Poupança: Portugueses preferem depósitos
Os portugueses são mais avessos ao risco nas aplicações financeiras do que os espanhóis, os italianos e os belgas. Esta é a conclusão de um estudo feito pela Deco Proteste, que indica que dois terços dos portugueses têm contas a prazo.
O estudo consistiu em inquéritos a consumidores, com a colaboração das associações congéneres naqueles países. Em Portugal, 64% dos inquiridos disseram ter depósitos a prazo, 30,1% indicaram ter fundos de pensões (o que inclui os Planos de Poupança Reforma) e 19,1% afirmaram optar também por certificados de aforro.
Embora na Bélgica haja uma maior percentagem de consumidores com depósitos a prazo (73,2%), os belgas optam depois por diversificar os recursos também por aplicações de risco, o que em Portugal não acontece.
Apenas 14% dos portugueses têm acções, ao passo que na Bélgica este número sobe para 30,5%. E apenas 8,8% dos inquiridos em Portugal tinham fundos de investimento, enquanto que naquele país do centro da Europa essa percentagem é de 25,2%.
O perfil conservador da poupança dos portugueses é também visível nos produtos subscritos aos associados da APFIPP. Embora haja uma «procura crescente» por fundos de investimento mobiliário, em que houve subscrições de quase 700 milhões de euros desde o início do ano, os fundos mais procurados são «aqueles que apresentam um perfil de risco mais conservador e que privilegiam a liquidez e a segurança das aplicações», refere o presidente da associação, José Veiga Sarmento.
É o caso dos fundos de tesouraria, do mercado monetário e os fundos especiais de investimento. Desde o início do ano, estas categorias de fundos acumulam subscrições líquidas positivas superiores a 1,1 mil milhões de euros.
fonte:http://sol.sapo.pt/i