Três produtos de dívida
Certificados de Aforro abaixo de 1 % Em junho, a taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro (série D) foi fixada em 0,989 %, ficando um pouco abaixo do mês anterior. Esta taxa é calculada com base na média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores, acrescida de 1 %. Como atualmente a Euribor está em valores negativos, a taxa bruta da série D atingiu um valor abaixo de 1 %. Em termos líquidos, esta série rende 0,7 %. Para os Certificados de Aforro das restantes séries, a taxa para as capitalizações que ocorrerem em junho é de 2,99 % para a série C, de 3 % para a Série B e de 2 % para a Série A; ou seja, obtém 2,2 % líquidos com as séries C e B e 1,4 % líquidos se tiver a série A. As condições de remuneração que incluem o prémio de 1 % na série B e 2,75 % na série C, mantêm-se inalteradas até dezembro de 2016.
Certificados do Tesouro mantêm as taxas Em relação aos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), as taxas mantêm-se em junho entre 1,25 e 3,25 % brutas, permitindo um rendimento anual de 1,6 % líquido, no mínimo. Contudo, poderá render mais caso seja atribuído o bónus de 80 % da taxa de crescimento do PIB, no quarto e quinto ano, se esta for positiva. A maturidade dos CTPM é de cinco anos e, neste prazo, continuam a ser a aplicação de capital garantido e baixo risco mais rentável. No gráfico apresentamos uma simulação de rendimento para uma aplicação de 20 mil euros durante cinco anos. Com os CTPM conseguiria acumular 1620 euros; se optasse por aplicar na atual série D dos Certificados de Aforro acumularia 1024 euros; por último, se colocasse o mesmo montante na Obrigação do Tesouro com maturidade de 5 anos, obteria apenas 292 euros (yield de 0,3 % líquida).
Obrigações do Tesouro a subir
Recentemente o preço destes títulos diminuiu, o que proporcionou um aumento das yields. Mas, os títulos com maturidades curtas, inferiores a cinco anos, permanecem com yields negativas, como pode ver no quadro em baixo. Isto acontece porque, se adquirir agora esses títulos, a cotação está ainda acima do valor nominal e não consegue recuperar em juros líquidos essa diferença, pois na maturidade apenas recebe o valor nominal do título acrescido do juro. Por exemplo, na OT Outubro 2016 falta cerca de um ano e quatro meses para a maturidade; se a adquirir agora paga 105,205 por um título (cotação), mas irá receber apenas 100 (valor nominal) acrescido de um cupão à taxa de 3,024 %, mas referente a 16 meses. O que iria receber no final não compensa o pago à cotação atual. Existem Obrigações do Tesouro com maturidade até 30 anos, como se pode ver no quadro. É neste prazo que consegue o melhor rendimento que, atualmente, não vai além dos 2,6 % líquidos.