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Out12
10 dicas para gerir melhor as poupanças
adm
O Negócios dá-lhe 10 dicas sobre como gerir melhor as suas poupanças. Erros a evitar e situações que deve controlar.
1. Não colocar todos os "ovos no mesmo cesto"
Esta é uma das mais antigas dicas de poupança. Nunca se deve colocar "todos os ovos no mesmo cesto". A diversificação é uma condição essencial para que as suas aplicações sejam bem sucedidas. Faça dela uma regra da qual não pode abdicar em qualquer circunstância. "A diversidade [da carteira] permite-lhe variar no que respeita a montantes, a prazos, a riscos e consequentemente a remunerações variadas", explica a direcção de marketing do ActivoBank. Adriana Cerqueira, gestora de clientes do Banco Carregosa, explica que "não basta investir em sectores diferentes, é preciso diversificar também nas áreas geográficas, nas moedas, no tipo de activos e até nas instituições financeiras que utiliza" para fazer as suas poupanças.
2. Estabeleça prazos e objectivos de investimento
Um dos conselhos mais prudentes é definir no início da aplicação quais os objectivos da poupança que pretende constituir. Isto porque a postura a seguir será diferente consoante a sua finalidade. É diferente poupar para comprar um carro ou uma casa, para pagar os estudos universitários ou para complementar a reforma futura. "Se velejar sem rumo, tudo pode acontecer, de bom ou de mau. O mesmo acontece em relação ao seu dinheiro", alerta a direcção de marketing do ActivoBank. Deve ter, por isso, claro se o prazo de investimento é curto ou longo. Defina também se quer fazer reforços nas suas aplicações ou não, entre outros aspectos.
3. Tenha pleno conhecimento da sua situação
Tipicamente, os aforradores não têm um completo conhecimento da sua situação financeira. Um erro que pode ser fatal na gestão das poupanças. Para estabelecer uma estratégia adequada, "é crucial que tenha conhecimento da diferença entre os seus rendimentos e as suas despesas", explica a direcção de marketing do ActivoBank. Uma condição que lhe vai possibilitar definir melhor de que montantes pode dispor para poupar, mas também que riscos pode assumir na gestão das suas aplicações. "São muito raros os casos em que as pessoas têm noção exacta do seu património total, de forma a poderem alocar melhor a parte disponível para poupança ou investimento", alerta Adriana Cerqueira, do Banco Carregosa.
4. Evite que as emoções interfiram nas suas decisões
As poupanças e investimentos devem ser geridos com toda a racionalidade. Seguir os instintos é, muitas vezes, a causa de perdas expressivas. As emoções, os palpites ou a fé não devem ser considerados nas decisões de investimento. "Ficar agarrado a um activo por razões emocionais raramente dá bons resultados", defende Adriana Cerqueira. É também prudente ceder à tentação de ir contra o mercado. "Se a tendência é de queda, não se deve contrariar o mercado e pensar que ele é que está errado", frisa a gestora de clientes do Banco Carregosa. A mesma especialista explica que é frequente, sobretudo no investimento em bolsa, fazer mais compras para compor um "preço médio", numa altura de queda. É um erro.
5. Conheça bem as aplicações nas quais investe
O desconhecimento das condições e características das aplicações de poupança acabará por provocar dissabores aos aforradores, mais cedo ou mais tarde. "Informe-se de todas as condições da aplicação que constituiu, nomeadamente prazo, taxa, se permite reforços e renovações, se é possível liquidar antecipadamente e qual a penalização se o fizer", aconselha a direcção de marketing do ActivoBank. Deve estar consciente dos riscos que corre e que podem significar a perda de capital. Por outro lado, deve garantir que conhece todos os conceitos que estão associados ao produto em que está a aplicar as suas poupanças, diminuindo ao máximo a possibilidade de ser apanhado de surpresa e ver o seu rendimento afectado.
6. Não ignore os efeitos da inflação e da fiscalidade
Há variáveis que devem ser contempladas na análise das suas poupanças. Uma delas é o efeito da taxa de inflação na rentabilidade final da aplicação em causa, nomeadamente a longo prazo. "Se temos dinheiro aplicado num produto a longo prazo, num cenário de inflação, o que ele vale hoje não valerá amanhã", explica a direcção de marketing do ActivoBank. Outro dos impactos que não deve ser ignorado é o da fiscalidade. Por exemplo, no caso dos depósitos a prazo, a Ficha de Informação Normalizada que será entregue pela instituição financeira vai informá-lo da remuneração bruta, mas também da líquida do produto, atendendo à retenção na fonte em sede de IRS, que actualmente é de 26,5%.
7. Constitua um fundo de emergência
A impossibilidade de prever todas as circunstâncias é justificação suficiente para que constitua um fundo de emergência. Este deve traduzir-se numa poupança destinada a fazer face a acontecimentos inesperados. Habitualmente, os especialistas defendem que este fundo de emergência deve ser formado pelo equivalente a três a seis meses de vencimentos. Esta poupança vai mitigar o impacto negativo de situações imprevistas, como o desemprego, doença prolongada ou outras. Deve constituir este fundo e depois partir para outras aplicações ou produtos que satisfaçam outras necessidades de poupança, de mais curto ou longo prazo.
8. Avalie as suas necessidades de capital
Um dos factores que deve ser determinante na escolha das aplicações de poupança refere-se às necessidades de liquidez do aforrador. Um investidor que precise de rendimentos ou liquidez de forma periódica não deve "alocar poupanças em produtos ou instrumentos que só dão retorno no final do prazo", lembra Adriana Cerqueira. Para a gestora de clientes do Banco Carregosa, "desmobilizar investimentos é, na maior parte das situações, penalizadora para o investidor". Da mesma forma, é muito importante que o aforrador faça uma avaliação exacta de quanto tempo pretende manter o investimento, pesando a relação risco/retorno.
9. Previna-se para flutuações das taxas de juro
A evolução da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) tem impacto na variação das Euribor que servem de referência em alguns produtos de poupança e também de indexantes no crédito. Apesar de, actualmente, estas taxas estarem a descer, a tendência pode inverter-se. Uma subida das Euribor significará um agravamento dos encargos com as prestações, sobretudo no crédito à habitação. Assim, é conveniente elaborar "sempre um cenário em que as taxas sobem e constitua uma poupança para estar prevenido", recomenda a direcção de marketing do ActivoBank.
10. Conheça de forma rigorosa o seu orçamento mensal
A definição rigorosa de um orçamento mensal é essencial para que possa definir os montantes que pode colocar de lado para aforrar. Deve ter noção exacta daquilo que gasta mensalmente e em que aspectos. Ou seja, deve discriminar as despesas fixas, como rendas ou prestações, contas de água, luz e gás, despesas escolares, as despesas variáveis, como combustíveis, supermercado, e também as despesas extra como roupa, restauração, lazer, etc. "Torna-se assim fácil apurar o que pode pôr logo de parte no início do mês para poupar, de que montante precisa para viver e do que poderá abdicar com facilidade, se necessário", resume a direcção de marketing do ActivoBank.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/h