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Poupanças e Investimentos Seguros

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01
Nov10

Como investir para comprar um carro?

adm

Se quer poupar durante meia década com o objectivo de trocar de carro quando o seu já começar a dar sinais de envelhecimento, não arrisque o seu dinheiro. Opte por soluções garantidas ou de baixo risco. Saiba quais.

 

São muitas as razões que o podem levar a amealhar algum dinheiro para comprar um automóvel dentro de cinco anos: a actual instabilidade financeira não é amiga do despesismo das famílias, o crédito para comprar carro está muito caro e difícil de alcançar, o mercado de veículos eléctricos (que permitirão a independência do petróleo) ainda não está consolidado ou, simplesmente, porque estima que o seu automóvel estará a cair aos bocados nessa altura. Embora não faltem razões, as principais soluções para a poupança são cinco. Conheça-as. 




1. Certificados do Tesouro não precisam de ser para 10 anos
As taxas de juro pagas garantidamente pelos certificados do Tesouro numa década são muito boas, mas quem planear uma poupança de cinco anos também é bem remunerado. Para as subscrições efectuadas em Outubro, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, o organismo responsável pela administração do dinheiro e do financiamento do Estado português, garante uma taxa anual bruta de 4,85 por cento no final do quinto ano dos certificados. Porém, os juros vão sendo pagos anualmente. Um investimento de 10 mil euros dá direito a receber todos os anos 109,90 euros e, no final do quinto ano, 1464,02 euros. Estes rendimentos representam uma rendibilidade anual líquida de 3,62 por cento. 





2. Obrigações com maturidade certa 
Se os seus conhecimentos financeiros são avançados, pode optar por investir directamente no mercado obrigacionista. Não invista em dívida portuguesa, porque fica mais bem servido com os certificados do tesouro: a rendibilidade anual até à maturidade das obrigações da República Portuguesa que se vencem em Outubro de 2015 é de cerca de 4,67 por cento, o que é inferior à taxa garantida de 4,85 por cento dos certificados. No entanto, aceitando um pouco mais de risco, pode incrementar os rendimentos potenciais. A dívida soberana grega que atinge a maturidade em Agosto de 2014 promete uma rendibilidade anual até ao vencimento de 8,83 por cento. 

Além de exigir conhecimentos (seus e do seu intermediário financeiro), a transacção de obrigações envolve custos de negociação que absorvem uma parte dos ganhos potenciais. Faça as contas de investir. 





3. Certificados de Aforro acumulam ganhos 
Para quem quer guardar dinheiro para o futuro, uma das desvantagens que podem ser apontadas aos certificados do tesouro e à maioria das obrigações é o pagamento periódico dos juros. Seria mais vantajoso para os aforradores que estão a guardar uma poupança se recebessem no final do prazo o pé-de-meia acrescido dos rendimentos. Aí os certificados de aforro dão cartas, porque não há distribuição intermédia dos juros. 

Assumindo que as taxas de juro se mantêm nos próximos cinco anos, uma aplicação em certificados de aforro capitaliza à taxa anual de líquida de 1,39 por cento. Contudo, se, em média, a Euribor a 3 meses for de 1,92 por cento (mais 0,9 pontos percentuais que os valores mais recentes), durante a próxima meia década, a rendibilidade anual dos certificados sobe para 2 por cento. 





4. Fundos que seguem o seu objectivo 
Há alguns anos que os bancos mais voltados para os investimentos comercializam fundos que ajustam as suas carteiras conforme uma data pré-definida se aproxima. São chamados de fundos de ciclo de vida. A compra programada de um automóvel insere perfeitamente num ciclo de vida. Neste caso, se a sua aquisição deverá ocorrer dentro de cinco anos, opte pelo Fidelity Target 2015 Euro, disponível no ActivoBank, Banco Best, Banco Big, Deutsche Bank e Millennium bcp. Neste momento, tem quase metade do portefólio aplicado no mercado accionista, mas, à medida que o ano de 2015 se aproxima, o gestor transferirá o dinheiro para obrigações e instrumentos de curto prazo. Quando a maturidade chegar, o capital estará seguro em aplicações de baixo risco. 





5. Depósito a prazo tem desconto 
Se o seu banco do dia-a-dia for generoso, por que não fazer um depósito a prazo a cinco anos? Não é comum na oferta bancária nacional, mas há vantagens: se tiver o dinheiro parqueado num depósito de cinco anos e 1 dia, a tributação dos juros desce de 21,5 por cento para 17,2 por cento. O Banco BPI é um dos poucos grandes bancos que promove o seu Depósito Especial cinco anos: acessível a partir de 250 euros, paga uma taxa anual líquida de dois por cento. No Banco Big, com 500 euros consegue levar o seu dinheiro a ganhar uma taxa anual líquida de 2,55 por cento durante meia década. 

Tenha atenção que perde o desconto no imposto se movimentar o dinheiro antes dos cinco anos e 1 dia ou se optar por um depósito que distribua juros anualmente.


fonte:jornaldenegocios

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