Conheça os PPR que mais ganharam em 2012
A maioria destes produtos gerou ganhos efectivos para os aforradores no último ano.
A maioria dos detentores de Planos Poupança Reforma (PPR), sob a forma de seguro, tiveram ganhos efectivos em 2012. Dos 564 produtos presentes no mercado nacional, 71% renderam mais de 2,8%, ou seja, bateram a inflação registada no último ano, de acordo com os dados revelados recentemente pelo Instituto de Seguros de Portugal. Já entre os produtos que se encontram actualmente em comercialização a taxa de sucesso foi menor, com apenas 48% dos PPR nesta situação a baterem o aumento registado nos preços ao consumidor. Uma performance que ficou no entanto muito aquém da registada nos fundos PPR (com maior risco, sob a forma de fundo de investimento), onde todos os produtos conseguiram ganhos superiores a 2,8%.
A tomada de risco compensou no último ano, período em que os fundos PPR tiveram ganhos médios entre 7,62% e 10,62%, dependendo da exposição a acções contratada. No entanto, e ao contrário do que acontece com a maioria dos seguros PPR, os fundos não garantem nem capital nem rendibilidade. Isso mesmo havia ficado bem patente no ano anterior, quando a maioria dos fundos PPR geraram perdas para os aforradores. Ou seja, quem opta pela segurança de ter capital e rendibilidades garantidas ganha menos em períodos positivos do mercado mas limita também as perdas em anos negativos.
A larga maioria dos portugueses opta precisamente por esta solução, com os seguros PPR a representarem cerca de 85% do mercado nacional de produtos para a reforma. Em média, os seguros PPR renderam 3,06% em 2012, abaixo dos 3,26% registados no ano anterior. Já entre os produtos que se encontram em comercialização, o ganho médio foi de 2,45%, em linha com os 2,42% alcançados em 2011. Taxas de rendibilidade efectiva - já descontadas de comissões - que indiciam fracas rentabilidades dos fundos subjacentes a estes seguros. Isto porque uma percentagem considerável dos seguros PPR, além de garantirem capital e uma taxa de juro anual, oferecem ainda uma participação nos resultados.
Ora, em 2011 foi raro o seguro que distribuiu resultados devido à fraca performance registada nesse ano, e que afectou também os fundos PPR. A evolução da rendibilidade média em 2012 indicia pois que a maioria dos seguros PPR voltaram a não distribuir participação nos resultados no último ano, apesar da evolução positiva do mercado, bem patente nos ganhos alcançados pelos fundos PPR. De notar ainda que, devido à sua natureza de investimento de longo-prazo e com rendibilidades garantidas, grande parte dos activos dos seguros PPR estão investidos em dívida pública. A qual, sendo portuguesa, registou a segunda melhor performance a nível mundial em 2012.
Entre os 564 no mercado nacional, apenas um gerou perdas em 2012, pelo terceiro ano consecutivo, o Misto BA PPR, da España S.A. No extremo oposto, destaque para o Zurich PPR Experience, com ganhos de 9,1% em 2012, que pelo terceiro ano consecutivo alcança ganhos superiores a 9% (ver caixas). No entanto já não é possível subscrever este produto, pelo que entre os seguros PPR actualmente disponíveis no mercado, a liderança pertence ao PPR Plano A, da Mapfre, com uma rendibilidade efectiva de 4,28% em 2012.
fonte:http://economico.sapo.pt/n