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Poupanças e Investimentos Seguros

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23
Jan13

FUNDO DE EMERGÊNCIA: MAIS VALE PREVENIR

adm

Em ano de aperto, crie um fundo de maneio para fazer face a imprevistos, mas não o deixe debaixo do colchão. Escolha depósitos a prazo ou Certificados.

Poupar não será uma tarefa fácil neste ano, mas será uma necessidade. Uma das regras essenciais das finanças pessoais é ter sempre um fundo de emergência, ou seja, um montante disponível a qualquer momento para fazer face a imprevistos, como problemas de saúde, arranjos do automóvel, desemprego ou, mesmo, o pagamento de contas com a educação dos seus filhos que não estavam planeadas. Para que não fique com o saldo da conta negativo ou para não ter de recorrer ao cartão de crédito, o melhor é criar o fundo de emergência.

Pode parecer muito, mas recomendamos que guarde nesse fundo um montante equivalente a cinco ou seis salários. É a quantia suficiente para se manter durante um semestre sem trabalhar.

Claro que há outras variáveis a ter em conta, como o valor das despesas. Um indivíduo que não tenha filhos nem crédito à habitação poderá não necessitar de um montante tão elevado como outro que, usufruindo do mesmo salário, tenha esses mesmos encargos. Por isso, tenha como referência o montante necessário para se sustentar durante seis meses.

O objetivo não é apenas pôr de lado este montante mas também rentabilizá-lo de forma a não perder poder de compra.

É imprescindível que este dinheiro esteja sempre disponível. Tal não significa que o deva ter em casa, guardado num frasco, numa gaveta ou debaixo dum colchão, porque, com a subida generalizada dos preços, dentro de algum tempo o seu dinheiro valeria bastante menos. Sugerimos Certificados de Aforro e depósitos até um ano.

 

Certificados de Aforro regressam

Os Certificados de Aforro estiveram afastados das nossas recomendações desde 2008, quando foi suspensa a subscrição da série B e emitida a série C. Em setembro passado, o Governo mudou as regras numa tentativa de recuperar a confiança dos aforradores. Assim, até final de 2016, estão congelados os prémios de permanência, mas será adicionado um bónus fixo à taxa-base.

Depois de impostos, os Certificados de Aforro rendem 2,3% por ano a quem subscrever ou renovar em janeiro. Ainda que fiquem abaixo das melhores taxas de juro dos depósitos, têm a vantagem de ter a garantia do Estado. O prazo máximo desta aplicação, que pode ser constituída nos Correios, é de 10 anos e apenas não permite a mobilização nos primeiros 3 meses.

 

Depósitos até 1 ano

Os produtos nos quais deve aplicar o montante de emergência devem ter elevada liquidez, de forma a poder resgatar a qualquer altura e sem custos. Depósitos por prazos longos não são uma boa opção, pois muitos deles não permitem a mobilização antecipada.

Não deve aplicar esse montante em produtos que não garantam o capital ou que estejam sujeitos a alguma variável incerta. Por exemplo, os depósitos em moeda estrangeira constituídos junto de bancos nacionais, apesar de estarem protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos, estão sujeitos à variação cambial e, por isso, o capital pode não estar garantido.

Não aceite qualquer depósito a prazo, até porque muitos bancos estão a remunerar as contas até 1 ano a taxas inferiores às dos Certificados de Aforro. Apesar das taxas de referência dos Certificados de Aforro serem revistas trimestralmente, não aceite agora depósitos a prazo que rendam taxas líquidas abaixo de 2,3% (ou seja, taxas anuais nominais brutas inferiores a 3,2%).

Atualmente, para um depósito de 5000 euros a 1 ano, as taxas líquidas variam entre 0,1% e 3,9 por cento. A melhor taxa de juro é oferecida pelo PrivatBank. Contudo, este banco não está ao abrigo do Fundo de Garantia de Depósitos nacional, mas do sistema de garantia da Letónia, que cobre um valor semelhante (até 100 mil euros por cada titular).

As melhores taxas que encontra no mercado são destinadas, na maioria, a novos clientes ou a novos capitais e de bancos on-line, ou para montantes elevados. Por isso, sugerimos que aproveite os superdepósitos e, na renovação, tente negociar a taxa de juro. Não hesite em mudar de banco se a remuneração proposta não for satisfatória.

 

Ovos no mesmo cesto

Outra regra essencial é diversificar. Por isso, a menos que consiga negociar uma boa taxa de juro para o montante total do seu fundo de emergência, reparta o dinheiro por mais do que uma instituição bancária e por mais do que uma aplicação, sempre dentro do universo das aplicações que apresentam as melhores taxas.

Antes de mudar para outra instituição bancária questione o seu gestor de conta sobre a melhor taxa que este lhe pode oferecer. As limitações impostas pelo Banco de Portugal  às taxas de juro dos depósitos diminuíram bastante a margem que os bancos estão dispostos a pagar pelo seu capital, mas nada perde em negociar.

Produtos sem capital garantido, como a maioria dos fundos de investimento, ações, obrigações e produtos estruturados, devem ser afastados do seu fundo de emergência, tal como os depósitos que não permitem mobilização antecipada.

Alguns depósitos pagam juros logo no início da aplicação, mas depois não poderá mobilizar o capital antes do final do prazo. Apesar de serem depósitos a prazo, de terem o capital garantido e até poderem ter um rendimento interessante, deve evitá-los, pois, em caso de emergência, o melhor que o seu banco lhe pode oferecer é um crédito. Como os créditos não são gratuitos, terá de suportar os custos, em particular os juros.

Assim, não restam muitas opções para um fundo de emergência: reparta as suas poupanças por vários depósitos a prazo e Certificados de Aforro.

 

fonte:http://www.deco.proteste.pt/

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