Ações vão continuar a ser os produtos financeiros preferidos dos investidores
As ações vão continuar a ser os produtos financeiros preferidos dos investidores até ao final do ano. Esta é uma das conclusões do Schroders Global Investment Trends Report, um estudo que visa compreender melhor as tendências dos investidores.
Deste modo, a nível global a escolha recai sobre as ações com mais de dois terços (68%) dos investidores e apenas 25% dos investidores globais planeia investir em fundos de investimento.
Este estudo revela ainda 56% dos investidores portugueses consideram que o tipo de produtos financeiros que oferecem melhor retorno são as contas poupança/depósitos bancários para os próximos 12 meses, seguido de produtos estruturados, com 24% de respostas selecionadas pelos investidores portugueses.
A escolha sobre ações não se reflete na abordagem dos investidores de risco. Globalmente os investidores afirmaram que preferem separar os investimentos em ativos de baixo risco (46%), médio risco (34%) e 20% para ativos de alto risco.
Contudo, a abordagem ao risco varia significativamente de região para região. Os investidores asiáticos planeiam investir 39% dos novos investimentos em ativos de baixo risco, enquanto os investidores europeus planeiam investir mais de metade (51%) em ativos de baixo risco. Os investidores americanos pretendem investir 40% em ativos de baixo risco.
Quando os investidores portugueses são inquiridos sobre o investimento em ativos, mais de metade (63%) vai alocar os seus investimentos a um tipo de baixo risco, 25% dos inquiridos vai avançar com um investimento de médio risco e apenas 12% dos investidores nacionais vai alocar os seus investimentos com risco elevado.
Este dado tem mais sentido quando se pergunta aos investidores portugueses qual é o objetivo dos seus investimentos, pois 39% dos inquiridos procuram proteção do capital, uma percentagem muitosuperior à média global de 19%. Apenas 10% dos investidores portugueses procuram crescimento do capital, um dado muito inferior à média global de 29%.
Do total de investidores portugueses inquiridos no Schroders Global Investment Trends Report, pouco mais de metade dos investidores portugueses (51%) pretende investir em ações combinadas, sendo que as mais populares são as ações de mercado BRIC, com 19% das preferências, seguindo-se as ações nos mercados emergentes, com 14%, ações na América Latina, com 13%, ou ações americanas, com a escolha de 12%.
De referir que três em dez dos investidores portugueses (30%) pretende investir em obrigações de empresas e governamentais, 17% dos portugueses inquiridos pretendem investir em ouro e pouco menos de um quinto (18%) afirma que nenhuma classe de ativo representará um bom crescimento em 2013.
Sobre a escolha da consulta de informação financeira, podemos retirar deste estudo que a nível global um em cada três confia no aconselhamento através de intermediários (34%), com 21% a selecionar aconselhamento financeiro. Aproximadamente um quinto (18%) prefere websites de informação financeira e um em cada dez (9%) recorre a informação e análise através da imprensa.
Acerca dos investidores portugueses, podemos concluir que cerca de quatro em cada dez (44%) elegem os consultores profissionais como fonte primordial para o aconselhamento financeiro, considerando nesta categoria os consultores financeiros e bancários. Um quinto da amostra (20%) revela que recorre a informação financeira de websites como principal fonte de aconselhamento financeiro para investimento das poupanças.
Para Carla Bergareche, diretora-geral da Schroders para Espanha e Portugal, estes resultados "demonstram que os investidores portugueses continuam a mostrar-se cautelosos e a privilegiar a preservação do capital em detrimento do crescimento. Por isso, continuam a escolher produtos com um perfil de baixo risco, num momento em que os ativos de crescimento oferecem mais potencial que em qualquer outro momento desde o início da crise".
"Cremos que o peso que os investidores alocarão a produtos de baixo risco tenderá a diminuir à medida que se virem empurrados para classes de ativos que possam oferecer-lhes rendibilidades reais efetivas", acrescentou a responsável em comunicado.
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/