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Poupanças e Investimentos Seguros

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22
Abr13

10 regras para o seu dinheiro

adm
Não complique quando investir. Siga esta dezena de simples ideias com o seu património, dos depósitos a prazo às ações. Simplifique e encha o bucho do seu porco mealheiro

Acontece em todos os ciclos económicos: uma crise desmoraliza muitos investidores. O efeito quase imediato é o afastamento das regras básicas que qualquer aforrador deve seguir. Não deve ser assim: se quer alcançar o triunfo do seu porco mealheiro, mantenha-se fiel aos princípios fundamentais do investimento são. Este momento de crise é tão bom como qualquer outro para fazer a revisão da sua carteira de aplicações e dos seus planos de aforro de longo prazo. Comece já hoje a examinar a estratégia do seu património para não se arrepender tarde demais.

 

 

 

 


1. Preveja o imprevisto

Antes de começar a investir o seu património, assegure que não precisará do dinheiro. Se garantir que não retirará fundos do seu porco mealheiro, pode gerir as aplicações para o longo prazo, solidificando melhores resultados financeiros.


Todos os investidores devem reservar o equivalente a três a seis meses de despesas mensais do agregado familiar para enfrentarem imprevistos, como custos de saúde, arranjos no carro ou em casa ou, mesmo, o desemprego. Esse fundo de emergência deve ficar parqueado em aplicações de risco muito baixo facilmente transferíveis para a conta corrente. Os depósitos a prazo são os candidatos ideais para o seu pé-de-meia de emergência.


Para beneficiar de taxas de juro mais elevadas, pode ser necessário abrir conta noutro banco. É um esforço menor para alcançar um resultado superior. Atualmente, o depósito a prazo a seis meses mais generosos rende o dobro dos juros da média dos depósitos com o mesmo prazo.


Além do fundo de emergência, alguns imprevistos podem ser precavidos através de seguros. Em caso de sinistro, como um acidente automóvel ou um incêndio na residência, a companhia de seguros indemniza o segurado, garantindo que ele consegue suportar os encargos do arranjo do carro ou da reconstrução da habitação. Se muitos aspetos da sua vida financeira já estiverem protegidos com seguros, o montante aplicado no fundo de emergência pode ser drasticamente reduzido.

 


2. Invista para o longo prazo se puder

Sempre que puder, invista com os olhos no futuro distante. Quando mais tempo der aos seus investimentos, mais pode arriscar e, logo, mais pode ganhar. Se der tempo suficiente à sua carteira (5 anos é razoável, 10 anos é bom, mas 20 anos é melhor), o dinheiro gerado pelo investimento em ações é maximizado. Mesmo as perdas temporárias que pode eventualmente registar, serão eliminadas se investir para o longo prazo. No quadro em baixo encontra os 18 fundos de ações que recebem a recomendação de compra pelos nossos analistas.


Se não pode investir a pensar no futuro, não arrisque o seu dinheiro. Não ponha a cabeça do porco mealheiro no cepo. Embora deva optar por instrumentos de risco inferior, as aplicações de curto prazo deverão render menos que os instrumentos de médio prazo. Um exemplo flagrante são os depósitos: as aplicações a 3 meses rendem menos que as a 1 ano, por exemplo. Nas obrigações do Tesouro é a mesma coisa.

 



3. Negoceie para ganhar mais

Lembre-se sempre de que os bancos têm interesse em atrair o maior número possível de clientes, mesmo que o montante que cada um dispõe seja reduzido. Portanto, não aceite tornar-se cliente sem refletir sobre as condições que lhe são oferecidas e, sobretudo, não hesite em tentar negociá-las. Por exemplo, pode tentar obter uma taxa de juro mais vantajosa no seu depósito a prazo ou uma redução nas comissões. Este conceito não se resume aos investimentos: pode cruzar com outra oferta bancária, como os spreads dos créditos e os encargos dos seguros.


Nem sempre a negociação resulta, mas não custa tentar. Na nossa última tentativa de negociar os juro dos depósitos, publicada na edição de setembro da Proteste Investe, conseguimos incrementos nas aplicações de 25 mil euros. Em alguns casos, os incrementos foram substanciais: o Banif e a Caja Duero deram mais 52 e 122 euros de juros, respetivamente.

 



4. Engorde o seu porco com ações

As ações mundiais ofereceram uma rentabilidade real (acima da inflação) de 5% por ano desde 1900. Esta é uma das conclusões de um estudo conduzido por Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton, três académicos londrinos, juntamente com o banco Credit Suisse. É uma das análises mais longas de desempenhos dos principais ativos financeiros.


As ações bateram, de longe, o rendimento das obrigações e da dívida pública de curto prazo nos últimos 113 anos, de acordo com o estudo. As obrigações renderam 1,8% por ano acima da inflação entre 1900 e 2012, enquanto a dívida pública de curto prazo deu 0,9 por cento.


Tal como os nossos analistas, o trio londrino, que incluiu as 22 principais economias mundiais no seu estudo, defende que as ações são os ativos mais rentáveis no longo prazo. Por isso, se procura engordar o seu porco mealheiro através de investimentos, terá de dedicar uma fatia significativa do seu património de longo prazo aos mercados acionistas. Pode fazê-lo através de um investimento direto em ações ou através de fundos de investimento que se concentrem nesses títulos.


Acreditamos que as ações continuarão a render mais do que as outras classes de ativos. Os nossos analistas calculam que, no longo prazo, a rentabilidade anual das ações ficará entre 3% e 4% acima do retorno anual de uma carteira de obrigações soberanas com maturidades entre 7 e 10 anos.

 



5. Se não tem estômago, não arrisque

Se fica enjoado com os altos e baixos da bolsa, não arrisque. É natural que um rendimento superior não lhe pague o suficiente pelas noites mal dormidas preocupado com a volatilidade da sua carteira. Se é avesso aos balanços bolsistas, prefira instrumentos de reduzido risco. Exclua da sua carteira de investimento as ações e todas as aplicações denominadas em divisas estrangeiras, cujo câmbio pode baixar em relação ao euro.


Investir em dívida pública é uma opção racional. Pode escolher a facilidade dos Certificados de Aforro, que, em março, capitalizam a uma taxa anual líquida de 2,3%, ou o maior rendimento potencial das Obrigações do Tesouro, que rendem até 4,5% por ano na próxima década. Os Certificados de Aforro compram-se nos Correios, mas as


Obrigações do Tesouro têm de ser negociadas na bolsa, através de um intermediário financeiro, o que tem custos adicionais.


A figura em baixo revela o ganho anual das Obrigações do Tesouro se as mantiver até à maturidade.

 

 

 

 


6. A união faz a força

Ser milionário tem claras vantagens. Quem dispõe de avultadas somas para investir encontra-se numa situação privilegiada. Entre outros benefícios, são-lhe oferecidas melhores taxas de juro, as suas despesas são proporcionalmente menos elevadas e goza de uma melhor receção na instituição bancária.


Além de terem menor poder negocial junto da banca, os pequenos investidores que se lançam sozinhos na aventura dos investimentos encontram ainda um obstáculo suplementar: a dificuldade em diversificar as aplicações. A diversificação, que é conseguida através de uma carteira composta por vários títulos, permite reduzir o risco da carteira, mantendo o potencial de rentabilidades.


Se o leitor pretende investir pequenas somas, aconselhamo-lo a participar em sistemas de investimento coletivo, como, por exemplo, fundos de investimento. Através de fundos consegue, tal como a um grande investidor, diversificar as aplicações.


No quadro em baixo pode conhecer 8 fundos que destacamos para investir em 2013. São destinados aos mercados que acreditamos terem um potencial interessante de ganhos para o seu perfil de risco. Se quiser conhecer detalhadamente as carteiras recomendadas de fundos da Proteste Investe, vá a www.deco.proteste.pt/ investe/carteiras-investimento.

 

 



7. Não ponha os ovos no mesmo cesto

É fundamental que diversifique a sua carteira de aplicações. Diversificar significa que não deve colocar todos os ovos no mesmo cesto. Isto quer dizer que não deve deter apenas um título ou títulos de empresas cujos lucros dependem de negócios semelhantes.


Por exemplo, numa carteira de ações, não invista apenas em companhias elétricas. Caso aconteça uma mudança estrutural no negócio, como uma alteração no regime legal, o seu património pode sofrer um pesado revés.


Há, no entanto, um limite à diversificação.


É possível abusar da diversificação. Vários estudos académicos apontam que os benefícios máximos da diversificação são alcançados quando o número de ações na carteira fica entre 10 e 15. É isso que aconselhamos aos nossos leitores que querem investir em ações. Menos do que 10 ações torna-se arriscado. Mais do que 15 torna-se impraticável: para os investidores não profissionais, não é possível acompanhar toda a informação relevante.


No quadro em baixo encontra a nossa carteira de ações, construída em função das recomendações dos nossos analistas. Tem atualmente 13 títulos.

 

 



8. Não invista no que não percebe

É uma das regras mais básicas que muitos investidores teimam em não seguir: não invista no que não compreende. Se não percebe o produto que uma empresa vende, não compre as suas ações. Se não está à vontade com a bolsa, vá pela via dos fundos de investimentos. Se quer investir em dívida pública mas não percebe como funcionam as Obrigações do Tesouro, compre Certificados de Aforro. Se não percebe a descrição da política de investimento no prospeto de um fundo, não subscreva. Se o depósito a prazo que lhe propõem tem uma fórmula de cálculo para aferir a taxa de juro, troque-o por um depósito de taxa simples.


Mesmo em ativos fáceis de entender, é possível encontrar elevados níveis de complexidade. As sociedades gestoras de fundos complicaram o que antes era bastante simples. Os fundos mais populares e aqueles que os bancos promovem mais ativamente são provavelmente aqueles que não deve subscrever. No quadro em baixo, conheça os fundos mais populares (medido pelo valor do seu património) que merecem a nossa recomendação de venda. Eleja apenas fundos cujo desempenho dependa claramente da evolução dos mercados.

 

 


9. Importa o quanto poupamos, não quanto ganhamos

O primeiro passo para uma independência financeira é pagar primeiro a nós. É muito simples: assim que receber o vencimento, invista uma boa parte. Se trabalha oito horas por dia, uma delas deve ser canalizada para poupança. Se assim fizer, a sua taxa de poupança é de 12,5%, superior à média nacional (10,6% em 2012). Embora possa custar no arranque, esse pé-de-meia mensal fará toda a diferença num futuro financeiramente independente: se o agregado familiar poupar cerca de 300 euros por mês com um rendimento anual de 6%, dentro de 25 anos acumulará mais de 200 mil euros.

 

 


10. Nunca se endivide para investir

É um pecado capital para o investidor: financiar-se para investir. Se os seus investimentos desvalorizarem, o crédito tem um efeito multiplicador dos prejuízos. Se as suas aplicações subirem, o crédito amortiza o efeito dos ganhos.


Qualquer que seja o resultado dos seus investimentos, os empréstimos para investir nunca têm os efeitos que se desejavam à partida. Só há uma entidade que ganha sempre: o seu banco, quer o investidor ganhe quer perca.

 

01
Jul12

Obrigações de empresas portuguesas já atraíram 67 mil investidores

adm
Depois das emissões da EDP, ZON, Semapa, Sonae, PT e Brisa, a REN é a empresa que se segue. Juros oferecidos superam os dos depósitos, mas investimento tem mais riscos e pequenas aplicações são penalizadas pelas comissões bancárias.

Há uma nova versão do capitalismo popular em Portugal. Em poucos meses, já foram subscritos perto de 1000 milhões de euros em obrigações de três empresas nacionais (EDP, Semapa e Zon), o equivalente à receita do Estado com o corte de salários na função pública e pensionistas. 

O montante subscrito também é idêntico ao do valor resgatado nos Certificados de Aforro até final de Maio, o que se pode explicar pela reduzida remuneração que oferecem, inferior a 1%. Bem mais atractivas são as taxas de juro dos novos Certificados do Tesouro, emitidos pelo Estado, que podem atingir os 7,1% anuais brutos a 10 anos, e que têm tido uma adesão muito reduzida por parte dos portugueses, com um saldo captado de 66 milhões de euros, a que não será estranho os receios gerados pela crise da dívida soberana na zona euro. 

Impressionante é também o nível de procura que as emissões privadas têm registado, que se fosse totalmente satisfeito permitiria colocar 2,6 mil milhões de euros. De acordo com dados da NYSE Euronext, a sociedade que gere a bolsa de Lisboa, e ainda sem a emissão da Brisa, cujo período de subscrição termina amanhã, mais de 67 mil investidores responderam ao apelo das empresas, subscrevendo um valor médio de 12.200 euros cada um.

Mas os montantes vão disparar. Estão em curso emissões com o valor indicativo de 500 milhões de euros (Brisa, Sonae e PT), valor que pode crescer consideravelmente se, como já aconteceu em emissões anteriores, a colocação aumentar, aproveitando a apetência demonstrada pelos investidores. A REN deverá ser a próxima empresa a emitir obrigações para subscrição particular. O PÚBLICO sabe que têm sido feitos contratos junto de instituições financeiras no sentido de preparar uma oferta semelhante. Contactada pelo PÚBLICO, a empresa escusou-se a confirmar a emissão.

Depois da corrida à compra de acções - um movimento que começou com a privatização da EDP, no final da década de 1990 -, está a verificar-se uma forte adesão às obrigações de empresas nacionais. Isso deve-se às elevadas taxas de juro oferecidas, bem acima das melhores ofertas dos depósitos a prazo.

Também aqui, a eléctrica nacional deu o pontapé de saída, no final do ano passado, com o lançamento de uma emissão de 200 milhões de euros, e oferecendo uma taxa de juro anual bruta de 6,25%, o que corresponde a uma taxa anual nominal líquida (TANL) de 4,688%. A procura foi elevada, com 38,18% das ordens por satisfazer, o que incentivou a EDP a realizar uma segunda emissão já este ano. No montante de 250 milhões de euros e com a mesma taxa de rentabilidade, neste caso a procura superou em 26% a oferta. Seguiram-se a Zon e a Semapa, com a oferta de taxas anuais brutas de 6,85% (TANL de 5,138%). 

A nova vaga de capitalismo popular será reforçada com as emissões da Sonae SGPS (proprietária do PÚBLICO) e da PT. A Sonae pretende colocar 100 milhões de euros e vai ainda testar a venda de obrigações em alguns balcões dos hipermercados Continente. A taxa oferecida nas Obrigações Continente, é essa a designação, é a maior em relação às empresas que já emitiram, atingindo os 7% brutos (TANL de 5,250%). 

Já a PT pretende colocar 250 milhões de euros a uma taxa anual bruta de 6,25% ( TANL de 4,688%) - ainda assim, acima dos melhores depósitos a três anos, que apesar de anunciarem taxas brutas superiores têm uma taxa líquida que fica pelos 3%. Esta fica mesmo abaixo da inflação prevista pelo Banco de Portugal (BdP), que é de 3,2%.

Em contrapartida, a generalidade dos depósitos oferece taxas de depósito abaixo dos 3%. Esta é uma consequência directa das limitações impostas pelo BdP à oferta de taxas de juro, travando uma concorrência desenfreada entre instituições pela captação de novos depósitos.

Por outro lado, mesmo para prazos de três anos, há Obrigações do Tesouro que garantem rentabilidades bem mais altas que as oferecidas pelas empresas, o que se explica pela subida do risco do país. 



Novas alternativas

As grandes empresas sempre realizaram emissões de obrigações, mas faziam-no nos mercado internacional. As que tinham notação de rating (avaliação de risco) ou eram colocadas junto dos bancos nacionais, que ficavam com elas, ou as colocavam junto dos maiores clientes. As novas emissões, destinadas directamente aos investidores particulares, estão a acontecer porque as outras fontes de financiamento deixaram de existir ou são mais caras.

Para emitirem no mercado primário, para investidores institucionais, as empresas teriam de pagar pelo menos mais um ou dois pontos percentuais face ao que estão a oferecer aos particulares. Os bancos que estão num processo de desalavancagem, ou seja, de redução de crédito concedido, estão fora desta corrida.

"Apesar de ser um investimento com risco, a solidez das empresas que estão a realizar as emissões justificam a forte procura", defende Teresa Pinheiro, economista chefe do BPI.

fonte:http://economia.publico.pt/N

22
Jun12

Obrigações: Como fazer as contas

adm

Se num depósito a prazo o cliente bancário entrega as suas poupanças numa conta que lhe pagará juros, nas obrigações o que está em causa é um empréstimo. Como? A entidade (sociedades anónimas ou por quotas, Estados ou autarquias) emitem títulos que representam valores mobiliários com um determinado prazo e os investidores subscrevem esses títulos, emprestando à partida o dinheiro, para receberem depois o pagamento do capital emprestado acrescido de juros.


Invista com contas bem feitas.

Para quem quer ser obrigacionista convém conhecer bem algumas coisas antes de investir: o tipo de obrigações, os custos associados ao intermediário financeiro que utilizará para aceder aos títulos e, principalmente, o prospeto que contém todas as condições da operação. Se está preparado para investir nestes títulos de dívida, financiando países ou empresas e apontando aos ganhos na sua carteira com os juros dos investimentos então saiba como se pode calcular o seu retorno.

 

Imagine que anda a seguir com atenção uma emissão de obrigações que farão a amortização ao par (isto é, o valor do investimento está garantido) e com as seguintes caraterísticas:

Preço de subscrição: 1000 €
Taxa de juro fixa: TANB (taxa anual nominal bruta) de 6%
Prazo 5 anos
Pagamento de juros semestral e postecipado

Se decidir investir 10000 euros as contas a fazer para saber quanto vai receber de juros serão as seguintes:

 

Juros anuais = 6%*10000 € = 600 € (dois pagamentos semestrais de 300 € por ano)

Juros anuais sem impostos (valor que vai receber efetivamente) = 300 €*(1-0,25) = 225 €

Juros totais em 5 anos = 225 €*10 = 2250 €

Rendibilidade anualizada = 4,14%

Isto, depois de retirados os impostos de 25% em sede de IRS sobre o pagamento dos juros em cada semestre. Quando o dinheiro chega à sua conta já virá líquido de impostos.

 

Mas este pode não ser o retorno líquido. Se adicionar comissões à sua equação a rendibilidade pode reduzir-se. Para tal precisa de conhecer o preçário do seu banco/intermediário financeiro.

Se está a pensar comprar obrigações saiba que as comissões ao balcão são as mais penalizadoras para os investimentos. Os canais à distância são a melhor maneira de investir em obrigações, isentando normalmente os investidores de comissões de levantamento de títulos, de pagamento de juros ou reembolsos e de outras comissões associadas à custódia de títulos. E se a opção for ou o telefone ou a internet, saiba que a internet apresenta normalmente as melhores condições para investir, já que faz com que consiga evitar os custos com o investimento.

Exemplo com comissões

Preço de subscrição: 1000 €
Taxa de juro fixa: TANB (taxa anual nominal bruta) de 6%
Prazo 5 anos
Pagamento de juros semestral e postecipado

Comissões no exemplo:
Comissão trimestral de guarda de títulos: 10 € (acresce IVA 23%)
Comissão no pagamento de juros: 1% (acresce IVA 23%)

Na prática, as comissões serão:

Comissão na guarda trimestral de títulos: 12,3 € (246 € no total dos cinco anos)
Comissão no pagamento de juros semestral: 7,38 € (36,9 € no total dos cinco anos)

Juros totais em 5 anos = 2250 € – 282,9 € = 1967,1 €

Rendibilidade anualizada com comissões = 3,66%

 

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/o

02
Fev12

Produtos anti-crise para fazer face à austeridade

adm

Multiplicam-se os produtos financeiros lançados pelos bancos para fazer face à austeridade. Conheça as mais recentes apostas da banca.

Se dúvidas existissem de que o país está em crise, bastariam apenas 10 minutos à frente de um computador a navegar pelos sites dos bancos para que todas as dúvidas se dissipassem. As campanhas dos bancos são um espelho da economia do país e um reflexo da preocupação das famílias.

Apesar da instabilidade assombrar os mercados desde o final de 2007, os efeitos da crise apenas começaram a reflectir-se de forma mais séria desde 2010. Desde então, a banca tem vindo a reestruturar a sua oferta de produtos, mas este fenómeno acentuou-se nos últimos meses com a comercialização de produtos e serviços bancários com um denominador comum: o de facilitarem a vida dos clientes na actual conjuntura.

O Diário Económico analisou alguns dos produtos destacados nos sites de 14 bancos a operar em Portugal e encontrou dezenas de soluções financeiras anti-crise. Um dos fenómenos mais recentes é a comercialização de depósitos que antecipam o pagamento dos juros. Ou seja, os clientes não têm de esperar pelo fim do prazo para receber os juros, já que estes são creditados na conta à ordem no dia seguinte à sua subscrição. Para as famílias esta facilidade pode ser uma benesse (já que permite antecipar um rendimento futuro e canalizá-lo para outros fins), para os bancos esta solução é também vantajosa já que permite reter as poupanças dos clientes durante um período definido. É que este tipo de depósitos não permite, naturalmente, a mobilização antecipada do capital.

Mas há mais sinais de que a banca se está a adaptar aos novos tempos. Numa altura em que a poupança das famílias diminui- por via do aumento do desemprego, menor do rendimento disponível e aumento dos impostos- as instituições começaram a exigir montantes de investimento mais reduzidos para os seus clientes. Em algumas situações é possível abrir uma conta-poupança por 10 euros e, em outros casos (BPI,) é possível fazer reforços a partir de um euro por mês. Valores que mostram não só como o sector financeiro está a ir de encontro ao tamanho reduzido das carteiras dos portugueses, mas também reflectem a preocupação dos bancos em conseguirem captar todas as poupanças, mesmo as mais irrisórias, das famílias. E não é difícil perceber os motivos dessa preocupação. Pressionados para cumprir com as medidas da Troika, que prevêem a necessidade de baixar os rácios de desalavancagem para 120% até 2014, as instituições estão a disputar a captação de recursos de famílias e empresas. Talvez, por essa mesma razão, há bancos que seduzem os clientes com brindes como Ipads ou consolas de jogos. E neste capítulo, o Banco Popular tem sido uma das instituições que mais tem apostado neste tipo de campanhas.

Sinal dos tempos, proliferam também nos sites dos bancos os programas de literacia financeira e as ferramentas que ajudam a planear os orçamentos familiares. Da mesma forma, são várias as instituições que têm cartões de crédito com a modalidade de ‘cashback'. Ou seja, devolvem ao cliente uma parcela das compras efectuadas com estes cartões. A CGD, a Unicre, o Santander Totta e BES são exemplos de instituições que disponibilizam cartões com esta facilidade. Além destes cartões, alguns bancos estimulam a poupança automática através de um sistema de arredondamento de pagamentos, em que o valor excedente reverte para uma conta-poupança.

Apesar de cada banco escolher a sua própria estratégia para operar durante a crise, há um denominador comum a todas as instituições: todas elas têm o seu foco no tema da poupança.


Depósitos que oferecem juros na subscrição do produto

1 - É uma situação completamente inédita na banca portuguesa: há cada vez mais instituições financeiras a comercializar depósitos a prazo com a particularidade de oferecerem aos clientes os juros devidos no dia seguinte à subscrição da aplicação. Mas como em tudo na vida, também aqui "não há almoços grátis". Esta facilidade tem uma contrapartida: ao aderir a um depósito com estas características, o aforrador fica impedido de mobilizar, parcial ou totalmente, o dinheiro ali aplicado. Só no fim de vida do depósito é que o cliente poderá levantar o seu capital. O banco best foi o primeiro a comercializar depósitos com estas características mas vários bancos seguiram o exemplo. O Diário Económico encontrou quatro depósitos com estas características. O Best tem o depósito a três meses com uma TANB de 5,5% e que é exclusivo para novos clientes e para montantes superiores a 2.500 euros. Já o BCP tem o Depósito Já, um produto para montantes superiores a 1.000 euros, que pode ser constituído por vários prazos ( três, seis ou 12 meses) e que oferece uma TANB que pode ir até aos 4,5%. Também o BES tem um produto semelhante. O depósito online DP BES Juros na Hora tem uma remuneração que pode chegar até aos 4% de TANB, pode ser constituído por montantes a partir de 500 euros e por um período de três ou seis meses. Esta semana foi a vez do Banif também aderir à moda dos depósitos que antecipam o pagamento de juros. Numa campanha promocional que termina hoje, o banco liderado por Joaquim Marques dos Santos disponibiliza o Depósito Rendimento Imediato. Este produto oferece um juro anual bruto de 6% para uma aplicação a seis meses com um mínimo de investimento de 2.500 euros.

Poupanças para montantes reduzidos

2 - Em tempos de crise, todos os tostões são valiosos para os bancos e para as famílias. Cientes de que os portugueses estão a reduzir drasticamente a sua capacidade de poupar, as instituições financeiras começam cada vez mais a comercializar soluções de poupança que exigem montantes mínimos de constituição muito baixos (entre 10 e 25 euros) e que ao mesmo tempo implicam reforços de investimento em valores quase irrisórios. É o que acontece por exemplo com o BPI. As contas-poupança deste banco por exemplo, podem ser constituídas por um montante mínimo de 25 euros e com reforços mensais a partir de um euro. O fenómeno não é exclusivo do BPI. Também o BES tem a Conta Poupança Dez, uma aplicação que pode ser constituída a um, três, cinco e 10 anos, e que não tem um valor mínimo de abertura. Tem a particularidade de permitir entregas (mensais ou pontuais) a partir de 10 euros. O BPN também comercializa um produto de poupança para quem tem poupanças reduzidas: o Nano-Micro DP é um depósito a três, seis ou 12 meses com um montante mínimo de investimento de 100 euros e com reforços (mensais ou pontuais) a partir de 25 euros. Já o Banif tem uma conta poupança com um valor mínimo de constituição de 250 euros e reforços (mensais ou pontuais) a partir de 25 euros.

Seguros de protecção contra o desemprego

3 - O aumento do desemprego, associado às medidas de austeridade que têm sido implementadas, levaram a uma subida do número de famílias que deixam de pagar os seus créditos ao banco e a outras instituições financeiras. Por isso mesmo, os seguros de protecção de crédito tornaram-se comuns e triviais para quem tem um crédito à habitação. No entanto, o Barclays acaba de lançar no mercado um seguro de protecção contra o desemprego e doença que se destina a ser accionado para ajudar os segurados a pagar as suas despesas pessoais do dia-a-dia, como a conta da luz e da água, ou mesmo o colégio dos filhos. Este seguro, lançado na semana passada, assegura o pagamento das despesas pessoais em caso de desemprego ou doença em montantes máximos que variam entre os 250 e os 750 euros por mês (consoante o salário auferido). A contratação desta apólice é possível por um valor a partir de 9,76 euros por mês. Além desta apólice recente, vários bancos (como BES, Santander Totta e Millennium BCP) disponibilizam também seguros de protecção de ordenado. Estes planos asseguram o pagamento de uma percentagem do salário do cliente, caso este entre numa situação de desemprego involuntário. Segundo uma análise recente do Jornal de Negócios, o custo mensal destas apólices varia entre os 4,53 euros e os 8,5 euros.

Contas ordenado anti-crise

4 - A campanha publicitária "Ordenado Anti-Crise" do Millennium bcp mostra num cartaz um homem a apertar o cinto e noutro, um executivo impecavelmente vestido e calçado que enfrenta um problema: as calças estão demasiado curtas. Imagens com as quais muitos portugueses se identificam. E porque grandes problemas exigem soluções à medida, a conta ordenado anti-crise do BCP quer ajudar os clientes a enfrentar melhor a crise. Além das comuns vantagens associadas a uma tradicional conta-ordenado (como a isenção da comissão de gestão de conta) tem uma benesse: promete devolver 10% das despesas da água, luz e gás até a um valor máximo de 10 euros por mês, até 31 de Dezembro de 2012. Mas para ter acesso a esta facilidade terá de cumprir com uma série de requisitos: como a domiciliação do salário ou pensão (pela primeira vez) no valor igual ou superior a 500 euros por mês; a domiciliação de pagamentos da água, luz, ou gás e a constituição de um depósito a prazo no valor igual ou superior a mil euros.

Programas de arredondamentos

5 - Levar as pessoas a pouparem, mesmo sem darem por isso. É esse o objectivo de alguns programas de arredondamentos criados recentemente pela banca portuguesa, nomeadamente, pelo BES e pela CGD. A ideia é simples: ao aderir a um destes programas, o cliente sabe que se efectuar pagamentos ou movimentos de conta, o valor dessas transacções será imediatamente arredondado. Sendo que o valor remanescente é automaticamente convertido para uma conta poupança. O banco liderado por Ricardo Salgado, por exemplo, tem a Micro Poupança. Esta solução permite aos clientes da instituição arredondar pagamentos (como a prestação da casa, as compras de supermercado ou o carregamento do telemóvel) feitos na conta à ordem. O cliente pode escolher o valor dos arredondamentos aplicados a cada um dos movimentos de conta que sejam efectuados, sendo que esses arredondamentos podem ser feitos em múltiplos de um, dois, cinco ou dez euros. Por exemplo, imagine que o valor da prestação da casa é de 362 euros, se optar pelo arredondamento em múltiplos de 10 euros, ser-lhe-á retirado da sua conta à ordem um total de 370 euros, sendo que desse valor, 8 euros serão creditados numa conta poupança. Também a CGD tem um programa com características semelhantes. O PAP-Programa de Poupança Automática- tem várias facilidades, sendo que uma delas é a possibilidade de fazer arredondamentos com compras efectuadas com os cartões de crédito da CGD. Os clientes poderão escolher uma das três formas de arredondamento disponibilizadas.

Pacotes de serviços financeiros

6 - Os bancos estão a copiar os hipermercados. As corriqueiras campanhas do "Leve dois, pague um" também já invadiram o sector financeiro. São cada vez mais os bancos que apostam na comercialização de "pacotes" de serviços que estão sujeitos a uma única comissão mensal- que pode variar entre os 4 e os 8 euros. Estes cabazes incluem além de uma conta ordem, a subscrição de seguros, cartões de débito e de crédito, cheques gratuitos, algumas transferências gratuitas. Poderão ainda dar alguma bonificação na contratação de um crédito à habitação, como acontece na "Solução Dia-a-Dia" do Barclays. As instituições garantem que assim os consumidores conseguem poupar alguns euros com comissões, já que ficará mais barato subscrever o cabaz de produtos financeiros ao invés de contratar cada um dos serviços de forma individualizada. No entanto, convém fazer as contas para ver se compensa a contratação destes cabazes, porque poderá estar a subscrever produtos que não necessita. Entre as instituições que comercializam produtos com estas características estão o Millennium BCP (Cliente frequente), o Barclays (Solução Dia-a-Dia), o Popular (Conta Extra Ordenado) e o Montepio (Solução Consigo, Solução Valor, Solução Viva).

 

fonte:http://economico.sapo.pt/

10
Jan12

8 factos que vão afectar o seu dinheiro este ano

adm

Num ano repleto de desafios para a generalidade dos portugueses, conheça os principais factores que vão afectar o seu dinheiro.

1 - Subida de impostos
Em 2011, a electricidade e o gás já subiram de preço, com o agravamento do IVA de 6% para 23%. Contudo, este ano muitos produtos de supermercado sofrem um aumento deste imposto. É o que se passa, por exemplo, com a água, cuja taxa de IVA vai subir de 6% para 13%. De 13% para 23% sobe o IVA de um grande leque de bens alimentares bem como da restauração. Também a tributação sobre juros, dividendos e mais-valias aumenta, o que significa que vai receber menos pelas suas aplicações. Segundo o Orçamento do Estado para 2012, as taxas liberatórias sobre mais-valias de activos bolsistas sobe, de 20% para 25%, para valores superiores a 500 euros. Já os dividendos pagos pelas acções e os juros dos depósitos a prazo deixam de ser tributados a uma taxa de 21,5% e passam a ser taxados a 25%. A mesma alteração afectará as mais-valias contabilizadas pelos pequenos investidores em fundos de investimento estrangeiros.

2 - Menos deduções no IRS
Os contribuintes também vão poder deduzir menos no IRS de 2012. Em relação às despesas de saúde e educação vão ser introduzidos tectos máximos às deduções que as famílias podem fazer. Os limites máximos vão variar consoante os rendimentos dos contribuintes. Será ainda introduzido um limite às deduções da saúde. Até agora era possível deduzir 30% das despesas com a saúde, não havendo um montante máximo. No Orçamento do Estado para 2012 o limite é de 10%, com o tecto de 840 euros.

3 - Inflação em alta
Apesar das perspectivas de baixa inflação para este ano na zona euro, a realidade portuguesa promete ser bastante diferente. A inflação esperada para a zona euro ronda os 2%, mas o Fundo Monetário Internacional estima que em Portugal esta chegue aos 3,3% em 2012. Isto significa que, para além dos portugueses verem o seu poder de compra restringido, vão ver também o rendimento das suas poupanças diminuído.

4 - Cortes dos subsídios
Os funcionários públicos vão sofrer um corte nos rendimentos, passando-se o mesmo com os pensionistas, tanto do público como do privado, que também vêem as suas reformas reduzidas perante o corte de subsídios de férias e Natal. O corte será gradual entre os 600 e os 1.100 euros e total acima dos 1.100 euros. Tendo em conta que muitas famílias dependem destes dois subsídios para equilibrar as suas despesas mensais, algumas poderão entrar em situações de incumprimento. Para outras, será necessário um esforço adicional para reequilibrar o orçamento familiar.

5 - Alívio na prestação da casa
Uma das boas notícias deverá beneficiar quem recorreu ao crédito para comprar casa, atendendo a que é esperada uma redução nas prestações ao longo deste ano. Isto acontece em resultado do ciclo de quedas que as taxas Euribor começaram a registar nos últimos meses de 2011. Quem tem o crédito à habitação indexado à Euribor a três meses já começou a sentir a descida de juros nos últimos meses do ano passado, uma tendência que deverá prolongar-se este ano face à evolução dos futuros sobre esse indexante nos mercados internacionais. Já quem optou pelo indexante a seis meses, a primeira descida será sentida por quem fizer a revisão da taxa do empréstimo em Janeiro. Nos créditos indexados à Euribor a 12 meses será necessário esperar mais uns meses para sentir um alívio na prestação.

6 - Acréscimo de encargos na habitação
Os proprietários e inquilinos vão pagar mais pelas suas casas: as deduções de amortizações do empréstimo à habitação e das rendas da casa serão eliminadas. Já a dedução dos juros pagos no âmbito dos créditos contraídos vai ser progressivamente cortada. Além disso, a isenção de IMI (Imposto Municipal sobre imóveis) será encurtada e retirada progressivamente. Outro dos aumentos resulta da avaliação das casas, que deverá agravar o montante pago pelos proprietários.

7 - Remuneração atractiva dos depósitos
Nem tudo são má notícias para os aforradores portugueses. As expectativas apontam para que durante este ano os depósitos a prazo continuem a oferecer remunerações bastante atractivas, à semelhança do que se passou em 2011. Isto acontece devido às necessidades de financiamento dos bancos que deverão continuar a alimentar os juros dos depósitos. No entanto, o facto de o Banco de Portugal ter imposto limites no final de 2011 às taxas de juro destas aplicações deixa alguma incerteza quanto à remuneração futura destes produtos. Ou seja, os bancos vão continuar a apostar, mas tenderá a haver alguma contenção nas taxas a apresentar aos seus clientes. Ainda assim, em 2012, os depósitos deverão continuar a ser uma boa hipótese.

8 - Acesso difícil ao crédito
As instituições financeiras fecharam a torneira do crédito em Portugal, sobretudo no que respeita ao crédito à habitação e ao consumo, e as perspectivas indicam que este cenário deverá manter-se ao longo deste ano. Para além do financiamento estar caro, também é cada vez mais difícil para as famílias portuguesas conseguir reunir todas as condições necessárias para ter acesso aos empréstimos dos bancos.

fonte:http://economico.sapo.pt/

04
Jan12

7 armas para investidores de sucesso

adm

Ser um investidor bem sucedido nos seus investimentos está muitas vezes relacionado com o momento e a data da tomada de decisão dos produtos e das estratégias escolhidas. Por isso, prepare bem o seu “ano zero” do investimento e faça o trabalho de casa para ter sucesso como investidor.

 

Ter êxito nos investimentos não depende só dos altos e baixos dos mercados.

 

1. Informe-se sobre o produto que vai comprar

Compraria uma casa sem a conhecer por dentro? Provavelmente não e por isso não deve fazer o mesmo sempre que pretende investir. Se quer adquirir um produto financeiro, valores mobiliários como acções e obrigações ou quer subscrever um fundo de investimento, deve começar por ler a informação disponível sobre o produto, o prospecto. Vai ver que conhecendo melhor o que está por dentro do investimento que pretende fazer será mais fácil tomar as decisões acertadas quanto aos produtos que mais se ajustam ao seu perfil. Além disso, tenha a noção dos custos e comissões que suportará em cada investimento bem como a fiscalidade associada.

2. Invista só nos intermediários reconhecidos

Deixaria o seu filho com um estranho se ele prometesse que tomaria conta dele? Garantias de quem não conhece podem valer tanto como a promessa de um intermediário financeiro que o seduz pela internet com investimentos com retornos que parecem mentira e que não está registado oficialmente. Por isso, se é um aspirante a investidor de sucesso não se deixe seduzir por intermediários financeiros que não estejam registados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Além disso, se a sua ideia é fazer investimentos pela internet verifique também na CMVM se o site foi submetido à apreciação desta entidade.

3. Ponha tudo “preto no branco”

Se quer evitar dissabores com os seus investimentos, utilize esta frase junto do seu intermediário: “Toda a informação por escrito, por favor”. Ter todas as informações, alterações e condições “preto no branco” protege-o face a eventuais desencontros de pressupostos nos seus investimentos.

4. Compre um fato por medida

Se o mundo dos investimentos fosse semelhante ao mundo das festas, dir-se-ia que cada um dos investidores deveria ter um dress code ajustado à ocasião. Por isso, não deixe de ajustar o seu fato, o seu investimento, às suas medidas, perfil de risco. Evite subscrever ou adquirir produtos que desconhece, investimentos com perdas potenciais elevadas se precisa do dinheiro em pouco tempo, ou apostas em soluções desajustadas aos seus objectivos e ao seu perfil de cliente. Se não suporta pensar em poder perder parte do seu capital nos investimentos que vai fazer, então limite-se aos produtos de baixo risco.

5. Tenha cuidado com empréstimos para investir

Se está com vontade de investir, mas não tem dinheiro para o fazer, existem empréstimos para suprir essa lacuna. O problema é que deverá manter-se bem consciente do risco duplo que está a tomar. Além do risco do próprio activo em que investe acresce o facto de ter de pagar juros pelo empréstimo concedido. Num cenário de perda de valor do investimento, além de receber menos do que investiu, ainda terá de pagar a factura do crédito.

6. Pondere bem a análise

É muita a informação disponível para quem quer, por exemplo, comprar acções. Além dos relatórios das companhias, das notas de resultados, da envolvente do mercado concorrencial, existem também notas emitidas por intermediários financeiros que dão uma indicação do rumo da acção e da sua cotação no futuro. A recomendação presente tem por base uma avaliação de um analista individual ou um grupo de research, mas é um valor que deve tomar como possível e não como o que irá concretizar-se já que é apenas um alvo estimado de preço.

7. Aponte para o longo prazo

“Roma e Pavia não se fizeram num dia” e, muito provavelmente, o seu investimento também não se vai tornar na capital do seu império num abrir e fechar de olhos já que os investimentos que implicam risco médio e elevado estão desenhados para períodos de médio e longo prazo. Em regra, os produtos com retornos históricos mais elevados pedem mais tempo de investimento.

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/sites/

27
Dez11

Cinco oportunidades de investimento para 2012

adm

Acções, dólar australiano, paládio, cobre e milho são cinco das apostas da IG Markets para o próximo ano.

Ser optimista num cenário de forte contracção económica, ao mesmo tempo que se gere um orçamento familiar sob um amplo plano de medidas de austeridade, não é fácil. Nos mercados, o sentimento é partilhado pelos investidores: depois de um 2011 marcado por uma desvalorização superior a 10% das acções europeias, de uma onda de cortes de ‘rating' no espaço do euro que geraram subidas avassaladoras das ‘yields' das obrigações do Tesouro de vários países da zona euro e de constantes surpresas, pouco animadoras, na carteira dos investidores, o próximo ano não promete ser muito diferente. Promete ser, novamente, um ano impróprio para cardíacos. "Em 2012 deveremos potencialmente estar preparados para mais surpresas negativas do que positivas", vaticinam os analistas da IG Markets no ‘outlook' de 2012 para os mercados financeiros, que antecipa uma contracção de 0,5% do PIB europeu e um crescimento da economia global de 3,5%.

Contudo, os especialistas não deixam de salientar algumas boas oportunidades que podem ser aproveitadas pelos pequenos investidores no próximo ano. Nomeadamente, no campo do mercado accionista e das matérias-primas. No canto oposto estão os tradicionais ‘safe heaven', "especialmente os ligados à dívida soberana", como é o caso das obrigações do Tesouro da Alemanha e dos EUA, actualmente a oferecer rendibilidades reais negativas.

Crise torna acções nacionais pouco atractivas
A bolsa nacional tem sido uma das praças financeiras mais castigadas pelos investidores ao longo deste ano, em resultado de toda a situação em que tem estado envolvida a economia nacional. E face às estimativas de crescimento para 2012 apresentadas pelos principais organismos (Governo, Comissão Europeia e FMI), que apontam para uma correcção do PIB em torno dos 3%, os especialistas da IG Markets acreditam que "não se perspectiva uma recuperação generalizada para o mercado nacional". Recorde-se que desde Janeiro o principal índice accionista da Euronext Lisboa (PSI 20) acumula perdas acima de 30%. "Ainda assim, os títulos que poderão evidenciar melhores ‘performances' relativas continuarão a ser os de empresas mais diversificadas como a Jerónimo Martins, Galp, Cimpor, bem como de empresas com uma estrutura de ‘cash flows' mais previsível e por isso tradicionalmente mais defensivas - EDP e REN."

O sector menos interessante para os investidores volta a ser a banca que "deverá manter-se sobre especial pressão, num contexto de mercado monetário interbancário praticamente vedado às entidades nacionais e exigências muito relevantes de desalavancagem". Face a esta realidade, os especialistas referem que "considerando os objectivos de risco e retorno, bem como o horizonte temporal de investimento, apenas consideramos interessantes as apostas no sector bancário para horizontes temporais de (muito) longo prazo, já que os resultados sofrerão reduções drásticas (no sector em geral)."

Num quadro bem diferente deverão constar as acções norte-americanas: segundo as estimativas dos especialistas da IG Markets, o principal índice accionista dos EUA (S&P 500) deverá chegar ao final do próximo ano a cotar nos 1.393 pontos, traduzindo-se assim num potencial de valorização teórico de 13% face aos valores de ontem.

Outra aposta da equipa de Nuno Serafim para o próximo ano foca-se no mercado das matérias-primas que, segundo os especialistas, deverá continuar a registar uma forte correlação com os mercados accionistas. "Gostamos de matérias-primas que sofrem constrangimentos ao nível da oferta como o paládio, cobre e nos cereais o milho". Para os investidores com um perfil de risco mais arriscado, há ainda a possibilidade de investir no mercado cambial. E neste capítulo, a IG Markets volta a recomendar o investimento em dólares australianos por acreditar que a Austrália deverá "continuar a ser um país com crédito de ‘rating' ‘AAA' e, mais importante, deverá continuar a atrair um fluxo muito significativo de capital com objectivo de investimento directo estrangeiro". No canto oposto figuram as moedas europeias da zona euro e a libra esterlina. No caso do euro, o pessimismo dos especialistas vai tornar-se mais agudo se o "Banco Central Europeu acabar por enveredar por uma política de expansão monetária".

fonte:http://economico.sapo.pt/

23
Dez11

Diversificar o risco é o segredo para ganhar em 2012

adm

Deixe de lado os activos de maior risco e aposte em diversificar o investimento, defende o Banco Best.

O mundo inteiro tem estado a preparar-se para um 2012 negro. Seja em termos de abrandamento do crescimento económico, do aumento da dívida pública mundial ou de investimento em activos de maior ou menor risco. Os analistas traçam vários cenários para aquele que poderá ser o ‘ano horribilis' da década. Mas não se assuste: os seus investimentos podem continuar a garantir um retorno se diversificar os riscos.

"Os títulos de dívida pública dos países mais seguros, como os EUA e Alemanha, poderão continuar - caso exista um aumento da incerteza - a ser considerados activos de refúgio, embora o seu potencial de valorização, dado o actual nível de taxas de juro, seja diminuto", explicou Diogo Serras Lopes, Director de Investimentos do Banco Best, em declarações ao Diário Económico. O responsável sublinha que, por isso mesmo, "a diversificação, tanto de regiões, como de classes de activos ou moedas - continua a ser a melhor forma de proteger os investimentos do risco específico de um determinado evento".

Na mesma ocasião o responsável salientou que "o ano de 2012, pelo menos na parte inicial, continuará a ser marcado por um nível elevado de incerteza, nomeadamente na questão dos desenvolvimentos da crise europeia", explicando que, por isso mesmo, "os activos de risco, embora se encontrem de forma geral a níveis baixos de avaliação em termos de comparações históricas - o que aumenta a sua atractividade no longo-prazo -, poderão estar pressionados no curto-prazo, tanto pelo nível elevado de incerteza, como pela possível redução de estimativas de crescimento económico".

Estimativas que "têm vindo a ser revistas em baixa nos últimos meses, em parte devido às dificuldades sentidas pela zona euro na resolução da crise actual", afirmou o especialista, lembrando ainda que "desde que a desaceleração sentida nos mercados desenvolvidos não assuma proporções significativamente maiores", os países emergentes poderão ser parte da solução. As chamadas economias em desenvolvimento têm registado um crescimento superior ao dos países desenvolvidos, embora se tenha assistido a uma ligeira desaceleração nos últimos meses do ano. No entanto, "a menor dependência dos países emergentes das exportações para os países desenvolvidos, através do reforço da componente de procura doméstica nestas economias, poderá tornar as economias emergentes menos sensíveis aos maiores problemas sentidos nas economias desenvolvidas", concluiu.

Por isso, a aposta em divisas de países emergentes ou em moedas consideradas muito seguras - como o franco suíço - deverá também estar na mira dos investidores durante o próximo ano, numa altura em que têm estado a valorizar tanto face ao dólar quanto face ao euro.

Dívida mundial não pára de aumentar
A dívida mundial registou, entre 2002 e 2010, um aumento de 11% ao ano. Contas feitas e a dívida pública global é actualmente de cerca de 30 biliões de euros, o que representa um grande travão ao crescimento económico mundial. "A diminuição do actual nível de dívida global é algo que será necessário realizar durante os próximos anos, indo até, potencialmente, além da próxima década", diz Diogo Serras Lopes.

No "relógio mundial da dívida", uma ferramenta disponibilizada pela revista ‘The Economist' e que mede ao segundo a evolução da dívida mundial, Portugal destaca-se, a cor-de-laranja, como um dos países com mais elevada dívida pública do mundo, a par de Espanha, da Austrália e da Finlândia. França, Itália e Alemanha estão, por seu lado, pintados a vermelho, registando um nível de dívida pública superior a 75% do PIB nacional.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

22
Dez11

Empreste dinheiro ao Estado e ganhe 7% em seis meses

adm

Se quer investir em dívida pública estude a hipótese de comprar obrigações do Tesouro que vencem no curto prazo.

Ser hoje credor do Estado português é um risco. Que o digam os vários fornecedores da administração pública e a própria banca, que contabilizam nos seus balanços vários milhares de euros de facturas e créditos em atraso. O descarrilamento das contas públicas nos últimos anos, que culminou numa dívida pública superior a 100% do PIB e num défice orçamental longe do desejado, não abona muito a seu favor. Mas também é verdade que desde 1890 que o Tesouro não tem falhado com todas as suas responsabilidades financeiras. É talvez por isso que as famílias continuam a emprestar dinheiro ao Estado: de acordo com os últimos números da entidade responsável pela gestão da tesouraria e da dívida pública (IGCP), estão aplicados em certificados de Aforro (CA) 11.923 milhões de euros e 1.278 milhões de euros em certificados do Tesouro (CT).

No entanto, qualquer um dos dois instrumentos de dívida do Estado português está longe de ser um produto financeiro interessante para o bolso dos portugueses que queiram investir no curto prazo. Pelo menos quando comparados com as obrigações do Tesouro que vencem nos próximos meses, e que acarretam riscos semelhantes aos dois instrumentos de dívida desenhados para as famílias.

Dívida a duas velocidades
A possibilidade de o Estado entrar em incumprimento é o maior risco que enfrenta qualquer credor de Portugal. Mesmo no caso dos CA e CT, que de acordo com as suas características são produtos de capital garantido, vários especialistas consideram que numa situação de reestruturação da dívida nacional dificilmente passarão imunes. Nem que seja por uma ordem de equidade entre investidores (privados versus particulares) ou mesmo por serem produtos com maturidades de longo prazo (os títulos mais penalizados numa situação de reestruturação).

Neste sentido, ganha peso a atractividade das obrigações do Tesouro que vencem no curto prazo que oferecem o melhor de dois mundos: elevada remuneração, em resultado da crise da dívida soberana na zona euro que gerou uma escalada sem precedentes da ‘yield' destes títulos; e baixo risco, pois, pelo menos até que Portugal esteja sob a alçada da ‘troika' haverá dinheiro para pagar aos credores.

As obrigações do Tesouro que vencem a 16 de Junho do próximo ano assentam na perfeição nesta descrição: segundo cálculos do Diário Económico com base no preçário do BES e do Banco BPI, dois dos principais intermediários financeiros na negociação de obrigações, e no preço que os títulos estavam a cotar na sexta-feira na Euronext Lisboa, estas obrigações oferecem uma rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões, no vencimento, de 7,05% ou uma taxa interna de retorno (TIR) de 12,64%, para um investimento de 5.000 euros. O mesmo investimento feito no início do mês renderia, em média, 10%. São ganhos bem longe da taxa de juro bruta dos CA para novas subscrições em Dezembro que foi fixada em 1,496%. Recorde-se ainda que estas obrigações são os títulos de dívida mais líquidos da bolsa portuguesa, tendo negociado no último mês 18,4 milhões de euros, cerca de 836 mil euros por sessão.

Caso o prazo de investimento seja mais alargado e o perfil de risco do investidor mais arriscado, poderá ser ponderado o investimento nas obrigações do Tesouro que vencem a 13 de Setembro de 2013, a segunda linha de obrigações mais líquida da Euronext Lisboa. Estes títulos estão a oferecer uma rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões, na maturidade, de 18,25% que se traduz numa TIR de 11,15%, igualmente no caso de um investimento de 5.000 euros. No entanto, é importante salientar duas coisas: a liquidez destas obrigações é cinco vezes inferior às primeiras e o risco que acarretam é consideravelmente superior às que vencem em Junho, pois esta será a primeira linha obrigacionista a vencer fora da data em que termina o pacote da ajuda da ‘troika' a Portugal, cabendo assim ao Tesouro arranjar forma de pagar aos obrigacionistas, por ventura, recorrendo novamente ao mercado de dívida.

Uns dirão que a compra destas OT é um tiro certeiro. Mas cuidado: se há algo que esta crise nos ensinou é que nada é garantido. E por isso, hoje, mais do que nunca, seguir à risca a velha máxima da diversificação da carteira de investimentos por activos e regiões geográficas é da maior relevância. Para bem do seu dinheiro.

 

Dívida pública para dois perfis
A obrigação do Tesouro que vence a 15 de Junho oferece uma rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões de 7,05%, para um investimento de 5.000 euros. No caso da obrigação do Tesouro que vence a 13 de Setembro de 2013, o mesmo investimento traduz-se numa rendibilidade efectiva líquida de impostos e comissões de 18,25%. Contudo, é importante salientar que a diferença de ganhos é proporcional ao risco do investimento: se a primeira obrigação vence dentro de seis meses e é a linha obrigacionista mais líquida da Euronext, a obrigação que vence em 2013 carrega consigo o risco de ser a primeira linha obrigacionista que será garantida pelo Estado português findo o pacote de ajuda financeira da ‘troika'.

fonte:http://economico.sapo.pt/

04
Dez11

Fundos imobiliários: estáveis mas pouco rentáveis

adm

Investir em imóveis com pequenos montantes já não é interessante: em 12 meses, os fundos renderam apenas 2,9%.

Oinvestimento em imóveis não está ao alcance só dos portugueses com patrimónios elevados nem implica ter conhecimentos e experiência do sector. Os pequenos investidores também podem ser proprietários através dos fundos de investimento imobiliário (FII). O capital não está garantido e os ganhos não deverão ser elevados, mas é uma aplicação muito acessível e bastante mais diversificada do que o investimento directo.

Os FII permitem investir à medida das possibilidades de cada um. Com 500 euros, já é possível tornar-se "senhorio" de um vasto conjunto de imóveis. Os fundos também libertam de preocupações e são bastante cómodos, pois é a sociedade gestora quem cobra as rendas, faz as obras, renova os contratos e procura novos inquilinos.

Além disso, por ser composta por especialistas, os seus conhecimentos e experiência permitem-lhes, em princípio, conseguir negócios, pelo menos em linha com as condições do mercado.

Como funcionam?

Os FII, tal como os outros fundos, reúnem o dinheiro de muitos participantes. A diferença é que investem em bens imóveis, enquanto os restantes fundos aplicam em acções e obrigações. Geralmente, o principal "alvo" dos FII são os imóveis destinados ao arrendamento no segmento comercial (escritórios, lojas e armazéns).

O segmento da habitação também pode estar incluído, mas actualmente tem um peso muito diminuto. Em Setembro, representava apenas 3% das carteiras dos fundos. Os FII investem sobretudo em imóveis já concluídos, mas também podem adquirir terrenos para construção e promoção de empreendimentos. Para investir nestes fundos, basta dirigir-se aos bancos encarregues da comercialização e abrir conta. Mas, antes de subscrever, leia atentamente o prospecto simplificado.

Investidor informado vale por dois

Os FII estão divididos em unidades de participação (UP), cujo valor resulta da divisão do património pelo número de unidades de participação em circulação. Quanto mais dinheiro colocar no fundo, maior será o número de UP que vai deter. O valor das UP evolui ao longo do tempo, espelhando os bons ou maus negócios que a sociedade gestora efectuar. Os FII de rendimento (ou distribuição) entregam as receitas obtidas, de forma periódica, aos participantes. Os fundos de capitalização reinvestem automaticamente os rendimentos, aumentando o valor das UP.

Ganhos fiscais

Os FII beneficiam de um enquadramento fiscal favorável, o que beneficia quem investe indirectamente em imóveis através de fundos. Por exemplo, estão isentos de pagamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). As rendas são tributadas em 20% e os ganhos na venda de imóveis em 12,5%, taxas que, em princípio, são mais favoráveis do que no investimento directo. Ao investir em FII está igualmente livre de quaisquer preocupações fiscais. Os ganhos que obtenha com os fundos estão isentos de imposto e não tem de incluí-los na declaração anual de IRS.

Facilidades têm custos

As vantagens dos FII têm como reverso da medalha a existência de vários tipos de comissões.É o preço que o investidor tem de pagar directa e indirectamente para usufruir do potencial do sector imobiliário.

- Comissão de subscrição: é cobrada na subscrição de novas UP. Trata-se de uma percentagem sobre o valor entregue pelo investidor.

- Comissão de resgate: quando existe, é debitada sobre o valor das UP na data do resgate. É calculada com base numa percentagem prefixada. Na maior parte dos casos, diminui com o tempo de permanência do investidor no fundo.

- Comissões de gestão e de depósito: a pagar periodicamente pelo fundo à entidade
gestora e ao banco depositário, destinada a remunerar os seus serviços.

Rendimentos em queda

A crise atingiu o rendimento dos fundos imobiliários. Depois de renderem mais de 4% por ano entre 2007 e 2009, a rentabilidade anual caiu para 2,8% em 2010 e, em 2011, até Outubro, o ganho acumulado era apenas de 2,4%. É indiscutível que as suas características permitiram evitar prejuízos para os investidores, ao contrário de outras categorias de fundos, mas as perspectivas para os próximos anos continuam pouco favoráveis. A contracção da actividade económica deverá continuar a penalizar o sector imobiliário. A conjuntura é negativa para estes tipos de fundos, porque tornou muito mais apelativos certos produtos com menos risco, como os depósitos a prazo e a dívida pública. Assim, apesar das várias vantagens, os fundos imobiliários não são actualmente a melhor opção para os investidores.

Fundos especiais? Tenha atenção!

Além dos FII, também são comercializados fundos especiais de investimento imobiliário (FEII). Mas a política de investimento é bastante diferente dos FII "normais", o que se reflecte no desempenho e no risco. Por exemplo, nos últimos 12 meses o rendimento dos FEII oscilou entre -7,4% e 5,9%. O risco é demasiado elevado: mantenha-se afastado.

Comentário Proteste Investe

Os fundos imobiliários foram uma opção interessante durante anos, pois permitiam aceder ao sector imobiliário e proporcionavam ganhos atractivos face a produtos de menor risco, como os depósitos a prazo. Contudo, os mercados financeiros atravessam uma fase pouco "normal". No cenário actual, como os fundos imobiliários não garantem o capital, perdem quando comparados com as características e juros oferecidos por muitos depósitos e pela dívida pública (Certificados do Tesouro e Obrigações do Tesouro). Ao optar por dívida pública, garante rendimentos mais elevados com um risco teoricamente mais reduzido. Assim, deixamos de recomendar fundos imobiliários. Se já tem, deve resgatar e investir em Obrigações do Tesouro a médio e longo prazo, mantendo-as até ao vencimento. Se pretende aplicar por um período mais curto ou não tem a certeza de quando precisa de re-embolsar o capital, prefira um depósito a prazo.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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