Como investir a curto prazo
Junte 3 a 6 vezes o orçamento mensal familiar e invista-o até 1 ano para enfrentar dificuldades. Aplique o restante por prazos mais longos e em produtos mais rentáveis.
Perante o leque de soluções de investimento, nem sempre é fácil optar. A escolha varia com o objetivo da poupança, o prazo do investimento, a idade do aforrador, a possibilidade de mobilizar o dinheiro aplicado e, claro, o risco que está disposto a correr. Estar bem informado é a melhor arma para comparar produtos e negociar com o banco. Verifique eventuais custos da instituição financeira e penalizações por resgate antecipado. Pode, nalguns casos, perder juros se levantar antes do prazo.
Poupança-reformado e Certificados de Aforro sem interesse
As contas poupança reformado destinam-se a pensionistas com rendimento não superior a 1455 euros brutos mensais em 2011. Estão isentas de imposto sobre os juros até 10 500 euros. Acima deste montante, são descontados 21,5% de IRS. As melhores taxas do mercado rodam 3% anuais líquidos até 10 500 euros. Mas há depósitos a prazo e outros produtos sem risco mais rentáveis.
Os certificados de aforro, com taxas na ordem dos 0,9% (série C), perderam o interesse, mesmo com o prémio de permanência. Levante o dinheiro e invista em produtos mais rentáveis: por exemplo, depósitos a prazo até 5 anos, Obrigações ou Certificados do Tesouro, se puder investir por mais de 5 anos.
Soluções até 1 ano
Invista em produtos até 1 ano para manter um pé-de-meia e fintar imprevistos, como um acidente, doença grave ou situação de desemprego. Junte um mínimo de 3 a 6 vezes o orçamento mensal familiar e aplique o dinheiro num depósito a prazo por 1 ano com rentabilidade superior à inflação (3,6% em 2011). Para o restante, privilegie prazos mais longos, pois o rendimento tende a ser superior.
Depósitos a prazo: sem risco e com capital garantido, são fáceis de subscrever nos bancos. Pode obter rendimentos periódicos na conta à ordem. Escolha depósitos com taxa superior a 3,6% (inflação prevista). Tente negociar a taxa com o banco, sobretudo se tiver montantes elevados.
Aplicações entre 1 e 5 anos
O dinheiro de que não precisa no imediato pode ser aplicado a médio prazo, entre 1 e 5 anos. Até 5 anos, opte por depósitos a prazo com taxa superior a 3,6%, Obrigações do Tesouro e fundos imobiliários. Estes últimos não têm capital garantido.
Obrigações do Tesouro: a dívida pública tem, atualmente, um rendimento muito interessante. Uma OT a 5 anos rende 5,6% líquidos ao ano, desde que adquirida à cotação atual e mantida até ao vencimento. Tem de investir um mínimo de 2500 euros e está sujeito a comissões por resgate antecipado.
Fundos imobiliários: estáveis mesmo em períodos de crise e com potencial de rendimento superior às taxas de juro de curto prazo (Euribor). Invista a partir de 500 euros. Os melhores fundos podem render 4 por cento.
Investir por mais de 5 anos
Para investir sem risco, os Certificados do Tesouro são os mais rentáveis, com taxas superiores a 5%, assim como as obrigações do Tesouro.
Certificados do Tesouro: rendem 5,3% líquidos ao ano, se investir entre 5 e 9 anos, e 5,6%, por 10 anos. Resgate antecipado sem penalizações.
Se estiver disposto a correr algum risco, aplique em produtos sem capital garantido: prometem mais ganhos.
Ações: sem garantia de rendimento nem de capital, têm em elevado potencial de valorização. Invista, no mínimo, 20 mil euros e diversifique por, pelo menos, 10 títulos por setores e mercados distintos. Siga os conselhos da nossa equipa financeira no portal PROTESTE INVESTE.
Fundos de ações: investimento a partir de 500 euros numa carteira de fundos de várias categorias. Sem garantia de capital nem de rendimento. Ganha ou perde em função da Bolsa.
Fundos mistos: investimento a partir de 500 euros numa carteira diversificada de fundos. Sem garantia de capital nem de rendimento. Ganha ou perde em função dos mercados de ações e obrigações.
fonte:http://www.deco.proteste.pt/d