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Poupanças e Investimentos Seguros

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14
Mar15

Fundos voltam a captar investimento apos sete meses de resgates

adm

Os fundos geridos por entidades nacionais conseguiram obter subscrições líquidas de 107,3 milhões de euros em Fevereiro.

Os fundos de investimento geridos por entidades portuguesas voltaram a conseguir captar dinheiro. Em Fevereiro, conseguiram que o valor das subscrições ultrapassasse o dos resgates em 107,3 milhões de euros, segundo dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) divulgados hoje.

Os valores de Fevereiro interrompem um ciclo de sete meses de resgates, iniciado após a resolução do BES. A contribuir para esta sequência negativa esteve a saída de investimento da ESAF. Nos últimos 12 meses os resgates da gestora superaram 1,5 mil milhões de euros. A gestora voltou a sofrer resgates no mês passado, com as saídas líquidas de investimento a situarem-se em 107,4 milhões de euros.

Apesar dos resgates na gestora de activos do Novo Banco, a grande maioria das gestoras de activos conseguiu captar subscrições. Isto numa altura em que os depósitos têm taxas cada vez mais baixas e depois do Governo ter decidido cortar a remuneração dos Certificados de Aforro e dos Certificados do Tesouro Poupança Mais.

O Santander Asset Management foi a entidade que conseguiu um maior aumento das subscrições. Os fluxos líquidos para fundos desta entidade situaram-se em 90,1 milhões de euros no mês passado. Apesar disto, a Caixagest e o BPI Gestão de Activos mantêm os dois primeiros lugares na quota de mercado. Gerem 3,79 mil milhões e 1,96 mil milhões de euros, respectivamente.

O Santander Asset Management tem 1,83 mil milhões de euros sob gestão. No total, os fundos de investimento geridos por sociedades nacionais gerem 11,88 mil milhões de euros.

fonte:http://economico.sapo.pt/

14
Mar14

Portugueses confiam 216 milhões de euros aos fundos em Fevereiro

adm
Investimento em fundos voltou a aumentar. Desde o início do ano entraram 568,1 milhões de euros nestes produtos de poupança.

Os portugueses voltaram a confiar as suas poupanças aosfundos de investimento, no mês passado. Estes produtos captaram 216,1 milhões de euros em Fevereiro, elevando para 568,1 milhões o valor das subscrições líquidas.

 

Os investidores nacionais investiram 1.078,2 milhões de euros em fundos geridos por entidades nacionais, enquanto os resgates totalizaram 862,1 milhões de euros, o que perfaz um saldo positivo de 216,1 milhões, segundo os números divulgados pelo relatório mensal da APFIPP (Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios).

 

Num mês forte para os mercados accionistas, os investidores preferiram reforçar as aplicações em fundos considerados mais conservadores e em fundos de obrigações. Os fundos de tesouraria euro e mercado monetário euro foram as categorias que captaram mais investimento. Receberam 81,9 e 66,9 milhões de euros, respectivamente.

 

Também os fundos de obrigações foram alvo de interesse. Os fundos que investem predominantemente em obrigações viram entrar 31,5 milhões de euros, enquanto os fundos especiais de investimento de obrigações registaram subscrições líquidas de 21 milhões.

 

Acções nacionais no radar dos investidores

Após um longo período a evitarem os fundos que investem em acções nacionais, os investidores manifestam-se agora mais confiantes na evolução da bolsa lisboeta, com os aforradores portugueses a confiarem nove milhões de euros a estes fundos, no último mês.

 

Nos dois primeiros meses do ano, estes produtos receberam 25 milhões de euros, com os investidores a serem seduzidos pelos elevados retornos apresentados por estes fundos. Os fundos de acções nacionais são uma das categorias mais rentáveis no último ano, com uma rendibilidade média de 30% no último ano.

 

Apesar do reforço do investimento em fundos de acções nacionais, os restantes produtos que investem em acções de outras regiões perderam capital. Os fundos de acções da União Europeia, Suíça e Noruega perderam 17,4 milhões de euros, enquanto os fundos de acções internacionais e acções americanas obtiveram resgates de 3,1 e 2,2 milhões de euros, respectivamente.

 

Os activos sob gestão nas mãos da indústria aumentaram 2,7%, para 13.053,6 milhões de euros, fruto do aumento das subscrições e das valorizações registadas pelos activos nos mercados.

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

07
Fev14

Cinco fundos para investir agora

adm

A selecção da Proteste Investe rendeu 13,7% em 2013, o que se junta aos 10,4% de 2012. Descubra os melhores fundos para investir em 2014.

H á um ano a Proteste Investe disse-lhe como deveria ser composta uma carteira mínima de fundos: acções norte-americanas, britânicas e suíças e obrigações polacas e suecas. Se seguiu esta recomendação, repartindo o seu património igualmente pelos cinco fundos aconselhados, está 13,7% mais rico. Já no ano anterior, em 2012, a publicação da Deco promoveu um ganho de 10,4% através de uma selecção de seis fundos de investimento.

Ao longo destas páginas conhecerá a estratégia para 2014. Há algumas mudanças: as acções norte-americanas e britânicas ficam, mas as suíças são cambiadas pelas chinesas; as obrigações em coroas suecas mantêm-se, mas as polacas são trocadas pelas denominadas em coroas norueguesas. De que está à espera?

Antes de investir, não se esqueça que deve pensar no longo prazo: embora estes fundos aconselhados sejam para 2014, para o ano a Proteste Investe vai ajudá-lo a refrescar a sua selecção de activos. Não invista em fundos de acções se não planeia ter o dinheiro aplicado durante cinco ou mais anos. Para os fundos de obrigações, o mínimo aconselhável são três anos. Além disso, esta estratégia é minimal: o ideal é replicar as carteiras de longo prazo da Proteste Investe. Verá que os retornos não desiludiram.

Acções arrasam concorrência

A economia mundial ainda está a recuperar dos efeitos da última crise financeira, mas as bolsas têm estado num plano bem melhor. Em 2013, vários mercados accionistas atingiram máximos históricos, o que beneficiou bastante os fundos de acções. Em algumas categorias, a valorização média superou 20%. Os destaques do ano foram os fundos de acções nacionais, que avançaram 28,1%. Após a forte queda provocada pela crise financeira e acentuada pela recessão económica, a praça lisboeta tem vindo a ganhar terreno desde meados de 2012. Portugal pode ter deixado a recessão para trás, mas o crescimento económico será débil e a forte subida das cotações tornou a nossa bolsa cara em termos comparativos.
As categorias preferidas da publicação da Deco também estiveram em muito bom plano. A progressão média dos fundos de acções norte-americanas foi 26,6%, enquanto os dedicados às acções britânicas ganharam, em média, 19,5%. Quanto à bolsa de Tóquio, que se estreou em meados de 2013 nas carteiras recomendadas pela Proteste Investe para cinco anos, registou uma boa valorização apesar da queda do iene nipónico: os fundos ganharam, em média, 20,6%. O recomendado JPMorgan Japan Strategic Value D alcançou 22,7% em 2013. O Schroder ISF Japanese Equity B esteve menos bem com 18,1%.

Euro surpreende e obrigações fraquejam

A progressão das acções, como sucede muitas vezes, foi feita também à custa dos mercados da dívida. Contudo, a política expansionista dos bancos centrais manteve os juros em níveis baixos e sustentou o valor das obrigações ou, pelo menos, evitou quedas acentuadas. Foi, sem dúvida, o comportamento dos mercados cambiais que teve uma influência considerável na rentabilidade dos fundos de obrigações durante 2013. A dissipação dos cenários mais sombrios de desmembramento da zona euro, em conjunção com uma política monetária relativamente menos expansionista do Banco Central Europeu, impulsionou o valor da moeda europeia. Esta apreciação do euro face às principais divisas teve um efeito negativo na rentabilidade dos fundos que investem fora desta região. No entanto, as moedas preferidas pela Proteste Investe foram das que perderam menos terreno em 2013. Naturalmente que este resultado não é alheio ao facto da Proteste Investe preferir divisas que estejam subvalorizadas face ao euro.

O fundo dedicado ao zlóti polaco, o Nordea Polish Bond E PLN, que saiu das carteiras apenas em dezembro, recuou só 0,7% em 2013. Os fundos de obrigações helvéticas perderam, em média, 1,9% e o de coroas dinamarquesas desvalorizou 2,4%. Menos bem ficou o Nordea Swedish Bond E SEK com -7,2%, penalizado parcialmente pela queda de 3,1% da coroa sueca face ao euro. Mesmo assim todos superaram o desempenho do mercado mundial de obrigações em 2013 (-8,1%) e contribuíram para a boa performance das carteiras recomendadas pela revista da Deco.

Emergentes decepcionam

Os mercados emergentes foram a maior desilusão de 2013. A multiplicação dos sinais de esgotamento dos modelos de crescimento económico afastou os investidores, o que se reflectiu no mau desempenho dos fundos especializados nestas bolsas. Os actuais desafios que se colocam aos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) são diferentes, tal como o seu nível de preparação para superar os desafios. De facto, só a China está a conseguir manter um bom nível de crescimento neste período de transição e, mesmo assim, tem sido considerado insuficiente. Nos fundos, também foi a categoria da China a registar o melhor desempenho: em média 7,8% e o fundo recomendado pela Proteste Investe, o Fidelity Greater China E, subiu 8,4%. A Rússia ficou ligeiramente aquém da linha de água com -1%. Por seu turno, os fundos da Índia e do Brasil afundaram, respectivamente e em média, 10% e 21,6%. Aqui, o impacto da depreciação face ao euro da rupia indiana (-15,3%) e do real brasileiro (-17%) foram determinantes para o resultado final. Assim, a maior preferência dada à China e à Rússia na componente emergente das carteiras de fundos acabou igualmente por se relevar acertada.

Será que, em poucos anos, os BRIC passaram de grandes promessas a grandes problemas? É uma perspectiva que não é partilhada pela publicação da associação de consumidores. Mais do que em qualquer outra categoria, os fundos de acções emergentes implicam um forte compromisso com o longo prazo. As oscilações nas economias e nas bolsas destes países são, por natureza, elevadas. Se, no passado, a Proteste Investe não abraçou a teoria de que os emergentes estavam totalmente imunes ao que acontecia no Ocidente, agora também não envereda pelo sentimento de total descrédito a que foram votados. As depreciações cambiais também eram expectáveis com a subida dos juros nos Estados Unidos da América e o regresso de capitais à terra do Tio Sam. Por outras palavras, a Proteste Investe continua a considerar os fundos emergentes como incontornáveis e aconselha a aposta em alguns mercados de uma parte reduzida da carteira para investir no longo prazo.

fundos recomendados

Acções americanas

Vontobel US Value Equity C

A Proteste Investe continua a ver potencial de valorização na América do norte. Por um lado, as perspectivas de crescimento dos EUA continuam a superar a da maioria das economias desenvolvidas e o risco da bolsa é comparativamente baixo. Por outro, o dólar está subvalorizado face ao euro. Para 2014, a revista da Deco volta a destacar o Vontobel US Value Equity C. No ano passado, a sua rentabilidade não foi tão boa, mas a consistência dos últimos anos continua a jogar a seu favor. Agora tem a companhia Threadneedle American Extended Alpha USD Ret Net A nos fundos recomendados 

para investir nos EUA.

Acções britânicas

Fidelity United Kingdom A GBP

Em 2013, o desempenho da bolsa de Londres foi menos bom. A Proteste Investe acredita que os investidores negligenciaram indevidamente este mercado e mantém a confiança de longo prazo nas empresas britânicas. Um elevado potencial de rendimento do dividendo e uma boa exposição ao mercado global, em conjugação com um baixo nível de risco em termos comparativos, continuam a tornar barata a praça londrina. A publicação mantém a recomendação de compra do fundo Fidelity United Kingdom A GBP. No entanto, este último volta agora a ter a companhia do Schroder ISF UK Equity B.

Acções da China

Invesco Greater China Equity E

O potencial de longo prazo da China permanece. É inquestionável que o país enfrenta importantes desafios ao tentar sustentar o crescimento mais no consumo interno e menos no investimento, mas as autoridades dispõem de vastos recursos para levar a tarefa a bom porto. Os fundos de acções chinesas continuam a ser a eleição da Proteste Investe no que diz respeito aos mercados emergentes. A revista da Deco passa a recomendar a subscrição do Invesco Greater China Equity E. Se já detém o fundo Fidelity Greater China E, pode manter. Dado o maior risco da China, estes fundos não devem pesar mais de 10% nas carteiras.

Obrigações suecas

Nordea Swedish Bond E SEK

Tendo em conta que o nível global de taxas de juro é baixo e, em muitos casos, artificialmente devido à intervenção massiva dos bancos centrais, há poucas opções interessantes nos mercados obrigacionistas. A dívida emitida em coroas suecas mantém-se, no cenário actual, uma aposta incontornável. O desempenho de 2013 foi negativo, mas a moeda permanece barata face ao euro e as obrigações do Estado sueco possuem uma elevada qualidade creditícia. O fundo Nordea Swedish Bond E SEK continua a ter a preferência da Proteste Investe e um peso considerável nas carteiras.

Obrigações norueguesas

Nordea Norwegian Bond E NOK

A apreciação do euro tem tornado o valor de outras divisas mais atractivo. É o caso da moeda da Noruega que, após um longo período de sobrevalorização, está actualmente cotada em valores interessantes. O baixo nível de risco de crédito das emissões associadas a esta moeda é outro factor que joga a favor do fundo de obrigações em coroas norueguesas. O Nordea Norwegian Bond E NOK fez a sua estreia nas carteiras em Dezembro e é uma das principais apostas da Deco para 2014, sobretudo após a anunciada liquidação do único fundo que permitia investir em dívida emitida em zlótis polacos.

 

fonte:http://economico.sapo.pt/

13
Ago13

Conheça os fundos que mais rendem em 2013

adm

Mais de 80% dos fundos portugueses registam ganhos desde o início do ano.

Muitos dos investidores portugueses que decidiram apostar na indústria de fundos têm razões para sorrir. A grande maioria dos fundos de investimento geridos por sociedades gestoras nacionais regista retornos positivos no acumulado do ano. Dos 268 produtos seguidos pela associação do sector - a APFIPP - 84% apresentam ganhos nesse período. Para 14 veículos de investimento, os retornos atingem mesmo os dois dígitos.

A maioria dos fundos mais rentáveis em 2013 têm em comum o facto das respectivas políticas de investimento incidirem sobre a bolsa dos Estados Unidos. Aliás, entre os dez produtos mais rentáveis, seis apostam precisamente em títulos cotados no mercado accionista norte-americano. Esta categoria de produtos conseguiu assim tirar partido dos máximos históricos atingidos nas últimas semanas pelos principais índices bolsistas dos EUA. Conseguiram também resistir às notícias que davam como quase certo o início da retirada de estímulos económicos pela Reserva Federal norte-americana ainda este ano. Entretanto, Ben Bernanke anunciou, já no final do mês passado, a decisão de manter o ritmo de compra de obrigações do Tesouro inalterado, para já.

De salientar que, desde o início do ano, o índices Dow Jones e S&P 500 valorizam em torno de 18%, suportados pelos dados económicos favoráveis à maior economia do Mundo. O Espírito Santo Acções América é, segundo os dados divulgados pela APFIPP, o fundo de investimento que melhor partido soube tirar dos ganhos acumulados pelo mercado accionista dos EUA. O produto, que tem um nível de risco de 5 (numa escala de 1 a 6), rende 16,67% desde Janeiro. Entre as maiores posições na carteira deste fundo incluem-se acções da Exxon Mobil, Apple, General Electric e Chevron.

Mas não foi apenas o investimento em acções norte-americanas a compensar. O sector das farmacêuticas permitiu ao Montepio Euro Healthcare apresentar o segundo melhor desempenho em 2013. O produto (risco 4) tem como maiores apostas acções da Sanofi, Roche e Novartis e conseguiu acumular uma rendibilidade de 15,96% desde o início do ano.

A fechar o pódio dos fundos mais rentáveis está outro produto que investe no mercado dos EUA. Trata-se do CaixaGest Acções EUA (risco 5) que apresenta uma rentabilidade acumulada de 15,18% e cujos maiores investimentos estão em títulos da Apple e do Wells Fargo.

Para além dos fundos que investem em acções americanas, no ‘ranking' de produtos mais rentáveis estão também dois fundos de poupança acções: o ESAF PPA e o Santander PPA com rentabilidades acumuladas em 2013 de 12,46% e 11,67%, respectivamente.


fonte:http://economico.sapo.pt/

29
Out12

Saiba como ganhar com a dívida pública portuguesa

adm

Os títulos da dívida pública portuguesa valorizaram 50% desde o início do ano. O Diário Económico apresenta-lhe algumas formas de comer parte deste “bolo”.

Investir em Obrigações do Estado pode ser uma tarefa complicada para os pequenos investidores, dados os elevados montantes necessários para negociar estes títulos. "Uma das principais limitações para os pequenos investidores é o facto de várias emissões de dívida pública e privada serem apenas transaccionadas em lotes de valores elevados (50 ou 100 mil euros) e dos títulos de dívida serem geralmente transaccionados directamente entre intermediários financeiros, o que reduz a liquidez", refere o o director de negociação da GoBulling, João Queiroz.

Mas existem outras formas de ganhar exposição a dívida pública portuguesa, que valoriza em média 50% em 2012. Além dos certificados de aforro, cuja rentabilidade não reflecte as oscilações dos preços das obrigações do tesouro no mercado secundário, os investidores podem ganhar exposição a dívida pública portuguesa através de fundos de investimento.

Os fundos que mais investem no Estado
Apesar dos fundos diversificarem os seus investimentos, há produtos com um exposição significativa à dívida do Estado português. Um dos casos é o Montepio Taxa Fixa, com 48% do património alocado em várias linhas de Obrigações do Tesouro. O produto, que tem uma classe de risco 3 (numa escala de 1, menos risco, a 6, maior risco), rende 23% nos últimos 12 meses. Outro produto com uma exposição significativa à dívida pública nacional é o Santander Multi Taxa Fixa, com 25% do fundo investido em obrigações do Estado. O veículo, que tem uma classe de risco 2, aprecia 3,84% nos últimos 12 meses. Também o Espírito Santo Obrigações Europa tem 23% do seu património alocado em obrigações soberanas portuguesas. Este produto valoriza 25% no último ano e tem uma classe de risco 3. "Nos fundos de investimento, o cliente beneficia do know-how das sociedades gestoras na selecção de títulos, sendo ideal para investidores com menores conhecimentos sobre os mercados financeiros", refere o responsável de ‘trading' do banco Best, Carlos Almeida.

Além dos fundos de taxa fixa, pode também ganhar-se exposição à dívida pública portuguesa através dos Certificados de Reforma, gerido pela Segurança Social. OPPR do Estado tem 26% dos seus investimentos aplicados em dívida pública portuguesa. Outra forma é fazer aplicações em certificados de aforro. Estes produtos não reflectem as condições de mercado para os títulos de dívida, o que o torna mais indicado para aforradores avessos ao risco, já que não existe o risco da oscilação do preço. A taxa de juro bruta destes produtos é de 3,204%. Estas são algumas das opções para se ganhar exposição aos títulos de dívida do Estado. No entanto, a agência que gere o crédito público não descarta vir a lançar obrigações do tesouro direccionadas para os pequenos investidores, no próximo ano.

ETF e CFD  para os investidores mais experientes e que queiram diversificar
Já os investidores que queiram diversificar o investimento além da dívida portuguesa têm outras opções à disposição, caso dos ‘exchange-traded funds' (ETF) e dos ‘contract for differences' (CFD). "Para além das obrigações, existem alguns fundos cotados (ETF's) que permitem ganhar exposição tanto à dívida soberana como de empresas, com a facilidade de serem negociados da mesma forma que as acções e permitirem uma liquidez imediata. Há, ainda, os contratos sobre futuros de obrigações que permitem acompanhar os movimentos dos preços da dívida pública", explica João Queiroz. Os CFD são direccionados para investidores mais experientes e com maior grau de aversão ao risco, já que recorrem à alavancagem.


Quatro formas de investir em dívida pública

1 - Certificados
Os certificados de aforro são a opção mais simples para os aforradores que queiram ganhar exposição ao Estado e evitar as oscilações dos preços dos títulos de dívida no mercado. O governo aprovou regras excepcionais que melhoram a rentabilidade destes produtos e que os tornam atractivos em relação aos depósitos a prazo. Para as subscrições realizadas em Outubro, a remuneração bruta oferecida é de 3,204%%.

2 - Fundos
Apesar de não estarem totalmente investidos em dívida soberana portuguesa, existem fundos de obrigações de taxa fixa que têm uma parte significativa da carteira de investimento em obrigações do tesouro. É o caso do Montepio Taxa Fixa, do Santander Multi Taxa Fixa e do Espírito Santo Obrigações Europa. Antes de investir em fundos, convém aferir o grau de risco, as comissões e o período recomendado de investimento

3 - ETF
Os ‘exchange-traded funds' são fundos de investimento que são transaccionados como se fosse acções. Podem ser direccionados para quem procura diversificar em dívida de outros países. Existem ETF que permitem ganhar exposição à dívida de determinado país ou a um índice que reúne um cabaz de dívidas de vários estados. Podem ser utilizados para apostar na desvalorização de algumas obrigações.

4 - CFD
A partir de Novembro estarão disponíveis no mercado português, através da GoBulling e do Banco Best, ‘contract for differences' que replicam o desempenho dos contratos de futuros sobre obrigações. A vantagem dos CFD, destinados a investidores com elevado grau de tolerância ao risco já que recorrem à alavancagem, é necessitar de um investimento mais baixo para se ganhar exposição à dívida alemã, italiana e francesa.

Trabalho publicado na edição de 26 de Outubro de 2012 do Diário Económico

11
Out12

Conheça os fundos de investimento mais vendidos

adm

Investimento em fundos europeus atinge o valor mais elevado desde 2007.

Depois da tempestade, veio a bonança. Pelo menos, por um trimestre. Severamente fustigada pela crise da dívida soberana, pela instabilidade dos mercados e pela concorrência dos depósitos, a indústria de fundos de investimento europeia deu, finalmente, sinais de recuperação.

Os dados do último relatório da Lipper FMI elaborado em parceria com a JP Morgan AM, revelam que os investidores europeus investiram (em termos líquidos) nos primeiros três meses do ano, mais de 89 mil milhões de euros nestas aplicações. Para encontrar um valor trimestral mais elevado é preciso recuar até 2007.

Os números constam no estudo da Lipper que tem em conta as subscrições líquidas dos investidores de vários países (incluindo Portugal) em seis categorias diferentes de fundos de investimento. Os dados dos primeiros três meses do ano indicam uma recuperação da confiança dos investidores neste tipo de aplicações.

Na verdade, quase todas as categorias de fundos de investimento analisadas neste relatório registaram fluxos positivos. A excepção a esta regra foram os fundos do mercado monetário dinâmicos, ao registarem um saldo entre subscrições e resgates negativo em cerca de 442 milhões de euros.

Esta recuperação dos fundos está relacionada com a boa performance que os mercados bolsistas registaram no início do ano. O Euro Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas europeias, avançou 7,6% nos primeiros três meses do ano. O alemão Dax chegou mesmo a acumular ganhos de 17,78% nos primeiros três meses do ano- a valorização mais elevada desde Setembro de 2009. O facto de o BCE ter injectado cerca de um bilião de euros no sistema financeiro europeu, através da realização de dois leilões, bem como alguma estabilização momentânea na Grécia, trouxeram ânimo e até alguma euforia aos investidores.

Muitos deles começaram a trocar parte dos seus depósitos por activos com mais risco associado, aproveitando o facto de muitos deles (acções e obrigações) estarem a preços de "saldo" devido às fortes desvalorizações sofridas desde 2010.

Por isso mesmo, não foi surpreendente que os fundos de acções registassem um fluxo positivo de subscrições de 7,9 mil milhões de euros.

No entanto, e apesar destes sinais de recuperação, não há motivo para grandes euforias. Com o regresso dos problemas na Grécia e com a pressão dos mercados sobre Espanha, o medo está de novo instalado. Como tal, é natural que os números do segundo trimestre da indústria de fundos de investimento europeia acabem por revelar uma fuga dos investidores dos fundos de investimento mais arriscados.

Esta tese é admitida pelos próprios autores do estudo Lipper FMI/JPMorgan AM. "[Os fundos de acções registaram subscrições positivas no primeiro trimestre] mas infelizmente não esperamos que esta tendência continue em Abril e em Maio, já que os mercados de acções caíram e a correlação entre o comportamento dos índices e as subscrições de fundos desta categoria é elevada", referem os especialistas do estudo.

Previsões à parte, há um outro dado que sobressai no primeiro trimestre: a classe de fundos mais subscrita em toda a Europa foi a categoria de fundos de obrigações. Do total de 89 mil milhões de euros que o mercado de fundos captou nos primeiros três meses do ano, 63% deste montante foi canalizado para os fundos que investem em dívida.

Sendo que os investidores privilegiaram sobretudo os fundos que investem em obrigações americanas, dos mercados emergentes e também do segmento de ‘high yield'.

Na verdade, tanto nos fundos de obrigações como nos fundos de acções, os investidores europeus preferiram produtos que estão a expostos a regiões que não a Europa. Um dado que permite concluir que, embora os investidores tenham aumentado a sua exposição ao risco, ainda não confiam na recuperação da Europa e preferem manter-se afastados desta região.

A provar igualmente que os investidores continuam algo cautelosos está o facto de os 10 fundos mais subscritos na Europa nos primeiros três meses do ano pertencem todos à categoria de fundos do mercado monetário- a mais conservadora e com um nível de risco mais baixo. Uma tendência que aliás, já se tinha verificado no trimestre anterior. E, neste campo, o campeão de vendas foi um fundo da gestora BlackRock: o Institutional Sterling Fund, que nos primeiros três meses do ano conseguiu captar 6,8 mil milhões de euros.

Os números podem ser justificados não só pela postura defensiva dos investidores, mas também pelo facto de as próprias gestoras de fundos estarem a apostar na comercialização de fundos mais conservadores. Também elas parecem não estar confiantes em relação a uma recuperação dos mercados e acreditam que há mais más notícias para vir.

Trabalho publicado na edição de 30 de Julho de 2012 do Diário Económico

16
Set12

Os melhores fundos para ter em carteira

adm

Apesar da incerteza que paira sobre a resolução da crise europeia, o Económico foi à procura das melhores oportunidades de investimento.

Depois das férias e do descanso, muitos investidores preparam-se para afinar as suas carteiras e delinear novas estratégias de investimento para os próximos meses. Uma tarefa que não se adivinha fácil tendo em conta as dúvidas que se levantam no panorama económico. A incerteza sobre a resolução da crise da dívida soberana e a expectativa sobre as medidas de estímulo económico que podem vir a ser tomadas pelos bancos centrais nos dois lados do Atlântico tornam mais difícil para os investidores prever quais são os activos que mais beneficiarão nos próximos meses. Para facilitar essa tarefa, o Diário Económico solicitou a ajuda dos especialistas em gestão de activos de três bancos online- Best, ActivoBank e BiG. Cada um destes bancos delineou uma carteira de fundos de investimento para os investidores terem em conta nesta rentrée, tendo em conta diferentes perfis de risco: conservador, equilibrado e agressivo.

Apesar das diferenças que, naturalmente, separam os três portfolios sugeridos, há pontos em comum que unem as três carteiras. Um deles passa pela diversificação dos investimentos em termos regionais para evitar que o investidor esteja demasiado exposto à Europa, nomeadamente, à crise da dívida soberana. "A crise da zona euro deverá continuar nos próximos meses a ser um tema central dos mercados financeiros. A incerteza em torno das medidas que podem ser aplicadas para resolver a crise, acompanhada das divergências entre líderes europeus sobre qual será a melhor forma de manter a integração e convergência europeia, devem manter os activos da zona euro (as acções e obrigações ‘não-core') como alternativas de maior risco", alerta Diogo Serras Lopes, director de investimentos do banco Best.

Mas a fuga dos activos europeus não é o único denominador comum entre as várias carteiras de fundos delineadas pelos especialistas. A aposta no mercado de obrigações ‘high yield', ou seja obrigações de alto risco, alto rendimento, é também transversal nas várias carteiras.

Rui Broega, director de gestão de activos do banco BiG, é um dos especialistas que se mostra mais optimista em relação às obrigações ‘high yield'. Estas obrigações caracterizam-se pelo facto de terem um nível de risco teoricamente elevado. Quer isto dizer que são títulos em que há um risco maior de incumprimento por parte do emitente. No entanto, o especialista do BiG refere que o mercado está a antecipar taxas de ‘default' bastante mais elevadas do que a realidade nos revela.

"Considerando que os ‘spreads' actuais sobre as ‘bunds' e ‘treasuries' estão em níveis historicamente elevados para períodos com conjunturas de mercados semelhantes; que as taxas de ‘default' estão próximas dos mínimos e sem esquecer ainda que algumas empresas apresentam balanços mais limpos e com rácios de liquidez bastante interessantes, o mercado corporativo ‘investment grade' e ‘high yield' continua com potencial para realizar um outperformance face a outros segmentos de activos". Na verdade tanto, o especialista do BiG como os gestores de activos do ActivoBank consideram que os investimentos em dívida soberana alemã ou americana não são apelativos, nem trazem valor às carteiras dos investidores. "O ActivoBank está un'derweight' em dívida ‘investment grade' norte-americana incluindo dívida pública americana, que acreditamos ter atingido níveis de valorização bastante elevados, bem como sobre a dívida pública e ‘high yield' da zona euro", refere fonte da direcção de marketing do ActivoBank.

O sector das ‘commodities' também não foi esquecido e encontra-se na lista de preferências dos especialistas. Recorde-se que a cotação de algumas ‘commodities' agrícolas tem batido sucessivos valores máximos com as condições meteorológicas adversas (nomeadamente a seca que afecta os EUA) a perturbar as colheitas. E também o ouro apresenta potencial de valorização, com a expectativa de que as medidas de estímulo económico nos EUA conduzam ao aumento da inflação e, consequentemente, à procura ouro como activo de protecção face à inflação. Desta forma, não é de estranhar que o ActivoBank sugira a exposição de uma carteira de um investidor com perfil agressivo a um fundo de acções de empresas que exploram ouro. Já o Best prefere a exposição ao sector através de um fundo (Vontobel Belvista Commodity H EUR) que utiliza sobretudo instrumentos derivados para aproveitar as oportunidades de investimento nesta área. "Destacamos a tendência de longo prazo para o aumento dos preços dos bens alimentares, à medida que as economias emergentes alteram os seus hábitos de alimentação e os espaços cultiváveis se vão reduzindo por via da urbanização. Este tema, no curto prazo, pode ainda beneficiar da maior seca dos EUA das últimas seis décadas", justifica Diogo Serras Lopes.

Já no que diz respeito às acções, a exposição é muito variada. Enquanto a carteira conservadora prevê a aplicação de 10% do portfólio nesta classe de activos, a carteira desenhada para os investidores com um perfil mais agressivo prevê que 80% do portfolio seja composto por acções. E neste campo, as preferências recaem sobre os fundos de acções globais, dos EUA e dos títulos tecnológicos.


Três carteiras de fundos para três diferentes investidores

1 - Carteira Conservadora
O portfólio construído pelo banco BiG para os investidores mais conservadores é composto por oito fundos de investimento, com uma grande preponderância pelos fundos de obrigações. Mais de metade deles são fundos globais, de forma a ganhar exposição a vários mercados. Os produtos que apostam em ‘high yield' são um dos activos favoritos de Rui Broega, director de gestão de activos do BiG.

2 - Carteira Equilibrada
A construção de um portfólio para um investidor com um perfil de risco moderado ficou a cargo do banco Best. A carteira é composta por um ‘mix' de oito fundos variados: desde fundos de obrigações, passando pelas acções, pelo sector das matérias-primas e ainda pelos fundos mais alternativos. O fundo com maior peso é um fundo de obrigações globais da Goldman Sachs: o GS Global Fixed Income Hedged E.

3 - Carteira  Agressiva
Para os investidores mais arrojados e sem medo, o ActivoBank sugere uma carteira de sete fundos diferentes. Só um deles não é de acções. O fundo com maior peso (40%) na carteira é o UBS (LUX) SF- Equity (EUR) N Acc, que é composto por uma carteira diversificada de acções globais de grande capitalização bolsista.

Trabalho publicado na edição de 7 de Setembro de 2012 do Diário Económico

 

10
Jul12

Fundos de investimento nacionais fintaram o stress nos mercados

adm

Oito em cada dez fundos de investimento geridos por sociedades portuguesas conseguiram ter desempenhos positivos no primeiro semestre do ano, segundo dados divulgados ontem pela APFIPP.

Os fundos de investimento geridos por sociedades portuguesas conseguiram fintar a turbulência nos mercados no primeiro semestre. Dos 316 fundos com rentabilidade desde o início do ano seguidos pela APFIPP, a associação do sector, 258 conseguem ter desempenho positivo em 2012. A análise exclui os fundos fechados.

Existem mesmo três produtos que conseguem apresentara rendibilidades acima de 20%. O fundo com melhor desempenho, segundo dados da APFIPP, é o Fundo Especial de Investimento (FEI) Caixagest Mix Emergentes. Ganha 27,39%. Este produto investe em cinco obrigações emitidas pela Caixa Geral de Depósitos e que têm a sua rendibilidade indexada a dois outros produtos geridos pela Caixagest, um que investe em obrigações e outro que aplica o património em mercados emergentes.

Também o Crédito Agrícola Rendimento Fixo FEI consegue ganhos acima de 20%. Este produto investe maioritariamente em dívida portuguesa e também tem posições em obrigações soberanas espanholas, alemãs e italianas e tem algumas aplicações em depósitos. A recuperação da dívida portuguesa desde o início do ano ajuda a explicar a subida de 21,12% deste fundo. Entre o lote dos fundos que ganham mais de 20% está ainda o Caixagest Global Markets, que funciona de forma semelhante ao Caixagest Mix Emergentes, mas com um desempenho indexado a outro tipo de fundos. Rende 20,53%

fonte:http://economico.sapo.pt/no

27
Jun12

Conheça os fundos que fintam a crise

adm

O Económico foi à procura dos 11 fundos de investimento que nos últimos dois anos mais golos marcaram a favor dos investidores.

Como se faz um campeão? A esta pergunta, Cristiano Ronaldo poderia responder: com muito trabalho, uma dose elevada de auto-estima, perseverança e um grau de lucidez acima da média para tomar as decisões correctas no momento chave. A receita para se produzir um campeão dentro dos relvados é, em parte, semelhante à receita necessária para fabricar um campeão dos mercados. Saber tomar as decisões certas nos momentos exactos, sem se deixar envolver pelas emoções, é um factor crítico de sucesso no mundo financeiro. Desde que a crise da dívida soberana se instalou na Europa, no início de 2010, o medo, a desconfiança e a incerteza tomaram conta de todos os agentes do mercado. As ‘yields' das obrigações da dívida pública dispararam e as bolsas afundaram. O Eurostoxx 50, que reúne as 50 maiores empresas europeias, perdeu desde essa altura 27,9%. Já o comportamento do PSI 20 foi ainda mais negro: desvalorizou 46% desde o início de 2010. Mas nem tudo correu mal.

Alguns gestores de fundos conseguiram, mesmo em ambiente adverso, gerar ganhos aos investidores. Por isso mesmo, e aproveitando o facto de estar a decorrer o Campeonato Europeu de Futebol, o Diário Económico dá-lhe a conhecer qual foi a selecção vencedora dos mercados financeiros desde Janeiro de 2010, salientando os 11 fundos de investimento que desde então geraram rentabilidades mais elevadas e melhor driblaram a crise.

Estes 11 "craques" estão disponíveis para comercialização em Portugal e geraram ganhos acumulados quase sempre superiores a 50%, segundo dados fornecidos pela Morningstar. Nesta lista de convocados, há vários dados que sobressaem: os melhores fundos foram aqueles que apostaram em acções da Tailândia ou do sector da indústria do luxo, ou ainda em títulos do sector da biotecnologia. Por exemplo, no conjunto dos 11 fundos, três deles investem exclusivamente na Tailândia, e um outro fundo tem uma exposição considerável a este mercado. Neste campo, o Fidelity Thailand A USD é aquele que mais se destaca, ao ter registado ganhos de 82% em dois anos e cinco meses. O facto das acções tailandesas terem gerado ganhos tão elevados tem uma explicação: "A bolsa tailandesa apresentou um desempenho bem acima de outras bolsas. Para o período indicado, o S&P500 subiu pouco mais de 20% enquanto a bolsa tailandesa subiu mais de 70%. Esta performance, de uma perspectiva macroeconómica, pode ser explicada pelo dinamismo da economia, com o FMI a estimar um crescimento do PIB superior a 5% nos próximos dois anos, com dinamismo da procura interna", justificou ao Diário Económico, fonte do banco best.

Surpreendente é também o destaque e o bom desempenho que os fundos que operam na indústria de luxo tiveram. No conjunto dos 11 craques dos fundos de investimento há três fundos (um do Credit Suisse, outro do ING e um terceiro da Pictet) que apostam em títulos de empresas que produzem e comercializam bens e serviços ‘premium'. O facto é ainda mais interessante quando contextualizado com o débil ambiente económico que se vive na Europa. Apesar da conjuntura adversa, as empresas deste sector não estão a ressentir-se. Fonte da direcção de investimentos do Best explica porquê: "Tem a ver com o facto de este tipo de empresas ter conseguido crescer as suas vendas especialmente nos mercados emergentes (aumento da classe média que se quer destacar com o acesso a marcas de prestígio), tendo um desempenho superior quando comparado com empresas que produzem outro tipo de bens".

Na lista dos 11 convocados há ainda um outro dado a salientar: quase todos fundos têm uma exposição reduzida aos activos da zona euro. A excepção a este padrão é atribuída ao fundo MFS Meridian European Small Companies. Este fundo conseguiu gerar ganhos acumulados aos investidores na ordem dos 48, sendo que está totalmente investido em acções europeias. Ainda assim, e possivelmente para reduzir o risco da carteira, o fundo tem privilegiado os títulos do Reino Unido - que têm um peso de 51% no portfólio.

No entanto, e apesar dos ganhos exuberantes que esta selecção de 11 fundos proporcionou nos últimos dois anos, tal não significa que os investidores devam ir a correr subscrevê-los. A teoria e o bom senso dizem que " os ganhos passados não são garantia de retornos futuros". Além disso, muitos destes fundos são altamente voláteis e têm uma classificação de risco elevada. Como tal, não são adequados a todos os investidores.

"As carteiras de investimentos devem ser diversificadas, preferencialmente por regiões, sectores e temas de investimento, com as percentagens a alocar entre activos de maior e menor risco a depender do perfil do investidor. Numa carteira equilibrada, para um horizonte de longo prazo, a percentagem alocada a temas de investimento cujo objectivo seja incrementar o retorno e risco esperado do portfólio como um todo não deverá superar os 10%. ", recomenda a direcção de investimentos do banco Best.

Fundos portugueses lideram as perdas
Além de olhar para os campeões dos mercados, é também altura para fazer as contas e ver quem foram os grandes derrotados da indústria de fundos de investimento desde 2010. Segundo os dados da Morningstar, a lista dos 11 piores fundos de investimento vendidos no nosso mercado é composta exclusivamente por fundos portugueses, sendo que a maioria deles investe em acções portuguesas. Estes 11 fundos obtiveram nos últimos dois anos rendibilidades negativas acumuladas que variaram entre os -48% e os -58%. Neste retrato dos mercados Portugal não saiu bem na fotografia. Esperemos que nos relvados da Polónia e da Ucrânia Portugal se saia melhor....

Os melhores e os piores sectores

Entre Janeiro de 2010 e 31 de Maio de 2012, estas foram as categorias de fundos que melhor desempenho registaram segundo a Morningstar:
*Acções Tailândia: 67,83%
*Imobiliário (indirecto) da América do Norte: 44,21%
*Acções da Indonésia: 38,6% 
*Acções da Malásia: 36,84%
*Matérias Primas(metais preciosos): 31,20%.

- Entre Janeiro de 2010 e 31 de Maio de 2012, estas foram as categorias de fundos que pior desempenho registaram segundo a Morningstar:
*Acções Grécia: -73,16%
*Acções Espanha:-45,87%
*Acções do sector de energia alternativa: -39,77%
*Acções Itália: -38,99%
*Matérias Primas (outras): 27,81%


Os 11 titulares da melhor selecção de fundos

1 - Fidelity Thailand A-USD
Este fundo da Fidelity tem sido uma espécie de ‘ponta de lança' da indústria de fundos de investimento. Desde Janeiro de 2010 até ao final do mês de Maio entregou ganhos acumulados de 82,3% aos investidores. Cerca de 95% do seu portfólio está aplicado em acções, estando o restante alocado em liquidez. No início de Maio, o fundo estava investido em 61 acções, sendo a Ptt Public Company Limited, empresa pública do sector de energia, aquela que mais peso tem no portfólio.

2 - Amundi Funds Equity Thailand AU-C
À semelhança do fundo anterior, este produto da Amundi também aposta em acções tailandesas. Nos últimos dois anos e meio obteve um desempenho acumulado de 76%. Também aqui a Ptt Public Company Limited é a acção com maior peso no portfólio. Mas os activos deste fundo estão dispersos por muito menos títulos. O sector financeiro e o imobiliário são aqueles com maior peso.

3 - CSEF(Lux) Global Prestige B
Este fundo merece quatro estrelas segundo o ‘rating' da Morningstar. Ele investe pelo menos dois terços dos seus activos em títulos de empresas ligadas à indústria do luxo. Nos últimos três anos tem gerado ganhos de forma consecutiva. No total, desde Janeiro de 2010, o fundo obteve um desempenho acumulado de 73,6%. Acções como a Christian Dior, a Rémy Cointreau Consumer, a Estée Lauder e a Hermès International estão entre as maiores posições do fundo.

4 - DWS Biotech-Aktien Typ O
O fundo da gestora alemã destaca-se nos ganhos proporcionados nos últimos anos: desde Janeiro de 2010 já valorizou 71,7%. Esta aplicação investe em acções de empresas que operam no sector da biotecnologia, sendo que 90% do portfólio está alocado em títulos dos EUA. No ‘top ten' das participações estão empresas como a Regeneron Pharmaceuticals, a Alexion Pharmaceuticals, ou a Gilead Sciences.

5 - JF ASEAN Equity A (acc)- Eur
Os mercados asiáticos voltam a protagonizar os ganhos mais expressivos. Este fundo da JP Morgan investe sobretudo em acções de empresas do Sudeste Asiático, que engloba países como Tailândia, Filipinas, Malásia, Singapura ou Indonésia. Os títulos do sector financeiro e de materiais são aqueles que têm um maior peso. A empresa de Singapura Keppel Corporation (industrial) era no início de Maio a maior posição do fundo. Em dois anos e cinco meses valorizou mais de 56%.

6 - ING (L) Invest Prestige & Luxe P Acc
O bom momento de vendas que a indústria do luxo vive, mesmo apesar da crise, leva este fundo do ING a figurar na lista dos 11 melhores fundos desde o início da crise soberana. Obteve desde Janeiro de 2010 uma performance de 54,8%. O fundo investe em acções de empresas que operam 
na área de bens de consumo ‘premium'. Daí, não é de espantar que títulos como a Richemont, a Tiffany ou a Moet Hennessy Louis Vuitton (LVMH) estejam no ‘top ten' das suas participações, de acordo com dados do primeiro trimestre. Cerca de 40% do portfólio está aplicado em títulos da zona Euro.

7 - BNPPL1 Equity World Consumer Durables
Este fundo do BNP Paribas, que merece três estrelas segundo a Morningstar, figura também na selecção dos melhores fundos ao registar ganhos desde 2010 na ordem dos 54,42%. Apesar de ser um fundo global, quase 60% do portfólio estava alocado nos EUA no final do primeiro trimestre. A exposição aos títulos da Europa era então muito diminuta (13%). Na altura, o site de compras online Amazon era a posição mais relevante, seguida pela Comcast Corporation (a maior empresa de televisão por cabo nos EUA) e pela Starbucks.

8 - Pictet Premium Brands- I Eur
Este fundo da Pictet é mais um bom exemplo de como a indústria do luxo não enfrenta a crise. O Pictet Premium Brands acumula ganhos de 53,9% desde 2010. E, analisando a performance num período mais reduzido, os números também são positivos: desde o início do ano, o fundo avança 9,3%. Dois terços do portfólio estão aplicados em acções de empresas que produzem artigos "topo de gama". No ‘top ten' das suas participações estão empresas como a Diageo (uma das maiores empresas mundiais produtoras de bebidas alcoólicas), a LVMH, a Pernod-Ricard, a Swatch, a Nike ou a Christian Dior.

9 - Templeton Thailand A ACC $
Pelo nome não é difícil perceber de onde é que vieram os 52% de ganhos gerados por este fundo desde Janeiro de 2010. Este produto da Templeton aposta em acções tailandesas, tendo os títulos financeiros um peso muito relevante no portfólio (43%). Desta forma, não é de estranhar que as três maiores posições do fundo pertençam a três instituições financeiras. São elas: o Siam Commercial Bank Public Company, o Kasikornbank Public Company e o Bangkok Bank.

10 - Franklin Biotechnology Discovery A ACC $
O número 10 desta selecção de craques da indústria de fundos de investimento pertence a este fundo de biotecnologia da Franklin Templeton. Nos últimos dois anos e meio entregou aos investidores ganhos acumulados de 49% e a Morningstar atribui-lhe um ‘rating' de quatro estrelas. Investe sobretudo em títulos de empresas que operam nos EUA (que pesa mais de 90% do portfolio). A Celgene Corporation Healthcare, a Gilead Sciences e a Biogen Idec estavam, no final do primeiro trimestre, no pódio das maiores posições deste fundo.

11 - MFS Meridian European Smaller Companies A1 Eur
A completar a lista dos convocados desta selecção surge este fundo que merece a avaliação máxima da Morningstar: cinco estrelas. E não é difícil perceber porquê: nos últimos dois anos e meio entregou aos investidores ganhos acumulados de 48%. Um feito relevante tendo em conta que este fundo investe exclusivamente em acções europeias- as mais castigadas pela crise. As suas maiores posições estão em empresas do Reino Unido, alemãs e francesas.

Trabalho publicado na edição de 8 de Junho de 2012 do Diário Económico

 

17
Jun12

“É preciso coragem para gerir carteiras de fundos”

adm

O contexto económico é de ameaças, mas também de oportunidades.

O investimento deve ser feito como se compra um fato, à medida do nosso perfil e de acordo com a aceitação que cada um de nós tem do risco". A declaração é de João Duque, presidente do ISEG e professor catedrático, e ilustra bem o princípio base de qualquer aplicação financeira. O professor falava durante a cerimónia de entrega dos Prémios Melhores Fundos Diário Económico/Morningstar, que decorreu no Hotel Ritz, na passada quinta-feira, 31 de Maio.

Sob o mote "Fundos de investimento e as poupanças dos portugueses", João Duque procurou apresentar um retrato do país que enfrenta "enormes desafios". A boa notícia, conforme referiu, é que existem entidades como as sociedades gestoras ali representadas que, diariamente, têm à sua responsabilidade milhões de euros que aplicam de forma a rentabilizar as poupanças dos seus clientes. "Elas estão de parabéns porque momentos como este fazem bem ao ego, especialmente quando se vivem tempos difíceis", disse. Por outro lado, acrescentou, "quem não ganha fica estimulado para ganhar no ano seguinte".

Que 2011 foi um ano mau para os mercados financeiros já todos sabiam. Mas o importante, refere o professor, é que em 2012 e nos anos seguintes, os investidores e quem os apoia saibam retirar o melhor partido dos factores negativos que ensombram o mercado. "Muitas das casas podem transformar ameaças em oportunidades", assegura. Aliás, as sociedades representadas nesta cerimónia, todas elas vencedoras de prémios relativos à sua boa performance, são o exemplo de que se pode, afinal, retirar resultados positivos da crise e da falta de liquidez para o investimento.

Perante uma detalhada análise SWOT, o presidente do ISEG enumerou as principais ameaças que podem também ser aproveitadas como oportunidades. "É tudo uma questão de flexibilidade", admite. "E a flexibilidade parece ser de todo o interesse dos investidores". E exemplifica: "Um efeito da crise que aflige muitos portugueses é o incumprimento com os pagamentos mensais da hipotecas. Muitos deles estão a entregar imóveis aos bancos. Mas estes imóveis não podem ficar nas mãos dos bancos. Terão que ser vendidos. É claro que os fundos de investimento são naturalmente clientes, especialmente os dedicados a arrendamento habitacional".

Segundo João Duque, aquilo que era uma dívida para alguém pode, desta forma, vir a transformar-se em capital disponível para investir. Quem, por exemplo, comprou uma casa por 150 mil euros e já pagou 20 ou 30 mil, pode entregar a casa ao banco e ficar com a parte que já pagou. "Em alternativa pode ainda ficar a viver na casa, mediante um contrato de arrendamento", explica o professor. "Há apenas uma alteração da propriedade. E esta alteração de propriedade traz algum alívio àqueles que entregam agora as suas casas aos bancos".

Refeita a carteira de investimento, este capital pode vir a entrar no mercado dos fundos. "O novo investidor passa, assim, de detentor de dívida a detentor de atidos", salienta o professor.

Quando existe menos dinheiro no mercado, a criatividade e a inovação têm que estar bem presentes na mente de quem gere carteiras de atidos. A criação de novos produtos, mais adequados ao pequeno investidor e com menor grau de risco deve ser uma prioridade, alerta João Duque. "É preciso reinventar os fundos, torná-los mais atractivos, ser capaz de gerar interesse nos mercados", reforça.

Os FEI - Fundos Especiais de Investimento são, para o professor, um bom exemplo da flexibilidade de que o mercado necessita. "Das categorias de fundos imobiliários estes são os mais bem sucedidos actualmente", assegura. "São fundos mais flexíveis, que dão alternativas diferentes à gestão e são os que estão com maior procura". Segundo João Duque este é o segredo: os fundos vão ter que alterar as suas composições, as apostas em termos de investimento e precisam de maior flexibilidade.

Cumpridos estes requisitos, o professor do ISEG admite que, numa altura de crise, os fundos podem ser uma das melhores opções de investimento.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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