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Poupanças e Investimentos Seguros

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06
Fev12

Fundos bateram no fundo?

adm
Nos fundos de investimento que aplicam o seu dinheiro em acções cotadas na bolsa de Lisboa, 2012 começou de uma forma semelhante àquela que dominou o ambiente no ano passado.
Nos fundos de investimento que aplicam o seu dinheiro em acções cotadas na bolsa de Lisboa, 2012 começou de uma forma semelhante àquela que dominou o ambiente no ano passado. 

Com alguns a conseguirem apresentar melhores desempenhos do que aquele que foi evidenciado pelo principal índice do mercado, os fundos desvalorizaram-se, em média, 3,2%, marca ligeiramente pior do que a do PSI 20.

Teria sido difícil obter uma "performance" mais prometedora. O mercado de acções português está fortemente condicionado pelo risco da dívida soberana e pelas dúvidas sobre a eventual necessidade de o País vir a pedir um segundo pacote de ajuda externa. Os 78 mil milhões de euros emprestados pela troika podem não chegar e o prazo de ajustamento pode revelar-se escasso, sobretudo porque os efeitos recessivos das medidas de austeridade funcionam como um travão adicional aos já fortes constrangimentos ao crescimento da economia.

O sucesso nas operações de privatização da REN e da EDP motivaram declarações oficiais sobre o interesse que os investidores estrangeiros estão a demonstrar por Portugal. Mas uma questão é alienar posições estratégicas a investidores que, pelo menos no plano teórico, têm uma visão de longo prazo para os negócios em que estão a entrar. Outra, bem diferente, é a abordagem de gestores de fundos, que querem rendibilidade por via dosdividendos ou das mais-valias realizadas e não dão prioridade a temas de estratégia quando chega a hora de assumirem decisões de investimento.

Numa bolsa estreita, com fraca liquidez, o risco de investimento é superior e a volatilidade, que tem caracterizado o comportamento dos mercados de acções a nível global, é agravada. Lisboa ainda percorre o fio da navalha entre cair para o lado da Irlanda ou da Grécia e esta incerteza faz recuar os fundos estrangeiros que têm de zelar pelo dinheiro dos seus participantes. E esta quebra de confiança é determinante para o rumo das cotações, que acumularam mais um mês de perdas em Janeiro passado, antecipando outra tendência que poderá manter-se nos próximos meses: um ritmo elevado de resgates.

Os investidores de pequena e média dimensão a quem os fundos se dirigem estão condenados a suportar estas perdas? Não. A oferta disponível em Portugal inclui fundos que apostam em mercados e economias que estão a crescer. Fora deste universo, e como solução de protecção de curto prazo, os depósitos a prazo têm agora taxas de juro mais interessantes porque os bancos precisam de captar recursos para os seus balanços. É uma das poucas consequências positivas de uma crise em que até os críticos mais radicais já terão saudades dos tempos em que os bancos davam lucro.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/ho
10
Jan12

Portugueses retiraram 7 milhões de euros por dia de fundos de investimento

adm

Os dados anuais da indústria portuguesa de fundos de investimento mostram que em 2011 os portugueses retiraram destas aplicações 2,6 mil milhões de euros.

Contas feitas, significa que por dia foram resgatados 7,2 milhões de euros dos fundos de investimento. Apesar deste saldo negativo, o desempenho da indústria foi ligeiramente melhor do que o verificado no ano de 2010, altura em que os resgates superaram os três mil milhões de euros.

Os números são um reflexo de três factores: a menor disponibilidade de poupança dos portugueses, a maior concorrência dos depósitos - que no ano passado conseguiram oferecer taxas de juro brutas até 7% - e a fraca performance dos fundos portugueses. Recorde-se que uma análise feita recentemente pelo Diário Económico mostrava que apenas 6,5% dos fundos portugueses conseguiu gerar retornos reais, acima da inflação, aos investidores.

Apesar do fraco desempenho da indústria, nem todas as categorias de fundos foram afectadas de igual forma. Os dados hoje divulgados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP) indicam que a maior dos resgates ocorreu nos fundos mais conservadores. Os fundos de tesouraria, por exemplo, foram responsáveis por perto de 40% dos resgates em 2011. Em segundo lugar, estão os fundos com protecção de capital ao registarem saídas líquidas de 561 milhões de euros. A escapar à razia dos resgates estiveram os fundos do mercado monetário de curto prazo, ao registarem subscrições líquidas positivas no ano passado.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

08
Jan12

Melhores fundos de investimento renderam mais de 300% na década

adm

Quem investiu em fundos de mercados emergentes, como a Indonésia e a Tailândia, ou apostou em ouro nos últimos dez anos conseguiu quadruplicar o investimento.

Se lhe dissessem há 10 anos que se investisse num fundo de acções da Indonésia o seu dinheiro cresceria 694% no espaço de uma década, acreditaria? Provavelmente não. Possivelmente desconfiaria da promessa de ganhos tão exuberantes. Mas os números mostram que, apesar da crise que afecta os mercados desde 2007, existem aplicações que no longo prazo conseguiram fintar as tendências de queda e gerar retorno aos investidores. Para tentar perceber se houve activos vencedores nos últimos 10 anos, o Diário Económico foi ver junto da Morningstar quais os fundos de investimento disponíveis para comercialização em Portugal que melhor desempenho obtiveram na última década. E, os números não deixam de ser surpreendentes. Os dez fundos mais rentáveis nos últimos dez anos obtiveram uma rendibilidade acumulada neste período que oscilou entre os 278% e os 694%.

A liderar os ganhos está o Fidelity Indonesia A-USD, um produto que tem 98% do seu portfólio alocado em acções, sendo que os títulos do sector financeiro são aqueles que têm um maior peso (34%) na carteira do fundo. Contas feitas, este fundo de acções emergentes obteve entre 23 de Dezembro de 2001 e 23 de Dezembro de 2011, um ganho acumulado, segundo a Morningstar, de 694%.

Na verdade, o ‘top ten' dos fundos mais rentáveis é dominado pelos mercados emergentes. Oito dos dez melhores produtos são fundos que investem na Indonésia, Tailândia e América Latina- região que consegue colocar quatro fundos na lista dos 10 mais rentáveis da década. Em comum têm o facto de serem regiões que viveram um enorme ‘boom' económico na última década e que foram pouco atingidas pelas crise do ‘subprime' e pelos problemas orçamentais e da dívida soberana que afectam países mais desenvolvidos. "São países que conjugaram na última década um crescimento económico significativo com um desenvolvimento também ele elevado dos mercados financeiros. A Indonésia, por exemplo, que é o país de investimento do fundo com maior performance, foi uma economia que cresceu mais de 5% em média ao ano desde 2001, comparativamente com um crescimento médio anual de inferior a 2% na Europa e nos EUA", explica fonte da direcção de investimento do banco best. 

O ‘ranking' dos melhores fundos acaba por ficar completo com dois fundos que apostam directa e indirectamente no ouro: o BGF World Gold A2 USD (que avançou 370% em 10 anos) e o BGF World Mining A2 USD (que no mesmo período acumula ganhos de 278%). Um dado que não é surpreendente quando se analisa a evolução da cotação do ouro nos mercados internacionais. Há 11 anos consecutivos que esta ‘commodity' está a valorizar. Em Dezembro de 2001 o preço por onça de ouro situava-se nos 278 dólares. Um valor que compara com os actuais 1.566 dólares. Ou seja, uma valorização de 463%.

Apesar destes números generosos, tal não significa que estes fundos tenham registado ganhos todos os anos da última década. Por exemplo, a maioria deles não conseguiu fintar as quedas em 2008. Da mesma, é preciso ter cuidado ao olhar para estes desempenhos exuberantes: Todos estes fundos têm em comum o facto de serem fundos de elevado risco, sujeitos a volatilidades elevadas e, como tal, devem estar incluídos nas carteiras de investidores com algum perfil de investimento mais agressivo. Pela mesma razão, os investidores deverão ter uma pequena exposição da sua carteira a fundos com estas características.

Além disso, fonte do banco Best alerta: "As rendibilidades passadas não são um indicador de rendibilidades futuras. Como tal, a performance do fundo na última década não é indicador de que isso venha a suceder na próxima década ou nos próximos anos. O investidor terá que analisar outros factores, como os fundamentais económicos inerentes ao tema de investimento e ao próprio fundo (como equipa de gestão e política actual de investimento) antes de considerar investir, quer ele seja um fundo vencedor na última década, quer não".

fonte:http://economico.sapo.pt/n

27
Dez11

Sete dicas para encontrar os melhores fundos

adm

Construção de um portefólio de fundos de investimento significa colocar o seu dinheiro nas mãos de um estranho.

E apesar desse estranho ser um profissional na gestão de activos, isso não significa que a responsabilidade esteja apenas do lado de quem gere as suas poupanças. Cabe a si fazer o trabalho de casa. Cabe a si e escolher o fundo e a equipa de gestão que mais créditos oferecem para o seu dinheiro. É fundamental estudar o passado mas também antever o futuro, fazer contas às comissões e aos potenciais impostos a pagar. É fulcral conhecer os fundos e, muito importante, conhecer-se a si mesmo. Por isso, para não ficar escaldado da próxima vez que consultar o estado da sua carteira de investimentos, tome atenção a sete regras de ouro que o vão ajudar a encontrar os fundos certos.

1 - Pesquise o máximo que puder
A compra de um fundo de investimento assemelha-se muito à compra de uma casa: antes de decidir pela "tal" é preciso ver muitas. O mesmo sucede com os fundos. Antes de tomar uma decisão é fundamental que percorra o que o mercado oferece a "pente fino". Comece por visitar por alguns ‘sites' para tomar conhecimento em mais detalhe sobre os produtos. O sítio da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (www.apfipp.pt) é um bom começo para comparar os desempenhos e a classe de risco de todos os fundos de investimento nacionais. No sítio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (www.cmvm.pt) poderá, entre outras, ficar a par das transacções realizadas pelo fundo durante o mês. E para comparar e recolher informações sobre qualquer fundo comercializado em Portugal, ro use a ferramenta da Morningstar disponível no sítio do Diário Económico.

2 - Aposte num currículo vencedor
O sucesso de um gestor mede-se da mesma forma que o sucesso de um treinador de futebol: pelos resultados alcançados. É por isso preferível investir num fundo gerido por um profissional com provas dadas do que por alguém que começou agora a gerir carteiras de investimento. Consulte o prospecto do fundo e o sítio da casa de investimento que gere o fundo para saber mais sobre o historial do gestor e da equipa de gestão do fundo. Mas atenção: é verdade que um gestor com um passado recheado de bons resultados é um bom prenúncio mas só isso não chega para fazer um bom fundo.

3 - Procure consistência nos ganhos
Dizer que um fundo rendeu 7% por ano no último quinquénio é muito diferente de dizer que o fundo deu 7% ano passado. Qualquer fundo pode ter um ganho fora de série e ganhar muito acima dos seus pares num ano, mas manter consistência nos ganhos e na estratégia é mais complicado. Por exemplo, o melhor plano poupança-reforma (PPR) sob a forma de fundo de investimento em 2010 é um dos piores em 2011. Se está a indeciso entre um e outro fundo não caia no erro de comparar rendibilidades em períodos curtos. Prefira escolher um maratonista a um velocista com pouco pulmão.

4 - Aposte na reputação do fundo
Se o fundo que lhe suscitou interesse é gerido por um gestor com pouca experiência e sem grandes feitos passados, não o descarte já da sua lista. Caso o fundo apresente uma forte estratégia e uma sólida identidade marcada por bons desempenhos talvez mereça uma segunda oportunidade. Confirme apenas se o novo gestor tem acompanhado de perto a gestão do fundo. Por vezes, o novo gestor pode até ter feito da equipa do fundo durante vários anos. Além disso, procure saber qual foi a evolução do fundo em matéria de "estrelas Morningstar". Este critério de avaliação, desenvolvido pela própria Morningstar, líder na produção de informação financeira, tem em conta um conjunto de variáveis relacionadas com fundo como é o caso de rendibilidades passadas, comissões, estratégia seguida e perfil da equipa de gestão.

5 - Agarre-se ao prospecto e à ficha técnica
Uma das principais frases que se lê em qualquer prospecto, que acompanha todos os fundos, diz que as "rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidade futuras." Esta é a principal lição que os investidores devem retirar quando pretendem investir as suas poupanças em fundos de investimento. Leia atentamente o prospecto do produto e a ficha ténica com o intuito de ficar esclarecido quanto à estratégia de gestão do fundo para ficar ciente do verdadeiro risco que estará a incorrer e das rendibilidades potenciais que poderá amealhar. Só depois de perceber exactamente o que vai comprar é que deve tomar uma decisão.

6 - Use a abuse do poder dos rácios financeiros
Comparar fundos de investimento não se resume a uma análise de rendibilidades. O nível de risco é outra variável que os investidores deverão ter em atenção. Por isso, na hora de optar por um fundo, tenha em atenção ao rácio Sharpe, por exemplo, que combina a rendibilidade e o risco. É importante que estas comparações se façam apenas entre fundos da mesma categoria. Se a matemática não é o seu forte não tem problema. Apenas precisa de ordenar os fundos pela plataforma de pesquisa de fundos do seu banco e escolher o que oferece o rácio de Sharpe mais elevado. A maior parte dos intermediários financeiros já oferece esta função.

7 - Faça as contas às comissões
São muitos os fundos que ainda cobram comissões de subscrição e de resgate. Se for esse o caso do fundo que tem debaixo de olho, desconfie. Não há qualquer justificação para a sociedade gestora lhe cobrar comissões na hora de entrar e sair do fundo. Bem diferente é a comissão de gestão. Neste caso, não siga a estratégia do poupadinho pois nem sempre a solução mais económica é a melhor: um fundo que ofereça rendibilidades de 6% ao ano e cobre uma comissão de gestão de 2,5% continua a ser bem melhor que um fundo concorrente que, apesar de cobrar 1% para gerir o seu dinheiro, apresenta um desempenho de 1%. Se custos mais elevados justificarem ganhos maiores talvez valha a pena subscrever um fundo que cobre comissões de gestão mais elevadas.

fonte:http://economico.sapo.pt/

16
Out11

Só os fundos de tesouraria conseguem escapar à crise

adm

Os fundos de investimento nacionais tiveram uma rendibilidade de -8,51% de Dezembro a Setembro.

A crise financeira e económica que se alastra na zona euro há vários meses está a deixar a carteira de muitos investidores no vermelho. Esta realidade fica bem espelhada quando se observa o desempenho dos fundos portugueses desde o início do ano: segundo dados da associação do sector (APFIPP), disponibilizados ontem, estes instrumentos de poupança apresentaram uma rendibilidade efectiva média de -8,51% nos primeiros nove meses do ano.

Dos 266 fundos compilados pela APFIPP, menos de um quinto foi capaz de apresentar ganhos e só 12 fundos presentearam os seus subscritores com rendibilidades acima da actual inflação de 2,93%.

Ao nível da categoria de activos fica-se a saber que apenas os fundos de baixo risco, como é o caso dos fundos de tesouraria e do mercado monetário, foram capazes de escapar à razia do mercado, ao contabilizarem ganhos de 1%. O bom desempenho destes fundos fica a dever-se a uma forte aposta dos seus gestores em depósitos a prazo, numa altura em que os bancos têm vindo a aumentar a remuneração destes produtos, com vista a garantirem maior margem de manobra ao nível da liquidez das suas operações. O resultado está à vista: dos 16 fundos desta categoria apenas três apresentaram rendibilidades negativas e o melhor fundo desta categoria, o Banif Euro Tesouraria, contabilizou ganhos de 2,23%. No entanto, o fundo português com o melhor desempenho entre 31 de Dezembro do ano passado e Setembro é o fundo especial de investimento Santander Carteira Alternativa, com ganhos de 20,76%.

Do lado oposto figuram os fundos que investem no mercado accionista nacional: fundos de acções portuguesas e fundos de poupança acções, que neste período registaram rendibilidades médias de -25,49% e -24,71%, respectivamente. Destaque para o Barclays Premier Acções Portugal que teve uma rendibilidade efectiva de -29,22%. O mau desempenho deste fundo de acções portuguesas foi apenas superado pelo comportamento do fundo especial de investimento BPI Brasil, que até Setembro somava perdas de 36%.

No capítulo dos fundos destinados a construir um complemento de reforma, o quadro não é diferente: os 34 planos poupança reforma (PPR) sob a forma de fundos de investimento, compilados pela APFIPP, registaram perdas médias de 4,77%, apenas quatro contabilizaram ganhos e nenhum foi capaz de apresentar uma rendibilidade efectiva acima da inflação.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

11
Set11

Existe apenas um fundo português de acções positivo este ano

adm

A fuga de capitais dos fundos de investimento portugueses este ano já é superior a dois mil milhões de euros.

É gerido pelo Montepio e investe em farmacêuticas. O Montepio Euro Healthcare ganha uns marginais 0,34% desde o início do ano, o suficiente para conquistar a ‘pole position' entre o universo dos fundos de acções geridos por casas nacionais. Entre os 51 fundos de acções geridos em Portugal, 43 fundos perdem mais de 10% em 2011. Um sinal da sangria que se vive nos mercados globais, embora alguns destes fundos tenham mesmo um desempenho inferior aos índices de referência. Por exemplo, apenas um fundo de acções América do Norte perde menos desde o início do ano, do que o S&P 500, que cai 5,24% em 2011.

Performances que justificam a fuga dos investidores dos fundos de investimento portugueses cujos resgates líquidos, desde o início do ano, já ultrapassam os dois mil milhões de euros, um dos valores mais altos de sempre. As subscrições em Agosto bateram mesmo mínimos históricos nos 204 mil euros. Por outro lado, grande parte deste capital tem sido alocado em depósitos a prazo, quer por procura dos clientes quer por sugestão dos próprios bancos que assim captam a necessária liquidez à desalavancagem do sector. Para os clientes, em alguns casos, poderá haver vantagem nesta mudança, tendo em atenção as comissões associadas aos fundos. No entanto, ao optar pela segurança dos depósitos também abdicam da possibilidade de ganhos superiores, caso os mercados ajudem, o que não tem acontecido.

A performance do Montepio Euro Healthcare não de deve apenas à qualidade da gestão mas beneficia igualmente do comportamento do sector este ano. O sector dos cuidados de saúde lidera os índices de referência na Europa, EUA e o próprio MSCI World. Nos EUA, o sector ganha mais de 38% desde o início do ano, enquanto o sector global sobe 0,92%. No entanto, o fundo do Montepio investe apenas em acções cotadas na União Europeia, Suíça e Noruega. As principais posições do fundo pertencem às grandes farmacêuticas europeias, como a Sanofi, a Roche, a Novartis ou a GlaxoSmithKline. Entre as dez maiores posições do fundo, destaque para a inglesa Shire, que ganha 27,7%. A empresa desenvolve novas teraupêuticas principalmente para problemas de défice de atenção e desordens de hiperactividade, e doenças gastrointestinais e renais. Em contrapartida a alemã Bayer lidera as descidas, com uma queda de 28,8% desde o início do ano. O Montepio Healthcare rende 3,16% a 12 meses e 8,41% a 24 meses.

Mas existem também outras alternativas para quem quer investir em acções. Por exemplo, o fundo mais rentável entre todos os produtos comercializados em Portugal, incluindo casas de investimento estrangeiras, é um fundo de acções da JP Morgan que investe em Singapura. Ganha 39,5% a 12 meses.

fonte:http://economico.sapo.pt/

02
Set11

Quatro conselhos para escolher um fundo de investimento

adm

Existem mais de 5.000 fundos e sub-fundos disponíveis em Portugal. Escolher o fundo ideal pode ser uma tarefa difícil.

Os números mostram que os investidores estão a fugir dos fundos de investimento e a aplicar as suas poupanças em depósitos a prazo, aproveitando o facto dos bancos estarem a subir as remunerações destas aplicações tradicionais. Mas os números também revelam que os fundos de investimento, mesmo na actual conjuntura, podem oferecer ganhos apreciáveis às carteiras dos investidores. O segredo está em saber escolher os produtos mais adequados ao portfolio de cada investidor. Aqui ficam alguns conselhos a ter em conta antes de investir num fundo de investimento.

1 - Faça o trabalho de casa
Um fundo de investimento é como um fato: não assenta bem a todas as pessoas. Ou seja, o mesmo fundo de investimento pode ser adequado ao perfil do seu vizinho e totalmente desapropriado à sua carteira de investimentos. Por isso mesmo antes de escolher um fundo de investimento terá de conhecer com toda a exactidão qual é o seu perfil de risco para perceber que tipo de fundos deverá subscrever. Se tem dúvidas, peça aconselhamento junto do seu gestor de conta.

2 - Siga as estrelas...
....da Morningstar. Embora não exista propriamente um ‘ranking' dos melhores fundos, a consultora Morningstar faz uma avaliação destes produtos com base num sistema de atribuição de estrelas. As estrelas são dadas pela comparação da rendibilidade ajustada ao risco de um determinado fundo relativamente aos seus pares. "O ‘rating' das estrelas não tem apenas em conta as rendibilidades históricas mas também o risco histórico", explicou fonte da Morningstar ao Diário Económico. Um fundo de investimento com a mais elevada classificação tem direito a cinco estrelas, no método de avaliação da Morningstar.

3 - Não olhe apenas para a rendibilidade
Os especialistas lembram sempre que as rendibilidades passadas não são garantia de ganhos de futuros. Este principio aplica-se a quase todos os produtos de investimento e os fundos não são excepção. Muitos investidores escolhem os fundos de investimento tendo apenas como critério o retorno obtido no último ano. O erro pode sair caro, especialmente, em fundos de classes de risco mais elevadas e expostos a activos mais voláteis. Estes fundos podem apresentar ganhos exuberantes num determinado período e passarem rapidamente a registar perdas severas.

4 - Diversifique, mas não muito
A teoria aconselha os investidores a não concentrarem todas as suas poupanças em apenas um produto financeiro ou classe de activos. No entanto, diversificar demasiado o portfólio poderá ser também desvantajoso. Principalmente quando estamos a falar de uma carteira composta por muitos e fundos de investimento. Recorde-se que os fundos têm previstas comissões de gestão, de subscrição e de resgate. Ou seja, ao ter uma carteira composta por muitos fundos estará também sujeito a uma estrutura de comissões elevada.

fonte:http://economico.sapo.pt

09
Ago11

Fundos de maior risco entre os que dão maior retorno

adm

A 12 meses são os fundos com risco mais elevado que lideram ‘ranking’ divulgado pela APFIPP.

O ‘disclaimer' está sempre presente e alerta os investidores que rendibilidades passadas não são garantia de ganhos futuros. No entanto, não há como não olhar para o histórico. É um barómetro, um indicador.

Outra realidade nos mercados é que um produto com maior risco potencialmente gera maiores ganhos (e também perdas mais acentuadas) que um mais conservador.
O ‘ranking' das dez melhores rendibilidades de fundos de investimento mobiliário nacionais, divulgado semanalmente pela associação do sector (APFIPP) confirma este binómio risco/retorno (ver caixas). Os três fundos com rendibilidade mais elevada a 12 meses são o Santander Euro Futuro Cíclico, com uma classe de risco 4 (em que 1 é o mínimo e 6 o máximo) e um valor de subscrição inicial de dez mil euros; o Santander Acções USA, também com risco 4 e um investimento inicial mínimo de 25 mil euros; e o Montepio Euro Healthcare, igualmente de classe de risco 4 e um montante mínimo de subscrição inicial de 500 euros. O Caixagest Acções Oriente, que ocupa a quarta posição da lista, tem um risco 5 e o investimento mínimo inicial mais baixo entre os quatro fundos referidos, de 100 euros.

Uma outra particularidade destes produtos que lideram a lista das rendibilidades a 12 meses é o facto de estarem predominantemente investidos em acções (2/3 da carteira), sendo dois focados na Europa, um no continente asiático e o outro nos Estados Unidos.

Entre as dez maiores rendibilidade de fundos de investimento mobiliário portugueses, nos últimos 12 meses, consta apenas um produto que não pertence a uma categoria de acções, o Millennium Rendimento Mensal. Incluído na classe de fundo de Obrigações Taxa Indexada Euro está com um retorno a 12 meses de 9,5% (ocupa a nona posição) e é, do ‘top 10', o que tem a classe de risco mais baixa (2). O montante sob gestão ascende é de 65,1 milhões de euros. Do ‘ranking' constam ainda os fundos Espírito Santo Acções América, Caixagest Acções EUA, Espírito Santo Acções Global, BPI Reestruturações e Santander Euro Futuro Acções Defensivo.

Santander euro futuro cíclico

Tem a maior rendibilidade a 12 meses, entre os fundos mobiliários nacionais, segundo os últimos dados divulgados pela APFIPP. Investe em acções "de empresas que dependem do crescimento económico/consumo privado", de sectores como transportes, automóvel, químico, petrolífero, pasta de papel, bens de consumo cíclico, retalho especializado e serviços de lazer". Da carteira constam acções da Cimpor, Galp, Christian Dior, Royal Dutch Shell e Rio Tinto, entre outras.

Santander acções usa

Vocacionado para o investimento "em acções de empresas estrangeiras e nacionais com capitalização bolsista significativa, elevado grau de liquidez e potencial de valorização", com foco nas cotadas nos Estados Unidos, este fundo ocupa o segundo lugar no ‘ranking' dos dez melhores a 12 meses, da APFIPP. Da carteira constam empresas como Alcoa, Amazon, UPS, Citigroup e Merck. Constituído em Dezembro de 2001, destina-se a investidores com perfil de risco agressivo.

Montepio euro healthcare

O Montepio Healthcare investe em acções da União Europeia, Suíça e Noruega, de empresas que operam no sector da saúde e dos cuidados de saúde, concretamente empresas que "pesquisam, desenvolvem ou produzem medicamentos, vacinas e produtos de diagnóstico e empresas que desenvolvam ou produzam produtos utilizados em medicina". Na carteira do fundo constam sociedades como Smith&Nephew, GlaxoSmithKline, Zeltia e Laboratórios Almiral.

fonte:http://economico.sapo.pt/

01
Ago11

Fundos de investimento à prova do medo

adm

Conheça as categorias de fundos que melhor se comportaram face ao turbilhão da dívida soberana.

O medo paralisa. E nos últimos três anos, desde a falência da Lehman Brothers, o medo tolheu muitos investidores. Muitos deles refugiaram-se em produtos conservadores. Mas com a crise da dívida soberana a alastrar-se pela Europa periférica, nem mesmo os produtos mais conservadores - como é o caso dos Certificados de Aforro e do Tesouro- escaparam aos receios dos investidores. Ainda assim, e apesar da conjuntura actual adversa, é possível encontrar produtos financeiros que estão a resistir ao medo generalizado e conseguem gerar ganhos. É o caso, por exemplo, das aplicações financeiras que apostam no ouro, das acções de países que passam incólumes à crise da dívida soberana e também o segmento das obrigações percepcionadas como mais arriscadas, as obrigações ‘high yield'.

Segundo dados disponibilizados pela Morningstar, com dados relativos a 30 de Junho, das cerca de 200 categorias de fundos de investimento que estão disponíveis para investir em Portugal, 137 conseguiram obter retornos positivos nos últimos 12 meses. O grande problema para o investidor é escolher o melhor fundo adequado ao seu perfil. É que no mercado existem 5.001 fundos de investimento e sub-fundos disponíveis. Os números compilados pela Morningstar mostram que há fundos de investimento que registam ganhos de 51% em 12 meses, enquanto outros perdem mais de 24% no mesmo período. A grande variedade de produtos que estão disponíveis torna mais difícil encontrar o ideal. Mas não é uma tarefa impossível. O Diário Económico consultou as opiniões dos especialistas do ActivoBank e do Banco Best para tentar encontrar fundos que se mostram resilientes ao medo desta crise, ou que historicamente, tenham provado não serem negativamente afectados pela turbulência.

Um dos activos que é certamente um vencedor é o ouro. Este metal precioso tem vindo a registar sucessivos máximos históricos. Ainda esta semana, o ouro atingiu um novo recorde, acima dos 1600 dólares. Nos últimos 12 meses, o preço da onça do metal dourado disparou 38%. Rui Pacheco, especialista do banco Best, explica o fenómeno: " O ouro é um activo de refúgio, como tal, é procurado em conjunturas de maior incerteza e de aversão ao risco. Como reflexo, o ouro transacciona a máximos de sempre, também como consequência dos receios sobre a dívida pública norte-americana que é considerada, em teoria, o activo sem risco". Em sequência desta valorização, não é de espantar que os fundos de investimento que apostam em acções de empresas ligadas à indústria do ouro estejam a apresentar ganhos consideráveis. Segundo os dados da Morningstar, nos últimos 12 meses os fundos desta categoria geraram ganhos médios de 19%. Apesar destes ganhos apreciáveis, tanto Rui Pacheco do Best como Gonçalo Gomes do ActivoBank consideram que os fundos de acções sobre empresas de ouro não são a forma mais eficaz de tirar partido da valorização desta matéria-prima, uma vez que estão sujeitos a riscos relacionados coma evolução do mercado accionista. Gonçalo Gomes recomenda antes a exposição ao ouro através de um ETF, enquanto o especialista do Best sugere o investimento através de certificados.

Mas não é apenas o ouro que se dá bem em tempos de incerteza. Sempre que o pânico toma conta dos mercados, levando os investidores a reacções extremas, os níveis de volatilidade disparam. E há instrumentos financeiros que beneficiam deste "sobe e desce" abrupto das bolsas. "É frequente que os períodos de quebras mais acentuadas nos mercados sejam acompanhados por um aumento da volatilidade. Os instrumentos que permitem a qualquer investidor beneficiar com o aumento da volatilidade, através do mercado de futuros, são relativamente recentes", explica Gonçalo Gomes, do ActivoBank. Uma das formas mais defensivas que os investidores têm para tirar partido do aumento da volatilidade será através dos fundos de investimento vocacionados para esta finalidade.

Há ainda que ter em conta que nem todos os países estão a ser afectados pela crise soberana. E há mercados bolsistas que estão a conseguir fintar as quedas. Isso é visível mesmo dentro da Europa. A bolsa alemã, por exemplo, é uma das praças dos mercados desenvolvidos que mais valoriza em 2011. Recorde-se que no ano passado, o país liderado por Angela Merkel registou o maior crescimento do PIB dos últimos 20 anos e este ano prepara-se para seguir a mesma tendência. O FMI estima que o PIB alemão cresça este ano 3,2%. Mas a chanceler alemã veio dizer na semana passada que a "locomotiva" da Europa irá crescer em 2011 tanto como no ano passado. Ou seja, 3,6%. Os números mostram que os problemas que afectam a Europa não atingem todos por igual. Os fundos de investimento que apostam em empresas alemãs de grande capitalização avançam cerca 18% nos últimos 12 meses. Mas o caso da Alemanha não é único. São vários os países que conseguem escapar às quedas. Curiosamente, os mercados emergentes não fazem parte da lista de preferência dos especialistas da área de gestão de activos. "Nos últimos, meses as acções emergentes globais têm registado performances inferiores às dos mercados desenvolvidos, sublinhando a ideia de que em momentos de aversão ao risco estes activos são menos apelativos para os investidores", afirma Rui Pacheco do Best. O especialista realça ainda outro ponto menos positivo para estes mercados: "No contexto actual, as principais economias emergentes têm aplicado medidas de combate à subida da inflação, que tendem a ser negativas para os mercados accionistas". Gonçalo Gomes do ActivoBank também corrobora esta visão: "Já em 2011, a correcção de cerca de 13% em euros registada nas acções emergentes entre 12 de Janeiro e 20 de Junho com fortes volumes de resgates de fundos, recordou que as acções emergentes continuam a ser vulneráveis a alterações súbitas de sentimento por parte dos investidores - que este ano se assustaram com a instabilidade política no Norte de África e Médio Oriente", e com a ameaça da inflação".

Seja qualquer for o seu perfil de risco e os activos que tiver em carteira há conselhos fundamentais a ter em conta sempre que o medo se apodera dos mercados. Além do velho princípio da diversificação da carteira de investimentos - que recomenda a dispersão do capital por várias classes de activos, com diferentes níveis de risco e exposta a várias regiões do globo- os investidores devem sempre escolher os seus investimentos tendo em conta as suas necessidades de liquidez. "O mais importante é que os investidores não percam de vista os seus objectivos de retorno, a sua tolerância ao risco e o seu horizonte temporal, não correndo risco a mais, nem a menos", remata Gonçalo Gomes.


Quatro categorias de fundos à prova do medo

1 - Ouro e metais preciosos
Sempre que o medo e a inflação aumentam, o ouro valoriza. É assim historicamente, e nesta crise o comportamento do metal precioso não foge à regra. Apesar dos especialistas contactados pelo Diário Económico referirem que os certificados e os ETF são formas mais eficazes de aproveitar a subida do ouro, há também fundos de investimento que apostam em acções de empresas ligadas à indústria dos metais preciosos. E neste campo, Gonçalo Gomes do ActivoBank salienta o DWS Invest Gold and Precious Metals Equities NC, que acumula ganhos nos últimos 12 meses de 12%. "Na crise da dívida soberana de 2010, que abalou os mercados accionistas entre 15 de Abril e 2 de Julho, este fundo valorizou cerca de 8%, uma vez mais em contra-ciclo com a generalidade dos fundos de acções", justifica o especialista. Segundo dados da Morningstar, este fundo tinha no ‘top ten' das suas participações (no final de Maio) acções das canadianas GoldCorp e Yamana Gold e da australiana NewCrest Mining.

2 - Volatilidade
Tirar partido do aumento da volatilidade dos mercados é possível mesmo para um pequeno investidor. A forma mais defensiva de o fazer será através da aposta num fundo de investimento. Gonçalo Gomes do ActivoBank salienta o Amundi Funds Absolute Volatility Euro Equities SE. "Este fundo procura tirar partido da convergência da volatilidade implícita a um ano do índice subjacente (Eurostoxx50) em relação à sua média histórica, tanto no sentido positivo, como negativo, beneficiando igualmente da volatilidade da própria volatilidade", explica o especialista. E relembra que nos últimos períodos de correcção dos mercados, este fundo registou um comportamento positivo de cerca de 10%/11%. O especialista lembra ainda que este fundo foi concebido para ser um "diversificador da carteira a longo prazo". Apesar de registar nos últimos 12 meses uma rentabilidade ligeiramente negativa (-1,7%), nos últimos três anos registou uma rendibilidade anualizada de 7,7%.

3 - Obrigações ‘High Yield'
As obrigações ‘high yield', ou de alto rendimento, não são um investimento que costume funcionar como protecção face ao medo. São, aliás, um investimento de risco elevado. No entanto, durante esta crise, as obrigações de empresas com um perfil mais arriscado têm vindo a ter um desempenho interessante e a tendência deverá manter-se nos próximos tempos. "As empresas gozam neste momento de uma saúde financeira superior à dos governos e os níveis de incumprimento são historicamente baixos (mesmo no segmento de maior risco de crédito), pelo que o ‘spread' oferecido por estas obrigações continua a ser atractivo", explica Gonçalo Gomes. O especialista do ActivoBank salienta neste campo o fundo PIMCO GIS High Yield Bond E (Euro Hedged) que nos últimos 12 meses valorizou 11,2% e nos últimos cinco anos conseguiu gerar uma rendibilidade anualizada de 7,1%. Apesar destes ganhos, quer Rui Pacheco do Banco Best, quer Gonçalo Gomes do ActivoBank alertam que este tipo de fundos não pode ser considerado à prova do medo.

4 - Outros fundos
Além das categorias de fundos já mencionadas, existem outras que estão a mostrar resiliência face à crise da dívida soberana que afecta a Europa. Rui Pacheco, do Best, acredita que uma solução de investimento a ter em conta na actual conjuntura poderá passar pela aposta de activos de países "com condições orçamentais favoráveis", e salienta vários fundos investem obrigações denominadas em francos suíços. Esta classe regista, aliás, uma rendibilidade de 19% nos últimos 12 meses.

fonte:http://economico.sapo.pt

28
Jul11

7 dicas para escolher os melhores fundos

adm

Se ganha dinheiro com os seus fundos de investimento é sinal de que a escolha foi boa e que os gestores dos seus fundos merecem a comissão que lhes paga. Mas se está a ganhar pouco quando a economia está em alta e a perder muito em alturas más, é porque não fez a melhor escolha. Neste caso, não abandone os seus investimentos, assuma os erros e corrija-os. Se tem tempo para analisar as ofertas disponíveis no mercado, eis algumas dicas para fazer a melhor escolha.

 

Leia, informe-se, pesquise. Só depois decida

1. Informe-se

Saiba o que o mercado tem para lhe oferecer. Comece pelo seu banco, mas não fique por aí. Há entidades, como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Associação Portuguesa das Sociedades Gestoras de Património e Fundos de investimento (APFIPP), que publicam informação periódica sobre os mercados de fundos nacional e internacional. Para quem não tem tempo para grandes estudos, os rankings da APFIPP são uma excelente ajuda no processo de decisão. Mas o mais importante é o prospecto de comercialização do fundo. Nunca se deve comprar um fundo sem o ler com atenção. Neste documento, disponibilizado pelas entidades comercializadoras ou pela CMVM, encontram-se as comissões cobradas, a política de investimento, os principais activos do fundo e informação fiscal relevante e, em alguns casos, permite também conhecer o gestor do fundo.

2. Quanto custa?

Os fundos têm custos. Investir em centenas de acções ou obrigações ao mesmo tempo não é grátis. Acomissão de subscrição ou de entrada é a primeira a ter em conta. Para avaliar o custo de entrada no fundo, o subscritor deverá comparar a comissão de subscrição de todos os fundos de uma determinada classe. Por exemplo, se pretende adquirir um fundo de acções deve aferir a comissão de subscrição média dessa classe de activos. Investir através de fundos tem as suas vantagens e uma delas é a transferência da gestão do risco para um profissional. No entanto, esta transferência tem custos, que estão condensados na comissão de gestão. Por outro lado, os activos do fundo estão depositados num banco, o que justifica a comissão de depósito. Ao contrário da comissão de subscrição, as comissões de depósito e gestão não variam em função das classes de activos mas sim das entidades gestoras. No final, pode ainda surgir a comissão de resgate. Esta é a única que pode e deve ser evitada. Pode, porque normalmente varia em função do horizonte temporal do investimento e, na generalidade, após um determinado período de permanência deixa de existir. E deve, porque é aplicada sobre o investimento já capitalizado, logo, é sempre mais pejorativa do que a comissão de subscrição.

3. Saiba o que quer

Quanto dinheiro tem? Durante quanto tempo vai investir? E qual o objectivo do investimento? Estas são algumas das questões que deve responder antes de escolher o fundo. Tem de definir qual é o seu perfil de risco para que, mais tarde, não se venha a arrepender. Para o ajudar, a APFIPP publica, semanalmente, as rendibilidades e o risco da maioria do fundos de investimento geridos por sociedades gestoras em Portugal baseando-se no desvio-padrão das rendibilidades semanais dos últimos dois e cinco anos. Desta forma, a APFIPP desenhou seis classes de risco. A classe um é a menos arriscada e diz-nos que o fundo pode perder entre zero e 1,5 por cento, enquanto que a classe seis, a mais arriscada, comporta um risco de perda que pode ultrapassar os 20 por cento. Através desta análise, poderá escolher o fundo que mais se adequa ao seu perfil.

4. O passado não garante nada

Um fundo com excelentes rendibilidades passadas desperta a atenção de qualquer investidor, mas não permite previsões para o futuro. Como diz qualquer prospecto de fundos, as rendibilidades passadas não constituem garantia de retornos futuros.

5. Procure resultados consistentes

Qualquer fundo pode ter um ano fora de série e ganhar muito acima dos seus semelhantes. Mas dizer que um fundo dá cinco por cento ao ano é diferente de dizer que o fundo deu cinco por cento no ano passado. Um bom fundo não é necessariamente aquele que maior rendibilidade obteve nos últimos 12 meses. Para escolher um fundo consistente deve olhar para as rendibilidades alcançadas nos últimos três ou cinco anos. Se estas forem similares é sinal de que o fundo é consistente e o gestor tem feito um bom trabalho. Por outro lado, não se deve confundir consistência com volatilidade.

 

Olhe para os seus investimentos a longo prazo

6. Pense a longo prazo

Pense nos seus investimentos como uma corrida. Tem de escolher um atleta: prefere um sprinter, que após cem metros tem que recuperar o fôlego, ou um corredor de fundo, capaz de correr quilómetros com uma passada certa? Os fundos de investimento são instrumentos virados para o longo prazo. Basta dar uma olhadela aos prospectos e verificar o horizonte temporal recomendado. À excepção dos fundos de tesouraria, nenhuma outra classe aconselha investimentos inferiores a dois anos. As vantagens são essencialmente duas: na maioria dos casos evita-se a comissão de resgate e, por outro lado, utiliza-se o tempo para diminuir a volatilidade.

7. Deixe de lado as emoções

Vender um fundo pode ser mais difícil do que comprar, especialmente, quando as perdas são avultadas. Provavelmente, vai esperar por uma recuperação antes de consumar a venda, mas na maioria dos casos esta pode ser demasiado tarde. Se o seu fundo teve um ano mau, compare-o com os seus pares. No caso do mal ser generalizado, o seu fundo pode não ser tão mau assim. Todos os fundos têm um ano mau, mas dois ou três anos a cair já levanta algumas dúvidas. Quando assim é, compare a rendibilidade do último ano com a taxa anualizada dos últimos cinco. Esta análise permite apurar se o mal é crónico e, se assim for, assuma os seus erros e parta para outro. Está a tratar do seu dinheiro, deixe a paixão para outras coisas.

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/

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