Produtos financeiros para crianças
Lá por serem crianças não pense que não beneficiam de saberem o que são e de terem produtos financeiros. Antes pelo contrário, vão poder beneficiar muito mais do poder da capitalização, porque têm mais tempo para estar investidos. Além disso, iniciá-los cedo nas lides do dinheiro vai ajudá-los a serem adultos financeiramente mais responsáveis.
De que documentos preciso?
Para iniciar o seu filho nas actividades bancárias, a primeira coisa a fazer é confirmar se tem todos os documentos necessários. Para o menor, é necessário apresentar o bilhete de identidade ou cartão de cidadão, passaporte ou autorização de residência. Caso a criança não tenha nenhum destes documentos, a certidão de nascimento é o documento que deve apresentar. Já os pais ou tutores devem apresentar o número de contribuinte, o comprovativo de morada, profissão e caso exista, entidade patronal.
Começar pela conta à ordem
A maior parte das instituições financeiras a operar em Portugal apresenta contas à ordem para crianças. Este tipo de conta, jovem ou júnior, tem a criança como única titular, sendo que os pais ou tutores têm poder para movimentar as contas. As contas solidárias, por seu lado, podem ser movimentadas por qualquer titular. Em relação às contas conjuntas, pode haver restrições como, por exemplo, ser necessária mais do que uma assinatura para movimentar a conta.
As contas à ordem podem ser subscritas, na sua grande maioria, com um montante mínimo que começa nos 25 euros. Normalmente, estas contas não apresentam qualquer custo de manutenção.
Como funcionam as contas a prazo?
Muitas instituições financeiras apresentam contas a prazo específicas para crianças. No entanto, se o objectivo é que a conta do seu filho cresça ao longo da sua vida, estude bem as ofertas para ver se compensam.
As contas para crianças e jovens vigoram até o adolescente se tornar adulto (18 anos), sendo que, geralmente, o montante mínimo de abertura é de cem euros. Tal como com as contas à ordem, as contas a prazo normalmente não apresentam custos de manutenção associados, enquanto o seu filho for menor. Existe ainda a possibilidade de fazer reforços às contas de montantes a partir de 25 euros.
Se quer saber mais sobre produtos para crianças ou quer ver outros temas aqui, responda ao nosso questionário. Queremos saber o que pensa do Saldo Positivo.
Para movimentar
É possível movimentar a conta com o cheque ao balcão, ou seja, fazendo depósitos em cheque para ir enchendo a conta da sua criança. Apesar de a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) não aconselhar qualquer tipo de cartões a crianças com menos de 11 anos, existem os denominados “cartões pré-pagos”, disponíveis em algumas instituições financeiras nacionais. Estes cartões são recarregáveis e servem para controlar os gastos, já que apresentam um plafond definido e se apresentam como um produto focado para os mais jovens. Estes cartões poderão servir para a criança iniciar a sua vida financeira, já que permitem utilizar o multibanco, consultar extractos e muitas outras opções, sempre acompanhados pelos pais. Estes cartões são recarregáveis através do multibanco ou nas agências dos bancos.
Já os tradicionais cartões de débito e de crédito existem na grande maioria das contas. Enquanto os de débito são, normalmente, gratuitos para adolescentes a partir dos 16 anos, os cartões de crédito apenas estão disponíveis após atingir a maioridade.
Seguros de capitalização em ponto pequeno
Os seguros de capitalização são produtos financeiros destinados à poupança. Os seguros de capitalização garantem na sua generalidade, o capital investido, enquanto o rendimento pode ser fixo ou variável. Estes produtos financeiros são dos mais oferecidos pela banca às crianças e jovens. Há que ter atenção ao facto de ter de pagar comissão de resgate se o reembolso for efectuado antes de o menor atingir a maioridade e existem também comissões de subscrição e de gestão. Também poderá haver, em alguns casos, garantia de rendibilidade mínima. Como estes produtos financeiros são comercializados em forma de seguro, aplica-se a fiscalidade dos seguros de vida.
Crianças seguras
Existem diversos tipos de seguros que podem proteger as suas crianças. Desde um seguro contra acidentes pessoais e de responsabilidade civil, passando pelos de saúde ou de estomatologia.
No que toca aos seguros contra acidentes pessoais, são usados para proteger as criança no caso de quedas de bicicleta, acidentes com animais ou outros. Este tipo de seguro cobre as despesas resultantes do tratamento, os eventuais internamentos hospitalares e ainda engloba indemnizações em caso de incapacidade resultante do acidente.
Já os seguros de responsabilidade civil cobrem os danos que a sua criança provoque em pessoas, bens ou propriedades. Nestes tipos de seguro, o segurado pode escolher o limite de capital para a sua responsabilidade civil, o que irá corresponder ao limite máximo da indemnização a receber em caso de acidente.
Os seguros de estomatologia dão acesso a uma rede de clínicas dentárias, em que os utilizadores beneficiam de uma redução dos preços em grande parte das consultas ou mesmo de consultas grátis. Estes seguros podem ser subscritos num dia e accionados no dia imediatamente a seguir e podem ser usados as vezes que forem precisas.
Em relação ao seguro de saúde, este é accionado quando a criança estiver doente. Normalmente, estes seguros incluem cirurgia, ambulatório, medicamentos e internamento hospitalar, no entanto, existem mais algumas possibilidades como, por exemplo, a assistência ao domicílio, que são dependentes do seguro que quer fazer. Podem existir duas versões de seguro: a versão de reembolso e a versão managed care. No primeiro caso, o segurado suporta toda a despesa e remete a factura para a companhia de seguros que lhe reembolsa parte da despesa. Na segunda versão, o segurado pode aceder a uma rede de unidades de saúde, pagando apenas uma parte por cada acto médico.
fonte:saldopositivo