PPR valem a pena ou há melhores alternativas?
Os Planos Poupança Reforma, conhecidos como PPR, são planos de poupança a médio e longo prazo que permitem financiar um complemento de reforma ou são utilizados para situações de maior necessidade. Serão produtos rentáveis ou há melhores alternativas?
Ao nível da gestão, os PPR são muito semelhantes aos fundos convencionais. Existe um pequeno detalhe, que é a desmobilização.
Na verdade, existem restrições: para o subscritor desmobilizar sem ter de devolver o benefício fiscal, tem de ser ou um reformado com 60 ou mais anos, ou estar numa situação de desemprego de longa duração, padecer de uma doença grave ou incapacidade de trabalhar de forma permanente e, por último, se o proprietário do PPR falecer.
Menos benefícios fiscais
Muitas pessoas questionam até que ponto estes produtos são atrativos em termos de benefícios fiscais. Na realidade, em 2011, o Orçamento do Estado introduziu um teto máximo aos benefícios fiscais totais de 100 euros e só a partir do sexto escalão. Nos escalões seguintes, os benefícios fiscais são progressivamente menores, pelo que existem claramente menores incentivos a esta aplicação.
Se, por outro lado, o seu PPR não estiver a ter um bom desempenho e pretender transferi-lo para uma outra instituição financeira, pode fazê-lo sem ter custos tão elevados.
Como? Se for um PPR em que não existe capital garantido poderá efetuar a transferência sem qualquer encargo. Se for de capital garantido, terá um encargo máximo de 0,5%.
PPR vs. outras aplicações
Se ainda não tem um PPR e quer saber como poderá escolher um, o Portal do Consumidor de Seguros e Fundos de Pensões poderá dar-lhe uma ajuda. Neste site, pode comparar o desempenho dos diferentes PPR e comissões e ler as sugestões de especialistas em matéria de investimentos.
Certo é que os PPR são considerados, por vezes, um investimento muito dispendioso em comissões e que não tem necessariamente os melhores desempenhos.
Nada como compará-lo com outros fundos: nos últimos três e cinco anos, a solução de investimento que permite maior retorno foram as obrigações de médio e longo prazo. No ano de 2010, por exemplo, todos os fundos convencionais tiveram melhores desempenhos do que os próprios PPR.
Existem, de facto, outras soluções no mercado que permitem usufruir melhor dos investimentos e das soluções. Tudo depende do seu perfil enquanto investidor. Vamos imaginar alguém que tem 40 anos ou menos e quer investir. Pode arriscar mais e, como tal, poderá investir em fundos de ações, por exemplo.
Quem tem 50 anos ou mais e um perfil mais conservador, poderá recorrer aos certificados do tesouro, que permitem a proteção de capital e têm um retorno interessante.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/