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Poupanças e Investimentos Seguros

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23
Jan16

Poupança das famílias representa 9,2% da dívida pública

adm

No ano passado, as famílias aplicaram 3557 milhões de euros em produtos do Estado, elevando a 20.791 milhões de euros o total aplicado em dívida pública, o que corresponde ao valor mais alto de sempre. A contribuição dos particulares representa 9,2% do total do endividamento nacional no final de Novembro (dados do IGCP, a agência que gere a dívida pública).

A percentagem de dívida detida pelas famílias subiu face a 2014, ano em que correspondia a 7,9%.

O total captado junto das famílias em 2015 não cumpre os objectivos do IGCP, revistos em alta em Setembro (por causa dos atrasos na venda do Novo Banco) para 3800 milhões de euros. Ficaram a faltar 272 milhões de euros.

No entanto, o valor angariado supera em 557 milhões de euros a meta inicialmente fixada pela agência liderada por Cristina Casalinho, que era de três mil milhões de euros.

Para o cumprimento da nova meta, o IGCP também contava com o novo produto de captação de poupança privada, anunciada em Setembro e assente em obrigações do tesouro, as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV). Contrariamente às expectativas de lançamento ainda em 2015, este produto ainda aguarda melhores condições de mercado para ser lançado.

Para 2016, o IGCP estima que a contribuição dos produtos de retalho se fique por 1,7 mil milhões de euros.

Em Dezembro, e de acordo com os dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, as famílias subscreveram 233 milhões de euros, acima dos 160 milhões de euros aplicados em Novembro.

Do total, os Certificados do Tesouro Poupança Mais absorveram 225 milhões de euros, ou seja, a quase totalidade das aplicações. A taxa de rentabilidade, que se situa actualmente em 3,25% brutos, explica esta preferência.

A subscrição líquida de velhos Certificados de Aforro é quase nula, por causa da taxa de remuneração e do peso dos resgates. O saldo aumentou em 18 milhões de euros, mas contando com 10 milhões de euros de capitalizações do stock existente. Na prática, as subscrições líquidas ficaram-se por oito milhões de euros.

A remuneração deste produto está actualmente em 0,869% brutos, uma taxa que tem sido influenciada pela Euribor a três meses, a acumular valores negativos desde Abril do ano passado.

Apesar da quebra de remuneração dos produtos do Estado aplicada no ano passado, os juros oferecidos pelos depósitos bancários continuam muito baixos, sem concorrência face aos produtos de dívida pública em termos de retorno da poupança aplicada. Em Novembro, a taxa média dos depósitos voltou a fixar novo mínimo histórico, em 0,55%.

Recentemente, o  Governo anunciou alterações ao concurso da Factura da Sorte, passando a atribuir certificados de aforro em vez de automóveis, de forma a permitir dinamizar a poupança (com um produto que tem sido batido pelos Certificados do Tesouro), e garantir mais uma fonte de financiamento da sua própria dívida.

fonte:https://www.publico.pt/e

23
Jan16

Quer perder dinheiro? Ponha-o a render no banco

adm

dos falam em poupar, mas a questão é onde guardar o que poupamos. Há uns anos, os depósitos a prazo eram uma boa opção, mas hoje em dia já não são. Há casos em que até dá prejuízo guardar o dinheiro no banco

Imagine que no ano passado conseguiu poupar 5 mil euros, ou que já os tem poupados no banco. Se tem poupanças muito maiores, provavelmente esta crónica não é para si. Saberá muito bem onde as colocar a render, ou até pode colocar parte delas em produtos de maior risco. Mas, para o caso, vamos analisar a situação para quem tem pouco e não quer correr qualquer risco de perder capital.

Por incrível que pareça, o BPI, por exemplo, oferece uma conta a prazo com juros de 0,05% para um depósito a 1 ano. Ou seja, só não dizem que é zero, provavelmente, por vergonha.
Se acha que é ridículo, olhe que os outros não oferecem muito mais. O Novo Banco foi o que fez a melhor proposta: 0,6 % ao ano. A Caixa Geral de Depósitos oferecia no início de 2016 0,4% brutos. O Millennium BCP propunha 0,35. O BPI e o Santander Totta ficaram-se por 0,1% nas melhores propostas. Uma décima de ponto percentual. BRUTOS. A estes juros é preciso ainda descontar os 28% que vão para o Estado, como taxa liberatória.

Vamos a contas. Com estes juros mencionados acima, se depositar 5 mil euros no Novo Banco, daqui a 1 ano vai receber limpos 21,60 euros. Na Caixa Geral de Depósitos, 14,40. No BCP, 12,60. E no BPI e Santander Totta, 3,60. Uma fortuna, como pode ver. Se quiser ser mais picuinhas e descontar a inflação, que foi de 0,6 em 2015, vai chegar a uma triste conclusão. Em todos estes bancos está a perder dinheiro. No pior cenário destas contas a prazo, ainda perde 26,40 euros por ano (por emprestar 5 mil euros ao banco).

Mais grave ainda: se lhe cobram comissões de manutenção de conta, provavelmente paga ao banco cerca de 80 euros por ano só para ter a conta aberta. Para atingir este valor em juros e não ter prejuízo, teria de ter na conta a prazo no mínimo 20 mil euros (a 0,6%). E não estamos a contar com a inflação.

QUAIS SÃO ENTÃO AS ALTERNATIVAS?

Há bancos mais pequenos e menos conhecidos e os bancos online (Activobank, Best, BIG, etc), que dão juros melhores. E depois tem os produtos de poupança do Estado. Nos Correios pode subscrever Certificados de Aforro, que rendem neste momento 0,87% brutos, e Certificados do Tesouro Poupança Mais, que prometem um juro médio a 5 anos de 2,25% (a taxa é crescente). São garantidos pelo Estado.

Obviamente, tem de ter em atenção os riscos, e o facto de ter limites à mobilização do dinheiro (Certificados de Aforro é 3 meses e Certificados do Tesouro Poupança Mais é 1 ano). Cada um tem de avaliar e escolher onde põe o dinheiro que tanto lhe custou a juntar.

Só mais um alerta. A lei de proteção dos depósitos mudou agora, em 2016. Para se sentir seguro, tenha a certeza de que são mesmo depósitos - e não outras coisas. Até 100 mil euros fica tudo na mesma. Mesmo assim, tem de perceber que, se um banco tiver problemas, pode demorar até 3 meses até conseguir voltar a mexer no seu dinheiro. Daí o conselho de “não ter os ovos todos no mesmo cesto”, mesmo que com juros diferentes.

Lembre-se que regularmente (agora pode ser uma boa altura) deve contactar o seu banco ou bancos e fazer uma listagem de todas as suas poupanças com os respetivos juros atuais, e rever se deve mudar alguma ou algumas. Faça uma folha de Excel e atualize-a ao longo do tempo.

Muitos portugueses fizeram um depósito a prazo há uns anos e esquecem-se que são renováveis. Alguns bancos renovam os depósitos, mas com as taxas de juros que definem ano a ano - e não com o valor inicial. Se não estiver atento, aquilo que já lhe deu lucro pode estar hoje a dar-lhe prejuízo. Faça as contas.

24
Jul15

Certificados do Tesouro captam mais de 80% das aplicações

adm

Em Junho, os portugueses aplicaram 101 milhões de euros em Certificados de Aforro (CA) e do Tesouro Poupança Mais (CTPM), em termos líquidos, segundo dados divulgados ontem no boletim estatístico do Banco de Portugal. Este montante representa um decréscimo face aos 127 milhões de euros captados em Maio. Do total de subscrições líquidas registadas no último mês, 90 milhões de euros tiveram como destino os CTPM, enquanto os CA captaram apenas 11 milhões de euros. Os CTPM continuam assim a ser o produto de poupança do Estado privilegiado pelos portugueses. 

O montante que entrou em termos líquidos para os CTPM, desde que este produto viu a sua remuneração média baixar para cerca de metade em Fevereiro deste ano, ascende a 403 milhões de euros. Este montante equivale a 83% do total amealhado pelo Estado através dos seus produtos de poupança. No mesmo período, os CA registaram entradas líquidas de 84 milhões de euros.

A disparidade entre as remuneração oferecidas por ambos os produtos justifica o diferencial de captação de subscrições líquidas. Enquanto os CTPM remuneram a uma taxa de juro bruta de 1,25% no primeiro ano, que é crescente nos anos seguintes para atingir 2,25%, em termos médios, ao fim de cinco anos, os CA da série D subscritos em Julho oferecem uma remuneração bruta de apenas 0,986%.

A taxa oferecida pelos CA é acrescida de 0,5 pontos percentuais entre o segundo e o quinto ano, e um ponto percentual entre o sexto e o décimo ano. Ou seja, admitindo que a taxa Euribor a três meses que serve de referência para o cálculo da remuneração dos CA se mantém num horizonte temporal de cinco anos em torno dos valores actuais, ou mesmo um pouco superiores, os CTPM mantêm-se como uma aplicação mais atractiva também para esse período. Quando comparados aos depósitos, os CTPM também são mais atractivos. Os bancos ofereceram, em média, apenas 0,73% de remuneração bruta nas aplicações para prazos até um ano realizadas em Maio, de acordo também com dados do Banco de Portugal. Este valor é inferior aos 1,25% oferecidos pelos CTPM no primeiro ano de aplicação.

fonte:http://economico.sapo.pt/

25
Abr15

Novas taxas dos certificados não convencem aforradores

adm

O investimento em produtos de poupança do Estado manteve-se, em Março, perto de mínimos de quase dois anos.

A subscrição de Certificados de Aforro e do Tesouro recuperou ligeiramente em Março face ao mês anterior mas permanece perto dos valores mais baixos dos últimos 20 meses. Depois de em Janeiro os portugueses terem subscrito quase dois mil milhões de euros em produtos de poupança do Estado, Fevereiro e Março trouxeram o menor nível de novas entradas desde Agosto de 2013.

Recorde-se que o Governo cortou a remuneração destes produtos em Fevereiro, com a taxa média dos Certificados do Tesouro a passar de 4,25% para 2,25%, ao final dos cinco anos, enquanto a taxa de juro dos Certificados de Aforro caiu de cerca de 3% na série C, para pouco mais de 1% na nova série D. Em Março, os portugueses subscreveram Certificados de Aforro no valor de 15 milhões de euros líquidos, acima dos nove milhões registados em Fevereiro, segundo os dados ontem publicados pelo Banco de Portugal.

Já as entradas líquidas em Certificados do Tesouro somaram 63 milhões de euros, depois de em Fevereiro terem ficado pelos 39 milhões de euros. Tudo somado, os portugueses investiram 78 milhões de euros, em termos líquidos, em certificados no último mês, um valor que só encontra paralelo em Fevereiro, quando os particulares investiram 48 milhões de euros. Em média, e retirando o efeito Janeiro, os portugueses subscreveram cerca de 400 milhões de euros por mês, em Certificados do Tesouro e de Aforro, desde o lançamento dos Certificados do Tesouro Poupança Mais, em Outubro de 2013. Financiamento via retalho quase duplica em 12 meses A contribuição do retalho para o financiamento do Estado quase duplicou no último ano.

As aplicações das famílias portuguesas em produtos de poupança do Estado aumentou de 8,7 mil milhões de euros em Fevereiro de 2014 para os actuais 15,1 mil milhões de euros. Uma evolução que tem permitido ao Estado diminuir as suas necessidades de financiamento nos mercados internacionais, muito embora o continue a fazer aproveitando as muito baixas taxas de juro que os investidores exigem hoje para comprar dívida portuguesa. Para este ano, o Governo estima um encaixe de 2,5 mil milhões de euros em certificados. Até Março, os portugueses já investiram um total de 2.068 milhões.

fonte:http://economico.sapo.pt/

09
Fev15

Corte nos certificados de aforro é 'deja vu'

adm

A dimensão do corte nas taxas de juro dos produtos de poupança do Estado surpreendeu o mercado, mas em simultâneo dá uma sensação de déjà vu. A série C dos Certificados de Aforro (CA) foi lançada em 2008 e alterada em 2009 e em 2012. No final de Janeiro de 2015 foi encerrada e deu lugar à série D. Os Certificados do Tesouro, criados em 2010, foram suspensos em Setembro de 2012 e substituídos pelos Certificados do Tesouro Poupança Mais, que conheceram agora o primeiro corte após o seu lançamento em Outubro de 2013. 

 

Esta cronologia não é «inocente», dizem os economistas contactados pelo SOL. As sucessivas mudanças na remuneração dos produtos reflectem não apenas as condições de mercado, mas também as necessidades de financiamento do Estado. E, neste momento, a prioridade governamental é reduzir os custos do financiamento - quer no acesso aos mercados quer junto dos pequenos aforradores. Por isso, fez as contas e decidiu reembolsar o FMI mais cedo e agora desistiu de «premiar os pequenos investidores», explicam os especialistas.

Os mais antigos instrumentos de poupança estatal, os CA, registaram uma fuga recorde nos últimos anos, após o lançamento da série C dos certificados. Entre 2008 e 2012, o Estado perdeu um terço dos investidores. O número de aforradores desceu de cerca de 718 mil para quase 476 mil. Em 2013 e 2014, o Governo inverteu a tendência, conseguindo atrair investidores e conquistar um valor de subscrições superior aos resgates.

No ano passado, o retalho garantiu mais 5.000 milhões de euros ao Estado, assegurando um terço das suas necessidades de financiamento. Para este ano, a estimativa apresentada no Orçamento já foi mais conservadora. O Governo prevê captar 'apenas' 2.500 milhões. No entanto, quase dois terços do montante foram amealhados em Janeiro, o melhor mês de sempre. A corrida dos investidores aos balcões dos CTT foi a resposta ao anúncio de descida das taxas a partir de 1 de Fevereiro. O montante investido em certificados superou até os 1.240 milhões de euros colocados em Bilhetes do Tesouro nos leilões de Janeiro.

«Se o Estado consegue financiar-se a 30 anos a pouco mais de 4% fará menos sentido financiar-se a um ano a 3,2%», afirma João Pereira Leite, director de Investimentos do Banco Carregosa.

«O recurso aos pequenos aforradores faz parte do mix de financiamento do Estado. Tem sido estratégico manter uma base alargada de subscritores e, para tal, o Estado tem criado produtos que são atractivos. Tendo isso em mente, o Estado também tem como objectivo minimizar os seus custos de financiamento. Não fazia muito sentido que o Estado continuasse a premiar os aforradores com taxas que se podem considerar 'fora de mercado'», refere Filipe Garcia, economista da consultora IMF. 

Também o economista João César das Neves considera que «o Estado, que nos tempos de crédito fácil tinha decidido acabar com os certificados, teve de voltar a usá-los intensamente, por falta de alternativas. Agora que voltou a tê-las, volta a desprezar o instrumento. O Estado emite, ou deixa de emitir, conforme mudam as condições financeiras. Por isso, diz que mata e depois ressuscita e agora volta a matar, para poder vir a mudar de ideias no futuro».

 

fonte:http://sol.pt/n

08
Fev15

Certificados de aforro: A nova era do ‘juro nulo’

adm

D de desinteressante e de desinvestimento. É desta forma que a DECO e os economistas consultados pelo SOL caracterizam a nova série D dos Certificados de Aforro (CA), marcada por um corte significativo nas taxas de juro. O Governo posicionou os produtos de poupança do Estado ao nível ou abaixo da oferta bancária e é patente a expectativa de que os resgates venham a superar as subscrições destes produtos.

 

Com as novas taxas, a concorrência com a banca, que marcou os últimos meses, praticamente desapareceu. As poupanças dos aforradores têm um juro pouco atractivo. Está inaugurada “uma nova era, marcada por juros nulos, mas também caracterizada por caminharmos à beira da deflação”, garante a associação de defesa dos consumidores. O desafio dos aforradores é agora encontrar mais algumas décimas de rendimento.

Novas taxas

O Governo congelou as subscrições da série C dos certificados e criou a série D, escudando-se nas “circunstâncias actualmente verificadas nos mercados”. O Executivo argumenta com a “queda acentuada” da Euribor e com a necessidade de encontrar “um equilíbrio entre os objectivos definidos para a gestão da dívida pública e o fomento da poupança das famílias”.

Na prática, os CA rendem agora três vezes menos. Para quem subscrever certificados em Fevereiro a taxa bruta é de 1,058%, o que em termos líquidos corresponde a 0,8% – já depois do ‘desconto’ do IRS. Ou seja, os CA ficam a render praticamente o mesmo que os depósitos ‘standard’ a 12 meses (0,7% líquidos).

Além disso, o rendimento é praticamente idêntico à previsão da inflação para este ano (0,7%, segundo o Banco de Portugal). Quem subscrever produtos com taxas brutas inferiores a 1% poderá estar a perder dinheiro. “É muito provável que quem procure activos realmente seguros venha a obter rendimento real negativo”, refere ao SOL João Pereira Leite, director de investimentos do Banco Carregosa. Filipe Garcia, economista da consultora IMF, recorda que “historicamente muitos períodos são de rendimento real negativo, nomeadamente em termos de taxas líquidas de impostos”.

Os especialistas alertam que as Euribor devem descer ainda mais em 2015, obrigando os bancos a ajustar em baixa a oferta de depósitos. E aconselham os aforradores a garantir a melhor taxa durante o período crítico de juros baixos. “Às taxas actuais não há especial vantagem em subscrever certificados de aforro. Há no mercado rendimentos superiores”, assegura a DECO.

Os produtos do Estado deixam de ser uma escolha incontornável: no cenário mais optimista terão uma taxa marginalmente superior aos depósitos a prazo. Os bancos de pequena dimensão por norma oferecem juros mais altos em produtos promocionais para novos clientes ou capitais.

Certificados do Tesouro

Com as novas regras, também os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) sofreram penalizações e deixaram de liderar as aplicações mais generosas a médio e longo prazo. A DECO assegura que há seguros de capitalização e planos mutualistas a render mais: “Os CTPM passaram a ter a remuneração de muitos produtos de curto prazo, o que não nos parece razoável, já que se trata de uma aplicação de médio/longo prazo”.

 

fonte:http://www.sol.pt/n

05
Fev15

Ainda compensa investir em Certificados de Aforro e do Tesouro?

adm

OIGCP anunciou no final de sexta-feira um corte significativo nas taxas dos instrumentos de dívida para o retalho.Compare as novas taxas com as alternativas a estes produtos.

Após ter captado, em 2014, cinco mil milhões de euros com os produtos de poupança direccionados para o retalho, o Estado decidiu cortar a remuneração oferecida por estes instrumentos. Os Certificados de Aforro (CA) terão uma nova séria que pagará cerca de três vezes menos que a anterior, situando-se, para quem subscreva este mês, em 1,058% ilíquidos. E a taxa média dos certificados do tesouro poupança mais, para quem os detenha no prazo de cinco anos, cai de 4,25% para 2,25% ilíquidos.

As nova condições destes produtos apenas se aplicarão a quem os subscreva a partir deste mês. Quem tenha feito aplicações anteriormente, mantém as condições oferecidas na altura, o que levou a uma corrida aos certificados na última quinzena do mês para aproveitar essas condições.

Certificados de Aforro passam a pagar menos que os depósitos

O corte anunciado pela agência que gere o crédito público afectou principalmente os Certificados de Aforro. Estes produtos, que para quem subscreveu em Janeiro pagavam uma taxa de 3,069%, passam a pagar um juro ilíquido de 1,058%. O Estado criou uma nova série, a série D, que paga um acréscimo de 1% à média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores. A série C, que esteve em vigor até ao final da semana passada, tinha a mesma forma de cálculo, com a diferença de que aos 80% da Euribor era acrescido um prémio de 2,75 pontos percentuais.

Com as alterações introduzidas os Certificados de Aforro passam a ser uma das soluções de poupança menos atractivas (ver tabela). A título de exemplo, a média das taxas dos depósitos oferecidas pelos bancos em Novembro, data dos últimos dados divulgados pelo Banco de Portugal, era de 1,33% em termos brutos. No entanto, existem alguns depósitos em bancos de menor dimensão e destinados a novos clientes que chegam a pagar uma taxa de juro bruta acima de 3%.

Já os fundos de investimento mais conservadores, como os de Tesouraria e de Mercado Monetário, têm rendibilidades médias de 0,89% e 0,69%, respectivamente, nos últimos 12 meses.

CTPM continuam a render mais que as obrigações do tesouro

Apesar de também terem visto a remuneração ser revista em baixa, os CTPM aparentam manter alguma atractividade. Estes produtos, que podem ser mantidos por um prazo máximo de cinco anos e têm taxas crescentes, apresentam agora uma taxa média de 2,25% brutos para quem os mantenha no período máximo. 

A nova remuneração está acima da média dos depósitos. Além disto, paga também mais que as Obrigações do Tesouro. Na maturidade a cinco anos, os investidores que comprarem estes títulos conseguem em mercado secundário uma taxa de 1,562%.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

 

05
Fev15

Certificados captaram 1,5 mil milhões de euros em Janeiro

adm

Aforradores aproveitaram o último mês de taxas mais altas para colocarem um valor recorde em certificados. O Tesouro assegurou num mês mais de 60% do objectivo para 2015.

Os aforradores portugueses colocaram um valor recorde em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) em Janeiro, de forma a evitarem o corte das taxas que foi decidido para as aplicações feitas a partir deste mês. As subscrições líquidas dos produtos de dívida do Estado direccionada para o retalho superaram a fasquia de 1,5 mil milhões de euros até perto do final da semana passada.

 

No primeiro mês do ano, o Estado assegurou cerca de dois terços do financiamento previsto para todo o ano de 2015 através da subscrição destes produtos. O Governo estimava que as aplicações líquidas em Certificados de Aforro e em CTPMatingissem os 2,5 mil milhões de euros este ano. No ano passado, estes produtos representaram um financiamento de cinco mil milhões de euros, um valor equivalente a um terço das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2014.

Subscrições bateram recorde

O valor das subscrições de Janeiro foi o mais alto de sempre. O anterior recorde foi atingido em Julho de 2014, altura em que o ‘stock' de Certificados de Aforro e de CTPM aumentou 587,6 milhões de euros. A corrida aos Certificados ocorreu sobretudo no final do mês depois de em entrevista ao DiárioEconómico, a 14 de Janeiro, a secretária de Estado do Tesouro, IsabelCastelo Branco, ter referido que as taxas dos certificados iriam descer para as subscrições a partir de Fevereiro. 
A nova remuneração foi divulgada pelo IGCP no final de sexta-feira. E foi particularmente penalizadora para os Certificados de Aforro, com a taxa ilíquida a cair de 3,069% em Janeiro para 1,058% para as subscrições feitas este mês. Estes instrumentos ficam com uma taxa abaixo da média dos depósitos que, segundo os últimos dados disponibilizados peloBanco de Portugal, referentes a Novembro, era de 1,33%.

Já os CTPM continuarão a pagar mais que as Obrigações do Tesouro. Isto apesar do corte da taxa média ilíquida de 4,25% para 2,25% para quem mantenha a aplicação pelo período máximo do produto, que é de cinco anos. Estes produtos têm uma taxa crescente. Anteriormente pagavam entre 2,75%, no primeiro ano e 5% no quinto ano. Passaram agora para uma taxa de entre 1,25% e 2,25%. No mercado secundário, os investidores que compram Obrigações do Tesouro a cinco anos obtêm uma taxa de 1,671%.

A descida das taxas dos produtos de dívida do Estado direccionados para o retalho foram explicados pela secretária de Estado do Tesouro com "o contexto de taxas de juro", considerando que actualmente esse contexto "é completamente diferente daquele que existia à data do início dos produtos e da última alteração dos Certificados de Aforro". Defendeu que "faz sentido que o Estado, enquanto emitente, ajuste os juros da sua dívida às condições de mercado e isso também é verdade para a dívida do retalho".

fonte:http://economico.sapo.pt/n

31
Jan15

Juro dos Certificados de Aforro cai para um terço

adm

Novas taxas divulgadas pelo IGCP, instituto que gere a dívida pública portuguesa, também reduzem para metade a rentabilidade dos Certificados do Tesouro Poupança Mais. Produtos subscritos até ontem mantêm as remunerações anteriores.

 

O tempo das remunerações principescas nos Certificados de Aforro e nos Certificados do Tesouro Poupança Mais acabou. A partir de segunda-feira, quem subscrever os produtos de dívida do Estado terá direito a taxas de juro muito inferiores às que estiveram em vigor nos últimos dois anos e que fizeram com que a subscrição destes títulos disparasse.

Ontem, o IGCP, organismo que gere a dívida do Estado, anunciou novas taxas para as subscrições contratadas a partir de segunda-feira e que representam um corte significativo face às remunerações anteriores. As subscrições antigas mantêm as taxas e condições em vigor à data em que foram realizadas.

De acordo com as novas regras, a nova os Certificados de Aforro, que garantiam uma taxa bruta de 3,069% ao ano, porque agrupavam um prémio fixo de 2,75% a que acrescia a Euribor a três meses, passarão a conceder um juro de 1,058% brutos. Esta taxa inclui 1% fixo, mais a Euribor a três meses e prémios de permanência de 0,5% (do 2º ao 5º ano) e de 1% (do 6º ao 10º). O valor médio líquido (aplicada a taxa liberatória de 28%) cai para 0,762% no primeiro ano, 1,122% do 2º ao 5º e 1,482% a partir do 6º.

 Já os Certificados do Tesouro Poupança Mais, que têm uma maturidade de cinco anos e que ofereciam uma taxa média líquida de cerca de 3% ao ano, vêem a remuneração cair para uma média final também líquida de 1,62%. O valor bruto, sem taxa liberatória, começa em 1,25%, no primeiro ano, e sobe até 3,25% no 5º, o que representa uma taxa média bruta de 2,25%.

Para o caso dos títulos Poupança Mais, a subscrição de um montante de mil euros renderá 16 euros euros por ano em juros face aos cerca de 30 euros que representavam no anterior regime.

A oferta de taxas generosas como as que vigoraram nos últimos anos foi o instrumento a que o Governo deitou mãos numa altura em que a captação da poupança interna se assumiu como prioridade dado o elevado nível de juros que era pedido pelos investidores em dívida pública portuguesa.

A opção desagradou aos bancos, impedidos de oferecerem remunerações atractivas como as que foram disponibilizadas pelo Estado, e teve como consequência a retirada de vários milhares de milhões de euros do sistema bancário que foram canalizados para os certificados do Tesouro português.

No último ano, as taxas no mercado primário de dívida começaram a cair e, no dia 15 de Janeiro, Portugal emitiu Obrigações do Tesouro a 10 anos com um juro de 2,875%, o valor mais baixo de sempre, e títulos a 30 anos, algo que não fazia desde 2006,com uma taxa de 4,1%.

Só em 2014, os portugueses subscreveram 5000 milhões de euros de produtos financeiros do Estado, com os Certificados do Tesouro Poupança Mais a representarem cerca de 60% do total. No final do ano pasado, a poupança dos particulares acumulada nos cofres do Estado ascendia a 17.189 milhões de euros, um valor equiparável a Janeiro de 2009, antes dos principais impactos da crise financeira e da intervenção da troika de credores. O recorde de subscrição de dívida do Estado por parte de particulares foi registado em Janeiro de 2008, com 18.186 milhões de euros.

Para este ano, o Governo estima colocar 2500 milhões de euros em produtos de poupança, mas a forte corrida a este tipo de produtos, especialmente a partir do momento em que se soube que as taxas iam descer, pode fazer com que esse valor seja ultrapassado.

Quando anunciou que as taxas de juro dos certificados íam descer, em meados de Janeiro, a secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, sustentou que "o contexto de taxas de juro em que estamos neste momento é completamente diferente daqueles que existia à data do início dos produtos e da última alteração dos certificados de aforro”. E acrescentou fazer todo o que “o Estado, enquanto emitente, ajuste os juros da sua dívida às condições de mercado”.

Corrida aos CTT
A declaração da responsável governamental gerou uma afluência pouco usual aos balcões dos CTT, onde estes produtos podem ser subscritos. E essa corrida ganhou ainda mais força nos últimos dias, obrigando a companhia a fazer horas-extra para atender todos os pedidos.

A empresa não avançou dados sobre o montante que foi subscrito, remetendo essa informação para o IGCP, mas confirmou uma afluência muito superior ao habitual. Em declarações ao PÚBLICO, António Pedro Silva, director da rede de lojas dos CTT, adiantou que nos últimos dias o aumento de afluência superou os 200% e, ontem, esse acréscimo superou os 300%. 

 

fonte:http://www.publico.pt/e

27
Jan15

Certificados de aforro poderiam render 3,049% no próximo mês, mas vão pagar menos

adm
Com as Euribor em queda, para mínimos históricos, a remuneração dos certificados de aforro iria cair no próximo mês. Mesmo assim, os investidores poderiam receber mais de 3%. Mas não vão ganhar tanto. O Governo vai cortar as taxas. Falta saber para quanto.

Todos meses, nos últimos dias do mês, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) revela a taxa que será aplicada aos certificados de aforro subscritos, ou alvo de revisão trimestral, no mês seguinte. Com a queda da Euribor a três meses, o juro bruto tem vindo a cair, mas o prémio extraordinário tem garantido a atractividade. Em Fevereiro, estes títulos poderiam pagar 3,049%, mas isso já não vai acontecer. A decisão do Governo foi a de baixar os juros, mas ainda não disse para quanto.

 

A fórmula de cálculo da taxa aplicada aos certificados de aforro é, relativamente, simples de aplicar: considera-se a taxa média registada pela Euribor a três meses nas 10 sessões até ao ante-penúltimo dia de cada mês (neste caso, esta terça-feira dia 27 de Janeiro). Utiliza-se 85% dessa taxa, adicionando-se depois 0,25%. E, desde Setembro de 2012, o prémio extraordinário de 275 pontos-base que irá vigorar até ao final de 2016 nos certificados da "Série C". O resultado dá 3,049%, para Fevereiro.

 

Esta taxa é a mais baixa desde Setembro de 2012, altura em que foi introduzido o prémio para estancar a saída de dinheiro destes títulos. Mas, mesmo assim, está acima de 3%, algo que será difícil obter com a revisão anunciada pelo Governo da remuneração dos produtos de poupança, tanto os certificados de aforro como os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que entrará em vigor já no próximo mês. O anúncio foi feito a meados de Janeiro mas, até agora, não são conhecidas as novas taxas.

 

Mais perto dos depósitos

 

A ideia do Governo é a de encolher o custo que tem no financiamento através destes produtos de retalho, isto numa altura em que as taxas exigidas a Portugal nos mercados internacionais estão, em termos nominais, em mínimos históricos. "Quando as taxas foram alteradas, foi para serem alinhadas com os substitutos próximos. A ideia é manter esse objectivo e, de alguma forma, alinhar estes dois produtos com substitutos próximos. Quando foram alteradas, as taxas estavam bastante próximas da Euribor a 12 meses e hoje em dia estão com valores bastante mais altos", diz Cristina Casalinho, em entrevista ao Diário Económico.

 

A presidente do IGCP assegurou, na mesma entrevista, que a remuneração dos certificados de aforro e dos CTPM vai baixar para "valores mais próximos da Euribor e da taxa de depósitos". A Euribor a 12 meses está, actualmente, em 0,277%, já a média das taxas aplicadas aos novos depósitos a prazo (com um prazo até um ano) estava em 1,34% em Novembro. Com o corte das taxas, haverá uma descida do peso destes produtos no financiamento do Estado, admite Casalinho. Mas antes da descida, está a haver uma corrida.

 

Corrida às taxas altas

 

Tanto os CTPM como os certificados de aforro estão a registar subscrições avultadas neste primeiro mês do ano. Os primeiros, que oferecem os juros mais altos (4,25% de taxa bruta média anual em cinco ano), registam aplicações que superam os 550 milhões de euros, um montante mensal recorde, segundo apurou o Negócios. Os títulos mais "velhinhos" também estão a atrair mais poupanças do que é habitual: cerca de 280 milhões, contra os 170 milhões, em média, obtidos mensalmente durante o último ano.

 

O forte aumento de subscrições faz deste o mês com maior entrada de dinheiro em certificados desde que começaram a ser compilados dados pelo Banco de Portugal, em 1998; mais de 750 milhões de euros (30% da meta de 2015 de 2.500 milhões). Um recorde para o qual contribuíram as declarações de Isabel-Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro, que revelou que os juros oferecidos em ambos os produtos vão ser revistos em baixa já em Fevereiro. Desde 14 de Janeiro, ou seja, há uma semana e meia, entraram 500 milhões de euros, dois terços do total do mês.

 

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

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