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Poupanças e Investimentos Seguros

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08
Nov12

Produtos financeiros complexos vão ter sinalizadores de risco

adm

O supervisor do mercado português está prestes a lançar um regulamento dedicado aos produtos financeiros complexos, com o intuito de proteger os investidores, criando um conjunto de sinalizadores que alertam para o risco associado às diferentes aplicações.

Hoje, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou o relatório final da consulta pública relativo ao projeto de regulamento sobre informação, publicidade e comercialização de produtos financeiros complexos, dando conta das várias alterações que foram introduzidas de forma a melhorar as novas determinações sobre a comercialização destes produtos.

Destaque para a introdução de alertas gráficos nos produtos financeiros complexos, ainda que, após a recolha pública de opiniões feita entre o final de janeiro e o final de fevereiro, estes sejam apresentados em moldes diferentes do que os inicialmente previstos.

"A CMVM ponderou cuidadosamente as observações apresentadas na consulta, tendo concluído pela vantagem da manutenção do alerta gráfico. Reconheceu, porém, a vantagem na simplificação do mesmo", lê-se no relatório da entidade liderada por Carlos Tavares.

A versão final dos sinalizadores de risco substitui a mão, inicialmente prevista, pelo sinal de exclamação, "facilmente associável a uma chamada de atenção", sublinhou o supervisor, explicando que o nível maior de alerta foi associado à cor vermelha, em que pode ocorrer a perda da totalidade do capital investido ou a perda superior a esse montante.

"O critério passa a ser predominantemente o do risco do capital investido, ainda que temperado por um critério de risco de crédito no que respeita à atribuição das cores verde e amarela", revelou a CMVM.

A cor verde só será atribuída a produtos em que a garantia do rendimento ocorre a todo o tempo ou fica condicionada à maturidade, um evento certo, ficando de fora todos os produtos cuja garantia de rendimento ou de capital fique condicionada a um evento incerto.

Já as menções serão referentes apenas ao risco de perda de capital, ou à necessidade de manter o capital investido por determinado período, de modo a garantir o rendimento na maturidade.

"Todos os investimento têm risco", será o alerta obrigatório em todos os produtos financeiros complexos, já que todas estas aplicações apresentam risco de crédito.

Na semana passada, no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Poupança, Carlos Tavares já tinha sublinhado a importância de limitar a venda de alguns produtos financeiros complexos aos particulares.

"Alguns produtos de maior complexidade não deviam ser vendidos aos particulares", defendeu então o presidente do supervisor, acrescentando que "a educação dos investidores é essencial para que possam compreender os produtos financeiros, mas ainda mais importante é a formação dos bancários que comercializam os produtos aos balcões dos bancos".

A CMVM considera que "a via autorreguladora poderá assegurar uma atuação transversal mais flexível e, ao mesmo tempo, respeitadora das especificidades regulatórias de cada setor".

Por isso, decidiu propor à Associação Portuguesa de Bancos (APB) e à Associação Portuguesa de Seguradores (APS) a celebração de um protocolo que permita eleger um conjunto de orientações pelas quais se venha a pautar a atividade das suas associadas e respetivos colaboradores na comercialização de produtos financeiros complexos.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/M

04
Nov12

Se não pode poupar muito, poupe micro

adm

A micropoupança parece ter virado moda com os bancos a oferecer um vasto leque de produtos.

Os tempos são de austeridade, e a palavra ‘monstro' usado pelo Governo já assusta os portugueses com o agravamento da carga fiscal e o aumento do desemprego. As famílias já estão a sentir no orçamento mensal os efeitos de uma crise que teima em não passar e que tem trazido aumentos consecutivos de impostos. Contas feitas, o rendimento mensal disponível é cada vez menos, já para não falar na capacidade - ou falta dela - de poupança por parte dos portugueses.

Mas porque todas as crises são boas oportunidades para novas ideias, eis que tem surgido em Portugal uma nova moda: a micropoupança. É sabido que muitas pessoas foram já obrigadas a resgatar os seus PPR, a prescindir das contas poupança ou a ir retirar dinheiro dos fundos para fazer face à quebra do rendimento. No entanto, os responsáveis continuam a alertar para a necessidade de aumentar o nível de poupança no país. Até porque, em caso de necessidade, ter um ‘pé-de-meia' é uma segurança que convém ter.

Nesse sentido, os bancos têm apostado em produtos de micropoupança, que consistem na adopção de um processo muito simples: ao aderir a um destes programas, o cliente sabe que se efectuar pagamentos ou movimentos de conta, o valor dessas transacções será imediatamente arredondado. O valor do arredondamento é imediatamente transferido para uma conta poupança. Desta forma, o cliente praticamente não nota a diferença no valor pago e consegue acumular uma micro poupança que, cêntimo a cêntimo, vai fazer toda a diferença daqui a uns tempos.

O banco liderado por Ricardo Salgado, por exemplo, tem um produto chamado ‘Micro Poupança'. Esta solução permite aos clientes da instituição arredondar pagamentos (como a prestação da casa, as compras de supermercado ou o carregamento do telemóvel) feitos na conta à ordem. O cliente pode escolher o valor dos arredondamentos aplicados a cada um dos movimentos de conta que sejam efectuados, sendo que esses arredondamentos podem ser feitos em múltiplos de um, dois, cinco ou dez euros. Por exemplo, imagine que o valor da prestação da casa é de 362 euros, se optar pelo arredondamento em múltiplos de dez euros, ser-lhe-á retirado da sua conta à ordem um total de 370 euros, sendo que, desse valor, oito euros serão creditados numa conta poupança.

Também a CGD tem um programa com características semelhantes. O PAP - Programa de Poupança Automática - tem várias facilidades, sendo que uma delas é a possibilidade de fazer arredondamentos com compras efectuadas com os cartões de crédito da CGD. Os clientes poderão escolher uma das três formas de arredondamento disponibilizadas.

A micropoupança tem a vantagem de não obrigar a um esforço financeiro muito significativo, mas de, ao mesmo tempo, contribuir para criar uma almofada de segurança que pode utilizar sempre que surgir um imprevisto - ou quando, simplesmente, tiver vontade de fazer uma extravagância para afastar as preocupações e os lamentos que a crise tem teimado em elevar.

BBVA lança terceira edição do programa ‘Valores de futuro'
O BBVA acaba de lançar a terceira edição do Programa ‘Valores de Futuro', um dos primeiros programas do banco sobre literacia financeira "que alicerça diversas questões associadas ao uso do dinheiro, alicerçadas sempre em valores", refere Alberto Charro, administrador delegado do BBVA em Portugal (na foto). Esta edição conta já com a inscrição de 450 escolas e chegou a mais de 200 mil alunos nos dois primeiros anos. A iniciativa é dirigida aos alunos do ensino básico. Todos os professores que queiram inscrever as suas turmas podem consultar o site www.valoresdefutro.com.

Trabalho publicado na edição de 31 de Outubro de 2012 do Diário Económico

31
Out12

10 ideias para investir agora

adm
Conheça as ideias dos bancos de investimento e gestoras de fundos sobre onde encontrar boas rendibilidades num contexto de incerteza nos mercados financeiros.
1. Aposte num emergente que sobe há quatro anos

É um fã de viagens para destinos exóticos? E que tal enviar também parte das suas poupanças para um desses destinos? A bolsa das Filipinas está a subir há quatro anos consecutivos. Em 2012, está a subir 22%, e a gestora de activos Pictet aposta que, pelas suas características singulares, o potencial de valorização deste mercado emergente está longe de estar esgotado. 

A Pictet aposta numa selecção das acções mais líquidas e com maior capitalização, em sectores como os bens de consumo, imobiliário e operadores de supermercados e centros comerciais. Até os operadores de casinos podem ser uma aposta capaz de dar frutos graças à crescente popularidade sobretudo entre os turistas chineses, salienta a Pictet. 

O que torna este mercado emergente tão promissor, diz a gestora de fundos, parte desde logo da "situação demográfica excelente", com 50% dos 95 milhões de habitantes com idade inferior a 25 anos. Além disso, o país tem uma taxa de poupança superior a 30%, que é uma garantia para a estabilidade das contas do Estado e que está a criar uma "enorme expansão" da procura interna por bens e serviços, assinala a gestora de activos. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu cerca de 6% no segundo trimestre, com uma preponderância crescente para o consumo interno. "Um crescimento interno que irá contrabalançar o abrandamento global", diz a Pictet, acerca deste país. 

"O sucesso das Filipinas na criação de um crescimento gerado internamente não tem passado despercebido nos mercados", assinala a Pictet. O índice PCMOP subiu 63% em 2009, 37,6% em 2010, 4,1% em 2011 e sobe 22,8% este ano. "No entanto, acreditamos que o mercado ainda representa bom valor, com o índice a transaccionar com um rácio preço-resultados (PER) de 13 vezes. Continuamos ‘overweight’", diz a Pictet.

A dependência do preço do petróleo e das demais matérias-primas é menor do que em outros países da região, sendo esse um dos cuidados mais importantes a ter quando se investe nos mercados emergentes. Outro factor a ter em conta é o câmbio, mas é possível investir em instrumentos que protejam contra este factor. Ainda assim, o peso tem-se mantido relativamente estável face ao euro e ao dólar nos últimos anos, algo a que ajudará a recente subida de "rating" por parte da agência S&P, para o mesmo nível de Portugal. 

2. Arriscar nas acções europeias

A crise da Zona Euro aproxima-se do terceiro aniversário e no horizonte continuam a existir pontos de interrogação que recomendam cautela. Um dos factores que geram maior preocupação para quem investe em acções é o facto de a Zona Euro estar em recessão. 

Os últimos dados mostram que a recessão é uma realidade, ainda que seja difícil antecipar quão duradoura e profunda será. Os indicadores típicos não têm sido animadores, mas há um indicador que tem dado um bom augúrio: os índices accionistas. O Stoxx 600 dispara 16% desde os mínimos tocados no início de Junho.

O PSI-20 voltou este mês a negociar com ganhos no ano depois de ter estado a cair mais de 22% em Julho, antes de Mario Draghi injectar optimismo nos mercados com a promessa de salvar o euro. O Citigroup, que tem mantido uma posição mais pessimista desde o início da crise na Zona Euro, mantém que "a Europa Continental é uma das regiões para as quais estamos menos optimistas neste momento. 

A recessão ainda não terminou e os nossos economistas não prevêem um regresso ao crescimento nos próximos tempos". Mais optimista, a Allianz aposta numa carteira que equilibre acções defensivas e cíclicas, com aposta nas acções ligadas à saúde, as energéticas e nas tecnologias de informação. Isto em prejuízo de financeiras, "telecoms" e acções de consumo.

3. O refúgio nos dividendos vale a pena

Para os investidores menos optimistas e que prefiram garantir uma rendibilidade constante nos seus investimentos em acções, o Morgan Stanley sugere dez "apostas" no Continente Europeu. Não são as empresas que distribuem maior proporção dos lucros aos accionistas, nem são necessariamente as cotadas com o dividendo mais rentável. Mas são aquelas onde o banco vê maior potencial e menos riscos. Mais de metade das "apostas" são empresas de fora da Zona Euro.

"Na nossa opinião, o contexto actual - de grande incerteza a nível macroeconómico, baixo crescimento e política monetária marcada por taxas de juro baixas -, torna vantajosa a aposta em empresas que distribuam dividendos com rentabilidade atractiva", diz o banco norte-americano.

Além de cinco empresas britânicas e de um banco norueguês, contam-se dois pesos-pesados da bolsa alemã - a eléctrica RWE (que paga um dividendo de 5,8%) e a financeira Allianz (4,84%) -, além de uma farmacêutica francesa e uma seguradora holandesa. Entre as britânicas, estão a petrolífera Royal Dutch Shell ("dividend yield" de 4,3%), e as "telecom" Vodafone (7,20%) e BT Group (5,10%). Todas as empresas constam da lista de "compra convicta" do Morgan Stanley, que as considera "portos-de-abrigo" para a volatilidade dos mercados.

4. Apostar num ano positivo em Lisboa

A bolsa de Lisboa já esteve a perder 22% este ano, mas tem recuperado e chegou a negociar no "verde" há algumas semanas. Nesta altura, perde 2% em 2012 sendo, a par da bolsa de Madrid, a única que continua a perder "terreno" este ano. As bolsas europeias, em média, ganham mais de 10%. Em declarações recentes ao Negócios, João Queiroz, director de negociação da GoBulling, disse acreditar que o PSI-20 consiga terminar o ano em alta. É possível, "a menos que apareça alguma surpresa, um cisne negro". 

O director de negociação da GoBulling vê oportunidades na energia e telecomunicações, sectores que na praça portuguesa negociam a desconto face à Europa. "Com o mercado americano ou o alemão a negociarem perto dos máximos históricos, os investidores podem assumir posições em países que demonstrem estar mais perto de recuperarem autonomia no seu financiamento", como é o caso de Portugal. Na bolsa de Lisboa, estão também em destaque a Galp Energia, que este quarto trimestre vai receber os resultados de testes importantes à exploração petrolífera no pré-sal brasileiro. E também a Sonae, que passou a integrar a carteira de preferidas do BPI e passou a ser considerada "bala de prata" ibérica pelo BESI. A banca é o sector para que os analistas estão mais cautelosos.

5. Cotadas pagam bem pelas suas poupanças

As dificuldades de acesso das empresas ao financiamento bancário levaram a que várias cotadas estejam a recorrer às poupanças dos aforradores particulares. Nos últimos meses várias cotadas avançaram com emissões para retalho. EDP, PT, Brisa, Semapa, Sonae, Zon eREN já o fizeram, com juros brutos superiores a 6%, que comparam favoravelmente com as taxas oferecidas pelos depósitos bancários, actualmente em queda. 

Neste momento não existem ofertas deste género a decorrer, mas a forte procura em todas as operações significa que esta continua a ser uma "porta aberta" para as empresas. É possível subscrever as operações aos balcões dos bancos colocadores durante o período de oferta, ou investir no mercado passado esse prazo. A dívida das empresas paga um juro periódico e devolve a totalidade do capital no final do prazo, mas há que ter em conta o facto de não se tratar de um depósito. 

Não há garantia de reembolso, pelo que o investidor fica sujeito ao risco da empresa. Antes de investir deverá pedir informação detalhada sobre a natureza deste investimento, a fiscalidade e as várias comissões cobradas pelos bancos, que têm forte impacto na remuneração da aplicação. Os bancos são obrigados a dar a Taxa Interna de Rentabilidade, e é essa a taxa que deverá ter em conta antes de investir. 

6. Tire partido do risco de subida da inflação

O estímulo monetário à economia, em países como o Reino Unido e os EUA, gera receios de que o "efeito secundário" seja o aumento da inflação. A Reserva Federal dos EUA acabou, com efeito, de anunciar uma terceira ronda de estímulos monetários que tem a particularidade de, ao contrário das duas anteriores, não ter limite temporal ou quantitativo. Os mercados estão a interpretar essa decisão como uma admissão por parte da Fed de que será tolerada uma inflação um pouco mais elevada nos próximos anos. Na Zona Euro, a política de baixas taxas de juro de referência e o novo plano de socorro aos países fragilizados pela crise da dívida europeia está a criar receios de aumento da inflação - sobretudo entre os responsáveis do banco central nacional alemão, o Bundesbank. A inflação é capaz de degradar a remuneração real dos investimentos, como as obrigações. É por isso que vários analistas têm vindo a recomendar a aposta em obrigações indexadas à inflação, com destaque para as dos EUA. O Estado português não as emite, mas outros países da Zona Euro fazem-no, como Itália e França, entre outros. Além do investimento nesses títulos, os analistas do JPMorgan aconselham também a aposta em "exchange traded funds" (ETF) que replicam o desempenho deste mercado. 

7. Aposte na recuperação da dívida pública

Portugal está fora dos mercados de longo prazo, emitindo só dívida de curto prazo. Mas as obrigações que o Estado emitiu antes de chamar a troika continuam a ser negociadas no chamado "mercado secundário". 

O pico da pressão para as Obrigações do Tesouro foi em Janeiro, mas desde então têm vindo a recuperar e são as que mais sobem na Europa este ano. Uma linha que vence em Setembro chegou a ser negociada com uma rendibilidade implícita de 19%, caindo entretanto para 3,2%. A dívida em prazos mais longos está com taxas entre 6% e 8%. Está implícito nestas taxas um risco de que Portugal venha a reestruturar a dívida, algo admitido por agências de "rating" e alguns bancos de investimento. Mas se isso não suceder, são taxas atractivas. 

O investimento em títulos do Tesouro costuma ser pouco acessível ao pequeno investidor, mas tem aumentado a oferta por alguns bancos, que actuam como intermediários na emissão de ordens no mercado ou que vendem títulos que têm em carteira. A baixa liquidez no mercado é algo a ter em conta, já que pode não ser fácil vender antes do prazo. Crucial é também conhecer os custos associados, como comissões de compra e custódia de títulos e processamento de cupões. O investidor pode também estudar formas alternativas, como fundos, ETF e CFD.

8. Certificados de Aforro estão de volta

Os certificados de Aforro estão a ter um "renascimento" com as novas regras de remuneração que o Estado passou a aplicar, pela necessidade de obter financiamento adicional enquanto os mercados de obrigações continuam fechados. 

O novo cálculo do juro pago por estas aplicações, que podem ser subscritas aos balcões dosCTT, entrou em vigor no passado dia 1 de Setembro e prolonga-se até 2016. A taxa dos certificados disparou de 0,64% em Agosto, o valor mais baixo de sempre, para 3,268% no mês passado. Uma rendibilidade que concorre com as taxas oferecidas pelos depósitos a prazo na banca e que parece estar a estancar a "hemorragia" que se vinha verificando nos últimos meses. Foi com a intenção de travar a fuga de poupanças que as Finanças anunciaram uma melhoria na remuneração dos certificados de aforro. Nos títulos da série B o prémio de permanência recebe um acréscimo de 1% (100 pontos-base), elevando a remuneração mínima para os 3,28%.

Na série C, o prémio passa a ser de 2,75% (275 pontos-base), independentemente do período de permanência na aplicação, elevando o retorno para 3,268%. Estas regras têm um prazo de validade: 31 de Dezembro de 2016. O juro pago trimestralmente, que varia em função da cotação da Euribor a 3 meses, não poderá exceder os 5%.

9. Ouro a caminho de novo recorde

O preço do ouro sobe quase 10% em 2012, a caminho de fechar mais um ano em alta. Será o 12º ano consecutivo. E quanto mais sobe o preço, mais os especialistas têm revisto as suas projecções sobre até onde a cotação pode chegar. A maioria diz que o ouro continua a ter margem para subir, beneficiando do refúgio face à crise e servindo de protecção face às medidas potencialmente inflacionistas que os bancos centrais estão a tomar para combater a crise. Bancos centrais que têm estado activos no mercado, contribuindo para fazer subir o preço. Por estas razões, a maioria dos analistas acredita que o metal tem espaço para ser cada vez mais precioso, ainda que essa não seja uma posição consensual. 

A utilização industrial e o facto de ser considerado o activo de armazenamento de valor por excelência, leva a que bancos como o Goldman Sachs e o Bank of America-Merrill Lynch a acreditarem que o ouro irá no próximo ano superar o recorde de 1.921 dólares tocado em 2011. O Bofa-Merrill Lynch acredita mesmo que a onça pode chegar aos 2.400 dólares até ao final de 2014.

O investimento em ouro deve levar em conta que o metal é denominado em dólares, pelo que um eventual ganho pode transformar-se em perda se cair o valor da moeda única, o que pode acontecer se não for solucionada a crise da dívida.

10. Prata é a que mais sobe na última década

O ouro quebra recordes há 11 anos consecutivos e não deixa de ser o metal precioso mais valioso. Mas não é o ouro que mais se tem valorizado nos últimos anos. É a prata. Os preços mais que quintuplicaram entre o final de 2008 e meados de 2011, quando tocou os 48 dólares. Receios acerca da desaceleração económica na China levaram a uma correcção até aos 32 dólares actuais, mas Eugen Weinberg, responsável pelo "research" em matérias-primas doCommerzbank, em Frankfurt, acredita que "os preços estão a ser bem suportados pela procura para investimento mas também para utilização industrial". À medida que o ouro renova máximos históricos, as indústrias recorrem cada vez mais a substitutos como a prata e o paládio, outro metal que também tem vindo a apreciar. Na prata, apesar da correcção recente, Eugen Weinberg acredita que "no longo prazo, os preços da prata vão continuar a apreciar devido aos receios de inflação mas também devido à elevada procura, sobretudo proveniente da China".

A tendência dos preços no próximo ano dependerá em boa parte, diz o analista, do ritmo de expansão económica na China, onde se teme que o crescimento sofra uma "aterragem brusca". O governo e o banco central têm, no entanto, tomado medidas para conter a desaceleração.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=587351
31
Out12

Poupança: onde os portugueses investem

adm

Depósitos a prazo, certificados de aforro e do tesouro, fundos, ações. São inúmeros os instrumentos de poupança e de investimento que estão à disposição dos portugueses. No entanto, a aplicação de dinheiro em qualquer um destes produtos deverá implicar uma avaliação do perfil de risco, do objetivo do investimento e do horizonte temporal do mesmo, de modo a escolher o produto mais adequado e, sobretudo, evitar perdas. Quando se comemora o Dia Mundial da Poupança a pergunta impõe-se: onde estão os portugueses a investir o seu dinheiro?

“Pensamos que se tem notado uma menor apetência por depósitos a prazo, também fruto da moderação verificada nas taxas de juro oferecidas em virtude da regulamentação recente do Banco de Portugal”, afirmou ao Dinheiro Vivo o diretor de investimentos do Banco Best. Diogo Serras Lopes sublinha “uma maior apetência pelo investimento em títulos de dívida (de empresas e do Estado português), fundos de investimento portugueses essencialmente de tesouraria, liquidez e obrigações de curto prazo e também em fundos de investimento estrangeiros, em regra não expostos a risco dos países periféricos da zona euro”.

Os números mais recentes confirmam esta resposta. De acordo com os do Banco de Portugal, os depósitos das famílias caíram para 131,39 mil milhões de euros em agosto, menos 1,08 mil milhões que em julho, ou seja uma quebra de 0,8%. Esta tendência não se circunscreve apenas às famílias já que, no caso das empresas, os depósitos também caíram para 29,9 mil milhões de euros.

Nos certificados de aforro a fuga dos portugueses continua e, só em setembro, as famílias portuguesas resgataram mais 90 milhões de euros. Contas feitas, o dinheiro aplicado ascendeu a 52 milhões de euros mas, face à saída de 90 milhões, estes produtos perderam 38 milhões de euros.

Apesar de também não terem escapado em setembro, ao registarem subscrições líquidas negativas de 23 milhões de euros, os fundos de investimento apresentam um saldo positivo em 2012 de 83 milhões de euros, resultado de um ano em que em sete dos nove meses as subscrições líquidas foram positivas.

E, quando a bolsa de Lisboa arrecada perdas de 3% desde o arranque do ano, as atenções têm-se centrado nas emissões de dívida das cotadas. O forte apetite, alimentado pelos juros pagos, refletiu-se na forte procura e num valor total de quase 120 mil investidores que compraram 2,08 mil milhões de euros nas operações feitas por sete empresas do PSI 20.

Apesar deste historial, diz o ditado que 'rentabilidades passadas não garantem as rentabilidades futuras', por isso “o investimento deve ser sempre feito numa lógica de conhecimento aprofundado do respectivo perfil de risco, estabelecendo simultaneamente qual é o objectivo pretendido com esse investimento”, avisa Diogo Serras Lopes.

Questionado, o diretor de investimentos do Banco Best deixa três conselhos: “definição correcta do perfil de investimento e a disciplina na sua manutenção; a diversificação; e, finalmente, aproveitar os benefícios da gestão profissional torna-se ainda mais importante em contextos de particular incerteza, como o atual”.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

31
Out12

Novos PPR: ano vai fechar com mil milhões € aplicados

adm

Ainda assim, menos rendimento e incentivos fiscais provocaram queda na procura por estas aplicações de poupança

A Associação Portuguesa de Seguradores estima que 2012 feche com um total de mil milhões de euros aplicados em Planos Poupança Reforma (PPR). Isto apesar de este ano se ter verificado que a queda do rendimento das famílias, a redução dos incentivos fiscais e a estratégia da banca provocaram uma queda na procura destas aplicações de poupança.

«Este ano fizeram-se novas subscrições no valor de 600 milhões de euros, mas esperamos que este montante suba para mil milhões de euros até ao final do ano», avançou à agência Lusa o presidente da APS, Pedro Seixas Vale.

De acordo com o responsável, atualmente, as seguradoras em Portugal gerem ativos de 40 mil milhões de euros, dos quais 12 mil milhões de euros são PPR.

«Desde maio de 2011 (o período anterior ao acordo estabelecido entre Portugal e a troika) o montante aplicado em PPR geridos pelas seguradoras em Portugal caiu 14%, de 13,8 mil milhões de euros para os atuais 12 mil milhões de euros», revelou Seixas Vale, acrescentando que, quanto aos níveis de subscrição, a redução foi ainda superior, com uma queda de 25% das novas subscrições.

«Ao nível das novas subscrições, tem-se sentido uma queda nos PPR e nos outros produtos do ramo Vida, mas esperamos que, em breve, se deixe de sentir esta descida».

A necessidade de liquidez dos bancos nos últimos anos levou à aposta na captação de depósitos, em deterimento da venda de PPR. Porém, agora que as instituições bancárias estão mais capitalizadas, o presidente da APS considera que poderá haver uma inversão desta estratégia.

«Os PPR foram os produtos que deram melhor rentabilidade nos últimos cinco anos».

Sobre o corte dos benefícios fiscais dados pelo Estado aos subscritores de PPR, Seixas Vale frisou que «os incentivos fiscais à partida já foram fortemente reduzidos. O benefício que existia há cinco anos é muito diferente do que hoje existe».

O aumento da carga fiscal sobre os produtos de poupança prevista no Orçamento de Estado para 2013 decorre da «necessidade de reequilibrar as contas públicas. Há 40 anos que as contas do Estado são negativas. Daí se explica a subida da taxa liberatória de 25% para 28%».

E acrescentou: «Depois de ser resolvida a questão do défice do Estado, faz sentido reintroduzir os benefícios».

«Deco não está a aconselhar bem»

Já sobre a possibilidade de usar as verbas cativas nos PPR para pagamento das prestações do crédito à habitação, sem devolver ao Estado os benefícios fiscais obtidos aquando da sua subscrição, Seixas Vale sublinhou que esta «foi uma decisão aprovada por unanimidade na Assembleia da República, mas tem que ser aplicada somente em circunstâncias muito bem definidas, em casos extremos, devido ao impacto que a medida pode ter sobre a atividade das seguradoras, que assumem compromissos de investimento tendo por base as maturidades acordadas com os aforradores».

Questionado sobre o recente estudo da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), que diz que o investimento em PPR é, em termos gerais, um «mau negócio», Seixas Vale considerou que «a DECO não está a fazer o melhor aconselhamento» aos consumidores. Isto porque «está a aconselhar produtos com risco, o que é desaconselhável quando o objetivo é a poupança para a reforma. Devem ser recomendados produtos com estabilidade que deem garantias aos aforradores».

«Cultura financeira tem de crescer em Portugal»

O responsável da APS entende, ainda,que a cultura financeira precisa de «crescer» em Portugal. 

«Há pessoas com os mesmos rendimentos que os portugueses que poupam mais. É uma questão de educação e cultura financeira, que tem que crescer em Portugal».

«Além de não pouparem, o nível de endividamento das famílias portuguesas é elevadíssimo». Mais: «Só um número muito pequeno de famílias poupa em Portugal. Apenas 20% das famílias säo responsáveis por 80% da poupança».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

30
Out12

Correios lançam novo produto de poupança

adm

Os CTT ¿ Correios de Portugal lançaram um novo produto de poupança, no âmbito do Dia Mundial da Poupança, que se assinala no dia 31 de Outubro: o seguro de poupança Postal Dia da Poupança 2012 (ICAE).

O novo produto financeiro «garante uma rentabilidade ímpar no mercado», garante a empresa pública, com uma taxa anual bruta garantida de 4,1% e rendimento adicional em função da valorização do fundo de investimento associado.

Com um prazo fixo de 3 anos e 343 dias, o Postal Dia da Poupança 2012 está disponível nas estações de Correio, até dia 2 de novembro, para entregas a partir de 500 euros.

Paralelamente ao lançamento, os CTT promovem no Dia Mundial da Poupança a visita de escolas a 13 estações de Correio de diferentes pontos do País. A iniciativa, que junta mais de 500 crianças e convidados, visa a sensibilização para a importância da poupança, com oferta de brindes alusivos ao tema.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/e

29
Out12

Saiba como ganhar com a dívida pública portuguesa

adm

Os títulos da dívida pública portuguesa valorizaram 50% desde o início do ano. O Diário Económico apresenta-lhe algumas formas de comer parte deste “bolo”.

Investir em Obrigações do Estado pode ser uma tarefa complicada para os pequenos investidores, dados os elevados montantes necessários para negociar estes títulos. "Uma das principais limitações para os pequenos investidores é o facto de várias emissões de dívida pública e privada serem apenas transaccionadas em lotes de valores elevados (50 ou 100 mil euros) e dos títulos de dívida serem geralmente transaccionados directamente entre intermediários financeiros, o que reduz a liquidez", refere o o director de negociação da GoBulling, João Queiroz.

Mas existem outras formas de ganhar exposição a dívida pública portuguesa, que valoriza em média 50% em 2012. Além dos certificados de aforro, cuja rentabilidade não reflecte as oscilações dos preços das obrigações do tesouro no mercado secundário, os investidores podem ganhar exposição a dívida pública portuguesa através de fundos de investimento.

Os fundos que mais investem no Estado
Apesar dos fundos diversificarem os seus investimentos, há produtos com um exposição significativa à dívida do Estado português. Um dos casos é o Montepio Taxa Fixa, com 48% do património alocado em várias linhas de Obrigações do Tesouro. O produto, que tem uma classe de risco 3 (numa escala de 1, menos risco, a 6, maior risco), rende 23% nos últimos 12 meses. Outro produto com uma exposição significativa à dívida pública nacional é o Santander Multi Taxa Fixa, com 25% do fundo investido em obrigações do Estado. O veículo, que tem uma classe de risco 2, aprecia 3,84% nos últimos 12 meses. Também o Espírito Santo Obrigações Europa tem 23% do seu património alocado em obrigações soberanas portuguesas. Este produto valoriza 25% no último ano e tem uma classe de risco 3. "Nos fundos de investimento, o cliente beneficia do know-how das sociedades gestoras na selecção de títulos, sendo ideal para investidores com menores conhecimentos sobre os mercados financeiros", refere o responsável de ‘trading' do banco Best, Carlos Almeida.

Além dos fundos de taxa fixa, pode também ganhar-se exposição à dívida pública portuguesa através dos Certificados de Reforma, gerido pela Segurança Social. OPPR do Estado tem 26% dos seus investimentos aplicados em dívida pública portuguesa. Outra forma é fazer aplicações em certificados de aforro. Estes produtos não reflectem as condições de mercado para os títulos de dívida, o que o torna mais indicado para aforradores avessos ao risco, já que não existe o risco da oscilação do preço. A taxa de juro bruta destes produtos é de 3,204%. Estas são algumas das opções para se ganhar exposição aos títulos de dívida do Estado. No entanto, a agência que gere o crédito público não descarta vir a lançar obrigações do tesouro direccionadas para os pequenos investidores, no próximo ano.

ETF e CFD  para os investidores mais experientes e que queiram diversificar
Já os investidores que queiram diversificar o investimento além da dívida portuguesa têm outras opções à disposição, caso dos ‘exchange-traded funds' (ETF) e dos ‘contract for differences' (CFD). "Para além das obrigações, existem alguns fundos cotados (ETF's) que permitem ganhar exposição tanto à dívida soberana como de empresas, com a facilidade de serem negociados da mesma forma que as acções e permitirem uma liquidez imediata. Há, ainda, os contratos sobre futuros de obrigações que permitem acompanhar os movimentos dos preços da dívida pública", explica João Queiroz. Os CFD são direccionados para investidores mais experientes e com maior grau de aversão ao risco, já que recorrem à alavancagem.


Quatro formas de investir em dívida pública

1 - Certificados
Os certificados de aforro são a opção mais simples para os aforradores que queiram ganhar exposição ao Estado e evitar as oscilações dos preços dos títulos de dívida no mercado. O governo aprovou regras excepcionais que melhoram a rentabilidade destes produtos e que os tornam atractivos em relação aos depósitos a prazo. Para as subscrições realizadas em Outubro, a remuneração bruta oferecida é de 3,204%%.

2 - Fundos
Apesar de não estarem totalmente investidos em dívida soberana portuguesa, existem fundos de obrigações de taxa fixa que têm uma parte significativa da carteira de investimento em obrigações do tesouro. É o caso do Montepio Taxa Fixa, do Santander Multi Taxa Fixa e do Espírito Santo Obrigações Europa. Antes de investir em fundos, convém aferir o grau de risco, as comissões e o período recomendado de investimento

3 - ETF
Os ‘exchange-traded funds' são fundos de investimento que são transaccionados como se fosse acções. Podem ser direccionados para quem procura diversificar em dívida de outros países. Existem ETF que permitem ganhar exposição à dívida de determinado país ou a um índice que reúne um cabaz de dívidas de vários estados. Podem ser utilizados para apostar na desvalorização de algumas obrigações.

4 - CFD
A partir de Novembro estarão disponíveis no mercado português, através da GoBulling e do Banco Best, ‘contract for differences' que replicam o desempenho dos contratos de futuros sobre obrigações. A vantagem dos CFD, destinados a investidores com elevado grau de tolerância ao risco já que recorrem à alavancagem, é necessitar de um investimento mais baixo para se ganhar exposição à dívida alemã, italiana e francesa.

Trabalho publicado na edição de 26 de Outubro de 2012 do Diário Económico

28
Out12

Conheça as acções portuguesas com mais sucesso

adm

EDP Renováveis é a cotada que reune mais consenso junto dos analistas, beneficiando do desfecho melhor que o esperado da reforma da energia em Espanha.

A bolsa portuguesa tem recuperados nos últimos meses, mas a estratégia dos analistas que acompanham as cotadas nacionais continua a recomendar cautela. Com a crise de dívida soberana a não estar ainda resolvida e com a recessão económico em Portugal, a maior parte dos especialistas recomenda os investidores a fazerem uma abordagem selectiva das acções, através do ‘stock picking'.

A EDP Renováveis é um dos exemplo das acções em que os analistas recomendam investir.  A eólica liderada por Manso Neto é uma das ‘top picks' para as bolsas ibéricas por parte dos analistas do BPI e também merece uma menção honrosa por parte da equipa de análise do Santander.

"O desfecho [da reforma da energia em Espanha] foi muito mais benigno que o inicialmente previsto para os ‘players' puramente eólicos como a EDP Renováveis, que foi uma das vencedoras da saga regulatória que assombrou os mercados nos últimos meses", referiram os analistas do BPI num relatório publicado este mês. A perspectiva é partilhada pelo Santander. Além deste factor, a empresa poderá ser ainda beneficiada por investimentos da China Three Gorges, maior accionista da EDP.

Desde a aprovação da reforma regulatória em Espanha, a 14 de Setembro, as acções da eólica subiram 17,4%. No entanto, cedem 19% desde o início do ano. Curiosamente, e apesar da perspectiva positiva dos analistas, a renovável foi um dos títulos da bolsa portuguesa onde os gestores nacionais mais cortaram a posição no mês passado.

BES, Portucel e Sonae também fazem parte das favoritas
Apesar da EDP  Renováveis ser consensual entre os analistas do BPI e do Santander, as restantes apostas diferem.  A equipa de análise do banco português elege ainda o BES como um dos eleitos a nível ibérico. Para os analistas do BPI, as acções do banco liderado por Ricardo Salgado são a melhor opção para aproveitar a acalmia na crise de dívida soberana. Consideram o banco uma boa forma de aproveitar "a evolução do soberano e a progressiva resolução da crise do euro". Além disso, destacam o facto de não ter necessitado para aumentar os seus rácios de capital, o que coloca o BES  "numa posição privilegiada para ganhar quota de mercado em Portugal". As acções do banco cedem 10,2% desde o início do ano.

Por seu lado, e apesar de não a incluir nas suas ‘top picks' ibéricas, o Santander coloca a Portucel nas suas preferidas da Península, no sector dos bens transaccionáveis. Os analistas do banco espanhol referiram num relatório recente que têm uma perspectiva positiva para este sector e gostam de empresas que tenham "modelos de negócio internacionais e com vantagens de custos sustentáveis". Também o analista da Fincor, Albino Oliveira, tem opinião positiva sobre a Portucel, "uma das principais empresas exportadoras nacionais e com uma interessante política de remuneração dos accionistas", referiu ao Diário  Económico. As acções da empresa ganham 13% em 2012.

Outra das apostas é a Sonae. A  ‘holding' liderada por Paulo Azevedo é uma das candidatas a ‘top pick' ibérica por parte dos analistas do BPI.

Consideram a dona do Continente com "um interessante caso de valor". Além da avaliação, o BPI refere que a empresa tem as suas necessidades de refinanciamento resolvidas até 2014 e que uma eventual operação de consolidação entre a Sonaecom e a Zon Multimédia pode "desbloquear valor para a Sonae". Os títulos da ‘holding' sobem 27% desde o início do ano.

Os principais destaques

EDP  Renováveis beneficia com regulação em Espanha
A reforma da energia em Espanha estava a penalizar as acções da eólica. Mas a legislação acabaria por ser melhor que o esperado para a eólica. O  BPI tem uma recomendação de "comprar" com um preço-alvo de 5,05 euros. Já o Santander também aconselha a compra, com um target de 4,90 euros. As acções perdem 19% desde o início do ano. Valem 3,82 euros.

BES evitou apoio do Estado para se recapitalizar
O BES é o único banco do PSI 20 a evitar a ajuda do Estado. O BCP e o BPI solicitaram apoio governamental e o Banif continua a negociar com o Estado para se recapitalizar. Os analistas do BPI consideram que este factor e a recuperação da dívida soberana justificam a recomendação de "comprar" com um ‘target' de 0,90 euros. O título perde 10% em 2012 e negoceia em 0,731 euros.

Portucel é aposta nos bens transaccionáveis
A Portucel não é uma das ‘top picks' ibéricas do Santander, mas é uma das preferidas do banco no sector de bens transaccionáveis. Os analistas do Santander têm uma recomendação de "comprar" com um preço-alvo de 2,60 euros. O BPI também aconselha "comprar", com um target de 2,55 euros. A acção cota em 2,078 euros e sobe 13% desde o início do ano.

Sonae tem avaliações atractivas
Apesar de não estar na lista das eleitas ibéricas do BPI, a Sonae é uma das candidatas a entrar no grupo restrito das ‘top picks' dos analistas do banco. A recomendação do BPI para os títulos da ‘holding' é de compra, com um preço-alvo de 0,80 euros. Segundo os analistas do banco, a Sonae tem avaliações atractivas. Os títulos da empresa sobem 27% em 2012. Valem 0,583 euros.

Trabalho publicado na edição de 18 de Outubro de 2012 do Diário Económico

23
Out12

Poupança: PPR já deram. Agora há alternativas melhores

adm

Investir em planos de poupança-reforma (PPR) é um mau negócio nos dias que correm, alerta a Proteste Investe de outubro. «Estão menos interessantes do ponto de vista fiscal, rendem abaixo de muitos depósitos a prazo e cobram comissões superiores às dos fundos mistos», revela a publicação associada à Deco.

Por isso, o conselho da associação de defesa do consumidor a quem já tem um PPR, é que «deixe de fazer novas entregas e transfira o capital para um plano mais rentável e com menos custos».

Em alter­nativa, diz mesmo que mais vale resgatar o saldo do PPR «para pagar as prestações da casa, algo que será possível dentro de pouco tempo». 

Atualmente, os PPR mais não são do que fundos mistos com menor liquidez e comissões elevadas, que penalizam a rentabilidade. «O Prévoir PPR Prémios Periódicos é um caso extremo: cobra até 5,3% por entrega, encargo que supera os 2,5% de rendimento mínimo garantido nesse seguro», exemplifica. 

Em 2011, os seguros PPR de capital garantido renderam, em média, 2,3% líquidos. Já os seguros sem capital garantido perderam 2,7%. Nos fun­dos, o cenário foi ainda mais catastrófico: -10% (agressivos) e -2,8% (defensi­vos e neutros). A publicação financeira analisou 72 fundos e seguros e sugere os mais inte­ressantes no seu portal financeiro (www.deco.proteste.pt/investe). 

OE 2013 e declínio da Segurança Social obrigam a procurar alternativas

No cenário traçado na proposta de Orçamento do Estado para 2013, antes de 2020 chegar ao fim, as contas do subsistema previdencial da Segurança So­cial já terão chegado a zeros. Nessa altura, é ativado o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), um mealheiro de emergência criado em 1989. Porém, os 10.404 milhões de euros que se estima que o FEFSS terá no final de 2012 mal chegarão para pagar um ano de pensões, quanto mais subsídios. Neste contexto, é preciso encontrar alternativas de poupança para a refor­ma, defende a Proteste Investe. 

«Até aos 55 anos, opte por constituir uma carteira de fundos ou, para pequenos montantes, invista em fundos mistos. No caso de ter 55 anos ou mais, não corra riscos. As Obrigações do Tesouro são uma via, se integradas numa carteira com títulos de várias maturidades. Ao aproximar-se da idade da reforma, transfira para depósitos a prazo ou Certi­ficados de Aforro o capital que foi acumulando em aplicações de risco», conclui.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

21
Out12

Saiba em que condições pode resgatar o seu PPR

adm

O Ministério das Finanças continua sem esclarecer como serão tributados os PPR.

Os PPR ou os fundos de pensões podem ser resgatados nas condições previstas na lei: Reforma por velhice, desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho ou doença grave, da pessoa segura ou de qualquer dos membros do seu agregado familiar, a partir dos 60 anos de idade ou em caso de morte da pessoa segura ou do seu cônjuge. De lembrar que, brevemente, será também possível resgatar PPR para pagar prestações do crédito à habitação. A nova lei aguarda ainda publicação em Diário da República.

Nestes casos, e desde que a primeira entrega tenha sido realizada há mais de cinco anos, os rendimentos gerados ficarão sujeitos a uma taxa efectiva de 8%, caso opte pelo reembolso total do montante. Já se optar por receber o seu PPR sob a forma de renda mensal, os montantes serão tributados por retenção na fonte segundo as tabelas aplicáveis aos rendimentos de pensões. De notar que apenas nas condições previstas na lei é possível pedir o reembolso sob a forma de renda.

Caso o aforrador pretenda resgatar o PPR fora das condições previstas na lei, ficará sujeito a perdas dos benefícios fiscais auferidos, majorados em 10% por cada ano. Além disso, fica sujeito a uma tributação de 21,5% nos primeiros cinco anos; 17,2% entre o quinto e o oitavo ano; e 8,6% a partir do oitavo ano, desde que, nestes casos, pelo menos 35% da totalidade das entregas tenha sido efectuada na primeira metade de vigência do contrato.

 fonte:http://economico.sapo.pt/

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