Reformas: dicas para começar a preparar a sua
Numa altura em que cada vez mais se coloca em causa a sustentabilidade da Segurança Social e a sua capacidade de continuar a pagar pensões no futuro, é importante planear a sua reforma com antecedência.
A partir do momento da reforma, o rendimento vai encolher. Por isso, convém preparar um pé-de-meia para não ficar dependente apenas daquilo que a Segurança Social lhe pagar. O ideal é começar a poupar o mais cedo possível, por isso, mesmo que esteja na casa dos 30, não pense que é cedo demais.
Na hora de começar a planear a reforma, e de escolher uma estratégia, convém fazer alguns cálculos: comece por estimar de quanto vai precisar na reforma, para manter o estilo de vida que pretende. Estime com que idade vai reformar-se e quantos anos vai ficar sem trabalhar depois disso. Como ninguém sabe com que idade vai morrer, o aconselhável é que seja conservador, ou seja, que faça cálculos assumindo que vai ficar muitos anos reformado.
Normalmente, as pessoas calculam precisar na reforma de 70 a 80% do que auferem atualmente, na sua vida ativa. Para garantir essa fasquia, terá de colocar de parte, todos os meses, uma parte do seu rendimento.
Além de calcular a quantia que precisará de pôr de parte todos os meses, tem de calcular o juro composto, ou seja, o juro do juro. Parece complicado, mas não é. Imagine que começa com um pé-de-meia de mil euros e que o apica num produto com uma taxa de juro anual de 5%.
Isso significa que, um ano depois, tem 1.050 euros. No segundo ano, a taxa de juro incide já sobre os 1.05 euros, fazendo com que, ao fim de dois anos, a sua poupança alcance os 1.102 euros. No terceiro ano, o valor vai aumentar para 1.157 euros, no quarto ano para 1.215 euros, no quinto ano para 1.276 euros e assim sucessivamente.
Uma coisa importante que não pode esquecer quando calcular o dinjeiro que precisa é a inflação, que costuma estimar-se entre os 2 a 2,5% por ano.
Quanto ao produto a escolher para aplicar a sua poupança, ele pode ir mudando ao número dos anos. Enquanto for jovem, digamos entre 25 e 35 anos, pode assumir mais risco e aplicar o dinheiro em ações, obrigações, etc. São produtos mais arriscados mas também com maior potencial de remuneração.
Depois dos 35 anos, a maioria das pessoas já é casada, podendo ter filhos, e as circunstâncias mudam. Por exemplo, muitos casais preparam a reforma a dois. O risco assumido aqui deve ser menor.
E a partir dos 45 anos, os especialistas aconselham menos exposição ao risco.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/