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Poupanças e Investimentos Seguros

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27
Nov11

Saiba se compensa emprestar dinheiro à EDP

adm

Os títulos de dívida da EDP destinados ao público em geral pagam 6% mas os pequenos investidores só podem ambicionar receber, no máximo, 4,47% líquidos, por ano.

Ninguém gosta de pagar impostos. E menos ainda comissões bancárias. Contudo, na carteira dos pequenos investidores esta é uma certeza absoluta pois, infelizmente, o dinheiro anda constantemente de mãos dadas com o Fisco e com os bancos. E descurar esta relação, por norma, tem o mesmo resultado que fazer ‘bungee jumping' sem conferir se os elásticos estão bem presos ao corpo. No caso dos títulos de dívida da EDP colocados à disposição do público em geral até 2 de Dezembro, denominadas "Obrigações EDP 2011-2014", o sentimento é o mesmo.

De acordo com a campanha publicitária que a empresa colocou nos meios de comunicação social, os pequenos investidores podem ficar com a impressão que ao aplicarem o seu dinheiro nestes títulos de dívida da eléctrica nacional vão ganhar, por ano, 6%. Contudo, quando contabilizadas as comissões e os impostos associados a esta emissão, o investimento realizado traduz-se numa taxa interna de retorno (TIR) anual média entre 0,18% e 4,47%, dependendo do montante investido e do intermediário financeiro utilizado. Por exemplo, um investimento de 1.000 euros (valor mínimo permitido) realizado junto de um dos quatro principais colocadores desta emissão (Banco BPI, BES, Barclays e Millennium bcp), por um investidor sem activos bolsistas no seu portefólio, traduz-se numa TIR de 0,18% ou num ganho acumulado de apenas 1,34 euros nos próximos três anos. Isto significa que, neste caso, 5,82% dos 6% que a EDP paga aos investidores vão directos para o bolso do Fisco e do intermediário financeiro, ficando o investidor com uma ninharia. "É nosso entendimento que este produto oferece uma oportunidade de investimento com retorno muito interessante tendo em conta o baixo risco do grupo EDP e as alternativas existentes no mercado", refere fonte oficial da empresa. Todavia, é importante salientar que a TIR do investimento nas "Obrigações EDP 2011-2014" não é fixo, varia conforme o montante do investimento realizado, registando até uma subida significativa até ao patamar dos 10.000 euros, quando este produto gera ganhos anuais líquidos para o investidor superiores a 4%. Porém, qualquer pequeno investidor nunca poderá ambicionar ganhar mais que 4,47% líquidos, por ano.

Avaliação dos riscos por profissionais...

Além da rendibilidade, o risco do investimento deve ser a outra variável que deve figurar na equação de todos os investidores. Assim, tratando-se as "Obrigações EDP 2011-2014" de títulos de dívida, o risco principal associado a este investimento prende-se com o eventual incumprimento do emitente. "No caso da EDP, o risco de não reembolsar a dívida não nos parece muito elevado", refere a Deco, justificando para esse efeito as notações de risco de crédito conferidas à EDP pelas principais agências: para a Standard & Poor's a EDP tem um ‘rating' de "BBB", para a Fitch de "BBB+" e para a Moody's de "Baa3". Apesar de todas as classificações referirem a eléctrica como um emitente com um reduzido risco creditício, são notações ligeiramente acima de uma emissão classificada como especulativa. No entanto, a Deco salienta que "nos três casos, as notações estão ligeiramente acima do Estado português".

... e pelos pequenos investidores

Apesar de importante, a notação financeira conferida pelas agências de ‘rating' não diz tudo, como tem ficado bem patente ao longo da crise financeira que tem assolado os mercados desde 2007. E, nesse sentido, é fundamental os investidores fazerem os trabalhos de casa. Desde logo perceber se o destino que a EDP dará ao dinheiro recebido desta emissão obrigacionista acarreta um elevado risco ou não.

De acordo com o prospecto do programa de financiamento de 12,5 mil milhões de euros da empresa, em que está inserida a emissão das "Obrigações EDP 2011-2014", fica-se a saber que o montante arrecadado pela EDP nesta operação, e em outras semelhantes, será utilizado para "financiar ou investir em empresas do grupo EDP". Porém, para ficar a par desta informação terá de saber ler inglês, dado que este documento, assim como o prospecto da emissão, só estão disponíveis nesse idioma. "De qualquer forma, estão disponíveis em português quer o resumo do prospecto quer das condições da oferta pública de subscrição, os quais pretendem transmitir a informação necessária para a tomada de decisão por um potencial investidor, dando cumprimento aos normativos em vigor sobre divulgação de informação", refere uma fonte oficial da EDP.

Não menos importante que ponderar todos os pontos anteriores, revela-se fundamental conhecer a empresa. De preferência com o mesmo grau de pormenor que os bancos fazem questão de conhecer os seus clientes quando estes solicitam um empréstimo bancário. Isto significa conhecer a situação financeira da empresa detalhadamente.

Navegando no sítio da empresa e consultando os relatórios e contas, fica-se a saber que a EDP é a maior produtora de electricidade em Portugal e a terceira na Península Ibérica, e a terceira maior produtora mundial de energia eólica do mundo. Do ponto de vista financeiro, a empresa é igualmente poderosa: nos últimos três anos gerou constantemente lucros líquidos superiores a 1.000 milhões e, desde 1997 tem pago regularmente dividendos aos accionistas. Contudo, no capítulo do endividamento, o quadro é igualmente significativo: a dívida financeira da EDP é de 17,8 mil milhões, onde se englobam compromissos creditícios de 13,9 milhões até 2016, e em Setembro a dívida total era equivalente a 236,25% dos seus capitais próprios, segundo cálculos da Bloomberg. Analisadas estas duas variáveis (lucros e dívida) em conjunto percebe-se, por exemplo, que a empresa tem conseguido levar o "vento ao seu moinho": desde que Mexia assumiu a presidência da EDP em 2005 que o rácio entre a dívida e o EBITDA já corrigiu 43,5%, passando de um rácio de 8,88 para os actuais 5,02, e actualmente apresenta activos equivalentes a 94% das responsabilidades creditícias de curto prazo.


Matriz da emissão

- Operação: Emissão de obrigações não subordinadas por subscrição pública destinada ao retalho.

- Emitente: EDP - Energias de Portugal, o maior grupo industrial português e o terceiro maior produtor mundial de energia eólica.

- Prazo da oferta: Entre 7 de Novembro e 2 de Dezembro de 2011, até às 15 horas.

- Prazo do investimento: Três anos.

- Data de vencimento: 7 de Dezembro de 2014.

- Ordens de subscrição: a partir, e em múltiplos, de 1.000 euros até um máximo de 200 milhões de euros.

- Taxa de juro: Taxa anual nominal bruta de 6%.

- Juros: O pagamento dos juros das obrigações será realizado semestralmente a 7 de Junho e 7 de Dezembro dos anos 2012, 2013 e 2014.

- Rendibilidade: Em termos líquidos de impostos e comissões, este investimento poderá traduzir-se numa taxa interna de retorno (TIR) anual entre 0,18% e 4,47%, dependendo do montante investido e do intermediário financeiro escolhido.

- Admissão: As obrigações serão admitidas à negociação na Euronext Lisboa.

fonte:http://economico.sapo.pt/

20
Nov11

Fim dos benefícios fiscais leva a quebra de 70% nos PPR

adm

Portugueses entregaram menos 1,5 mil milhões de euros para complemento do seus PPR até Agosto deste ano.

Os portugueses entregaram até Agosto deste ano menos 1,5 mil milhões de euros para complemento dos seus planos poupança reforma (PPR), uma quebra de 70% face ao período homólogo. Este ano o total das entregas soma 655,6 milhões de euros, muito aquém dos cerca de dois mil milhões entregues em igual período de 2009 e 2010. Incluindo os seguros de capitalização - produtos semelhantes aos PPR mas que oferecem maior liquidez - a quebra atinge os 3,7 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. "O principal factor de pressão é a perda dos benefícios fiscais. Sem estes benefícios os PPR não são produtos interessantes. Facilmente se encontram melhores alternativas", comenta António Ribeiro, economista da Deco. E acrescenta: "Comparando com fundos defensivos, os PPR sem benefícios fiscais ficam a perder, até porque têm comissões mais elevadas".

O Orçamento do Estado para 2011 impôs um tecto máximo de 100 euros nos benefícios fiscais totais - e apenas para o terceiro escalão de IRS, já que nos escalões seguintes o benefício é menor. Ou seja, enquanto até ao final de 2010 os PPR usufruíam de um benefício fiscal máximo de 400 euros, actualmente o tecto máximo de 100 euros engloba todos os benefícios fiscais.

As novas regras resultaram num forte desincentivo à poupança de médio e longo-prazo. O Instituto de Seguros de Portugal justifica parte da variação negativa verificada este ano com "o reforço na captação de poupança pelo sector bancário, via depósitos a prazo". Além das taxas atractivas actualmente praticadas pela banca, estes produtos oferecem maior liquidez, o que no actual contexto "pode ser visto como uma vantagem pelas famílias, que perante uma situação de necessidade podem recorrer a este capital", avança António Ribeiro. Por outro lado, é penalizado o incentivo à poupança estável e permanente. E isto num contexto de subida da taxa de poupança, dada a preocupação crescente das famílias portuguesas com o actual e futuro contexto económico. O indicador de poupança APFIPP/Universidade Católica subiu em Outubro pelo quarto mês consecutivo e encontra-se mesmo acima da média histórica.

Os seguros PPR representam cerca de 80% deste mercado, composto também por fundos PPR e fundos de pensões, onde a tendência é semelhante. Até Outubro, os portugueses resgataram quase 151 milhões de euros dos fundos PPR, em termos líquidos, numa indústria que vale pouco mais de mil milhões de euros. Aliás, desde Outubro de 2007, no início da crise do ‘subprime', estes fundos já perderam mais de metade dos activos sob gestão. Uma quebra de 56%, ou 1,4 mil milhões de euros, para o valor mais baixo desde, pelo menos, 2000. Já os fundos de pensões perderam três mil milhões de euros de activos sob gestão no mesmo período.

Quase 90% dos fundos PPR estão negativos no último ano

A par do corte nos benefícios fiscais, a fuga dos fundos PPR não será imune também às fracas performances destes produtos. Apenas quatro dos 35 fundos PPR, cuja rendibilidade é divulgada pela APFIPP, estão positivos nos últimos 12 meses. As perdas situam-se entre os 1,95% e os 16,07%, com 27 destes fundos a incorrerem em perdas superiores a 3%. Nos fundos de pensões a realidade é idêntica: dos 29 fundos de pensões abertos existentes, apenas cinco estão positivos, com as perdas a atingirem os 17,83% num dos casos. No total, 19 destes fundos perdem mais de 3%. Já nos seguros PPR a rendibilidade não é conhecida, com os últimos dados a remeterem para a performance em 2010.

Números que tornam premente a escolha dos melhores produtos. Se com os benefícios fiscais a maioria dos portugueses se limitavam a constituir um PPR junto do seu banco, sem olhar à performance do produto, as novas regras vieram "lembrar" os aforradores que, também aqui, é importante procurar a melhor gestão. António Ribeiro deixa precisamente esse conselho a quem já tem um PPR: "Se não está satisfeito com a performance do seu PPR peça a transferência para outro PPR.


Conselhos da Deco

1 - Se ainda não tem PPR não faça um 
A posição assumida pela Deco Proteste para quem ainda não tem um PPR é "não faça um", revela António Ribeiro, economista da associação. Para quem tem menos de 40 anos, a Deco recomenda "um pouco de risco", através de fundos de investimento de acções ou fundos mistos. Já para quem se aproxima da idade da reforma a escolha recai sobre produtos com garantia de capital e certificados do Tesouro.

2 - Se já tem um PPR não faça mais entregas 
Para quem já constituiu um PPR, a Deco recomenda que não faça mais entregas e "caso não esteja satisfeito com a rendibilidade do seu produto procure transferir o capital para outro PPR", diz António Ribeiro. Desta forma não terá de devolver os benefícios fiscais já auferidos, mas poderá ter de pagar uma comissão máxima de 0,5% no caso do seu PPR ter garantia de capital.

fonte:http://economico.sapo.pt/

15
Nov11

Erros que as famílias cometem nas finanças pessoais

adm

Director da Maxfinance alerta para os erros que as famílias comentem na altura de contratar um crédito ou investir nas poupanças.

É o primeiro a assumir que as consultoras financeiras não gozam de uma boa imagem junto da opinião pública."Como em todas as áreas, há pessoas menos lícitas que se aproveitam das situações mais extremas para receberem dinheiro antecipadamente", diz. Por isso mesmo João Martins defende um sector mais organizado e, principalmente, regulado.

Um dos principais serviços da Maxfinance é o ‘check-up' financeiro. Como se processa? 
A qualificação financeira do cliente passa por saber qual é o seu agregado familiar, qual é o seu rendimento, se tem um emprego mais ou menos precário, o que tem de activo e de passivo. Porque falamos muito do crédito mas, por vezes, nas poupanças também existem grandes dificuldades. Porque as pessoas não sabem que produtos têm e quando têm necessidade de ir levantar o dinheiro para resolver algum imprevisto deparam-se com situações do género "o seu dinheiro só pode ser movimentado daqui a três ou quatro anos". Depois vamos olhar para a folha dos gastos. Tem TV cabo? Tenho. E além de TV Cabo e ainda tem uma série de canais pagos. Quantos jogos é que viu nos últimos dois meses? Não vi nenhum. Então porque é que está a pagar esses canais? Tem o ginásio. Então quantas vezes é que foi ao ginásio? Fui uma vez. Então porque é que tem ginásio? E só aqui já levamos 100 euros no mínimo. Qual é o seu clube de futebol? O Benfica. Tem lugar cativo? Tenho sim senhor. Quantas vezes foi ao estádio? O ano passado fui duas, este ano não fui nenhuma. Então porque é que tem o cativo? E é tudo isso que temos de ir analisando. É muito importante que as pessoas pensem, que tenham bom senso, é só isso.

Esse serviço é caro?
Não. Não cobramos nada antecipadamente, só cobramos se houver benefício para o cliente, se houver contratação da operação. Obviamente que se tivermos de fazer um estudo mais elaborado, aí pedimos uma caução, ou se for uma empresa obviamente tem um custo. Mas só começa a custar quando entramos na parte final de contratação. É um serviço que habitualmente nas outras profissões se paga, chama-se uma consulta, aqui a consulta financeira não custa nada.

Quais é a principal área de negócio da Maxfinance?
A maioria do nosso serviço apoia a abertura do crédito à habitação, porque estamos ligados à ReMax. Fazemos a qualificação financeira destes clientes para que não se endividem mais do que devem.

E procuram também os melhores ‘spreads' para o cliente? 
Sim. Ainda hoje conseguimos ‘spreads' bastante baixos em resultado da nossa capacidade de negociação. Ainda conseguimos muitos ‘spreads' a 1,6%, 1,7%. De tal forma que quintuplicamos o negócio. Isto insere-se na lógica do ‘shopping around', que significa encontrar em cada momento a melhor solução do mercado. Porque se as pessoas vão directamente ao seu banco estão condicionadas à oferta que o banco tem naquela momento. E 46% da população vai directamente ao seu banco.

Nos últimos meses tem notado aumento da procura por que género de serviços? 
Basicamente pelo ‘check up' financeiro, as pessoas estão mais preocupadas. A principal preocupação é a de se precaverem para algum imprevisto. Tem aumentado significativamente o número de famílias que não conseguem fazer face a um imprevisto de 1.000 euros por mês. Se bater com o carro e tiver que pagar 1.000 euros, mais de 18% das famílias não tem capacidade. Nas últimas décadas criámos facilidades, melhorámos o nosso nível de vida, e sempre que surgia uma necessidade havia sempre algo que nos vinha salvar. Através do crédito pessoal ou de um subsídio qualquer. Nós começamos a receber subsídios hoje em dia antes de nascer e depois de morrermos ainda recebemos subsídios. Criámos uma sociedade subsídio-dependente. Quando alguém, há uma ou duas gerações, queria comprar um carro, ou uma casa, ou colocar um filho a estudar, começava antecipadamente a poupar. Criou-se demasiado facilitismo, demasiada área de conforto, e hoje temos de vencer este paradigma. De que o Estado não pode ser o "paizinho" para tudo. E especialmente para pessoas que têm capacidade para trabalhar e que deviam produzir e que não estão a produzir. A crise também é boa para isto. A crise tira-nos da área de conforto. A crise vai obrigar-nos a pensar.

Cinco principais erros que as famílias cometem nas finanças pessoais

1. Falta de liquidez nas poupanças

O responsável da Maxfinance, salienta que do lado do aforro existem erros de que deveriam ser evitados. O principal, diz, passa pela aplicação de poupanças por prazos longos sem possibilidade de resgate antecipado, sem ter a consciência da falta de liquidez do produto. Destaca ainda os casos BPN e BPP, envolvendo clientes que pensavam estar a subscrever produtos com capital garantido, que afinal não o eram.

2. Quem pode ter crédito para a casa?

"Podem comprar uma casa hoje as pessoas que sensatamente sempre deviam ter comprado uma casa", diz João Martins. Ou seja, quem tem capitais próprios para dar de entrada, e quem tem rendimentos que lhe permitam suportar os encargos de um crédito à habitação, o que inclui rácios LTV de 80%, e não devem comprar casas pessoas cuja prestação ultrapasse os 30% de taxa de esforço. "Estamos mais sensatos hoje. Não devia era ter havido o facilitismo que houve".

3. Escolher as melhores soluções

"A nossa banca é muito dinâmica. O cliente tem é que sair da área de conforto e ir à procura da melhor solução", diz o responsável da Maxfinance. Portanto, quer num crédito, quer numa solução de aforro, "o cliente deve ouvir vários especialistas e recolher várias opiniões. Isso inclui vários bancos e consultoria financeira, porque o banco a cada momento tem determinado produto para lhe vender".

4. O valor da prestação não é tudo

"Os maiores riscos acontecem em contratos que assinamos e não fazemos a mínima ideia de quais são as taxas aplicáveis ou as comissões cobradas", alerta João Martins. E dá o exemplo do crédito ao consumo, para aquisição de electrodomésticos, computadores ou até mesmo automóvel, vendidos apenas com base no valor da prestação. "As pessoas limitam-se a ver se conseguem aguentar aquela prestação mensal. Nem sabem qual é o valor total do crédito".

5. Consolidar créditos é sempre boa opção?

Poderá ser uma opção se, quando fez o seu crédito à habitação, entrou com parte do capital e se este não acomodou a aquisição de outros bens como o recheio da casa, carro ou as comissões e seguros. Nesse caso, o valor actual da casa face ao capital em dívida deverá conseguir acomodar outros créditos. Mas atenção que, mexer hoje no crédito à habitação poderá levar a uma subida do ‘spread'.

fonte:http://economico.sapo.pt/

 

09
Nov11

Portugueses jogam pelo seguro

adm

Depósitos a prazo lideram as preferências. Estão mais à mão e rendem mais.

Na semana em que se assinalou o Dia da Poupança - 31 de outubro - os conselhos vieram de várias frentes e todos foram dar ao mesmo: é preciso "poupar, poupar e poupar".

Numa conferência sobre "O valor da poupança e o rigor das finanças públicas", Guilherme d'Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, afirma que o Estado deve ser mais rigoroso e expedito na apresentação das suas contas e que "a austeridade não é um fim em si mesmo. É indispensável para criar riqueza e mobilizar recursos". E remata: "Precisamos de mudar as atitudes do cidadão para poupar."

Adotar velhos hábitos, sobretudo para quem nunca os teve, não é tarefa fácil. A partir da década de 90 as pessoas habituaram-se a viver a crédito. Havia dinheiro barato para quase tudo: casa, carro, bicicleta, mota, barco, jantares, viagens e por aí fora. Poupar não era um tema que estivesse na ordem do dia.

Hoje o cenário é outro: o apelo à poupança é frequente. Com o agravar da crise da dívida soberana, produtos como os certificados de aforro e os certificados de reforma perderam terreno para os depósitos. O comum dos portugueses refugia-se nos depósitos a prazo. Hoje mais bem remunerados porque os bancos precisam de captar poupanças e os clientes fogem de investimentos mais complexos com risco para produtos com maior liquidez e sem risco. Produtos como o ouro, sobretudo para os que mais dinheiro têm para investir, ou produtos como os fundos de investimento, planos poupança reforma (PPR) privados ou do Estado, foram perdendo adeptos e as novas condições desmobilizaram os aforradores.

Básico, mas com criatividade


 

Está a voltar-se ao básico: fazer da poupança um cliché, tornar o mealheiro uma moda, reaprender a poupar. Quem possa. Vai daí lançam-se campanhas para todas as idades e mais ou menos humoradas e criativas. Poupar com arredondamentos em compras com cartões de crédito, manutenção de depósitos à ordem e "confisco" das sobras de mesadas são algumas ideias lançadas pelos bancos. Verdadeiros engenhos utilizados para que cêntimo a cêntimo tudo seja pretexto para entrar numa conta poupança e combater o desperdício.

 

As campanhas multiplicam-se de banco para banco, com mais ou menos criatividade, e taxas mais ou menos elevadas. É o tudo ou nada nos depósitos a prazo. Pouco atrativos há um ano, ganharam novo interesse.

Mas atenção: o Banco de Portugal que anda a dizer que é preciso incentivar a poupança é o mesmo Banco de Portugal que tem estado a travar a subida das taxas de juro nos depósitos a prazo. O conceito faz sentido: os bancos não podem pagar o que não têm e por isso o supervisor bancário já veio colocar um patamar nas taxas máximas dos depósitos a praticar desde esta semana. Se os bancos ultrapassarem o limite imposto pelo Banco de Portugal, terão de descontar um determinado montante no seu rácio de capital. O mesmo será dizer que dificilmente se irão praticar taxas acima do patamar estabelecido pelo banco central.

Depósitos ganham terreno


Mas neste momento, dentro da oferta atual, os depósitos são a estrela da companhia (ver destaque). Os juros em Portugal foram os que mais subiram na zona euro, quase um ponto percentual. Se, até maio, a taxa de referência em termos brutos era de 3,5%, hoje há campanhas de depósitos que já valem mais de 6% em termos brutos. E se compararmos com o final do ano passado a diferença ainda é maior - a taxa de juro paga era de 1,75%. Nos últimos dez meses, os portugueses responderam ao apelo da banca e foram atrás dos juros. Mesmo com o bloqueio do Banco de Portugal, é natural que este tipo de investimento seja a estrela da companhia porque junta dois ingredientes que numa altura de crise e incerteza são fundamentais - isenção de risco e maior liquidez se for preciso resgatar.

Nos PPR, apesar de irem perder benefícios e haver mesmo quem aconselhe a retirar o investimento neste produto antes do final do ano, a taxa de rentabilidade anual bruta é de 3,4%. Já os certificados de reforma (PPR do Estado) estão cada vez menos atrativos, pois no espaço de um ano a rentabilidade caiu 30%. A exposição à dívida soberana é um dos motivos.

Igual sorte parece estar do lado dos certificados de aforro e dos do Tesouro. Estes produtos, que investem sobretudo em títulos de dívida pública, não têm, preto no branco, a garantia de que não serão afetados no rendimento face à avaliação destes ativos a preços de mercado e com o risco recente do incumprimento da dívida grega.


Produtos

Ouro continua a brilhar

O metal precioso continua a valorizar-se, apesar de recentemente o preço ter sofrido uma correção. Em setembro foi registado um novo recorde de 1921 dólares por onça. Vários analistas acreditam que a valorização se vai manter nos próximos meses. Nos últimos 11 anos a subida foi contínua, tendo-se valorizado 19,6% desde o início de 2011. Uma onça equivale a 31,103 gramas. O ouro vende-se em barras por múltiplos de 100 gramas.

Uma estrelinha nos depósitos

Em tempos de crise, os depósitos a prazo ganharam atratividade. Há produtos com taxas de juro que já ultrapassaram os 6% em termos brutos. Mas o Banco de Portugal já travou o aumento desmedido dos juros acima dos valores de mercado. O aumento da poupança em depósitos também reflete a fuga de outro tipo de investimento como os fundos, por serem mais complexos e terem menos liquidez.


PPR, se pensar em benefícios

Há planos de poupança reforma (PPR) para todos os gostos. Podem ser de taxa e capital garantido (com mais baixa remuneração). Os PPR sobre a forma de seguro, segundo a Associação Portuguesa de Seguros, registaram uma taxa de rentabilidade média anual bruta de 3,4%.Se está a pensar em benefícios fiscais tire daí a ideia: vão acabar.


Certificados de reforma a cair

Criados em 2008, os chamados PPR do Estado estão a perder terreno. Passaram de uma rentabilidade de 7,8%, em 2009, para 1,3%, em 2010,e hoje têm uma rentabilidade negativa de 3,5%, em parte devido à sua exposição à dívida pública soberana. Este produto tem uma liquidez muito reduzida, uma vez que não é possível resgatá-lo antes da idade da reforma, e também não tem capital nem juro garantido.


Certificados de aforro perdem gás

Já foram a primeira escolha dos portugueses, mas as alterações à fórmula de cálculo em 2008 dos certificados da série C desmotivaram os aforradores. Hoje as dúvidas alargam-se ao facto de este ser um instrumento de dívida pública, não sendo completamente claro o que aconteceria aos investidores no caso de haver um incumprimento de Portugal.


Certificados do Tesouro

Também investem em dívida pública. A longo prazo têm uma taxa de juro interessante, que no 10º ano ronda os 7,1% em termos brutos.



fonte:http://aeiou.expresso.pt/

06
Nov11

O seu dinheiro está protegido?

adm

Saiba quais são as implicações de uma falência da Grécia nas suas poupanças.

A possibilidade da Grécia entrar em incumprimento nos próximos tempos é um dado quase adquirido pelos investidores que negoceiam obrigações do Tesouro helénico. Fique a saber o que significará esta realidade para as suas poupanças.

1 - Qual o impacto de uma falência da Grécia nos bancos portugueses?
Os bancos nacionais detêm cerca de 1,2 mil milhões de euros de dívida grega nos seus balanços. Se a Grécia entrar em incumprimento sofrerão perdas com aquelas posições e com eventuais desvalorizações da dívida pública portuguesa, por efeito de contágio. Apesar disso, os bancos têm à disposição a linha de recapitalização de 12 mil milhões de euros prevista no acordo com a ‘troika' para cumprirem os rácios de solvabilidade mesmo que as posições em dívida soberana pressionem o capital.

2 - Os depósitos estão seguros?
Em Portugal, caso um banco deixe de ter capacidade para fazer face aos depósitos, existe o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD). Este Fundo tem como missão reembolsar até 100 mil euros por depositante. Este veículo é financiado pelas contribuições obrigatórias dos bancos e pela gestão de activos do próprio Fundo. Em caso do FGD não ter património suficiente para fazer face a coberturas de depósito, o Banco de Portugal pode disponibilizar esse dinheiro.

3 - E os certificados de aforro e do tesouro?
Ambos os produtos são instrumentos de dívida do Estado português. Isto significa que o incumprimento do Tesouro grego não repercutirá efeitos directos sobre estes produtos. Todavia, poderá gerar um efeito de contágio para um cenário de reestruturação da dívida nacional. E, nesse caso, se as regras se aplicarem de igual a todos os títulos de dívida (Obrigações do Tesouro, certificados do Tesouro e certificados de Aforro) poderá dar-se o caso de os subscritores destes produtos serem igualmente penalizados. Contudo, a resolução do Conselho de Ministros referente à regulamentação dos Certificados do Tesouro garante que "as condições de remuneração dos Certificados do Tesouro vigentes à data da respectiva subscrição não podem ser alteradas em sentido desfavorável ao aforrador durante o prazo de dez anos contado a partir da data de subscrição".

4 - O que acontece ao meu plano poupança-reforma?
De acordo com o relatório anual do ISP, publicado ontem, os planos poupança-reforma (PPR) apresentavam no final do ano passado um portefólio com uma exposição superior a 30% a títulos de dívida soberana. Assim, é natural que alguns destes produtos ainda tenham algumas obrigações gregas em carteira e que, num eventual cenário de ‘default' grego, se ressinta. Todavia, é importante salientar que, como a maior parte dos PPR avalia as obrigações ao preço de mercado, o embate de um ‘default' grego está longe de ser catastrófico.

5 - O que esperar das aplicações feitas em acções da bolsa nacional?
Segundo os especialistas, para os investidores que detenham aplicações em acções e que não necessitem de liquidez pode ser errado vender as acções no meio do pânico. Já para quem está fora do mercado, apesar das acções estarem "baratas" face à história é necessário um perfil de risco elevado, já que as incertezas no mercado são muitas. Uma das estratégias que os especialistas têm recomendado, para investidores de longo prazo, é apostar em empresas que distribuam dividendos elevados e que tenham capacidade de continuar a gerar dinheiro para remunerar os accionistas.

fonte:http://economico.sapo.pt/

11
Set11

Existe apenas um fundo português de acções positivo este ano

adm

A fuga de capitais dos fundos de investimento portugueses este ano já é superior a dois mil milhões de euros.

É gerido pelo Montepio e investe em farmacêuticas. O Montepio Euro Healthcare ganha uns marginais 0,34% desde o início do ano, o suficiente para conquistar a ‘pole position' entre o universo dos fundos de acções geridos por casas nacionais. Entre os 51 fundos de acções geridos em Portugal, 43 fundos perdem mais de 10% em 2011. Um sinal da sangria que se vive nos mercados globais, embora alguns destes fundos tenham mesmo um desempenho inferior aos índices de referência. Por exemplo, apenas um fundo de acções América do Norte perde menos desde o início do ano, do que o S&P 500, que cai 5,24% em 2011.

Performances que justificam a fuga dos investidores dos fundos de investimento portugueses cujos resgates líquidos, desde o início do ano, já ultrapassam os dois mil milhões de euros, um dos valores mais altos de sempre. As subscrições em Agosto bateram mesmo mínimos históricos nos 204 mil euros. Por outro lado, grande parte deste capital tem sido alocado em depósitos a prazo, quer por procura dos clientes quer por sugestão dos próprios bancos que assim captam a necessária liquidez à desalavancagem do sector. Para os clientes, em alguns casos, poderá haver vantagem nesta mudança, tendo em atenção as comissões associadas aos fundos. No entanto, ao optar pela segurança dos depósitos também abdicam da possibilidade de ganhos superiores, caso os mercados ajudem, o que não tem acontecido.

A performance do Montepio Euro Healthcare não de deve apenas à qualidade da gestão mas beneficia igualmente do comportamento do sector este ano. O sector dos cuidados de saúde lidera os índices de referência na Europa, EUA e o próprio MSCI World. Nos EUA, o sector ganha mais de 38% desde o início do ano, enquanto o sector global sobe 0,92%. No entanto, o fundo do Montepio investe apenas em acções cotadas na União Europeia, Suíça e Noruega. As principais posições do fundo pertencem às grandes farmacêuticas europeias, como a Sanofi, a Roche, a Novartis ou a GlaxoSmithKline. Entre as dez maiores posições do fundo, destaque para a inglesa Shire, que ganha 27,7%. A empresa desenvolve novas teraupêuticas principalmente para problemas de défice de atenção e desordens de hiperactividade, e doenças gastrointestinais e renais. Em contrapartida a alemã Bayer lidera as descidas, com uma queda de 28,8% desde o início do ano. O Montepio Healthcare rende 3,16% a 12 meses e 8,41% a 24 meses.

Mas existem também outras alternativas para quem quer investir em acções. Por exemplo, o fundo mais rentável entre todos os produtos comercializados em Portugal, incluindo casas de investimento estrangeiras, é um fundo de acções da JP Morgan que investe em Singapura. Ganha 39,5% a 12 meses.

fonte:http://economico.sapo.pt/

02
Set11

Quatro conselhos para escolher um fundo de investimento

adm

Existem mais de 5.000 fundos e sub-fundos disponíveis em Portugal. Escolher o fundo ideal pode ser uma tarefa difícil.

Os números mostram que os investidores estão a fugir dos fundos de investimento e a aplicar as suas poupanças em depósitos a prazo, aproveitando o facto dos bancos estarem a subir as remunerações destas aplicações tradicionais. Mas os números também revelam que os fundos de investimento, mesmo na actual conjuntura, podem oferecer ganhos apreciáveis às carteiras dos investidores. O segredo está em saber escolher os produtos mais adequados ao portfolio de cada investidor. Aqui ficam alguns conselhos a ter em conta antes de investir num fundo de investimento.

1 - Faça o trabalho de casa
Um fundo de investimento é como um fato: não assenta bem a todas as pessoas. Ou seja, o mesmo fundo de investimento pode ser adequado ao perfil do seu vizinho e totalmente desapropriado à sua carteira de investimentos. Por isso mesmo antes de escolher um fundo de investimento terá de conhecer com toda a exactidão qual é o seu perfil de risco para perceber que tipo de fundos deverá subscrever. Se tem dúvidas, peça aconselhamento junto do seu gestor de conta.

2 - Siga as estrelas...
....da Morningstar. Embora não exista propriamente um ‘ranking' dos melhores fundos, a consultora Morningstar faz uma avaliação destes produtos com base num sistema de atribuição de estrelas. As estrelas são dadas pela comparação da rendibilidade ajustada ao risco de um determinado fundo relativamente aos seus pares. "O ‘rating' das estrelas não tem apenas em conta as rendibilidades históricas mas também o risco histórico", explicou fonte da Morningstar ao Diário Económico. Um fundo de investimento com a mais elevada classificação tem direito a cinco estrelas, no método de avaliação da Morningstar.

3 - Não olhe apenas para a rendibilidade
Os especialistas lembram sempre que as rendibilidades passadas não são garantia de ganhos de futuros. Este principio aplica-se a quase todos os produtos de investimento e os fundos não são excepção. Muitos investidores escolhem os fundos de investimento tendo apenas como critério o retorno obtido no último ano. O erro pode sair caro, especialmente, em fundos de classes de risco mais elevadas e expostos a activos mais voláteis. Estes fundos podem apresentar ganhos exuberantes num determinado período e passarem rapidamente a registar perdas severas.

4 - Diversifique, mas não muito
A teoria aconselha os investidores a não concentrarem todas as suas poupanças em apenas um produto financeiro ou classe de activos. No entanto, diversificar demasiado o portfólio poderá ser também desvantajoso. Principalmente quando estamos a falar de uma carteira composta por muitos e fundos de investimento. Recorde-se que os fundos têm previstas comissões de gestão, de subscrição e de resgate. Ou seja, ao ter uma carteira composta por muitos fundos estará também sujeito a uma estrutura de comissões elevada.

fonte:http://economico.sapo.pt

25
Ago11

Cinco dicas para fintar as armadilhas da bolsa

adm

Leia aqui uma mão cheia de ideias para enriquecer a sua carteira.

Investir não é um "bicho de sete cabeças" nem tão pouco está apenas ao alcance do seu gestor de conta. A verdade é que o seu dinheiro é demasiado importante para ser gerido por outros ou deixado para segundo plano. Conheça uma mão cheia de dicas que o vai ajudar a alocar as suas poupanças e a ambicionar uma maquia suficientemente gorda para realizar os seus sonhos.

1 - Fundo de emergência para salvaguardar situações de emergência
Tal como na construção de uma casa, o princípio da elaboração de um portefólio começa pela base. Nesse sentido, antes de se aventurar pelos investimentos em bolsa é fundamental constituir um "pé-de-meia" confortável para que, em caso de emergência, não seja obrigado a correr ao mercado para vender os activos de forma a obter a liquidez necessária. Procure constituir uma rede de segurança no valor de seis vezes as despesas fixas do agregado familiar, que deverá representar cerca de 10% do portefólio de investimento.

2 - Não colocar todos os ovos no mesmo cesto
Harry Markowitz, um dos premiados com o Nobel da Economia em 1990, provou que através da diversificação é possível reduzir o risco de uma carteira de investimentos. Isto significa que um portefólio de diferentes activos é menos arriscada do que uma carteira constituída por apenas um activo. Os pequenos investidores podem assim seguir o princípio da maximização da diversificação do portefólio pela porta dos fundos de investimento ou dos fundos cotados, também conhecidos como ‘exchange-traded funds' (ETF) e complementar a estratégia com outros activos como acções e depósitos a prazo.

3 - Ser disciplinado na hora de investir na bolsa
O principal propósito de investir na bolsa passa por atingir um determinado objectivo e não de criar uma úlcera no estômago. Este objectivo poderá ser conseguido por via de um plano de investimento programado com base em reforços mensais das posições abertas. Desta forma, o bolo irá crescendo à medida que as perdas momentâneas vão também sendo colmatadas com os reforços programados. Poderá ser feito um ajuste anual do montante com base na taxa de inflação, por exemplo, de forma a corrigir a perda de poder de compra pela subida generalizada dos preços.

4 - Investir para o longo prazo sem esquecer o curto prazo
Se o cão é o melhor amigo do Homem, o tempo é o mais fiel companheiro das carteiras de investimento, pois tem a capacidade de diluir o risco à medida que os anos vão passando. Ser paciente é uma virtude, sobretudo no que se refere ao momento actual das bolsas. Isto não quer dizer que deva desligar-se completamente do dia-a-dia dos mercados porque há notícias que podem deitar tudo a perder ou a ganhar da noite para o dia. Não vale a pena é ter insónias à conta de opções de investimento. Por isso, preocupe-se antes em fazer o trabalho de casa antes de tomar qualquer decisão de investimento e depois basta manter-se atento às movimentações do mercado, mas sem que isso coloque em causa a sua saúde e o seu bem-estar.

5 - Saber vender é tão importante como saber comprar
O ideal seria manter em carteira um investimento para sempre porém, são poucos os que merecem esse estatuto. Por isso, saber qual o momento mais apropriado para vender é tão importante quanto saber quando comprar. Não venda uma acção, por exemplo, apenas porque o seu preço simplesmente subiu ou desceu. Estabeleça antes um critério para o fazer. Por exemplo: os dados fundamentais da empresa deterioraram-se, as acções valorizaram para um valor bem acima do seu valor intrínseco, o mercado oferece melhores alternativas.

fonte:http://economico.sapo.pt/

18
Ago11

Dez dicas sobre dinheiro de pais para filhos

adm

As crianças e os jovens são, por natureza, bastante curiosas e estão sempre preparadas para aprender mais. Além das características genéticas e das parecenças físicas, os pais podem transmitir aos seus rebentos boas práticas no que diz respeito às finanças. Para conseguir falar com o seu filho sobre dinheiro da melhor maneira, é necessário que exista alguma referência na sua casa (as crianças gostam muito de imitar os adultos) que torne as explicações mais fáceis de perceber por parte das crianças.

 

A protecção financeira dos filhos começa nos pais.

O Saldo Positivo dá-lhe 10 dicas para que os pais falem com os filhos sobre dinheiro.

1. O milagre do juro composto
O juro composto pode ser o verdadeiro empurrão para que comece a poupar e a investir sem torcer o nariz. Em termos práticos, o dinheiro que investir hoje vai rendendo juros à medida que o tempo passa. No futuro, os juros já vão incidir sobre juros, criando assim um grande efeito na sua conta bancária a longo prazo.

2. Proteção contra a inflação

É muito importante proteger o seu dinheiro da inflação e a explicação é simples: 500 euros hoje podem valer menos amanhã, por causa da subida generalizada dos preços. Assim, é importante que os investimentos tenham retorno acima da taxa de inflação. Explique o valor do dinheiro e o que significa o poder de compra.

3. Não comprar mais do que pode
Explique ao seu filho que apenas deve gastar aquilo que tem e pedir crédito para projectos que se encaixam na sua capacidade financeira. A mensagem mais importante a transmitir é evitar o sobreendividamento. Ensine também o seu filho que existem coisas que compramos porque “precisamos” e outras que compramos porque “queremos”. Aproveite ainda para falar com o seu filho quando vai às compras. Mostre-lhe a diferença entre coisas caras e baratas para o mesmo fim.

4. Aprender mexendo no dinheiro
A melhor forma de ensinar o seu filho a lidar com o dinheiro poderá passar por dar-lhe uma semanada ou mesada para ele gerir. Assim estará a dar-lhe confiança e a responsabilidade de mexer no dinheiro e, também, a dar-lhe alguma experiência no acto de gerir as finanças e de tomar decisões. Pode começar por um valor pequeno e ir aumentando ao longo do tempo. Assim, evitará que as asneiras iniciais tenham repercussões maiores na sua carteira.

5. Ensine o seu filho a poupar
Em linha com o ponto anterior, se o seu filho não gastar toda a sua mesada, poderá poupar para o mês seguinte. Mostre-lhe o quanto é importante poupar, sobretudo se tem algum gasto maior em perspectiva, como por exemplo um computador ou uma consola. Ensine a importância de poupar e investir. Proponha uma meta de investimento e incentive o seu filho a alcançá-la.

6. Mostre-lhe a importância de pensar antes de gastar
Diga ao seu filho que planear antes de comprar poderá ser a chave para o sucesso das suas finanças. Para começar a integrar a criança pode começar por pedir a sua opinião no orçamento familiar. O seu filho irá sentir-se importante e irá aprender que o planeamento é uma peça muito importante em todos os aspectos da vida.

7. Explique o que são produtos financeiros

Este poderá ser um dos factores mais importantes para que o seu filho consiga ter um futuro financeiro risonho. Pode começar por explicar os produtos financeiros mais fáceis (depósitos a prazo) e vá avançando lentamente nos outros (cartões de crédito e débito, acções, etc.). Se não está confortável com todos os produtos mais complexos comece por passar este espaço a pente fino e torne-se um conhecedor dos vários produtos financeiros que encontra no seu banco.

8. Dê importância financeira ao seu filho

Certamente que o seu filho é o projecto mais importante da sua vida. Não descure a sua opinião para as finanças familiares. As crianças também podem ter grandes ideias para o dinheiro, e ao escutá-lo irá notar que os seus ensinamentos estão a correr da melhor maneira.

9. Mostre de onde vem o dinheiro
É muito importante que mostre ao seu filho que o dinheiro “não cai do céu”, ou seja, que é a recompensa pelo trabalho que executa. Isso irá fazer com que o seu filho se aplique nas suas tarefas e, sobretudo, no seu futuro enquanto trabalhador. Aproveite ainda para explicar porque é que há pessoas que recebem mais do que outras.

10. Ensine-o que erros financeiros acontecem
Se o seu filho gastar todo o dinheiro da mesada antes do tempo não é sinal para alarme. Cometer erros financeiros é normal, sobretudo no início. Diga-lhe que os erros iniciais ensinam a evitar tragédias financeiras no futuro. Se vir que as compras do seu filho não se enquadram nos gastos familiares, opte por impor algumas regras em vez de o recriminar.

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/

17
Ago11

Crie a sua carteira de investimentos sem riscos

adm

Saiba como proteger as suas poupanças agora sem perder a oportunidade de ganhar com a subida futura das bolsas.

Agosto tem sido um mês demasiado quente para a carteira dos investidores. É raro aquele que hoje não tem o seu portefólio accionista a escaldar: desde o início do mês, as acções mundiais já afundaram, em média, 12%. E no que toca a férias, deverão ser poucos os investidores que previam tamanha adrenalina nos mercados e muitos os que têm os nervos "à flor da pele".

Ainda na quarta-feira o banco Best recomendava prudência e calma aos seus clientes no investimento em acções. A verdade é que a bolsa é hoje um local impróprio para cardíacos.

Numa altura em que os mercados teimam em continuar a puxar a carteira dos investidores para baixo da linha de água, faz sentido procurar alternativas de investimento. Não obrigatoriamente fora da bolsa, mas em produtos e estratégias que possam oferecer, simultaneamente, o capital investido e uma eventual mais-valia. Este é o princípio da maioria dos produtos estruturados: capital garantido na maturidade e exposição ao desempenho de um activo subjacente. No pior dos cenários, o investidor recebe apenas o dinheiro que investiu e, se o produto corresponder positivamente às suas expectativas, poderá ainda obter rendibilidades significativas.

À primeira vista, estes produtos parecem ser o "Santo Graal" dos mercados financeiros, concentrando o melhor de dois mundos. Porém, é preciso não esquecer que "não há almoços grátis". No ano passado, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) realizou uma análise a nove produtos estruturados, com maturidades entre um e dez anos, com e sem remuneração garantida, com e sem capital garantido, e revelou que, apesar de estarem a ser publicitados como investimentos com taxas altas, a rendibilidade prevista é inferior aos tradicionais depósitos a prazo.

Por isso, hoje o Diário Económico não está a recomendar o investimento em produtos estruturados, mas a ensiná-lo a construir um produto estruturado caseiro com o melhor que estes produtos têm para oferecer: a possibilidade de realizar ganhos sem correr riscos e sem pagar comissões elevadas ao intermediário financeiro.

Investir em acções com capital garantido

Imagine que tem 5.000 euros para investir nos próximos três anos e que, além de querer garantir o capital investido, deseja ter alguma exposição ao desempenho do PSI-20, o principal índice da bolsa de Lisboa.

Para garantir o capital na maturidade recorre a um depósito a prazo, também com uma maturidade de três anos. Admitindo que a taxa anual efectiva líquida desse depósito é de 3,34%, o emitente apenas tem de colocar 4.531,19 euros de parte neste depósito, que irá capitalizar anualmente durante este triénio, chegando ao final do prazo contabilizando os desejados 5.000 euros iniciais. Ao fazê-lo, ficará com 468,81 euros para "brincar" no mercado de acções. Com esse dinheiro, pode investir em unidades de participação de um fundo de acções nacionais ou no fundo cotado ComStage ETF PSI 20, negociado na Euronext Lisboa, que replica o principal índice da praça portuguesa. Assim, garantirá o dinheiro investido e uma futura mais-valia accionista, consoante o desempenho das acções portuguesas. Ou seja: se o PSI 20 valorizar 10% neste período, o investimento somará uma rendibilidade total de 10%. Se as acções nacionais caírem 10%, o investimento realizado gerará ganhos de 8%.

O mesmo princípio pode ser aplicado caso a aposta seja em redor de uma contínua queda das bolsas. Imagine que nos próximos cinco anos não acredita na retoma do mercado accionista europeu. Se assim for, a estratégia delineada pode também passar pela aquisição de dois produtos: Certificados do Tesouro e um fundo cotado que some ganhos na proporção inversa à queda do mercado, como é o caso do Lyxor ETF Bear Eurostoxx 50, um ‘reverse ETF' que apresenta uma rendibilidade inversa ao desempenho médio das 50 maiores empresas da zona euro.

Assim, os 5.000 euros do investimento poderão ser repartidos da seguinte forma: 4.000 euros em Certificados do Tesouro e os restantes mil euros no Lyxor ETF Bear Eurostoxx 50. Caso as acções europeias derrapem 20% no próximo quinquénio, este investimento contabilizará ganhos acumulados líquidos de 24%.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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