Fundos mistos: repartir para ganhar
Com meia-dúzia de tostões, o pequeno aforrador pode ver-se senhor de uma carteira adequada ao seu perfil de risco.
Apostam em acções, obrigações de taxa fixa e variável, depósitos bancários e até noutros fundos de investimento. Têm mínimos de subscrição ao alcance das carteiras mais modestas. No geral, com € 500 já é possível investir. Os fundos mistos são ideais para o pequeno subscritor. Ao subscrevê-los, passa a ser detentor, ainda que indirectamente, de uma carteira diversificada.
Rendem mais do que as aplicações tradicionais, como os depósitos a prazo, e menos do que os fundos de acções. Mas também registam perdas menores do que estes.
Prós e contras
- Apesar da facilidade de subscrição junto dos bancos, mínimo de investimento acessível, nível de diversificação e maior potencial de valorização do que os produtos tradicionais, os fundos mistos podem não adequar-se a todas expectativas.
- Desde logo, o capital não está garantido, o que, no entanto, acontece com a maioria dos fundos de investimento. Além disso, como envolvem um certo risco, o dinheiro deve manter-se aplicado, pelo menos, durante 5 anos, para minimizar as surpresas desagradáveis.
- Alguns produtos, que trazem a sigla FF a seguir ao nome, são fundos de fundos. Distinguem-se por aplicarem quase em exclusivo noutros fundos. Preste atenção às respectivas comissões de gestão e depósito. Terá de suportar, ainda que indirectamente, os custos dos fundos detidos pelo FF. Ou seja, irá pagar duas vezes a título de gestão e depósito sem se aperceber. Para informá-lo, muitos FF indicam no regulamento de gestão as comissões máximas a suportar.
Pesar as acções
- Os fundos mistos têm como filosofia a diversificação, pelo que o consumidor pode assumir um pouco mais de risco. Quanto mais acções juntar à sua carteira, aumenta as hipóteses de rentabilidade a longo prazo. Se é mais ousado ou pode manter o dinheiro aplicado por um prazo alargado, opte por um fundo agressivo (a partir de 50% de acções). Para evitar grandes sustos, o melhor é ficar-se por um defensivo, com menos de 30% de acções. Estando a meio caminho entre a ousadia e a sensatez, escolha um neutro (30 a 50 por cento).
- A escolha de uma categoria depende ainda da conjuntura económica. Por exemplo, em momentos de turbulência nos mercados, o mais prudente será optar por uma estratégia tendencialmente defensiva.
Investidor activo
- Ao subscrever um fundo misto, o consumidor não tem nenhuma intervenção além da escolha do produto, isto é, as suas poupanças são geridas de forma menos activa. Pode ser cómodo e simples. Mas não será necessariamente o mais rentável.
- Se tem tempo para acompanhar os mercados, consulte o nosso sítio financeiro na Net (www.proteste.poupanca.pt) e componha uma carteira de fundos. A estratégia exige, no entanto, um montante mínimo muito superior ao dos fundos mistos, sendo recomendáveis cerca de 10 mil euros.
- Encontrará ainda conselhos sobre os melhores fundos e o momento para ajustar a carteira, quando surgirem oportunidades para fazer render ainda mais os seus investimentos.
fonte:http://www.deco.proteste.pt/p