Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Poupanças e Investimentos Seguros

Poupanças e Investimentos Seguros

Poupanças e Investimentos Seguros

Poupanças e Investimentos Seguros

22
Fev12

Chegou o momento para regressar às acções?

adm

Os especialistas acreditam que sim, mas é preciso fazê-lo com muito critério e cautela, porque apesar das injecções de liquidez do BCE, a incerteza ainda impera nos mercados.

Há alguns anos que o urso, símbolo de um período longo de quedas nas acções, impera no mercado. Mas há quem acredite que, depois de um 2011 para esquecer, o urso esteja a dar sinais de que vai hibernar. Na verdade, olhando para a ‘performance' dos principais índices accionistas, desde o início do ano que os desempenhos têm sido particularmente optimistas, com índices, como o alemão DAX, a valorizar perto de 14% em 2012. Uma análise recente do Diário Económico mostrava mesmo que está a ser o melhor arranque de ano para as praças europeias desde 1998, enquanto que no outro lado do Atlântico as acções americanas estão a protagonizar o melhor início de ano desde 1989. Perante o regresso do clima de euforia aos mercados, o Diário Económico falou com alguns especialistas para perceber se a "idade do gelo" nas acções está finalmente prestes a terminar e se esta é (ou não) uma boa altura para os investidores regressarem às acções.

Alexandre Sousa, especialista em análise técnica, está confiante sobre o rumo das acções. "Estamos perante um ‘rally' sustentado e previsto dos mercados, mas ainda é cedo para afirmar que não é apenas uma recuperação técnica". O analista acredita, por isso, que este é um bom momento de entrada nesta classe de activos mas "apenas para investidores experientes e atentos, já que o risco ainda é grande, e de forma selectiva evitando para já activos mais voláteis".

Também Nuno Serafim, director-geral da IG Markets em Portugal acredita que este é um bom momento para os investidores de longo prazo começarem a construir posições no mercado accionista, ainda que de forma cautelosa. "Tendo em conta as taxas de juro reais negativas implícitas nos investimentos de baixo risco e considerando que a Zona Euro vai conseguir conter os efeitos do incumprimento da Grécia, situação que ainda não pode ser posta de parte, pensamos que faz sentido numa lógica de longo prazo aumentar gradualmente a exposição ao risco". Até porque, para o especialista da IG Markets, apesar das subidas exuberantes nas últimas semanas as avaliações mantêm-se atractivas e, no seu entender, "é plausível ainda haver espaço de subidas significativas". Mas apesar desta visão optimista, tal não significa que os riscos do passado estejam completamente desvanecidos. Pelo contrário, Nuno Serafim alerta para a possibilidade de haver uma correcção no curto prazo, dada a permanência de algumas incertezas, sobretudo ao nível da situação da Grécia e da resolução da crise da dívida soberana. "No curto prazo, é muito provável uma consolidação técnica até porque continuamos a ter alguns riscos, nomeadamente a aprovação do segundo pacote à Grécia pelos Parlamentos nacionais, uma questão especialmente sensível na Alemanha, Holanda, Finlândia e Áustria, e as eleições na Grécia, em Abril, e em França, em Maio", explica o especialista.

Na verdade, o impasse em torno da situação problemática das finanças públicas gregas e a possibilidade latente do país helénico sair da Zona Euro tem condicionado o comportamento dos mercados de dívida e de acções. O facto dos governantes locais e das entidades externas terem finalmente chegado a um acordo para o estabelecimento de mais medidas de austeridade- que funcionam como uma moeda de troca para que a Grécia possa receber um segundo pacote de ajuda (no valor de 130 mil milhões de euros)- é um dos factores que tem contribuído para um maior optimismo dos investidores. E embora a situação seja extremamente frágil, muitos anseiam que este seja um primeiro passo para ver a luz ao fundo do túnel.

Mas o grande factor que está a puxar pelas bolsas europeias desde o início do ano é outro: as injecções de liquidez do BCE no sistema financeiro. Recorde-se que, em Dezembro, a entidade liderada por Mário Draghi colocou no mercado uma operação de refinanciamento de longo prazo (LTRO), onde disponibilizou uma linha de 490 mil milhões de euros aos bancos europeus para um prazo de três anos. Já no final deste mês, o BCE deverá fazer uma outra operação semelhante. Estas medidas do BCE pretendem colmatar os problemas de acesso a liquidez que a banca europeia enfrenta e fomentaram a confiança dos investidores.

Apesar desta melhoria de sentimento, a prudência parece ser a palavra-chave a ter em conta neste momento. Esta é a opinião de Tiago Ribeiro Pereira, gestor de activos do banco Carregosa. "O início de ano está a ser globalmente positivo mas o mercado está a mover-se pelas notícias e não pelos fundamentais das empresas. Há uma grande volatilidade que se calhar é a nova normalidade. Pode ser um bom momento de entrada nas acções mas numa lógica de ‘stock picking', porque há algumas boas oportunidades". Para o gestor do Carregosa os títulos do sector financeiro estão entre os mais atractivos. "Acredito que, provavelmente estas acções já tiveram um desconto muito grande, a maior limpeza nos balanços já foi feita e que daqui em diante a situação não piorará e até pode melhorar", refere o especialista, que recomenda para os investidores com um perfil de risco mais baixo a aposta em acções de empresas não cíclicas. "Durante vários anos estas empresas pagaram bons dividendos, caso por exemplo de algumas acções ligadas ao sector farmacêutico e à indústria do luxo", refere Tiago Ribeiro Pereira. Já Nuno Serafim da IGMarkets aconselha aos investidores de longo prazo o investimento em empresas internacionalizadas, "de preferência com exposição a mercados emergentes, líderes sectoriais e empresas com funding assegurado".

Se está a pensar em regressar às acções, o Diário Económico dá-lhe a conhecer as cinco acções europeias do Eurostoxx50 que reúnem a preferência dos analistas e os cinco títulos do Dow Jones com melhores perspectivas das casas de investimento para os EUA. Da lista fazem parte gigantes como a Coca-Cola, a JPMorgan ou a empresa de luxo Louis Vuitton.

Visão mais cautelosa para a bolsa portuguesa
Nem todas as acções merecem a mesma visão positiva e optimista. O facto de Portugal estar a viver uma situação atípica, condicionada pelo resgate de autoridades internacionais, leva os especialistas a olhar de forma particular para as acções portuguesas.E aqui as opiniões são menos efusivas do que para os restantes mercados europeus e americanos. Nuno Serafim, director da IG Markets para Península Ibérica refere que a "perspectiva para o mercado português é ainda negativa. Para este ano esperamos um clima extremamente recessivo pelo que todas as empresas muito expostas ao mercado nacional têm um cariz puramente especulativo". Ainda assim, salienta a preferência por empresas com exposição a outros mercados, como é o caso de Portucel, Semapa, Galp e Portugal Telecom.

Já do ponto de vista técnico, Alexandre Sousa também mostra alguma cautela. "O mercado accionista nacional tem apresentado nas últimas semanas diversas sessões animadoras. Contudo, tecnicamente, o cenário é menos eufórico e aconselho mesmo alguma prudência. Pela positiva destaco o corte das linhas de tendência descendentes de médio e curto prazo e o corte, ainda não conclusivo, da resistência dos 5.700 pontos". E explica que, no curto prazo, este nível é muito relevante para a evolução do índice, já que um possível corte abre as portas para uma evolução até ao nível psicológico dos 6.000 pontos. "Mas convém realçar que numa análise de médio, e em especial de longo prazo, este movimento terá um impacto muito reduzido, já que uma inversão definitiva do sentimento apenas acontecerá com o corte do nível psicológico dos 7.000 pontos. Assim e apesar do meu optimismo, os investidores devem-se manter atentos e cautelosos", afirma Alexandre Sousa.


As cinco acções mais recomendadas na Europa

Vinci SA
No índice que agrega as 50 maiores empresas europeias, o Eurostoxx, a empresa francesa do sector da construção é aquela que reúne um maior consenso de recomendações positivas junto dos analistas, com uma pontuação de 4,5 (de 0 a 5), no ‘score' elaborado pela Bloomberg. A acção está a subir 11% desde o início do ano, mas apesar disso é uma das empresas do índice que apresenta um dos potenciais de valorização mais elevados: 23% face aos preços de quarta-feira.

Compagnie de Saint-Gobain
A empresa francesa nasceu em 1665 para criar os espelhos do Palácio de Versalhes a mando do rei Luís XIV. Hoje é a referência mundial na produção de produtos em vidro, cerâmicas e plásticos. Os analistas gostam dela: em 32 recomendações, 24 são de comprar. O que corresponde a um ‘score' de 4,43 segundo a Bloomberg. A empresa já valorizou 17% este ano mas as casas de investimento acreditam que os títulos podem subir mais 16%, face aos níveis de quarta-feira.

Volkswagen
Apesar da crise que afecta a compra de bens duradouros como os automóveis, as casas de investimento estão confiantes para o título. Em 39 recomendações, 28 são de "comprar". Em 2011, e segundo um ‘research' do Shinhan Investment, as vendas de carros encolheram 1,4% na Europa. No entanto, na Alemanha a tendência foi diferente, com o mercado alemão a registar um crescimento de 8,8%. E a Volkswagen destacou-se: conseguiu aumentar as suas vendas em 7,8% na Europa. A empresa valoriza 21% desde o início do ano.

Repsol
A petrolífera é a única empresa espanhola a figurar no ‘ranking' das acções europeias preferidas dos analistas. Nas últimas semanas, foi tornado público que a filial da Repsol na Argentina reviu em alta as estimativas das reservas no campo de Vaca Muerta, um facto que levou algumas casas de investimento a reverem em alta a avaliação do título. Das 10 acções seleccionadas neste cabaz, a Repsol é aquela que apresenta um potencial de valorização mais elevado: 30%.

Louis Vuitton (LVMH)
O gigante líder mundial da indústria do luxo parece incólume à crise. A Moet Hennessy Louis Vuitton apresentou no ano passado um crescimento recorde de 16% das receitas, que atingiram os 23,7 mil milhões de euros. Os analistas do Deutsche Bank dizem que, embora a acção esteja a negociar com um pequeno prémio em relação a outros títulos do sector, a LVMH tem qualidades defensivas superiores. E não são apenas os analistas do DB que nutrem uma preferência por este título. Segundo a Bloomberg, apenas um dos 30 analistas que acompanham o título recomenda a venda do mesmo.


As cinco acções mais recomendadas nos EUA

JP Morgan
O sector financeiro tem sido o mais fustigado pela crise e o "mais repudiado" pelos investidores e analistas. Mas nem todos os bancos são mal-amados. É o caso do JPMorgan. Esta é a empresa com o ‘score' mais elevado de recomendações positivas por parte da Bloomberg: 4,78. Trocado em números significa que, em 37 recomendações, 33 são de "comprar". Em 2011, e apesar de um mau quarto trimestre, o banco registou um lucro líquido recorde 18,9 mil milhões de dólares: mais 9% do que no ano anterior.

United Technologies
A empresa tecnológica que fornece produtos e serviços para a indústria aeroespacial e para o sector da construção é também um dos títulos favoritos dos analistas. Em 24 recomendações, 20 são de "comprar". O facto de o título ter já subido cerca de 13% este ano retira algum potencial de valorização à acção. Segundo a média dos preços-alvo apontada pelos analistas da Bloomberg, a acção poderá subir apenas mais 7%. No último trimestre do ano passado, as vendas da empresa subiram 11% com a procura de serviços para a produção da Boeing e da Airbus.

Coca-Cola
Para muitas pessoas, a Coca-Cola é a melhor e a mais refrescante bebida do mundo. Para muitos analistas também. As acções da Coca-Cola são seguidas por 23 analistas em todo o mundo. Destes, 19 recomendam a compra do título. Os analistas do Deustche Bank dizem que a elevada volatilidade do mercado cambial e das ‘commodities' vai afectar os resultados deste ano. No entanto, também dizem que as acções da Coca-Cola "são uma forma segura de apostar na recuperação económica dos EUA e na melhoria do rendimento ‘per capita' e do PIB nos mercados desenvolvidos".

Caterpillar
A Caterpillar é a referência mundial na concepção e produção de equipamentos e máquinas para os sectores da construção, minas, agricultura e floresta. A empresa americana, que já subiu 25% só este ano, é uma das eleitas dos analistas. Em Janeiro, a empresa divulgou resultados anuais recorde: os lucros dispararam 83% face a 2010 e as vendas e receitas registaram o maior crescimento desde 1947. Os números surpreenderam os analistas, obrigando as casas de investimento a reverem em alta as suas avaliações.

Boeing
A encerrar o ‘ranking' das acções americanas preferidas dos analistas está a Boeing. A empresa que produz aviões comerciais e que desenvolve sistemas para o sector da defesa tem um ‘score' de recomendações positivas de 4,4 segundo os dados da Bloomberg. Em 31 recomendações, 23 são de "comprar". Segundo a média dos preços-alvo apontada pelos analistas, a acção tem um ‘upside' de 13%, face aos níveis de quarta-feira. Ainda esta semana, a empresa anunciou ter fechado um negócio de 22,4 mil milhões de dólares com a companhia indonésia Lion Air, que encomendou 230 aviões à Boeing.

fonte:http://economico.sapo.pt/

15
Jan12

Apenas 6,5% dos fundos nacionais deram ganhos reais em 2011

adm

Ano negro para os mercados penalizou o desempenho dos fundos de investimento geridos por sociedades nacionais.

Os fundos de investimento mobiliários geridos por sociedades nacionais não escaparam a um ano negativo para os mercados. Apenas 19 dos 292 fundos, ou 6,5%, conseguiram apresentar retornos reais, ou seja, acima da taxa de inflação de 3,5% do ano passado, segundo cálculos do Diário Económico baseados em dados divulgados pela associação do sector, a APFIPP. Além disso, mais de 70% destes produtos registaram mesmo desvalorizações em 2011.

A instabilidade nos mercados devido à crise de dívida soberana, com a bolsa e a dívida portuguesa a não escaparem ao epicentro da instabilidade, são os motivos apontados para os fracos retornos destes produtos de investimento. "Os fundos não fazem milagres e estão dependentes do desempenho das classes de activos", referiu o administrador da gestora Optimize, Diogo Teixeira, ao Diário Económico, referindo que à excepção da dívida considerada mais segura, como a americana, o ouro e o petróleo, foram poucos os activos a valorizar no ano passado.

Por outro lado, também o facto de a maior parte dos fundos registados na APFIPP investirem maioritariamente em activos portugueses e europeus não ajudou a que o saldo total de 2011 fosse mais positivo. "O foco geográfico da maioria dos fundos está na Europa e no mercado ibérico e pouco nos EUA ou nos mercados emergentes. Não houve a adaptação necessária, porque as classes mais atractivas não se encontram na Europa ou na Península Ibérica", referiu o gestor.

Das 33 classes de fundos definidas pela APFIPP, apenas duas categorias conseguiram apresentar ganhos médios acima da inflação. É o caso dos Fundos de Obrigações de Taxa Fixa Internacional, que inclui apenas um fundo, o Espírito Santo Obrigações Global, com ganhos médios de 6,51%, e dos Fundos de Pensões Abertos que aplicam menos de 5% do seu património em acções. Os seis produtos que fazem parte desta última categoria tiveram todos comportamento positivo em 2011, apesar de apenas dois destes fundos terem oferecido rendibilidades acima de 3,5%. É o caso do Caixa Reforma Garantida 2022, que ganhou 9,51% e do Banif Reforma Garantida, que valorizou 4,45%.

Fundos de acções nacionais perderam mais que o PSI 20

Já os fundos de acções nacionais tiveram o pior desempenho entre todas as classes. Em média, estes produtos perderam 28,67%, o que compara com a desvalorização de 24,38% do PSI 20 Total Return, que contabiliza o reinvestimento dos dividendos distribuídos pelas cotadas. Nenhum dos sete produtos desta classe conseguiu bater o índice. O BPI Portugal e o Santander Acções Portugal foram os que conseguiram limitar mais os prejuízos, com quedas de 26,81% e 26,95%, respectivamente. Já o Barclays Premier Acc. Portugal teve o pior desempenho, sendo o único a perder mais de 30%.

De todos os fundos geridos pelas sociedades registadas na APFIPP, o produto do Barclays teve o segundo pior desempenho. As maiores perdas foram registadas pelo Fundo Especial de Investimento (FEI), BPI Brasil, que desvalorizou 34,50%.

Só três produtos renderam mais de 10% em 2011

Num ano de baixos retornos, apenas três fundos conseguiram oferecer aos investidores ganhos de dois dígitos. Em comum, o facto de serem geridos pela Caixagest. O Caixagest Private Equity (FEI), que investe em fundos de capital de risco, liderou os ganhos, com uma rendibilidade de 16,01%. A segui-lo esteve o Caixagest Rendimento Nacional FEI. Este fundo da classe de protecção de capital e que investe unicamente em títulos de dívida do banco público apreciou 12,82%. A completar o pódio está o Caixagest Rendimento Oriente FEI, que também pertence à categoria de fundos com protecção de capital, com ganhos de 12,81%.

Além destes três fundos, os melhores desempenhos pertenceram ao Montepio Euro Healthcare. O produto que investe em acções de empresas farmacêuticas rendeu 7,63%. A completar o ‘top' dos fundos com melhor rendibilidade está ainda o Santander Multi Taxa Fixa, que está investido em títulos de dívida pública alemã. Rendeu 6,75%.


Fundos que escaparam às quedas

1 - Acções
Entre os produtos que investem em acções foram poucos os que escaparam às desvalorizações. Algumas das excepções foram o Montepio Euro Healthcare que aposta em acções de farmacêuticas e o Santander Acções América. Avançaram 7,62% e 5,70%. A maior aposta do gestor do Montepio é a Sanofi e do Santander é a Exxon-Mobil.

2 - Obrigações
Entre os fundos que investem nesta classe os melhores desempenhos pertenceram ao Santander Multi Taxa Fixa e ao Espírito Santo Obrig. Global. Ganharam 6,75% e 6,51%. O produto do Santander está investido sobretudo em Bilhetes do Tesouro e dívida alemã. O fundo da ESAF também aposta na dívida portuguesa e alemã.

3 - Retorno absoluto
Estes produtos procuram rendibilidades descorrelacionadas do sentido do mercado. Os produtos que mais renderam foram o Santander Carteira Alternativa FEI, que investe em ‘hedge funds', e o BPI Iberian Equities Long/Short FEI, que aposta na queda e na descida de acções ibéricas. Valorizaram 5,07% e 2,74%, respectivamente.

4 - Fundos de pensões
Nos fundos de pensões sob a forma de fundos, as melhores rendibilidades vieram dos produtos mais conservadores e que têm menor exposição ao mercado accionista. O Caixa Reforma Garantida e o Banif Reforma Garantida lideraram os ganhos nesta classe, com valorizações de 9,51% e 4,44%.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

08
Jan12

Fundos mistos: repartir para ganhar

adm

Com meia-dúzia de tostões, o pequeno aforrador pode ver-se senhor de uma carteira adequada ao seu perfil de risco.

Apostam em acções, obrigações de taxa fixa e variável, depósitos bancários e até noutros fundos de investimento. Têm mínimos de subscrição ao alcance das carteiras mais modestas. No geral, com € 500 já é possível investir. Os fundos mistos são ideais para o pequeno subscritor. Ao subscrevê-los, passa a ser detentor, ainda que indirectamente, de uma carteira diversificada.

Rendem mais do que as aplicações tradicionais, como os depósitos a prazo, e menos do que os fundos de acções. Mas também registam perdas menores do que estes.

Prós e contras

  • Apesar da facilidade de subscrição junto dos bancos, mínimo de investimento acessível, nível de diversificação e maior potencial de valorização do que os produtos tradicionais, os fundos mistos podem não adequar-se a todas expectativas.
  • Desde logo, o capital não está garantido, o que, no entanto, acontece com a maioria dos fundos de investimento. Além disso, como envolvem um certo risco, o dinheiro deve manter-se aplicado, pelo menos, durante 5 anos, para minimizar as surpresas desagradáveis.
  • Alguns produtos, que trazem a sigla FF a seguir ao nome, são fundos de fundos. Distinguem-se por aplicarem quase em exclusivo noutros fundos. Preste atenção às respectivas comissões de gestão e depósito. Terá de suportar, ainda que indirectamente, os custos dos fundos detidos pelo FF. Ou seja, irá pagar duas vezes a título de gestão e depósito sem se aperceber. Para informá-lo, muitos FF indicam no regulamento de gestão as comissões máximas a suportar.

Pesar as acções

  • Os fundos mistos têm como filosofia a diversificação, pelo que o consumidor pode assumir um pouco mais de risco. Quanto mais acções juntar à sua carteira, aumenta as hipóteses de rentabilidade a longo prazo. Se é mais ousado ou pode manter o dinheiro aplicado por um prazo alargado, opte por um fundo agressivo (a partir de 50% de acções). Para evitar grandes sustos, o melhor é ficar-se por um defensivo, com menos de 30% de acções. Estando a meio caminho entre a ousadia e a sensatez, escolha um neutro (30 a 50 por cento).
  • A escolha de uma categoria depende ainda da conjuntura económica. Por exemplo, em momentos de turbulência nos mercados, o mais prudente será optar por uma estratégia tendencialmente defensiva.

Investidor activo

  • Ao subscrever um fundo misto, o consumidor não tem nenhuma intervenção além da escolha do produto, isto é, as suas poupanças são geridas de forma menos activa. Pode ser cómodo e simples. Mas não será necessariamente o mais rentável.
  • Se tem tempo para acompanhar os mercados, consulte o nosso sítio financeiro na Net (www.proteste.poupanca.pt) e componha uma carteira de fundos. A estratégia exige, no entanto, um montante mínimo muito superior ao dos fundos mistos, sendo recomendáveis cerca de 10 mil euros.
  • Encontrará ainda conselhos sobre os melhores fundos e o momento para ajustar a carteira, quando surgirem oportunidades para fazer render ainda mais os seus investimentos.

fonte:http://www.deco.proteste.pt/p


27
Dez11

Cinco oportunidades de investimento para 2012

adm

Acções, dólar australiano, paládio, cobre e milho são cinco das apostas da IG Markets para o próximo ano.

Ser optimista num cenário de forte contracção económica, ao mesmo tempo que se gere um orçamento familiar sob um amplo plano de medidas de austeridade, não é fácil. Nos mercados, o sentimento é partilhado pelos investidores: depois de um 2011 marcado por uma desvalorização superior a 10% das acções europeias, de uma onda de cortes de ‘rating' no espaço do euro que geraram subidas avassaladoras das ‘yields' das obrigações do Tesouro de vários países da zona euro e de constantes surpresas, pouco animadoras, na carteira dos investidores, o próximo ano não promete ser muito diferente. Promete ser, novamente, um ano impróprio para cardíacos. "Em 2012 deveremos potencialmente estar preparados para mais surpresas negativas do que positivas", vaticinam os analistas da IG Markets no ‘outlook' de 2012 para os mercados financeiros, que antecipa uma contracção de 0,5% do PIB europeu e um crescimento da economia global de 3,5%.

Contudo, os especialistas não deixam de salientar algumas boas oportunidades que podem ser aproveitadas pelos pequenos investidores no próximo ano. Nomeadamente, no campo do mercado accionista e das matérias-primas. No canto oposto estão os tradicionais ‘safe heaven', "especialmente os ligados à dívida soberana", como é o caso das obrigações do Tesouro da Alemanha e dos EUA, actualmente a oferecer rendibilidades reais negativas.

Crise torna acções nacionais pouco atractivas
A bolsa nacional tem sido uma das praças financeiras mais castigadas pelos investidores ao longo deste ano, em resultado de toda a situação em que tem estado envolvida a economia nacional. E face às estimativas de crescimento para 2012 apresentadas pelos principais organismos (Governo, Comissão Europeia e FMI), que apontam para uma correcção do PIB em torno dos 3%, os especialistas da IG Markets acreditam que "não se perspectiva uma recuperação generalizada para o mercado nacional". Recorde-se que desde Janeiro o principal índice accionista da Euronext Lisboa (PSI 20) acumula perdas acima de 30%. "Ainda assim, os títulos que poderão evidenciar melhores ‘performances' relativas continuarão a ser os de empresas mais diversificadas como a Jerónimo Martins, Galp, Cimpor, bem como de empresas com uma estrutura de ‘cash flows' mais previsível e por isso tradicionalmente mais defensivas - EDP e REN."

O sector menos interessante para os investidores volta a ser a banca que "deverá manter-se sobre especial pressão, num contexto de mercado monetário interbancário praticamente vedado às entidades nacionais e exigências muito relevantes de desalavancagem". Face a esta realidade, os especialistas referem que "considerando os objectivos de risco e retorno, bem como o horizonte temporal de investimento, apenas consideramos interessantes as apostas no sector bancário para horizontes temporais de (muito) longo prazo, já que os resultados sofrerão reduções drásticas (no sector em geral)."

Num quadro bem diferente deverão constar as acções norte-americanas: segundo as estimativas dos especialistas da IG Markets, o principal índice accionista dos EUA (S&P 500) deverá chegar ao final do próximo ano a cotar nos 1.393 pontos, traduzindo-se assim num potencial de valorização teórico de 13% face aos valores de ontem.

Outra aposta da equipa de Nuno Serafim para o próximo ano foca-se no mercado das matérias-primas que, segundo os especialistas, deverá continuar a registar uma forte correlação com os mercados accionistas. "Gostamos de matérias-primas que sofrem constrangimentos ao nível da oferta como o paládio, cobre e nos cereais o milho". Para os investidores com um perfil de risco mais arriscado, há ainda a possibilidade de investir no mercado cambial. E neste capítulo, a IG Markets volta a recomendar o investimento em dólares australianos por acreditar que a Austrália deverá "continuar a ser um país com crédito de ‘rating' ‘AAA' e, mais importante, deverá continuar a atrair um fluxo muito significativo de capital com objectivo de investimento directo estrangeiro". No canto oposto figuram as moedas europeias da zona euro e a libra esterlina. No caso do euro, o pessimismo dos especialistas vai tornar-se mais agudo se o "Banco Central Europeu acabar por enveredar por uma política de expansão monetária".

fonte:http://economico.sapo.pt/

25
Dez11

Bolsa: se é investidor, tome nota

adm

Se investe na bolsa, saiba que as atenções vão estar voltadas esta semana para o valor preliminar da inflação alemã e para os dados referentes ao mercado imobiliário norte-americano, numa altura calma em termos de divulgação de indicadores.

«Os próximos dias serão bastante calmos no que diz respeito à divulgação de indicadores macroeconómicos, tanto na Europa como nos Estados Unidos, cujos índices estarão encerrados na segunda-feira» após o Natal, disse à agência Lusa Telma Santos, analista de acções do Millennium investment banking.

Na Europa, os investidores estarão atentos à divulgação do valor preliminar do índice de preços no consumidor alemão.

«Os preços no consumidor devem ter subido 2,4% em Dezembro face a Dezembro de 2010 e 0,8% o face a Novembro», adiantou a analista, a partir do consenso de analistas contactados pela agência de informação financeira Bloomberg.

Também na Alemanha é esperado pelos analistas um crescimento mensal de 0,3% das vendas a retalho de Novembro.

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quinta-feira as contas nacionais trimestrais por sector industrial.

Do outro lado do Atlântico, nos EUA, o mercado imobiliário estará em destaque: serão conhecidas as vendas de casas pendentes em Novembro e o índice de preços de casas S&P/CS das 20 maiores cidades norte-americanas.

No que respeita às vendas de casas pendentes, é esperado um aumento de 1,8% do número de contratos de promessa compra e venda assinados para comprar casas usadas.

Já o índice de preços de casas S&P/CS deverá apontar para um decréscimo de 3,2% dos preços no mês de Outubro.

Ainda nos EUA, o indicador de actividade empresarial norte-americano Chicago PMI deverá recuar em dezembro, enquanto a confiança dos consumidores medida pelo Conference Board deve registar uma melhoria.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

08
Nov11

Acções, obrigações e certificados: conheça as diferenças

adm

A palavra equity significa propriedade. Na realidade, acções ou quotas representam parte do capital de um determinado negócio ou empresa, conferindo ao seu detentor determinados direitos, como a possibilidade de voto, a nomeação de administradores ou o direito a receber um dividendo.

De forma sumária, é através da compra de acções de empresas que os investidores podem participar nos lucros de projectos liderados por aqueles que os sabem transformar em investimentos produtivos e de elevada rendibilidade. 

Mesmo depois de algumas grandes crises financeiras, o investimento em acções proporcionou retornos muito superiores aos investimentos em activos ditos menos arriscados, como as obrigações de governos de curto e longo prazo.

Os indícios apontam todos para as vantagens de investimentos com risco, para horizontes de investimento mais alargados. Naturalmente que uma estratégia de diversificação permitirá alisar os retornos e os riscos incorridos.

Existem activos com mais risco do que outros, sendo que, quanto maior o risco, maior o retorno que um investidor irá exigir para o assumir (o chamado prémio de risco). Os instrumentos mais utilizados pelos portugueses são osdepósitos a prazo, com um nível reduzido de risco sobretudo beneficiando da garantia do Estado até 100.000 €.

Uma obrigação é um título de crédito que pode ser emitido pelo Estado de um país ou por uma empresa, de forma a obter financiamento a taxas inferiores a outro tipo de veículos de financiamento (como os empréstimos bancários ou as acções). Através da emissão de obrigações, o emitente consegue diversificar a sua base de credores, enquanto que os credores podem recorrer a vários tipos de obrigações para diversificar o seu risco.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

28
Set11

Acções e obrigações pagam taxa de 0,1% a partir de 2014

adm

O Parlamento Europeu aprovou hoje uma proposta da Comissão Europeia para criar uma taxa sobre transacções financeiras.

Os eurodeputados deram hoje ‘luz verde' a uma proposta sobre transacções financeiras apresentada hoje pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que prevê a aplicação de uma taxa de 0,1% sobre acções e obrigações e de 0,01% sobre produtos derivados. A taxa pretende colmatar a isenção de IVA nos serviços financeiros e benefícios fiscais anuais.

No discurso de Estado da União diante dos eurodeputados em Estrasburgo, Barroso lembrou que os "Estados empenharam 4,6 biliões de euros para resgatar o sector financeiro" que beneficia de "vantagens fiscais de aproximadamente 18 mil milhões de euros por ano com isenções de IVA nos serviços financeiros", considerando que " é altura do sector financeiro dar uma contribuição para a sociedade".

De fora do âmbito da taxa ficam todas as transacções em que famílias ou PME foram envolvidas. Por exemplo, hipotecas, empréstimos a PME, contribuições para contratos de seguros, emissão de títulos de obrigações no mercado primário para angariação de capital por empresas ou entidades públicas também não são tributados.

Bruxelas espera arrecadar 57 mil milhões de euros por ano com a taxa sobre transacções financeiras, que entrará em vigor a 1 de Janeiro de 2014.

fonte:http://economico.sapo.pt/

08
Ago11

Investidores refugiam-se no ouro que atinge novo máximo histórico

adm

Matéria-prima prossegue rota ascendente e fixa novo máximo histórico acima dos 1.700 dólares. Receios crescentes em torno da economia norte-americana estão a levar à fuga dos mercados accionistas e ao investimento em activos de refúgio.

 

Atormentados pela possibilidade de uma recessão na maior economia do mundo, os investidores provocaram uma verdadeira convulsão nos mercados accionistas de todo o mundo, e estão a preferir os mercados obrigacionistas, e a segurança dos chamados investimentos de refúgio, como o ouro.

Isto porque o corte de "rating" dos Estados Unidos, na passada sexta-feira, reforçou os receios de que a economia norte-americana esteja a um passo de deslizar para uma nova recessão.

Desta forma, o ouro, investimento de refúgio, por excelência, bateu novos recordes ao negociar acima dos 1.710 dólares por onça durante a manhã de hoje.

No mercado londrino, o ouro para entrega imediata registou um novo máximo histórico ao subir 3,12% para valer 1.715,75 dólares por onça, seguindo agora a ganhar 2,55% para os 1.706,18 dólares por onça. Já os futuros sobre o ouro cotado em Nova Iorque ganham 3,42% para os 1.705,20 dólares por onça, tendo chegado a valorizar 3,97% durante a sessão, quando a matéria-prima negociava num máximo histórico de 1.714,30 dólares por onça.

O metal precioso tem vindo a ganhar valor à medida que a crise da dívida soberana faz mais e maiores vítimas, adensando os receios dos investidores em relação ao abrandamento da recuperação económica global. Agora que também os Estados Unidos foram apanhados na "teia", aumenta o receio de uma nova recessão, com consequências pesadas para a economia mundial.

Desde Janeiro, o ouro já valorizou quase 20% e, de acordo com as expectativas dos analistas deverá continuar a subir até ao final do ano.

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

20
Jul11

Como proteger o seu dinheiro da tempestade da bolsa

adm

Conheça cinco estratégias de investimento que podem ajudar os investidores a protegerem os seus portfólios.

Os últimos tempos na bolsa portuguesa têm sido impróprios para cardíacos. O dia-a-dia dos mercados é marcado pelo permanente sobe e desce e pelas flutuações do humor dos investidores a cada desenvolvimento, negativo ou positivo, em torno da crise da dívida soberana europeia que é noticiado. Ainda na última segunda-feira, o PSI 20 registou a maior perda diária em mais de um ano. Nesse dia o índice recuou mais de 4%. Já no dia seguinte, após um início de dia com perdas acentuadas, a acalmia voltava e o índice português terminava a recuperar perto de 1%. Já ontem, o vermelho voltou a marcar o sentimento do mercado. Para prevenir que o seu dinheiro seja arrastado por este turbilhão, o Diário Económico foi tentar perceber junto de especialistas que estratégias de investimento são as mais adequadas face ao actual contexto dos mercados.

Para os investidores que se possam sentir perdidos em relação à melhor forma de se posicionarem no mercado, um dos principais conselhos é que acima de tudo mantenham a cabeça fria. Como explica Gonçalo Gomes da direcção de marketing do ActivoBank, "qualquer que seja o contexto, com maior ou menor incerteza e volatilidade, o mais importante é que os investidores não percam de vista os seus objectivos de retorno, a sua tolerância ao risco e o seu horizonte temporal, não correndo risco nem a mais, nem a menos". A opinião de Diogo Serras Lopes, director de investimentos do Banco Best, vai no mesmo sentido. "A disciplina em termos de perfil de investimento deverá ser mantida, mesmo nos momentos de maior instabilidade e incerteza, mantendo-se uma óptica de investimento de longo prazo", frisa.

Para os investidores que apreciam a aposta em acções, no actual contexto parecem ainda assim existir alternativas onde colocar o dinheiro que oferecem um maior grau de segurança. Segundo Gonçalo Gomes, para além das empresas com reduzido nível de endividamento, os mercados emergentes são um dos focos de investimento a ter em consideração. "Temos vindo a defender o investimento em acções com exposição às economias mais saudáveis através de empresas multinacionais cotadas em países desenvolvidos, mas com uma facturação significativa proveniente dos países emergentes". Uma opinião também defendida por Diogo Serras Lopes, que acrescenta ainda a este leque de opções a selecção de empresas que operam em sectores de actividade menos cíclicos, bem como as que distribuem dividendos mais elevados, no sentido em que a componente de rendimento destes títulos possa contrabalançar eventuais perdas bolsistas.

Contudo, Diogo Serras Lopes deixa o alerta de que os investimentos devem ser feito menos tomando em conta a conjuntura actual e tendo mais em conta as perspectivas num prazo mais alargado. "Se é verdade que, actualmente, existem factores negativos a pressionar os mercados, a verdadeira questão a ter em conta prende-se com a visão sobre o crescimento económico a que cada empresa, região ou sector vai estar exposta durante os próximos anos e, naturalmente, o nível actual de avaliação do mercado accionista", lembra Diogo Serras Lopes.

Até no mercado obrigacionista que tem estado no enfoque da crise parecem continuar a existir boas oportunidades de investimento. Segundo o ActivoBank é o que acontece com a dívida de alguns países emergentes. Já o responsável do Best aconselha os investidores a olharem também para a dívida das empresas que apresentem perspectivas mais positivas.

Já para quem prefira olhar para os seus investimentos de uma forma muito conservadora, os depósitos a prazo merecem a atenção dos especialistas. "Neste momento, alguns depósitos a prazo são uma opção particularmente interessante para investidores de perfil conservador, já que a suas remunerações comparam favoravelmente com as taxa do mercado monetário em euros (Euribor)", lembra Gonçalo Gomes do ActivoBank. Alguns bancos oferecem actualmente taxas de juro brutas que ultrapassam os 4%.


Cinco estratégias a considerar

1 - Diversificar os investimentos
Aquele que, à partida, parece ser um conselho básico ganha especial importância se tivermos em conta o actual contexto da crise económica e a turbulência que atinge o mercado de acções. Os investidores devem construir uma carteira exposta a diferentes activos, com distintos perfis de risco, exposta a diferentes regiões do globo e não alocar toda a poupança num só activo, por mais seguro que lhe possa parecer. Se incluir na sua carteira, por exemplo, um fundo de investimento de acções globais estará já a contribuir para a diversificação dos seus investimentos. Conta ainda com a experiência da equipa dos gestores desses fundos.

2 - Fugir do turbilhão da crise
A crise da dívida soberana que parecia ter como alvos apenas alguns países periféricos ameaça contagiar mais países e está a ter implicações em toda a zona euro. Por essa razão, o investimento em acções europeias poderá não ser uma atitude prudente. Fora deste turbilhão, ainda assim, parece ficar o mercado germânico. Como explica Gonçalo Gomes, "o renovado dinamismo da economia alemã, beneficiando da elevada procura dos seus produtos por parte dos países emergentes, e sobretudo a resiliência do consumidor alemão [...] leva-nos a acreditar que o mercado accionista local poderá ter um retorno superior ao das acções globais ao longo dos próximos meses". Os mercados emergentes são também uma alternativa de refúgio para os investidores.

3 - Apostar na exposição internacional
Para os investidores portugueses, as acções nacionais podem ser uma aposta arriscada dado o período conturbado que a economia e o País atravessam. Mas, se não se quiser aventurar por outros mercados, deverá privilegiar os títulos da bolsa portuguesa que menos dependam da actividade nacional, já que estes deverão ser os mais penalizados pela crise. No caso da Jerónimo Martins, por exemplo, cerca de 60% das suas receitas são provenientes da actividade na Polónia. Em bolsa, as acções da retalhista continuam a bater recordes históricos e são as que mais valorizam desde o início do ano. Mas, claro que não existem garantias de que a boa performance do título se mantenha.

4 - Evitar os sectores mais penalizados
Os títulos do sector financeiro estão no centro do turbilhão da crise da dívida soberana e aconselha-se prudência e selectividade no seu investimento. O mesmo se passa com as cotadas com níveis mais elevados de alavancagem. É também por essa razão que é aconselhado o investimento em títulos do sector tecnológico que, para além da sua saúde financeira, segundo Gonçalo Gomes "registam actualmente o mais baixo rácio de dívida em relação ao capital". Os especialistas aconselham ainda a privilegiar os títulos de sectores de actividade menos cíclicos, bem como os títulos de empresas que distribuem dividendos mais elevados, no sentido em que a componente de rendimento destes títulos possa contrabalançar eventuais perdas bolsistas.

5 - Apostar em aplicações conservadoras
Para quem prefira fugir do mercado accionista, os depósitos a prazo são uma opção a ter em conta, já que as dificuldades de financiamento dos bancos está a levá-los a melhorarem a remuneração deste tipo de aplicações como forma de captar mais recursos. Em algumas instituições os juros brutos oferecidos ultrapassam os 4%. Apesar da actual crise estar centrada em torno da dívida, o Banco Best também aconselha os investidores mais conservadores a incluírem obrigações de empresas na sua carteira de investimentos. Como refere, Diogo Serras Lopes, "parecem existir alternativas no mercado de crédito de empresas para as quais as perspectivas são mais positivas".

fonte:http://economico.sapo.pt/

12
Jul11

Conheça os fundos em que os investidores mais confiam

adm

Conheça as categoria de fundos que escapam aos resgates e as mais penalizadas pela fuga dos investidores.

Obrigações
A agudização da crise soberana em alguns países da zona euro não se traduziu numa saída de dinheiro dos fundos obrigacionistas. Pelo contrário, houve mesmo um forte investimento por parte dos investidores nestes fundos. Nomeadamente nos fundos da categoria de obrigações taxa indexada euro e obrigações taxa fixa euro que, nos primeiros seis meses do ano, somaram subscrições líquidas de 83,6 milhões de euros e 47,5 milhões de euros, respectivamente.

Acções dos EUA
O bom momento das acções norte-americanas nos primeiros seis meses do ano, que registaram uma valorização média de 8%, reflectiu-se num entusiasmo por parte dos investidores nacionais. Segundo a APFIPP, os seis fundos que fazem parte da categoria "acções da América do Norte", apesar de terem registado resgates de 40 milhões de euros entre 31 de Dezembro de 2010 e Junho deste ano, somaram subscrições de 52 milhões de euros. Desta forma, os fundos de acções norte-americanas somaram subscrições líquidas no valor de 11,8 milhões de euros, pertencendo assim à terceira categoria de fundos da APFIPP com mais entrada de dinheiro, neste período.

Mercado monetário euro
As rendibilidades oferecidas pelos três fundos da categoria "mercado monetário euro" da APFIPP continuam a ser muito parcas, constantemente abaixo da inflação. Mas, mesmo assim, os investidores portugueses continuam a investir nestes produtos. Foi o que sucedeu nos prímeiros seis meses do ano, com estes fundos a registarem subscrições líquidas de 4 milhões de euros.

Tesouraria Euro
A concorrência dos depósitos a prazo gerada pela banca nos primeiros seis meses do ano resultou numa enorme onda de saída de dinheiro dos cofres dos fundos que fazem directamente concorrência a estes produtos. Foi o caso dos fundos de tesouraria euro que, segundo dados da APFIPP, contabilizaram resgates de 1.250 milhões de euros. Este montante compara com a entrada de apenas 503 milhões de euros sob a forma de novas subscrições. Desta forma, as subscrições líquidas dos fundos de tesouraria euro atingiram -747 milhões de euros, cerca de 54% do total de subscrições líquidas de toda a indústria entre Janeiro e Junho.

Acções portuguesas
Os sete fundos de acções nacionais compilados pela APFIPP registaram uma saída líquida de quase 40 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. Considerando que no final do ano passado tinham sob gestão 287,6 milhões de euros, os seus portefólios emagreceram 13,85% entre Janeiro e Junho, apenas pelo lado da saída de dinheiro dos seus subscritores. Dentro da classe de acções, foi a categoria mais penalizada.

Protecção de capital
Os fundos de protecção de capital foram os instrumentos que sofreram a segunda maior saída de dinheiro no primeiro semestre do ano. Entre Janeiro e Junho a carteira dos 45 fundos desta categoria registaram uma saída líquida de 311,7 milhões de euros, cerca de 15% do montante que tinham sob gestão no final de 2010. Recorde-se que no último dia de 2010, os fundos de protecção de capital apresentavam o maior volume de dinheiro sob gestão (2.076 milhões de euros), sendo apenas superada pela categoria de fundos especiais de investimento, composta por 56 fundos, com 3.418 milhões de euros sob gestão.

fonte:http://economico.sapo.pt/

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

Politica de privacidade

Arquivo

  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2015
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2014
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2013
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2012
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2011
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2010
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2009
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D