o rendimento é normalmente definido logo à partida ou então reflecte a evolução da taxa Euribor. Mas, caso queira proceder a um levantamento antecipado isso pode ser impossível ou pode perder capital e/ou rendimento.
Certificados de Aforro ou do Tesouro?
Como os Certificados de Aforro correm o risco de perder o interesse será que vale a pena transferir as poupanças para os certificados do tesouro? Depende do prazo em pretende manter a aplicação. Tanto num como no outro só pode durar, no máximo, 10 anos.
A Deco não recomenda novos investimentos em Certificados de Aforro. Mas «se já tem há mais de quatro anos e está a usufruir do prémio de permanência máximo, apenas compensa transferir se tiver a certeza de que não vai movimentar a aplicação durante, pelo menos, cinco anos», porque aí a poupança renderá 3,8%.
Produtos de taxa crescente
A oferta é vasta e apetecível. Os produtos de taxa crescente aumentaram no último ano, com a expectativa em relação à subida das taxas de juro.
A Deco analisou 30 produtos e concluiu que nenhum deles reflecte, no primeiro ano, uma remuneração superior à do melhor depósito a 12 meses, que é de 3,1% líquida. Nem tudo o que parece é.
fonte:agenciafinanceira