Perto de 250 mil contratos foram resgatados no ano passado
Os PPR têm vindo a perder terreno desde 2011.
As benesses fiscais retiradas aos PPR e a forte concorrência dos bancos na sua ‘senda' pela captação de poupanças têm vindo a provocar um verdadeiro rombo na actividade das seguradoras em Portugal.
De acordo com os dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), relativos a 2011, no último ano a produção nos planos de poupança reforma caiu 59,9% e o volume de resgates atingiu os 244,8 mil contratos, uma queda de 9,5% face a 2010. A verdade é que dificilmente a evolução poderia ter sido diferente já que quase tudo joga contra o negócio segurador, sobretudo no ramo Vida. A par do contexto de crise, já de si desfavorável, o fim do grosso dos benefícios fiscais em 2011 afastou muitos aforradores destes produtos. Se antigamente os benefícios, só para PPR, podiam chegar aos 400 euros para um investimento de dois mil euros, actualmente o valor máximo de benefício são 100 euros. Este tecto máximo, válido apenas para o terceiro escalão de IRS (para os restantes é menor) é o limite de benefícios fiscais atribuído a cada contribuinte, cumulativamente, para PPR e outras benesses.
Por outro lado, a chegada da troika e a imposição aos bancos de metas de desalanvacagem lançou o sector bancário numa luta pela captação dos depósitos, deixando para segundo plano qualquer outro produto vendido aos seus balcões. Ora, o canal bancário é, tradicionalmente, um meio privilegiado de venda de produtos do ramo Vida, nomeadamente PPR.
fonte:http://economico.sapo.pt/n