Como poupar mais de 1.800 euros nas comissões de bolsa
Plataformas de negociação da GoBulling e da Orey Financial têm as comissões mais baixas, diz a Deco.
Conseguir colocar a carteira de investimento a render não depende apenas da escolha acertada dos activos financeiros, mas também da opção pelas corretoras com comissões mais baixas. Segundo um estudo da Proteste Investe, divulgado ontem, a escolha da corretora e da forma de negociação com preços mais competitivos pode significar uma poupança de 1.830 euros por ano para os investidores mais activos.
A Proteste Investe criou cinco perfis de investimento e analisou as corretoras que cobram menos dinheiro a cada um deste tipo de investidores. Para os investidores mais activos, o que pressupõe a negociação na bolsa portuguesa e em mercados internacionais, a GoBulling Pro e Orey iTrade apresentam os preçários mais competitivos: custos de 619 euros por ano, pressupondo uma carteira de 70.000 euros, 28 ordens anuais em Lisboa e 32 noutras bolsas com um valor médio de 3.000 euros, dividendos anuais de 2.800 euros. A média dos custos das corretoras analisadas para o mesmo perfil é de 1.122 euros.
As corretoras com preços mais competitivos variam consoante o valor da carteira, o número e o valor dos negócios feitos e o valor recebido para dividendos. No site da Deco/Proteste está disponível um simulador que permite aferir as opções mais baratas.
Apesar dos preços variarem consoante o perfil dos investidores, a GoBulling e a Orey iTrade apresentam os preços mais competitivos nos cinco perfis analisados. Os dados mencionados pelo Diário Económico não incluem os valores das comissões referidos no estudo que dizem respeito à parceira entre a Deco e GoBulling, que se apresentam como os mais vantajosos, para associados.
Deco vai pedir à CMVM um preçário único para as corretoras
Para realizar o estudo, a Proteste analisou 44 preçários de 21 intermediários financeiros. E a conclusão é que, apesar das melhorias, as informações disponibilizadas em relação aos custos de corretagem não são claras. Este factor levou a Deco a pedir à CMVM a criação urgente de um modelo de preçário único, a adoptar por todos os intermediários financeiro. O objectivo é facilitar a vida aos investidores na hora de comparar os custos de corretagem.
Apesar dos preços variarem para os diferentes perfis de investidores, existem dicas que se aplicam a todos os que negoceiam em bolsa. Um tem a ver com o valor das ordens. Quanto mais baixo o montante, maior a parte do investimento que é absorvida pelas comissões de corretagem. "Se comprar 100 euros de acções nacionais, os títulos terão de valorizar 16,6% até à venda só para garantir que não terá prejuízos", revela a Proteste. Já numa compra de 1.500 euros basta que os títulos alcancem uma valorização de 1,17%. Além disto, é necessário ter contenção no número de ordens dadas durante o ano, já que um dos factores que mais pesa na despesa anual com comissões é o custo destas transacções.
Outro factor de realce é que para os investidores é quase indispensável negociarem pela Internet, já que este é o canal onde os preços praticados são mais baixos. As ordens dadas ao balcão são, regra geral, as mais dispendiosas. A opção pela Internet pode representar menos 38% de custos em relação às ordens dadas ao balcão para investidores com um perfil de investimento passivo.
fonte:http://economico.sapo.pt/n