E se o PPR for alternativa ao seu depósito a prazo?
Sem benefícios fiscais o resgate é possível a qualquer momento. E a tributação é bastante mais atractiva.
E se em vez de fazer um depósito a prazo subscrever um Plano Poupança Reforma (PPR)? O fim dos benefícios fiscais em 2011 retirou parte do interesse deste produto como complemento de reforma mas abriu também a porta a uma nova forma de o encarar: como simples produto de investimento. Pagam tanto ou melhor do que muitos depósitos a prazo e beneficiam de uma tributação mais atractiva. Já o resgate antecipado, que antes não era opção pois obrigava à entrega dos benefícios recebidos até à data, deixou de ser um problema. Afinal não pode devolver o que não vai receber.
Os seguros PPR comparam bem com os depósitos a prazo em quase todos os critérios. Ambos garantem o capital e a larga maioria dos seguros PPR assegura também uma remuneração mínima, que ronda actualmente os 3%. Só 14% dos depósitos a 12 meses oferecem hoje juros iguais ou superiores. Além disso, grande parte dos PPR permite ainda uma participação nos resultados, que soma à taxa mínima garantida. Mas a grande mais-valia deste produto é mesmo a taxa de tributação dos rendimentos. Enquanto num depósito os rendimentos são tributados a 28%, nos PPR paga 21,5%. A diferença até pode não parecer grande mas é. Uma aplicação de 50.000 euros a 3% rende-lhe 1.500 euros, que tributados a 28% passam para 1.080 euros. Mas se pagar 21,5% arrecada 1.177,50 euros. Ou seja, quase mais 100 euros.
A taxa liberatória de 21,5% aplica-se ao resgate antecipado dos PPR fora das condições legalmente previstas. Ou seja, reforma por velhice, desemprego de longa duração, doença grave, pagamento do crédito à habitação, etc. Neste caso a taxa passa para 8%, mas na maioria dos casos o resgate antecipado só é possível cinco anos após a primeira entrega. Já fora destas condições pode resgatar o PPR em qualquer momento pagando 21,5%. E se estiver disposto a manter o investimento entre cinco e oito anos a taxa baixa para 17,2%. A mais de oito anos paga 8,6%.
A principal desvantagem deste produto face aos depósitos a prazo pode ser as comissões. Ainda assim não é difícil encontrar no mercado seguros PPR sem comissão de subscrição e de gestão. A maioria cobra ainda comissão de resgate, mas também aqui é possível encontrar produtos que isentam de comissão de resgate a partir do início da segunda anuidade. No que toca às comissões terá mesmo de fazer o trabalho de casa. É essencial encontrar um PPR sem comissões.
fonte:http://economico.sapo.pt/n