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Poupanças e Investimentos Seguros

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21
Jul11

Investimento em certificados de aforro caiu 331 milhões de euros em junho

adm

O investimento das famílias nos certificados de aforro caiu em junho 331 milhões de euros, enquanto o valor investido nos certificados do tesouro aumentou em apenas 24 milhões de euros.

De acordo com o Boletim Mensal do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público hoje publicado, o valor subscrito em certificados de aforro fixou-se nos 13.145 milhões de euros no final de junho, uma queda de 331 milhões de euros, uma vez que apenas foram aplicados 28 milhões de euros durante este mês, face aos 360 milhões de euros retirados.

Desde o início do ano, os portugueses já retiraram 2.326 milhões de euros aplicados em certificados de aforro.

fonte:Lusa

20
Jul11

Como proteger o seu dinheiro da tempestade da bolsa

adm

Conheça cinco estratégias de investimento que podem ajudar os investidores a protegerem os seus portfólios.

Os últimos tempos na bolsa portuguesa têm sido impróprios para cardíacos. O dia-a-dia dos mercados é marcado pelo permanente sobe e desce e pelas flutuações do humor dos investidores a cada desenvolvimento, negativo ou positivo, em torno da crise da dívida soberana europeia que é noticiado. Ainda na última segunda-feira, o PSI 20 registou a maior perda diária em mais de um ano. Nesse dia o índice recuou mais de 4%. Já no dia seguinte, após um início de dia com perdas acentuadas, a acalmia voltava e o índice português terminava a recuperar perto de 1%. Já ontem, o vermelho voltou a marcar o sentimento do mercado. Para prevenir que o seu dinheiro seja arrastado por este turbilhão, o Diário Económico foi tentar perceber junto de especialistas que estratégias de investimento são as mais adequadas face ao actual contexto dos mercados.

Para os investidores que se possam sentir perdidos em relação à melhor forma de se posicionarem no mercado, um dos principais conselhos é que acima de tudo mantenham a cabeça fria. Como explica Gonçalo Gomes da direcção de marketing do ActivoBank, "qualquer que seja o contexto, com maior ou menor incerteza e volatilidade, o mais importante é que os investidores não percam de vista os seus objectivos de retorno, a sua tolerância ao risco e o seu horizonte temporal, não correndo risco nem a mais, nem a menos". A opinião de Diogo Serras Lopes, director de investimentos do Banco Best, vai no mesmo sentido. "A disciplina em termos de perfil de investimento deverá ser mantida, mesmo nos momentos de maior instabilidade e incerteza, mantendo-se uma óptica de investimento de longo prazo", frisa.

Para os investidores que apreciam a aposta em acções, no actual contexto parecem ainda assim existir alternativas onde colocar o dinheiro que oferecem um maior grau de segurança. Segundo Gonçalo Gomes, para além das empresas com reduzido nível de endividamento, os mercados emergentes são um dos focos de investimento a ter em consideração. "Temos vindo a defender o investimento em acções com exposição às economias mais saudáveis através de empresas multinacionais cotadas em países desenvolvidos, mas com uma facturação significativa proveniente dos países emergentes". Uma opinião também defendida por Diogo Serras Lopes, que acrescenta ainda a este leque de opções a selecção de empresas que operam em sectores de actividade menos cíclicos, bem como as que distribuem dividendos mais elevados, no sentido em que a componente de rendimento destes títulos possa contrabalançar eventuais perdas bolsistas.

Contudo, Diogo Serras Lopes deixa o alerta de que os investimentos devem ser feito menos tomando em conta a conjuntura actual e tendo mais em conta as perspectivas num prazo mais alargado. "Se é verdade que, actualmente, existem factores negativos a pressionar os mercados, a verdadeira questão a ter em conta prende-se com a visão sobre o crescimento económico a que cada empresa, região ou sector vai estar exposta durante os próximos anos e, naturalmente, o nível actual de avaliação do mercado accionista", lembra Diogo Serras Lopes.

Até no mercado obrigacionista que tem estado no enfoque da crise parecem continuar a existir boas oportunidades de investimento. Segundo o ActivoBank é o que acontece com a dívida de alguns países emergentes. Já o responsável do Best aconselha os investidores a olharem também para a dívida das empresas que apresentem perspectivas mais positivas.

Já para quem prefira olhar para os seus investimentos de uma forma muito conservadora, os depósitos a prazo merecem a atenção dos especialistas. "Neste momento, alguns depósitos a prazo são uma opção particularmente interessante para investidores de perfil conservador, já que a suas remunerações comparam favoravelmente com as taxa do mercado monetário em euros (Euribor)", lembra Gonçalo Gomes do ActivoBank. Alguns bancos oferecem actualmente taxas de juro brutas que ultrapassam os 4%.


Cinco estratégias a considerar

1 - Diversificar os investimentos
Aquele que, à partida, parece ser um conselho básico ganha especial importância se tivermos em conta o actual contexto da crise económica e a turbulência que atinge o mercado de acções. Os investidores devem construir uma carteira exposta a diferentes activos, com distintos perfis de risco, exposta a diferentes regiões do globo e não alocar toda a poupança num só activo, por mais seguro que lhe possa parecer. Se incluir na sua carteira, por exemplo, um fundo de investimento de acções globais estará já a contribuir para a diversificação dos seus investimentos. Conta ainda com a experiência da equipa dos gestores desses fundos.

2 - Fugir do turbilhão da crise
A crise da dívida soberana que parecia ter como alvos apenas alguns países periféricos ameaça contagiar mais países e está a ter implicações em toda a zona euro. Por essa razão, o investimento em acções europeias poderá não ser uma atitude prudente. Fora deste turbilhão, ainda assim, parece ficar o mercado germânico. Como explica Gonçalo Gomes, "o renovado dinamismo da economia alemã, beneficiando da elevada procura dos seus produtos por parte dos países emergentes, e sobretudo a resiliência do consumidor alemão [...] leva-nos a acreditar que o mercado accionista local poderá ter um retorno superior ao das acções globais ao longo dos próximos meses". Os mercados emergentes são também uma alternativa de refúgio para os investidores.

3 - Apostar na exposição internacional
Para os investidores portugueses, as acções nacionais podem ser uma aposta arriscada dado o período conturbado que a economia e o País atravessam. Mas, se não se quiser aventurar por outros mercados, deverá privilegiar os títulos da bolsa portuguesa que menos dependam da actividade nacional, já que estes deverão ser os mais penalizados pela crise. No caso da Jerónimo Martins, por exemplo, cerca de 60% das suas receitas são provenientes da actividade na Polónia. Em bolsa, as acções da retalhista continuam a bater recordes históricos e são as que mais valorizam desde o início do ano. Mas, claro que não existem garantias de que a boa performance do título se mantenha.

4 - Evitar os sectores mais penalizados
Os títulos do sector financeiro estão no centro do turbilhão da crise da dívida soberana e aconselha-se prudência e selectividade no seu investimento. O mesmo se passa com as cotadas com níveis mais elevados de alavancagem. É também por essa razão que é aconselhado o investimento em títulos do sector tecnológico que, para além da sua saúde financeira, segundo Gonçalo Gomes "registam actualmente o mais baixo rácio de dívida em relação ao capital". Os especialistas aconselham ainda a privilegiar os títulos de sectores de actividade menos cíclicos, bem como os títulos de empresas que distribuem dividendos mais elevados, no sentido em que a componente de rendimento destes títulos possa contrabalançar eventuais perdas bolsistas.

5 - Apostar em aplicações conservadoras
Para quem prefira fugir do mercado accionista, os depósitos a prazo são uma opção a ter em conta, já que as dificuldades de financiamento dos bancos está a levá-los a melhorarem a remuneração deste tipo de aplicações como forma de captar mais recursos. Em algumas instituições os juros brutos oferecidos ultrapassam os 4%. Apesar da actual crise estar centrada em torno da dívida, o Banco Best também aconselha os investidores mais conservadores a incluírem obrigações de empresas na sua carteira de investimentos. Como refere, Diogo Serras Lopes, "parecem existir alternativas no mercado de crédito de empresas para as quais as perspectivas são mais positivas".

fonte:http://economico.sapo.pt/

18
Jul11

Quatro factores a ter em conta antes de investir em PPR

adm

Há algumas questões que deve considerar na hora de escolher onde investir as suas poupanças.

Muito se tem discutido sobre se ainda vale a pena investir em Planos de Poupança Reforma. Saiba o que mudou em termos de benefícios fiscais e conheça algumas alternativas de investimento.

1. O que mudou nos benefícios fiscais dos PPR?
A partir deste ano, as aplicações realizadas neste tipo de produto ainda podem ser deduzidas na declaração de IRS mas o retorno será consideravelmente menor face ao que se passava anteriormente. Até ao ano passado, era possível deduzir no limite até 20% das entregas feitas até a um valor máximo de 400 euros. A partir deste ano os investidores que forem entregar a sua declaração de IRS em 2012 poderão deduzir no máximo até 100 euros no conjunto dos benefícios fiscais. O benefício vai-se tornando gradualmente menor a partir do quarto escalão de rendimento até à sua eliminação no oitavo escalão.

2. Jovens devem investir em produtos mais agressivos
Os PPR são, por definição, produtos mais conservadores e com uma taxa de risco bastante mais reduzida. Os especialistas aconselham os jovens a apostar em instrumentos mais agressivos, como os fundos PPR, que oferecem maior flexibilidade apesar de acompanhada por um maior nível de risco consoante o fundo escolhido. Isto porque estes produtos são classificados por patamares de acordo com o nível de exposição a acções: entre 0% e 15%, 15% e 35%, e mais de 35% de acções.

3. Apenas 17% dos PPR batem a inflação
Se olharmos para os retornos oferecidos pelos PPR em 2010, seja sobre a forma de seguro ou de fundo de investimento, constata-se que apenas cerca de 17% desses produtos conseguiu oferecer um retorno superior à inflação prevista para 2011: de 3,6%, segundo estimativas do Banco de Portugal.

4. Alternativas
Os fundos de investimento são uma boa opção para quem não tem muito tempo para acompanhar o mercado. Os fundos ciclo de vida, por exemplo, destinam-se a investidores que pretendam usufruir dos investimentos numa determinada data, alocando uma parte da carteira à componente accionista, caso o horizonte temporal seja alargado. À medida que a data prevista para o reembolso se aproxima a exposição a activos de menor risco aumenta.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

18
Jul11

Ouro atinge novo recorde nos 1.600 dólares

adm

O agravamento da crise de dívida na Europa e a falta de acordo para a dívida dos EUA levaram o preço do ouro a um novo máximo.

O contrato de ouro para entrega em Agosto avançava para 1.600 dólares a onça, um novo máximo histórico, acumulando ganhos de 10% este ano.

O preço do metal precioso sobe há onze sessões, naquele que é o maior ciclo de ganhos desde Julho de 1980.

A motivar a procura por ouro estão os receios dos investidores em relação à crise de dívida europeia e à falta de acordo entre democratas e republicanos para a dívida dos Estados Unidos.

"A situação na zona euro, bem como a proliferação do problema do tecto de dívida nos Estados Unidos, continua a constituir um foco muito forte" de nervosismo, comentou Ben Westmore, economista do National Australia Bank, à Bloomberg.

No mercado cambial, o euro seguia a recuar 0,97% para 1,4015 dólares.

fonte:http://economico.sapo.pt/

14
Jul11

O que deve ter em conta antes de investir em PPR

adm

Os Planos Poupança Reforma (PPR) foram durante muitos anos os intrumentos preferidos dos portugueses para rentabilizar algum dinheiro extra. No entanto, com os cortes dos benefícios fiscais foram-se tornando menos atractivos, acabando por perder adeptos.

 

Dadas as circunstâncias, muito se tem discutido sobre as vantagens dos PPR. Por isso, antes de escolher onde vai investir as suas poupanças, existem algumas questões que deve considerar

1- Mudança nos benefícios fiscais. O retorno será menor do que o esperado. Ou seja, a partir deste ano, as deduções no IRS serão menores. Os investidores poderão deduzir no máximo até 100 euros no conjunto de benefícios fiscais. 

2-Jovens devem investir em produtos mais agressivos. Uma vez que os PPR são mais conservadores e têm uma taxa de risco bastante reduzida, os especialistas aconselham os jovens a investirem em produtos mais agressivos, como os fundos de PPR. Isto porque, apesar do risco elevado, há uma maior flexibilidade. 

3- Apenas 17% dos PPR batem a inflação. Segundo dados do Banco de Portugal, apenas 17% destes produtos obtiveram um retorno superior à inflação prevista para 2011. 

4- Alternativas. Para quem não tem muito tempo para olhar e acompanhar o mercado pode optar por fundos de investimentos, fundos ciclo de vida – para quem pretende usufruir do investimento numa determinada data.

 Fonte: Diário Económico

12
Jul11

Conheça os fundos em que os investidores mais confiam

adm

Conheça as categoria de fundos que escapam aos resgates e as mais penalizadas pela fuga dos investidores.

Obrigações
A agudização da crise soberana em alguns países da zona euro não se traduziu numa saída de dinheiro dos fundos obrigacionistas. Pelo contrário, houve mesmo um forte investimento por parte dos investidores nestes fundos. Nomeadamente nos fundos da categoria de obrigações taxa indexada euro e obrigações taxa fixa euro que, nos primeiros seis meses do ano, somaram subscrições líquidas de 83,6 milhões de euros e 47,5 milhões de euros, respectivamente.

Acções dos EUA
O bom momento das acções norte-americanas nos primeiros seis meses do ano, que registaram uma valorização média de 8%, reflectiu-se num entusiasmo por parte dos investidores nacionais. Segundo a APFIPP, os seis fundos que fazem parte da categoria "acções da América do Norte", apesar de terem registado resgates de 40 milhões de euros entre 31 de Dezembro de 2010 e Junho deste ano, somaram subscrições de 52 milhões de euros. Desta forma, os fundos de acções norte-americanas somaram subscrições líquidas no valor de 11,8 milhões de euros, pertencendo assim à terceira categoria de fundos da APFIPP com mais entrada de dinheiro, neste período.

Mercado monetário euro
As rendibilidades oferecidas pelos três fundos da categoria "mercado monetário euro" da APFIPP continuam a ser muito parcas, constantemente abaixo da inflação. Mas, mesmo assim, os investidores portugueses continuam a investir nestes produtos. Foi o que sucedeu nos prímeiros seis meses do ano, com estes fundos a registarem subscrições líquidas de 4 milhões de euros.

Tesouraria Euro
A concorrência dos depósitos a prazo gerada pela banca nos primeiros seis meses do ano resultou numa enorme onda de saída de dinheiro dos cofres dos fundos que fazem directamente concorrência a estes produtos. Foi o caso dos fundos de tesouraria euro que, segundo dados da APFIPP, contabilizaram resgates de 1.250 milhões de euros. Este montante compara com a entrada de apenas 503 milhões de euros sob a forma de novas subscrições. Desta forma, as subscrições líquidas dos fundos de tesouraria euro atingiram -747 milhões de euros, cerca de 54% do total de subscrições líquidas de toda a indústria entre Janeiro e Junho.

Acções portuguesas
Os sete fundos de acções nacionais compilados pela APFIPP registaram uma saída líquida de quase 40 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. Considerando que no final do ano passado tinham sob gestão 287,6 milhões de euros, os seus portefólios emagreceram 13,85% entre Janeiro e Junho, apenas pelo lado da saída de dinheiro dos seus subscritores. Dentro da classe de acções, foi a categoria mais penalizada.

Protecção de capital
Os fundos de protecção de capital foram os instrumentos que sofreram a segunda maior saída de dinheiro no primeiro semestre do ano. Entre Janeiro e Junho a carteira dos 45 fundos desta categoria registaram uma saída líquida de 311,7 milhões de euros, cerca de 15% do montante que tinham sob gestão no final de 2010. Recorde-se que no último dia de 2010, os fundos de protecção de capital apresentavam o maior volume de dinheiro sob gestão (2.076 milhões de euros), sendo apenas superada pela categoria de fundos especiais de investimento, composta por 56 fundos, com 3.418 milhões de euros sob gestão.

fonte:http://economico.sapo.pt/

08
Jul11

5 dicas para chegar a milionário

adm

Chegar a milionário é uma tarefa que 10 milhões de cidadãos do mundo já cumpriram. Segundo as contas da Capgemini no World Wealth Report, existem assim muitos afortunados com mais de um milhão de dólares apenas em investimentos, principalmente nos EUA, o país com maior número de milionários. Se sonha em chegar aos calcanhares do mexicano Carlos Slim ou de Bill Gates, os dois homens mais ricos do planeta, e atingir o seu milhão de euros (um esforço maior do que o exigido para atingir um milhão de dólares) vai ter de recolher bons rendimentos e fazer alguns exercícios fundamentais para atingir o sucesso com as suas finanças.

 

Atingir o sucesso e a sua independência financeira é um objectivo que será conseguido se seguir alguns rituais.

Para os mais modestos e menos ambiciosos, a independência financeira pode ser o objectivo e para isso poderá ser “rico” sem alcançar a redonda meta dos 6 zeros. “Basta” que os rendimentos de investimentos, poupanças ou de habitação consigam sustentar o seu estilo de vida.

Ganhar o Euromilhões poderá ser o processo mais rápido, mas tem de ter o factor sorte a seu favor, já que a probabilidade de ganhar é de 1 em 116.531.800, o que é 170 vezes mais difícil de acontecer do que ser atingido por um raio. Assim, se seguir algumas regras mais básicas na hora de investir, a probabilidade de ficar mais rico sem “números” e “estrelas” aumenta. O Saldo Positivo apresenta-lhe algumas dicas para poder trabalhar para o sonho de chegar a milionário.

Vá pelas acções

Os mercados accionistas são aqueles que historicamente têm dado rendibilidades assinaláveis a longo prazo aos investidores. De acordo com estudos de instituições financeiras, entre 1926 e o ano passado, o índice que engloba as 500 maiores companhias americanas, S&P 500, cresceu 9,9 por cento em termos anualizados. Ou seja, se em 1926 tivesse aplicado 100 euros, no final do ano passado a sua conta bancária teria quase 278 mil euros. É uma quantia assinalável, mas com o único inconveniente do espaço temporal ser muito alargado.

No entanto, tenha cuidado em investir nos mercados accionistas. As rendibilidades passadas não garantem retornos futuros, e as crises da última década têm sublinhado bem este lema. Tenha também especial atenção ao seu perfil de risco. Se for muito avesso ao risco, será complicado gerir as suas finanças através do sobe-e-desce bolsista.

Uma outra alternativa no mercado accionista, é investir através dos fundos de investimento. Nestes produtos, a gestão é feita através de um gestor profissional. Ou seja, mesmo que não tenha tempo e conhecimentos para acompanhar os mercados financeiros para investir directamente nas empresas, o gestor que acompanha os mercados diariamente fará esse trabalho por si.

Siga os líderes

Seguir os líderes, poderá ser uma regra bastante razoável para conseguir atingir o seu objectivo. Seguir o exemplo de Warren Buffet, é “apenas” seguir o investidor mais famoso do mundo que acumula a terceira maior fortuna do globo. Este investidor de 80 anos tem conseguido rechear a sua carteira com um retorno bolsista anual de 20,20 por cento nos últimos 46 anos. Já foi o homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, e para conseguir atingir o topo, este norte-americano do Nebraska seguiu uma estratégia de investimento que foi inspirada no livro de Benjamin Graham com o título “The Intelligent Investor”. De uma maneira simples, a estratégia é baseada na disciplina na altura de escolher as empresas para investir. Em termos práticos, Buffett prefere empresas que estejam baratas face ao mercado, através de uma análise cuidada de todos os indicadores e rácios financeiros, em especial os relatórios e contas. Apesar da volatilidade ter penalizado os mercados financeiros nos últimos tempos, para Warren Buffett “a volatilidade dos mercados é a maior aliada do verdadeiro investidor”.

Seja empreendedor

Certamente tem amigos, familiares ou conhecidos que abriram o seu próprio negócio e que lhes está a correr bem. No entanto, para ser empreendedor não basta ter vontade. Tem de seguir vários passos e traçar algumas alternativa para conseguir o seu objectivo final. Desde da ideia brilhante ser pensada até estar disponível para o público, o caminho é longo e cheio de percalços. Mas não se deixe abater. Seja persistente e certamente conseguirá atingir o seu objectivo.

O início do negócio é sempre complicado, sobretudo devido às exigências financeiras. Por isso, aproveite osapoios financeiros que existem e avance em busca do seu sonho e lute pelo seu sucesso.

Aproveite também o ponto anterior e siga os líderes no que toca ao empreendedorismo. Tenha como exemplo Mark Zuckerberg, que criou o Facebook no seu quarto da residência da universidade ou ainda Steve Jobs e Steve Wozniak que criaram a empresa Apple numa garagem.

Poupe dinheiro

Poupar dinheiro é um processo simples, mas que requer muita paciência, persistência e disciplina. Se conseguir tirar um euro por dia (30 euros por mês), no final do ano conseguirá ter 365 euros. Agora imagine que consegue aumentar essa poupança mensal para 50 euros. Se conseguir poupar 50 euros por mês durante 10 anos, no final da década conseguirá ter 6000 euros, que se transformam em 12000 euros ao fim de 20 anos. Se juntar a isto o “milagre do juro composto”, já consegue ter uma boa quantia daqui a 20 anos. Aproveite, também, para aumentar a poupança nos meses em que recebe o subsídio de Natal e o de férias. Pense a longo prazo. Assim estará a poupar também para a sua reforma, e irá garantir a manutenção das condições de vida enquanto trabalhador.

Utilize o nosso simulador, para saber quanto deve poupar por mês para atingir os seus objectivos.

Não desperdice oportunidades

“Pequenas oportunidades são muitas vezes o começo de grandes empreendimentos”, afirmou o político Demóstenes, que viveu durante a Grécia Antiga. Este é o ponto de partida para não desperdiçar as oportunidades que lhe surgem pela frente. Por vezes, o sucesso está à espreita de um “sim” ou de um “não” num determinado momento. Mas tenha cuidado, não arrisque sem conhecer os riscos que a sua decisão poderá ter e seja, também, ponderado nas suas decisões.

fonte:http://www.saldopositivo.cgd.pt/

15
Jun11

Saiba quais são os melhores investimentos que pode fazer

adm

o Económico mostra-lhe quais foram os fundos de investimento inscritos na APFIPP que mais dinheiro deram a render aos investidores.

Se quer investir num fundo de investimento, nada melhor do que saber quais são aqueles que lhe garantem maior rendibilidade. No último exercício, de 27 de Maio de 2010 a 27 de Maio de 2011, o fundo que mais dinheiro deu a render aos investidores portugueses foi o Caixagest Acções Oriente, da sociedade gestora Caixagest. Este fundo de acções internacional registou, no mesmo período, uma rendibilidade efectiva anual de 19,9% e movimenta 33,1 milhões de euros.

O Santander Euro Futuro Cíclico, da sociedade gestora Santander Asset Management, surge em segundo lugar mas, na semana passada, liderava este Top 10 da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP). Com uma uma rendibilidade de 19,7%, o Santander Euro Futuro Cíclico, movimenta actualmente um volume sob gestão de 5,5 milhões de euros, a uma taxa de risco elevada (classe de risco 5).

O Diário Económico falou com o Santander Gestão de Activos para perceber o que justifica este bom desempenho ao longo dos meses. Fonte desta instituição financeira começa por explicar que a gestão deste fundo assenta "em três pilares de gestão activa: sólida avaliação do contexto macroeconómico, detalhada análise fundamental da empresa e sector e, finalmente, a assertividade e o ‘timing' de execução de estratégias".

A Santander Gestão de Activos tem quatro dos 10 melhores fundos de acções geridos por sociedades domésticas segundo classificaçãoda APFIPP. "O fundo Santander Eurofuturo Cíclico tem sido historicamente o melhor fundo na sua categoria apresentando uma rendibilidade líquida superior a 20% quer a 12 quer a 24 meses", explica a mesma fonte.

Questionada sobre a aposta neste tipo de produtos, a Santander Gestão de Activos diz que se tem verificado um aumento da procura de fundos de acções, "fruto da maior propensão dos investidores ao aumento do seu perfil de risco procurando alternativas de rendibilidade superiores às obtidas actualmente, quer em depósitos quer em fundos de obrigações".

No conjunto das 10 melhores rendibilidades da APFIPP pode-se perceber que os fundos de acções sectoriais dominam, onde se inclui as ‘commodities'. A Santander Gestão de Activos, comentando o desempenho esperado para o Eurofuturo Cíclico até final do ano, diz que "o potencial de valorização superior aos restantes comparáveis será de possível também atendendo à actual valorização da classe das ‘commodities', fruto de um ciclo macroeconómico resiliente". Até à hora de fecho, não foi possível obter um comentário da Caixagest.

fonte:http://economico.sapo.pt/noticias/saiba-quais-sao-os-melhores-investimentos-que-pode-fazer_119960.html

14
Jun11

7 dicas para vender e comprar fundos de investimento

adm

O Económico mostra-lhe como vender e comprar fundos de investimento.

  • Vender

Por vezes, um fundo de investimento pode facilmente transpor a barreira do racional e tornar-se algo pessoal. Quando isso sucede, a sua alienação torna-se num acto doloroso, sobretudo quando é preciso assumir perdas. Mas também quando os ganhos de um ano ficam bem acima da média dos seus concorrentes, os investidores devem colocar a hipótese de se livrarem do fundo porque, provavelmente, o que têm em carteira não é exactamente o que pensam. Em qualquer uma das situações é fundamental haver um distanciamento emocional dos produtos e nunca levar a peito as perdas nem empolar os ganhos.

Descubra mais em detalhe estes e outros sinais que os fundos de investimento revelam e que o alertam para uma eventual alienação dos mesmos.

1 - Mau desempenho constante 
Se num ano, um fundo apresentar um desempenho inferior à média da sua categoria isso pode não significar obrigatoriamente nada de preocupante. Porém, o mesmo não sucede se as rendibilidades decepcionantes perdurarem durante dois, três ou mais anos consecutivos. Neste caso, o melhor é ponderar trocar de fundo para outro da sua classe pois o fundo que tem em carteira não está a merecer o seu dinheiro. É desta forma que devem pensar os subscritores do Millennium Obrigações Europa que, no último quinquénio, têm acumulado perdas anuais de 3,44% enquanto que, no mesmo período, os restantes fundos de obrigações europeias geridos em Portugal apresenta uma rendibilidade média anual de 2,52%.

2 - Alteração da estratégia de investimento 
Por vezes os gestores mudam ligeiramente a política de investimento do fundo ou simplesmente são substituídos por outros profissionais que trazem consigo novas ideias e até uma nova estratégia. Imagine que compra um fundo que aposta em empresas de pequena e média capitalização e, de repente, o gestor começa a comprar acções de grandes empresas ou então que o seu fundo acaba por fundir-se ou ser adquirido por outro fundo. Com a ocorrência destas situações todas as razões que o levaram a comprar o fundo esfumaram-se e, por isso, está na hora de ponderar o seu resgate e começar a estudar novas alternativas.

3 - Os objectivos de vida mudaram 
Á medida que a sua vida profissional e pessoal vai evoluindo, também as suas prioridades financeiras vão-se alterando. O mesmo sucede com a sua estratégia de investimento e por arrasto com os seus fundos. Imagine que construiu uma carteira de fundos com o objectivo de dentro de 10 anos adquirir uma casa. Porém, ao fim de dois anos decide casar e como a sua cara metade já tem uma casa decidem ir viver para lá. Nesse exacto momento os seus objectivos de investimento alteraram-se e, por isso, também o seu portefólio deverá ser re-orientado com possíveis novos fundos.

4 - Precisa de liquidez 
Vender um fundo pode ser mais difícil do que comprar, especialmente quando as perdas do investimento realizado são avultadas. No entanto, se precisar do dinheiro por uma razão pontual e o dinheiro da conta à ordem não é suficiente e a possibilidade de contrair um crédito está fora de questão, pondere então vender as unidades de participação do fundo. Mas lembre-se que esta decisão deve ser colocada como sendo a última hipótese ao seu dispor.

5 - Ganhos demasiado bons 
Pode até parecer ilógico, pois ninguém se deve queixar de conseguir amealhar ganhos elevados, mas a verdade é que se tem um fundo de baixo risco que alcança uma rendibilidade de 50% quando os da sua categoria ficam-se pelos 5%, o mais provável é que tenha comprado um fundo bem diferente do que desejava. Talvez esteja na hora de voltar a ler o prospecto do fundo para não correr o risco de sair escaldado quando o fundo sofrer uma correcção do mesmo nível que realizou na escalada.

6 - Rendibilidade abaixo do esperado 
Quando um fundo regista perdas bem superiores ao que era suposto, atendendo a sua estratégia de investimento, algo está errado. Imagine um fundo de obrigações que perdeu 39% num ano em que os seus concorrentes sofreram uma perda muito menor. Foi o caso do BPN Conservador em 2008, um fundo de obrigações de taxa variável. Por culpa de um mar de resgates por parte dos seus subscritores numa altura em que o mercado obrigacionista passava por momentos menos favoráveis, o fundo foi obrigado a vender os activos bem antes de estes atingirem a maturidade para garantir liquidez suficiente para pagar aos seus subscritores. Para isso, o seu gestor, em algumas ocasiões, foi obrigado a vender as obrigações abaixo do preço de compra e a assumir perdas elevadas. Os subscritores deste fundo deveriam estar atentos e ter cortado o mal pela raiz quando o fundo começou a derrapar mais que os seus concorrentes. Nessa altura deveriam ter vendido o fundo antes da fase da "queda livre".

7 - Não consegue dormir descansado 
O principal propósito de investir as suas poupanças passa por atingir um determinado objectivo e não de criar uma úlcera no estômago. Por isso, se o seu fundo apresenta uma volatilidade tal que não o deixa dormir descansado à noite o provável é que não seja o produto mais adequado para o seu perfil de risco. Como tal, o melhor é ponderar vendê-lo antes que as insónias destruam as suas noites e os seus dias.

Ao construir um portefólio de fundos de investimento o investidor está a colocar o seu dinheiro nas mãos de um estranho. Mas isso não significa que a responsabilidade esteja apenas do lado de quem gere as suas poupanças. Cabe ao investidor fazer o trabalho de casa e escolher o fundo e a equipa de gestão que mais créditos oferece. É preciso estudar o passado mas também antever o futuro, fazer contas às comissões a pagar. É fundamental conhecer os fundos e, muito importante, conhecer-se a si mesmo e nunca cometer os mesmos erros duas vezes. Por isso, para não ficar escaldado da próxima vez que consultar o estado da sua carteira, tome atenção a sete regras que o vão ajudar a comprar os fundos certos. Para a semana, o Diário Económico diz-lhe quando é que deve ponderar a venda dos fundos.

 

  • Comprar

1 - Pesquise o máximo que puder 
A compra de um fundo de investimento assemelha-se muito à compra de uma casa: antes de decidir pela "tal" é preciso ver muitas. O mesmo sucede com os fundos. Antes de tomar uma decisão é fundamental que percorra o mercado a "pente fino". Depois passe por alguns sítios para tomar conhecimento em mais detalhe sobre os produtos. É o caso do sítio da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (www.apfipp.pt) onde poderá comparar os desempenhos e a classe de risco de todos os fundos de investimento nacionais. No sítio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários poderá, entre outras, ficar a par das transacções realizadas pelo fundo durante o mês. Mas se pretender comparar um fundo estrangeiro use a ferramenta da Morningstar disponível no sítio do Diário Económico.

2 - Compreenda a estratégia 
Uma das principais frases que se pode ler em qualquer prospecto diz que as "rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidade futuras." Esta é a principal lição que os investidores devem retirar quando pretendem investir as suas poupanças em fundos de investimento. Leia atentamente o prospecto do produto com o intuito de ficar esclarecido quanto à estratégia e aos objectivos de gestão do fundo para ficar ciente do verdadeiro risco que estará a incorrer e das rendibilidades potenciais que poderá amealhar. Só depois de perceber exactamente o que vai comprar é que deve tomar uma decisão. Não caia em tentações de comprar o que o seu amigo ou o seu vizinho compraram. Lembre-se que o que foi bom para eles pode não vir a ser bom para si.

3 - Corredores de longa distância 
Dizer que um fundo rendeu 7% por ano no último quinquénio é muito diferente de dizer que o fundo deu 7% ano passado. Qualquer fundo pode ter um ganho fora de série e ganhar muito acima dos seus pares num ano, mas manter consistência nos ganhos e na estratégia é mais complicado. Por exemplo, o melhor fundo poupança reforma em 2009 foi também o pior em 2008. Se está a indeciso entre um e outro fundo não caia no erro de comparar rendibilidades em períodos curtos. Prefira escolher um maratonista a um velocista com pouco pulmão.

4 - Aposte num CV vencedor 
O sucesso de um gestor mede-se da mesma forma que o sucesso de um treinador de futebol: pelos resultados alcançados. É por isso preferível investir num fundo gerido por um profissional com provas dadas do que por alguém que começou agora a gerir carteiras de investimento. Consulte o prospecto do fundo e o sítio da casa de investimento que gere o fundo para saber mais sobre o historial do gestor e da equipa de gestão do fundo. Mas atenção: é verdade que um gestor com um passado recheado de bons resutados é um bom prenúncio mas só isso não chega para fazer um bom fundo.

5 - Um carimbo vencedor 
Se o fundo que lhe suscitou interesse é gerido por um gestor com pouca experiência e sem grandes feitos passados, não o descarte já da sua lista. Se o fundo apresentar uma forte estratégia e uma sólida identidade marcada por bons desempenhos talvez mereça uma segunda oportunidade. Confirme apenas se o novo gestor tem acompanhado de perto a gestão do fundo. Foi o caso do Fidelity European Aggressive, que depois de ter registado em 2008 um dos piores anos da sua história, trocou de gestor em Novembro do mesmo ano e hoje está novamente entre os melhores da sua classe.

6 - O poder dos rácios financeiros 
Comparar fundos de investimento não se resume a uma análise de rendibilidades. O nível de risco é outra variável que os investidores deverão ter em atenção. Por isso, na hora de optar por um fundo, deverão ter em atenção ao rácio Sharpe, por exemplo, que combina a rendibilidade e o risco. O mesmo sucede com o rácio Sortino. No caso deste indicador, que estabelece uma relação entre a rendibilidade do fundo e as oscilações das unidades de participação apenas quando o fundo sofre correcções, o investidor fica a saber qual o fundo mais sólido e o que menos sofre os as quedas do mercado. É importante que estas comparações se façam apenas entre fundos da mesma categoria. Se a matemática não é o seu forte não tem problema. Apenas precisa de ordenar os fundos pela plataforma de pesquisa de fundos do seu banco e escolher o que oferece o rácio de Sharpe e de Sortino mais elevado.

7 - Cuidado com os custos 
São muitos os fundos que ainda cobram comissões de subscrição e de resgate. Se for esse o caso do fundo que tem debaixo de olho, desconfie. Não há qualquer justificação para a sociedade gestora lhe cobrar comissões na hora de entrar e sair do fundo. Bem diferente é a comissão de gestão. Neste caso, não siga a estratégia do poupadinho pois nem sempre a solução mais económica é a melhor: um fundo que ofereça rendibilidades de 6% ao ano e cobre uma comissão de gestão de 2,5% continua a ser bem melhor que um fundo concorrente que, apesar de cobrar 1% para gerir o seu dinheiro, apresenta um desempenho de 1%. Se custos mais elevados justificarem ganhos maiores talvez valha a pena subscrever um fundo que cobre comissões de gestão mais elevadas.

fonte:http://economico.sapo.pt/noticias/7-dicas-para-vender-e-comprar-fundos-de-investimento_119958.html

12
Jun11

Ouro é negócio em tempo de crise

adm

A subida da cotação do ouro fez disparar o negócio. As lojas multiplicam-se e a crise ajuda: há quem venda jóias da mãe para lhe pagar o funeral ou a aliança para saldar a renda

Há quem venda as jóias da mãe para lhe pagar o funeral, quem se desfaça de um fio para pôr gasolina no carro e até quem faça negócio com dentes de ouro pela internet. A crise e a subida do preço deste metal precioso nos mercados estão a fazer aparecer lojas de compra de ouro em cada esquina. Para muitos é um bom negócio; para outros uma maneira de chegar ao final do mês.

Quem está ao balcão das lojas de ouro usado explica que são sobretudo mulheres e idosos que entram à procura de converter em euros as peças que têm por casa.

«Há muitos idosos que vendem jóias e até alianças para pagar a conta da luz ou a renda da casa», diz Quimji, um indiano que herdou do pai uma ourivesaria aberta há mais de 30 anos no Intendente, em Lisboa.

O negócio já foi de venda de jóias, mas agora é a compra que dita os dias. «As pessoas precisam de fazer dinheiro e desfazem-se de peças antigas, porque não têm quem os ajude ou querem ajudar os filhos desempregados».

Quimji encheu as montras de cartazes parecidos com os que usam as lojas que funcionam em franchising e os clientes têm chegado, mas a margem de lucro, queixa-se, é reduzida.

«O que dá lucro é derreter o ouro e vendê-lo em barras», explica, adiantando que não trabalha como casa de penhores. De resto, quem vende só volta para se desfazer de mais peças. «Não voltam para comprar, porque não têm dinheiro», conta Quimji.

Fio para pagar gasolina

Rogério Sousa abriu a loja Ouroport há oito meses, no Largo do Leão, em Lisboa, mas não contava com tanta concorrência.

No espaço que vai do início da Avenida Almirante Reis à Praça do Chile, não chegam os dedos de uma mão para contar todos os sítios onde é possível vender ouro usado. «A concorrência é muita», admite Rogério, que já se habituou a ver os clientes entrar e sair das lojas à procura de conseguir o melhor preço.

O desespero é o fio condutor da maior parte das histórias. «Tive aqui um rapaz que se desfez de uma jóia com a fotografia da mãe, para lhe pagar o funeral», conta o brasileiro, que já se habituou a confortar com palavras da Bíblia que tem em cima da mesa quem lhe entra na loja.

«Há pessoas em situações muito complicadas e quando vêm vender o ouro, dou uma palavra de ajuda». Alguns vêem nas jóias uma forma rápida de fazer dinheiro. «Já tive um senhor que ficou sem gasolina aqui à porta da loja e entrou para vender um fio de ouro que o pai lhe tinha dado».

Quem está nas lojas garante que prefere comprar a pessoas de idade. Em todos os casos, é obrigatório preencher uma ficha com os dados dos clientes, para enviar à Polícia Judiciária. «Durante 21 dias úteis o ouro fica guardado», esclarece Quimji que, a trabalhar na zona do Intendente, não quer correr o risco de comprar ouro roubado.

Mas o negócio floresce até fora das lojas. Basta subir a Avenida Almirante Reis, em Lisboa, para aparecer quem tenha fios e alianças de ouro para vender no meio da rua. «Se achamos que o negócio é suspeito, não compramos. É natural que vão para a rua tentar vender», admite Rogério Sousa, que até já teve clientes a tentar passar-lhe ouro falso.

A segurança é a maior preocupação. Quem entra na loja de Rogério é atendido num gabinete, vigiado por câmaras. Tudo fica gravado em vídeo e, além disso, Rogério está ligado por um circuito de videovigilância às outras lojas – que tem com um grupo de sócios em Viseu, Mangualde, Tondela e Aveiro.

Três vezes por dia, um estafeta vem buscar as peças compradas e leva-as para o cofre da empresa que presta este serviço à Ouroport. «E também não costumamos ter dinheiro vivo. Preferimos trabalhar com multibanco». Mesmo assim, já teve um susto: «Um brasileiro entrou aqui com uma mão atrás das costas, talvez para fingir que tinha uma arma». Rogério estava acompanhado pelo seu pastor evangélico e a surpresa de encontrar dois homens na loja fez o intruso fugir antes de tentar roubar.

fonte:http://sol.sapo.pt/

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